CRIS era filha única de uma renomada família, que era proprietária de várias indústrias, fazendas e imóveis. Estava cursando o colegial e quando terminasse iria estudar no exterior. Muito educada, inteligente e tímida.
Morava com sua família em um casarão num lugar tranquilo.
Sua família era feliz e muito unida. Seu pai sempre viajava á negócios e quase não o via, mas sempre que estava aqui ficava junto dela e dava muito carinho.
A empresa crescia e tinha várias filiais no exterior. Seu pai não era o único dono tinha um sócio de longa data, mas que não tinha a metade das ações, seu nome era John
Estavam reunidos em casa num jantar quando seu pai, diz que terá que viajar novamente, o destino seria a Alemanha, teria que resolver alguns assuntos importantes na filial de lá. Mas que desta vez sua mãe iria junto, iriam tirar alguns dias de folga e passear .
CRIS entristeceu já que não poderia ir junto, estava nas épocas de provas do colégio, e eram as últimas do final do ano letivo.
Pela primeira vez iria ficar sozinha, sem pai e nem mãe pelo menos durante quinze dias. Sentiu um aperto no coração, mesmo eles dizendo que ligariam todos os dias.
No dia seguinte foi se despedir deles no aeroporto, lá encontrou o advogado do seu pai, se chamava NICK e era de extrema confiança e iria cuidar de tudo na ausência dele, profissional muito correto e competente.
Lá também estava o sócio do seu pai, John, apenas cumprindo com as formalidades, homem com ar sombrio, de poucas palavras. CRIS não gostava muito dele mas por educação o tratava formalmente. Naquele dia sentiu um calafrio quando o viu e ele direcionou um olhar.
Despediram-se na maior emoção. Na volta NICK levou CRIS para casa e a pedido dos pais dela iria todos os dias lá pra ver se estava tudo bem.
A diferença de idade deles não era tão grande já que NICK havia se formado jovem e construído carreira cedo, tinha 27 anos, tinham pouco contato pois só se encontravam quando havia alguma reunião ou festa referente á empresa. CRIS era tímida e falava bem pouco. NICK puxou conversa, devido á profissão, falava muito bem. Ela somente respondeu ás perguntas dele e disse algumas poucas palavras.
NICK disse que passaria por lá todos os dias depois do expediente da empresa para ver se estava tudo bem e se precisaria de alguma coisa.
CRIS sorriu e agradeceu.
A primeira semana custou a passar, ela não estava acostumada a não ter a presença ou do pai ou da mãe, e sua rotina diária era ir cedo ao colégio, de tarde ia aos cursos de inglês e piano. No final do dia NICK passava por lá e providenciava as coisas que faltavam. Conversavam um pouco. De noite CRIS ficava na internet ou senão no telefone falando com os pais. Que estavam bem e com saudades.
Na semana seguinte, faltando apenas dois dias para o retorno dos pais acordou como todos os dias, mas já estava ansiosa e feliz pelo volta deles. Cumpriu normalmente sua rotina de todos os dias. NICK passou em sua casa e combinou o horário que iriam buscá-los no aeroporto.
De noite ficou decepcionava, ligava para o hotel dos pais e ninguém atendia, ficou então á espera de uma ligação deles, não iria dormir enquanto não falassem com eles. Mas vencida pelo cansaço acabou dormindo e somente acordou quando já amanhecia.
Tomou seu banho, arrumou-se para ira á escola e desceu para tomar seu café.
Quando chegou na sala viu NICK nervoso, com ar triste e preocupado, estremeceu afinal logo cedo ele estava ali, então algo havia acontecido.
NICK pegou em sua mão e a fez sentar no sofá , respirou fundo e disse que estava ali por um motivo triste, não queria ter que dar uma notícia daquelas e que ela precisava ser forte. Falou que seus pais haviam sofrido um acidente na Alemanha na noite anterior e infelizmente vindo a falecer os dois. CRIS ficou em estado de choque e começou a chorar sem parar, estava órfã, não tinha parentes próximos, ficou sem chão. NICK a puxou para perto e a amparou sabia que os dias que se seguiriam seriam dolorosos para ela e prometeu para si que iria cuidar dela dali para frente.
Ele já havia tomado todas as providências legais e os corpos chegariam dentro de alguns dias, com relação ás empresas já havia entrado com pedido de transferência dos bens para o nome dela e deu seu nome como tutor dela já que era menor de idade. O juiz deferiu rapidamente, aceitando o pedido. NICK fora nomeado tutor de CRIS e cuidaria do patrimônio até ela completar 18 anos e para isso demoraria ainda um ano.
A notícia da morte dos pais da CRIS foi noticiada mundialmente, haviam ido passear de barco no final do dia e conforme a perícia teria batido em umas pedras e explodido.
CRIS muito abalada não saia de casa, a imprensa não dava sossego montando acampamento em frente da sua casa, afinal todos queriam fotografar e entrevistar a única herdeira.
NICK convocou uma coletiva onde disse que naquele momento CRIS não iria se manifestar mas que futuramente ele marcaria uma entrevista.
No dia do funeral forte esquema de segurança foi montado no cemitério para afastar curiosos e a imprensa. Somente a família e amigos foram autorizados a estar presentes.
NICK acompanhou CRIS. John veio lhe prestar condolências e logo saiu. Ela nem deu muita importância, estava totalmente perdida no tempo e sem chão.
O funeral correu rápido, mas como ela estava sem se alimentar direito desde a notícia, e a tristeza enorme, noites sem dormir, desfaleceu. NICK a pegou no colo e a levou para o carro. Iria levá-la para casa. Durante o trajeto de volta ligou ao médico da família e pediu para ir até lá.
Já em casa foi medicada e dormiu sob efeito de calmantes, o médico aconselhou NICK a ficar observando como reagiria nos próximos dias.
Ele então toma uma decisão, passaria os próximos dias junto dela, mandou buscar suas coisas no seu apartamento e se instalou no quarto de hospedes.
CRIS iria dormir até o dia seguinte mas mesmo assim ele ficou ali do lado dela velando seu sono. Vencido também pelo cansaço adormeceu recostado na cabeceira da cama e segurando sua mão.
NICK acordou antes de CRIS, tomou um banho, desceu e arrumou uma bandeja com o café da manhã reforçado e foi levar para ela, precisava fazer com que se alimentasse.
Quando chegou ao quarto CRIS já havia acordado. Ao vê-lo esboçou um leve sorriso, se sentia sem forças para nada.
Ele então se aproximou com a bandeja e disse á ela para fazer um esforço e se alimentar para não ficar doente. Ela não queria, não sentia fome, mas devido a insistência dele aceitou.
Disse á ela que por alguns dias iria ficar junto dela até vê-la recuperada e que estava ali hospedado. CRIS ficou feliz, ele estava sendo a única companhia diante daquela situação e perto dele sentia-se protegida.
NICK precisava ir á empresa, havia muitas coisas que teria que resolver afinal um grande império estava sob sua responsabilidade, se despediu dela com um leve beijo na face.
Aos poucos CRIS foi melhorando, estava ainda muito abalada, mas se alimentava melhor e procurava ler e escutar musica para se distrair. A pedido dela NICK iria passar a morar lá definitivamente pelo menos até ela chegar à maioridade e poder tomar posse da sua herança.
Embora ele estivesse sobrecarregado de obrigações sempre arranjava tempo para estar com ela nas principais refeições e procurava chegar cedo para lhe fazer companhia. Começaram a conversar mais e se tornam grandes amigos.
Certo dia durante a noite NICK lia um livro e é interrompido pelo grito de CRIS.
Levantou-se correndo e foi lá ver o que estava acontecendo.
CRIS estava encolhida sobre a cama, tremendo assustada havia sonhado com os pais que tinham uma certa expressão de tristeza nos rostos e diziam que foram vítimas de um plano para elimina-los e que a pessoa planejava algo de ruim contra ela. A sensação era muito forte e ela lembrava do sonho com todos os detalhes.
Narrou a NICK, que a abraçou e a recostou em seu peito. Já lhe haviam dito que sonhos são preounitórios , mas não acreditava muito , mas aquele sonho fizeram dúvidas serem plantadas dentro dele.
Será que poderia os pais dela terem sido assassinados e ela poderia ser a próxima? E outra quem poderia estar tramando algo? A perícia do acidente ainda estava em andamento, os primeiros relatórios diziam falha mecânica do barco por isso não conseguiram desviar das pedras e acabaram batendo. Resolveu que ficaria mais atento nas investigações do acidente. Se havia a possibilidade de atentado precisava redobrar a segurança de CRIS.
Procurou tirar o ar de preocupação do rosto e acalmou-a.
Fez a deitar novamente, afagou seus cabelos e ela logo adormeceu.
Ficou ali por uns instantes vendo ela dormir. A proximidade dela nos últimos dias, a convivência diária, fizeram com que no seu intimo começasse a crescer um amor, que ele não saberia por quanto tempo poderia esconder, tinha medo de se revelar e ser criticado e ser tachado de interesseiro e outra não saberia se iria ser correspondido.
Nos dias que se seguiram, houve a conclusão da perícia que fechou o processo tendo como causa do acidente falha mecânica.
CRIS estava mais conformada e já havia voltado para a escola e para os cursos que fazia e NICK quando podia ia buscá-la e levar para algum passeio.
Ela começou a sentir que havia um sentimento a mais por ele, mas por outro lado ficava confusa, poderia estar misturando carinho e afeto dele com amor, ou apenas estaria carente. Adorava sua companhia e ficava feliz quando ele ia busca-la e saiam para passear ou simplesmente chegava em casa mais cedo. As aulas estavam no final e no fim de ano queria viajar nas férias. NICK havia proposto alguns dias na Suíça e ela estava inclinada a concordar. Queria distrair um pouco e pensar o que faria no próximo ano já que como seus pais desejavam iria estudar no Canadá, mas ainda não sabia qual curso. Queria leva adiante o sonho dos pais então estava querendo Administração de Empresas.
Naquela noite CRIS sonhou novamente com os pais que diziam a mesma coisa sobre terem sido assassinados e que ela corria perigo, acordou assustada e num impulso correu para o quarto de NICK e o abraçou.
O calor que vinha do corpo dele e o abraço apertado faziam ela se sentir amparada e protegida.
Ele ficou surpreso com aquela atitude e esperou ela se acalmar e perguntou o que havia acontecido. Ela contou que havia sonhado novamente com os pais que diziam a mesma coisa do primeiro sonho.
NICK segurou as mãos de CRIS, olhou no fundo dos seus olhos, passou as mãos no seu rosto e disse para ela não ter medo de nada e que ele estaria sempre ao lado dela protegendo e não deixando nada de mal lhe acontecer. Não pôde mais se segurar e a beijou, que sentiu o coração disparar e se deixou levar, no seu interior desejou que aquele momento não tivesse um fim.
Não tendo mais como esconder o amor por ela, NICK abriu seu coração e contou tudo o que sentia inclusive o medo de ser criticado e de ser mal interpretado. CRIS então confessou também o que sentia por ele e das suas dúvidas e medos.
Ambos sorriram, começava ali a história de amor dos dois que iria passar por muitos obstáculos, mas que embora eles não percebessem, os pais dela ali estavam em espírito um pouco aliviados e abençoando aquela união.
CRIS e NICK estavam muito felizes, o ano letivo havia terminado e ela formado o colegial. Antes de saírem de férias para a Suíça iriam oficializar o noivado. Que não foi bem visto por John, pois se CRIS se casasse com NICK seus planos iriam por água á baixo.
Os sonhos de CRIS tinham fundamento.
John, ambicioso, e sem escrúpulos, planejou a morte dos pais de CRIS nos mínimos detalhes, contratou pessoas que sabotaram o barco e depois encobriram os vestígios do crime. Depois só teria que dar um jeito na única herdeira para ter a empresa toda para ele.
Planejava depois de algum tempo acabar com ela, mas pensou melhor e viu que essa idéia iria colocá-lo sob suspeita, pois com a morte da família toda do seu sócio o único beneficiado seria ele. Planejava então aproximar seu filho de CRIS para casá-lo com ela, assim a parte dela se juntaria ao dele sem despertar suspeitas.
Mas com o anúncio do noivado de CRIS e NICK estava vendo todo esse plano dar errado e precisava agir antes que isso acontecesse. Não poderia permitir o noivado e tinha que dar um jeito de pelo menos levar alguma vantagem. Estava planejando seqüestrar CRIS, pedir um resgate razoável e depois dar um jeito de afastá-la de NICK e depois casa-la com seu filho. Seria o plano perfeito.
NICK E CRIS dentro de alguns dias iam dar um jantar de noivado e estavam preparando tudo. Ele já havia deixado pessoas encarregadas na empresa para cuidar de tudo durante a viagem deles, só faltava dar as últimas instruções.
Naquela noite sonhou com os pais de CRIS. Eles pediam ajuda a ele para salvá-la pois ela corria perigo. Falaram novamente do crime que tinham sido vítimas e pediam justiça. Acordou suado e foi tomar um copo de água. Resolveu dar uma olhada em CRIS e depois que a viu dormir serenamente, ficou pensando em tudo aquilo. Decidiu seguir seu coração e ligou para um detetive amigo seu e contou a história e pediu que começasse uma investigação do acidente, mas que por enquanto seria sigiloso.
Custou a dormir, o sonho havia sido forte demais.
No outro dia reforçaria a segurança da casa e mandaria seguranças junto com CRIS toda vez que ela saísse. Não custava nada se precaver.
Nos dias que se seguiram antecedendo o noivado não aconteceu nada de estranho, tudo estava normal.
Na véspera, NICK saiu cedo para uma reunião na empresa e CRIS iria buscar sua roupa no ateliê. Saiu com motorista e segurança. Atrás mais um carro com o motorista e mais dois seguranças. Estava feliz e foi cantando no trajeto todo, pegou sua roupa e entrou no carro para voltar.
No meio do caminho o carro freia bruscamente , foi fechado por outro, de dentro saltam vários homens com capuz e fortemente armados que rendem seu segurança e seu motorista. Dois dos homens pegam a CRIS e a arrastam pelo braço e dizem que é um seqüestro. O carro com os outros seguranças, que vinha logo atrás, pára, eles descem e apontam armas para os seqüestradores, mas não podem fazer nada os bandidos já estão com CRIS dentro do carro e saem em disparada. Os seguranças saem atrás mas perdem o carro de vista. Ligam para NICK avisando, que fica pálido e fica sem reação. Só um tempo depois sai do choque e liga para a polícia.
Vai para casa pegar uma foto de CRIS a pedido da polícia e encontra seu amigo detetive á sua espera que precisa lhe dizer uma descoberta importante. As investigações dele levaram a outra causa do acidente que matou os pais de CRIS, ele descobriu que o barco havia sido sabotado e que um dos peritos misteriosamente tinha mudado de vida ,estava rico. Conclusão, os pais de CRIS haviam sido assassinados como disseram no sonho e NICK agora temia pela vida dela, precisavam correr contra o tempo para descobrir o paradeiro do perito e fazê-lo falar quem havia pago á ele para se omitir e então descobrirem o autor do crime e salvar CRIS.
Enquanto isso no carro dos seqüestradores CRIS se debatia e gritava por socorro. Para não ver aonde iriam e para evitar que se machucasse foi dopada. O carro parou em um lugar afastado, parecia uma chácara com uma pequena casa de madeira. Em volta havia muitas árvores.
Carregaram CRIS para dentro e a deixaram num quarto fechado á chave. Um dos bandidos liga de um celular e diz que já estava com ela. Recebem instruções de tratá-la bem e não machucá-la, mas que naquele dia teriam que deixá-la dopada pois mais a noite alguém iria vê-la.
Depois da revelação do detetive NICK ficou nervoso e não sabia o que fazer. A polícia já estava trabalhando no caso, as fotos de CRIS já estavam em todos os veículos de mídia e quem soubesse de alguma informação que entrasse em contato com a polícia e se a informação fosse confirmada haveria recompensa. Somente não contou á policia sobre a descoberta de seu detetive. Iriam manter a informação em sigilo enquanto ele ia á procura do tal perito.
Os telefones já estavam todos grampeados no caso do contato dos seqüestradores. Menos um dos celulares de NICK. O dia demorou a passar e nenhuma informação surgiu e muito menos um telefonema.
A noite chegou e CRIS permanecia dopada no cativeiro, quando um carro pára e de dentro dele desce o responsável pelo seqüestro que pede para vê-la, era John. Ele entra, senta na beirada da cama, passa a mão no rosto dela e diz que vai conseguir todos os objetivos planejados e que em breve a teria como nora e toda a fortuna iria pertencer á sua família. Deu um sorriso sarcástico.
Ele sai e deixa alguns mantimentos e instruções aos seus contratados.
A falta de notícias deixa NICK apreensivo, e ele passa a noite em claro.
Na manhã seguinte o telefone fixo toca e do outro lado um homem pede o resgate que deve ser pago dali a dois dias ou caso contrário teriam que dar um fim na vida de CRIS. E outra teria que ir sozinho e que não levasse a polícia junto. NICK diz que paga o que for preciso para tê-la sã e salva. O homem diz que entrará novamente em contato para maiores detalhes.
Momento de apreensão, em seus pensamentos veio o rosto de CRIS, não sabia como ela estava, se estava bem, se a estavam maltratando, seu coração apertou. Só voltou a si quando seu celular toca. Atende e é seu amigo detetive que conta que já havia encontrado o perito e descoberto quem tinha sido a pessoa que havia pagado para ele se omitir sobre o laudo do acidente. NICK quase não acredita no que ele diz. John era o mandante. E agora o que faria? Provavelmente ele estava por trás do seqüestro dela e não sabia ao certo o que ele poderia fazer. Marcou um encontro com seu amigo detetive para ver o que iriam resolver. Não poderia tomar nenhuma atitude precipitada.
No cativeiro CRIS acordou e ficou com medo de gritar não sabia o que queriam com ela.
Um homem abriu a porta trazendo água e algum alimento, estava com capuz e sua aparência fez ela ter um calafrio. Nem tocou na comida e começou a chorar.
No dia seguinte NICK recebe outro telefonema do seqüestrador, mas dessa vez de alguma forma ele liga no celular, pois sabe do grampo, diz para ele o valor do resgate, horário , local e que o pagamento seria por transferência em uma conta bancária, em um paraíso fiscal no nome de um laranja, feito através de um notebook que ele teria que levar.
Ele instruído por seu amigo detetive pede uma prova que está tudo bem com CRIS, seria uma prova de confiança. O seqüestrador reluta mas concorda, vai até onde ela está e a coloca no telefone. CRIS e NICK trocaram algumas palavras, o suficiente para ele saber que ela está bem.
NICK chora ao ouvi-la.
A polícia não conseguia descobrir onde CRIS estava e NICK decide não contar que tinha recebido o telefonema do seqüestrador e decidido pagar o resgate como o combinado. Não poderia perder tempo. Seu amigo detetive já tinha conseguido provas para colocar John na cadeia e indicia-lo por duplo assassinato, só faltava provar que ele estava ligado ao seqüestro.
O ponto de encontro seria em um galpão abandonado, depois da transferência o seqüestrador ligaria para o outro para soltar CRIS.
NICK teria que ser discreto pois se a polícia fosse envolvida poderia pôr em risco a vida dela. Programou tudo com muito cuidado e sem despertar suspeitas da polícia.
Liberou o valor no banco e foi para o local combinado, sozinho.
O seqüestrador já estava á sua espera , a transferência demorou alguns minutos, mas foi concluída.
Agora o seqüestrador tinha que cumprir o combinado e ligar para soltarem a CRIS.
Pega o celular para fazer isso mas escutam viaturas da polícia se aproximando.
O seqüestrador fica totalmente bravo com NICK e o acusa de não ter cumprido o acordo, diz ao celular pra não soltar a CRIS e saírem do cativeiro e levarem ela pra outro lugar.
NICK se desespera.
O seqüestrador foge de lá enquanto a policia entra pelo outro lado.
O delegado repreende NICK pela atitude.
Ele não liga muito pois agora está mais preocupado com o que vai acontecer á CRIS.
Volta para casa totalmente frustrado, achava que aquilo tudo teria um fim naquele dia, agora recomeçava mais uma espera, um novo contato, isso se não acontecesse algo de ruim e os bandidos cometessem uma loucura.
Subiu no quarto e se deixou desabar na cama, vários pensamentos vinham. Tinha encontrado a mulher da sua vida e agora tinha medo de perdê-la.
Já anoitecia, resolveu tomar um banho e tentar descansar um pouco e comer alguma coisa, teria que ter forças para suportar a espera.
Durante a tarde os seqüestradores haviam pegado CRIS e a levado para outro lugar.
Um galpão pequeno e vazio, somente com um colchão no chão.
Pela aparência percebeu que não ficaria lá por muito tempo.
Ela pôde perceber que estavam perto do mar, lembrava muito bem o cheiro da brisa, costumava sempre ir com seus pais e passar uma temporada na praia. Lembrou deles e lágrimas corriam pelo seu rosto. A saudade deles voltou com força.
Aqueles dias demoravam a passar e para ter forças pensava em NICK.
De repente escuta um barulho de carro parando.
Resolve fingir que está dormindo para tentar escutar alguma coisa e saber onde está e o que pretendiam.
John estava radiante afinal já tinha o dinheiro na conta de seu laranja. E ficou mais satisfeito quando soube do que acontecera. Ainda estava com CRIS e queria ter mais alguns benefícios com isso, porém estava um tanto preocupado afinal poderia ser descoberto. Decidiu que pediria mais uma quantia para NICK e soltaria CRIS depois disso. Ele coloca um capuz e vai vê-la. CRIS finge que dorme, mas quando ele passa a mão no seu rosto, estremece e levanta. Ele então não diz nada para ela não reconhecer sua voz e sai.
Mal sabe ele que ela o reconheceu apenas pelo forte perfume deixado por ele no ambiente.
Sentiu medo e ao mesmo tempo raiva. O sócio de seu pai estava por trás do seu seqüestro e lembrando do sonho concluiu que ele tinha sido responsável pela morte dos seus pais.
Naquela noite não dormiu com o peito oprimido.
Na manhã seguinte NICK recebe o telefonema do seqüestrador que pede mais uma quantia e diz que dessa vez vai soltar CRIS. Mas que se a polícia intervir mais uma vez não a verá mais.
Combinam o mesmo esquema de transferência, em um galpão do porto.
NICK está quase saindo quando seu amigo detetive chega com novidades quentes.
Passou aqueles últimos dias seguindo John e descobriu onde ia sempre e bem como provas de que estava ligado á aquele seqüestro. A prova era a conta bancária onde havia sido feito o depósito, a pessoa usada como titular tinha sido descoberta e depois de algumas ameaças havia concordado em depor em troca de benefícios para não ser indiciado.
NICK conta do contado do seqüestrador e das ameaças feitas por ele.
O detetive diz para ele cumprir o combinado, pois após a transferência e a libertação de CRIS iria dar voz de prisão á John.
NICK sai e vai ao local. Chegando lá fica á espera do seqüestrador.
Enquanto isso John vai no locar onde CRIS é mantida e briga com um dos seus contratados, pois de alguma forma sua identidade fora descoberto e agora estava num beco sem saída, soubera através de alguns informantes que todo o esquema de transferência tinha sido descoberto.
Teria que fugir dali. Mas para isso teria que ter uma garantia, levaria CRIS com ele. Enquanto estivesse com ela poderia fazer chantagem. Fugiria para outro pais pelo mar e lá mudaria de identidade, bem como daria um jeito de arrumar documentos falsos para CRIS também.
Falou para ir busca-la enquanto colocava um capuz.
CRIS não agüentou de raiva e partiu para cima dele, chamando de assassino e pelo nome. Ela agora corria mais perigo do que nunca, sabia demais. John tira o capuz e somente diz que não tinha tido tanto trabalho para acabar sem nada.
John pega CRIS, amarra suas mãos e a coloca num barco.
Sai em seguida, justo no momento que a polícia chega.
Tiros são disparados entra a polícia e os capangas de John.
NICK escuta e sai correndo em direção deles, o galpão onde estava esperando o seqüestrador ficava á apenas alguns metros..
Vê então a polícia aglomerada no cais e já ao longe um barco se distanciando, calcula então que CRIS está nele.
Sem pensar muito pega um dos barcos ancorados e vai atrás, mesmo com protestos do delgado topeira que novamente mete os pés pelas mãos.
NICK era habilidoso com o barco pois tinha como robbie de vez enquanto velejar. Rapidamente se aproxima do barco onde CRIS está.
John está totalmente transtornado com o rumo daquele plano.
Faria de tudo para não sair perdendo, odiava perder.
Tinha para si que ainda sairia vitorioso daquela situação.
Mas viu tudo de complicar quando a guarda costeira cerca seu barco.
Ele fica entre a guarda costeira e o barco onde está NICK.
Sem saída pára o barco, faz CRIS se levantar e a segura junto ao corpo para usá-la como escudo, aponta uma faca no pescoço dela e grita para ninguém se aproximar.
NICK pára o barco e diz para ele não fazer uma besteira e para manter a calma para negociarem.
John agora poderia fazer qualquer coisa, todo cuidado era pouco.
Estava totalmente fora de controle, e uma pessoa assim era totalmente imprevisível.
Ele começa a rir e diz que sabe que não tem mais volta, que não sabe perder e que de alguma forma faria NICK pagar por ter estragado todos seu planos.
Joga CRIS no mar e logo em seguida corta os pulsos.
CRIS com os braços amarrados não tem como nadar e se afoga.
NICK pula desesperado para salvá-la , enquanto a polícia pega John.
Momentos de angústia, minutos parecem eternos, mas NICK consegue achar CRIS, sobe á superfície e é resgatado por outros policiais.
Ela está inconsciente.
NICK faz respiração boca a boca e massagem cardíaca mas ela não reage.
Ele continua tentando, até que CRIS volta a si.
Os dois se abraçam emocionados e são aplaudidos pelos que acompanharam tudo.
CRIS é atendida na ambulância quando chegam ao porto. John que achou que cortando os pulsos ia por um fim em sua vida, deu azar e não morreu, agora teria que pagar pelos seus crimes na cadeia.
Nos dias que se seguiram John foi considerado culpado e pegou vários anos de prisão em regime fechado, seu filho e esposa ficaram totalmente espantados com o que ele havia feito e decidiram ir embora do país, vendendo a parte da empresa para NICK.
CRIS já estava recuperada e agora poderia recomeçar sua vida..
O noivado interrompido, iria se realizar dentro de mais alguns dias.
Tudo preparado com muito capricho, seria em casa, muito bem decorada.
CRIS estava com um vestido longo rosa claro e NICK num elegante terno preto.
Trocaram alianças e marcaram casamento para quando CRIS fizesse 18 anos.
Felicidade dos dois e embora estivessem totalmente apaixonados e amando um ao outro não haviam ainda dormindo juntos. NICK não forçava nada e esperaria quando fosse o momento certo.
No final do ano viajaram para a Suíça, foram dias felizes com muitos passeios, jantares, visitaram vários lugares., conheceram várias pessoas.
No retorno iam começar a programar a mudança para o Canadá onde CRIS iria cursar Administração de Empresas. Afinal CRIS poderia fazer um ano do curso antes de se casar.
Nada mudaria na empresa, NICK comandaria tudo de lá mesmo através da filial.
Mudaram-se logo após o Ano Novo, numa linda casa, dois andares, cuidadosamente decorada por CRIS, em um bairro calmo e com muitas flores.
CRIS adaptou-se rapidamente, estava adorando a faculdade onde fez várias amizades e estava indo muito bem.
Numa tarde de domingo ensolarado NICK sai para velejar com CRIS. O céu limpo e de um azul lindo, mar calmo, brisa suave.
Passam á tarde toda entre beijos e demonstrações de carinho, até que NICK pega os papéis do casamento para mostrar para CRIS, ela mal pode acreditar no que lia, ele havia marcado o casamento para o dia do seu aniversário 02 de Setembro.
Iria se tornar maior de idade e se casar no mesmo dia com o amor da sua vida, felicidade em dobro.
Alugaram um hotel fazenda, para fazer o casamento e a recepção dos convidados.
CRIS chegou em uma carruagem puxada por quatro cavalos brancos. Um longo tapete vermelho estava estendido até o altar. Na entrada um arco decorado com flores do campo, conforme ela ia caminhando pétalas de rosas brancas caiam. Safest Place to Hide era a música da entrada.
“It seems like yesterday when I said I do
And after all this time my heart still bums for you
If you don’t know by now that you’re my only one
Take a look inside me and whatch my heartsthings come undone
I know I promisse you forever
Is there no stronger word I can use
To reassure you when the storm is raging outside
You’re my safest place to hide
Can you see me, here Iam
I need you like inleded you then
When I feel like giving up
I climbing inside your heart and still find
You’re my safest place to hide
You’re my safest place to hide...”
Estava linda num vestido branco de seda liso, longa calda , pequeno véu preso á tiara de pequenas pedras de diamante, buquê de rosas brancas.
NICK também estava impecável com camisa branca, terno e sapatos pretos e gravata vermelha. Seus olhos brilhavam.
A cerimônia correu normalmente e cheio de emoção e depois do sim dos noivos dirigiram-se para a recepção. Os dois irradiavam alegria e a valsa foi ao som de I got you:
“ People tell me you stay where you belong
But all my life, I’ve tried to prove them wrong
They say I’m looking for
Something that can’t be found
They say I’m missing out
My feet don’t touch the ground
But there are moments when you can’t deny what’s true
Just an ordinary day like when I met you
It’s funny how life can take new meaning
When you came and changed what I believed in
The world on the outside’s trying to pull me in
But they can’t touch me
Cause I got you…
I got you….”
Cortaram o bolo e brindaram com champagne enlaçando os braços.
NICK e CRIS saíram logo após, montaram em um cavalo branco e foram para o alto de uma colina da fazenda onde estava montado uma tenda , dentro uma cama de casal com lençóis brancos e pétalas de rosas vermelhas em cima. O céu estava estrelado com uma lua cheia linda e uma leve brisa que fazia balançar os panos em volta da tenda. A lua estava clara e iluminava tudo.
Ele desce do cavalo primeiro, pega CRIS no colo e a deita na cama.
NICK beija seu pescoço e depois seus lábios suavemente.
Era a primeira vez de CRIS e foi perfeita afinal NICK foi muito carinhoso.
De manhã cedo acordam como nascer do sol..
Nick canta baixinho em seu ouvido Climbing the walls:
“Close your eyes, make a wish
This could last forever
If only you could stay with me now
So tell me what it is that keeps us from each other now
Yeah, its coming to get me
You’re under my skin
No, I can’t let you go
You’re a part of me now
Caught by the taste of your kiss
And I don’t wanna know the reason why I can’t stay forever like this
Now I’m climbing the walls cuz I miss you...”
Saindo de lá vão para sua casa, agora são marido e mulher e vão poder dormir na mesma cama, já que naquele um ano cada um tinha o seu quarto.
CRIS começaria sua família novamente.
Todos os dias eram cheios de alegria. NICK um marido mais que perfeito
A casa era grande e como tinha somente os dois dava para brincar de pega-pega dentro dela.
NICK era muito alto astral e adora fazer molecagem com a CRIS, o que mostrou que seria um ótimo pai.
Estavam cheios de planos para o futuro mas não iriam precipitar nada, tudo viria ao seu tempo.
Os quatro anos do curso de CRIS passaram rápido e depois da formatura ela começou a trabalhar na filial da empresa, agora eram 24 horas do lado do seu amor.
CRIS se mostrou competente e ganhou a confiança e admiração dos funcionários, tinha vocação para a profissão.
Já participada das reuniões e tomava decisões importantes.
Em uma manhã CRIS acordou indisposta e não foi trabalhar, NICK ficou preocupado, e ligava toda hora antes de entrar em uma reunião importante, prometeu que iria para casa logo após o término dela.
Enquanto isso CRIS se levantou e se sentiu indisposta, tinha náuseas e enjôo, viu tudo rodar e desmaiou.
Nenhum dos empregados percebeu.
NICK saiu da reunião e foi direto para casa, queria saber se CRIS estava melhor.
Subiu correndo ás escadas e entrou no quarto, quando a viu no chão.
Pegou a no colo e colocou na cama.
Chamou um médico enquanto passava álcool em seus pulsos para voltar a si.
Aos poucos CRIS voltou a si.
NICK respirou aliviado mas mesmo assim não se sentiu seguro. Só ficaria sossegado depois que ela fosse devidamente examinada pelo médico.
O médico chegou e fez a primeira avaliação.
Ele tinha uma ótima notícia, pelo que tudo indicava CRIS estava grávida. Só teria que fazer um exame de sangue para confirmar.
O que não demorou muito para se confirmar o resultado foi rápido e tiveram a confirmação.
A família ia aumentar. NICK não continha tanta alegria.
CRIS também estava radiante.
Os próximos meses seriam de ansiedade e preparativos para a chegada do bebê.
Prepararam tudo com muito carinho.
NICK enchia CRIS de mimos e cuidados. Até mesmo nos desejos loucos dela durante a gravidez. Os desejos de CRIS não eram tão absurdos, mas o problema é que sempre eram de madrugada, e lá ia NICK com cara de sono para a cozinha ou sair para comprar o que ela tinha vontade. Mesmo assim não reclamava, ia com prazer.
No sexto mês fizeram uma ultra-sonografia e descobriram que seria um menino.
Puderam então dar á cor azul ao quarto, que foi decorado com vários ursinhos de pelúcia e brinquedos. Os desenhos do quarto retratavam o fundo do mar, golfinhos,peixes. NICK adorava o mar tanto que havia criado uma Fundação de apoio aos Golfinhos. Essa foi a inspiração para o quarto. Ficou perfeito.
Alguns meses depois o bebê nasce, lindo e saudável, ao qual colocaram o nome de Ryan.
NICK se mostrou um verdadeiro pai coruja, ajudava CRIS em tudo, dava banho, trocava fraldas, fazia mamadeiras e levantava de noite quando ele chorava, um pai exemplar e perfeito.
Ryan era a cara do pai, a mesma cor dos olhos, o cabelo loirinho, parece que nasceu sorrindo. O temperamento puxou a mãe calmo, sossegado. Não dava trabalho somente chorava quando estava com a fralda para trocar ou com fome, fora isso dormia o tempo todo.
CRIS e NICK curtiam cada momento. Os problemas, preocupações e dificuldades vividas ficaram no passado.
A partir daquele momento iam viver intensamente um único e verdadeiro amor um pelo outro, abençoados pela chegada do filho e não percebiam, mas também abençoados pelos pais de CRIS.
Morava com sua família em um casarão num lugar tranquilo.
Sua família era feliz e muito unida. Seu pai sempre viajava á negócios e quase não o via, mas sempre que estava aqui ficava junto dela e dava muito carinho.
A empresa crescia e tinha várias filiais no exterior. Seu pai não era o único dono tinha um sócio de longa data, mas que não tinha a metade das ações, seu nome era John
Estavam reunidos em casa num jantar quando seu pai, diz que terá que viajar novamente, o destino seria a Alemanha, teria que resolver alguns assuntos importantes na filial de lá. Mas que desta vez sua mãe iria junto, iriam tirar alguns dias de folga e passear .
CRIS entristeceu já que não poderia ir junto, estava nas épocas de provas do colégio, e eram as últimas do final do ano letivo.
Pela primeira vez iria ficar sozinha, sem pai e nem mãe pelo menos durante quinze dias. Sentiu um aperto no coração, mesmo eles dizendo que ligariam todos os dias.
No dia seguinte foi se despedir deles no aeroporto, lá encontrou o advogado do seu pai, se chamava NICK e era de extrema confiança e iria cuidar de tudo na ausência dele, profissional muito correto e competente.
Lá também estava o sócio do seu pai, John, apenas cumprindo com as formalidades, homem com ar sombrio, de poucas palavras. CRIS não gostava muito dele mas por educação o tratava formalmente. Naquele dia sentiu um calafrio quando o viu e ele direcionou um olhar.
Despediram-se na maior emoção. Na volta NICK levou CRIS para casa e a pedido dos pais dela iria todos os dias lá pra ver se estava tudo bem.
A diferença de idade deles não era tão grande já que NICK havia se formado jovem e construído carreira cedo, tinha 27 anos, tinham pouco contato pois só se encontravam quando havia alguma reunião ou festa referente á empresa. CRIS era tímida e falava bem pouco. NICK puxou conversa, devido á profissão, falava muito bem. Ela somente respondeu ás perguntas dele e disse algumas poucas palavras.
NICK disse que passaria por lá todos os dias depois do expediente da empresa para ver se estava tudo bem e se precisaria de alguma coisa.
CRIS sorriu e agradeceu.
A primeira semana custou a passar, ela não estava acostumada a não ter a presença ou do pai ou da mãe, e sua rotina diária era ir cedo ao colégio, de tarde ia aos cursos de inglês e piano. No final do dia NICK passava por lá e providenciava as coisas que faltavam. Conversavam um pouco. De noite CRIS ficava na internet ou senão no telefone falando com os pais. Que estavam bem e com saudades.
Na semana seguinte, faltando apenas dois dias para o retorno dos pais acordou como todos os dias, mas já estava ansiosa e feliz pelo volta deles. Cumpriu normalmente sua rotina de todos os dias. NICK passou em sua casa e combinou o horário que iriam buscá-los no aeroporto.
De noite ficou decepcionava, ligava para o hotel dos pais e ninguém atendia, ficou então á espera de uma ligação deles, não iria dormir enquanto não falassem com eles. Mas vencida pelo cansaço acabou dormindo e somente acordou quando já amanhecia.
Tomou seu banho, arrumou-se para ira á escola e desceu para tomar seu café.
Quando chegou na sala viu NICK nervoso, com ar triste e preocupado, estremeceu afinal logo cedo ele estava ali, então algo havia acontecido.
NICK pegou em sua mão e a fez sentar no sofá , respirou fundo e disse que estava ali por um motivo triste, não queria ter que dar uma notícia daquelas e que ela precisava ser forte. Falou que seus pais haviam sofrido um acidente na Alemanha na noite anterior e infelizmente vindo a falecer os dois. CRIS ficou em estado de choque e começou a chorar sem parar, estava órfã, não tinha parentes próximos, ficou sem chão. NICK a puxou para perto e a amparou sabia que os dias que se seguiriam seriam dolorosos para ela e prometeu para si que iria cuidar dela dali para frente.
Ele já havia tomado todas as providências legais e os corpos chegariam dentro de alguns dias, com relação ás empresas já havia entrado com pedido de transferência dos bens para o nome dela e deu seu nome como tutor dela já que era menor de idade. O juiz deferiu rapidamente, aceitando o pedido. NICK fora nomeado tutor de CRIS e cuidaria do patrimônio até ela completar 18 anos e para isso demoraria ainda um ano.
A notícia da morte dos pais da CRIS foi noticiada mundialmente, haviam ido passear de barco no final do dia e conforme a perícia teria batido em umas pedras e explodido.
CRIS muito abalada não saia de casa, a imprensa não dava sossego montando acampamento em frente da sua casa, afinal todos queriam fotografar e entrevistar a única herdeira.
NICK convocou uma coletiva onde disse que naquele momento CRIS não iria se manifestar mas que futuramente ele marcaria uma entrevista.
No dia do funeral forte esquema de segurança foi montado no cemitério para afastar curiosos e a imprensa. Somente a família e amigos foram autorizados a estar presentes.
NICK acompanhou CRIS. John veio lhe prestar condolências e logo saiu. Ela nem deu muita importância, estava totalmente perdida no tempo e sem chão.
O funeral correu rápido, mas como ela estava sem se alimentar direito desde a notícia, e a tristeza enorme, noites sem dormir, desfaleceu. NICK a pegou no colo e a levou para o carro. Iria levá-la para casa. Durante o trajeto de volta ligou ao médico da família e pediu para ir até lá.
Já em casa foi medicada e dormiu sob efeito de calmantes, o médico aconselhou NICK a ficar observando como reagiria nos próximos dias.
Ele então toma uma decisão, passaria os próximos dias junto dela, mandou buscar suas coisas no seu apartamento e se instalou no quarto de hospedes.
CRIS iria dormir até o dia seguinte mas mesmo assim ele ficou ali do lado dela velando seu sono. Vencido também pelo cansaço adormeceu recostado na cabeceira da cama e segurando sua mão.
NICK acordou antes de CRIS, tomou um banho, desceu e arrumou uma bandeja com o café da manhã reforçado e foi levar para ela, precisava fazer com que se alimentasse.
Quando chegou ao quarto CRIS já havia acordado. Ao vê-lo esboçou um leve sorriso, se sentia sem forças para nada.
Ele então se aproximou com a bandeja e disse á ela para fazer um esforço e se alimentar para não ficar doente. Ela não queria, não sentia fome, mas devido a insistência dele aceitou.
Disse á ela que por alguns dias iria ficar junto dela até vê-la recuperada e que estava ali hospedado. CRIS ficou feliz, ele estava sendo a única companhia diante daquela situação e perto dele sentia-se protegida.
NICK precisava ir á empresa, havia muitas coisas que teria que resolver afinal um grande império estava sob sua responsabilidade, se despediu dela com um leve beijo na face.
Aos poucos CRIS foi melhorando, estava ainda muito abalada, mas se alimentava melhor e procurava ler e escutar musica para se distrair. A pedido dela NICK iria passar a morar lá definitivamente pelo menos até ela chegar à maioridade e poder tomar posse da sua herança.
Embora ele estivesse sobrecarregado de obrigações sempre arranjava tempo para estar com ela nas principais refeições e procurava chegar cedo para lhe fazer companhia. Começaram a conversar mais e se tornam grandes amigos.
Certo dia durante a noite NICK lia um livro e é interrompido pelo grito de CRIS.
Levantou-se correndo e foi lá ver o que estava acontecendo.
CRIS estava encolhida sobre a cama, tremendo assustada havia sonhado com os pais que tinham uma certa expressão de tristeza nos rostos e diziam que foram vítimas de um plano para elimina-los e que a pessoa planejava algo de ruim contra ela. A sensação era muito forte e ela lembrava do sonho com todos os detalhes.
Narrou a NICK, que a abraçou e a recostou em seu peito. Já lhe haviam dito que sonhos são preounitórios , mas não acreditava muito , mas aquele sonho fizeram dúvidas serem plantadas dentro dele.
Será que poderia os pais dela terem sido assassinados e ela poderia ser a próxima? E outra quem poderia estar tramando algo? A perícia do acidente ainda estava em andamento, os primeiros relatórios diziam falha mecânica do barco por isso não conseguiram desviar das pedras e acabaram batendo. Resolveu que ficaria mais atento nas investigações do acidente. Se havia a possibilidade de atentado precisava redobrar a segurança de CRIS.
Procurou tirar o ar de preocupação do rosto e acalmou-a.
Fez a deitar novamente, afagou seus cabelos e ela logo adormeceu.
Ficou ali por uns instantes vendo ela dormir. A proximidade dela nos últimos dias, a convivência diária, fizeram com que no seu intimo começasse a crescer um amor, que ele não saberia por quanto tempo poderia esconder, tinha medo de se revelar e ser criticado e ser tachado de interesseiro e outra não saberia se iria ser correspondido.
Nos dias que se seguiram, houve a conclusão da perícia que fechou o processo tendo como causa do acidente falha mecânica.
CRIS estava mais conformada e já havia voltado para a escola e para os cursos que fazia e NICK quando podia ia buscá-la e levar para algum passeio.
Ela começou a sentir que havia um sentimento a mais por ele, mas por outro lado ficava confusa, poderia estar misturando carinho e afeto dele com amor, ou apenas estaria carente. Adorava sua companhia e ficava feliz quando ele ia busca-la e saiam para passear ou simplesmente chegava em casa mais cedo. As aulas estavam no final e no fim de ano queria viajar nas férias. NICK havia proposto alguns dias na Suíça e ela estava inclinada a concordar. Queria distrair um pouco e pensar o que faria no próximo ano já que como seus pais desejavam iria estudar no Canadá, mas ainda não sabia qual curso. Queria leva adiante o sonho dos pais então estava querendo Administração de Empresas.
Naquela noite CRIS sonhou novamente com os pais que diziam a mesma coisa sobre terem sido assassinados e que ela corria perigo, acordou assustada e num impulso correu para o quarto de NICK e o abraçou.
O calor que vinha do corpo dele e o abraço apertado faziam ela se sentir amparada e protegida.
Ele ficou surpreso com aquela atitude e esperou ela se acalmar e perguntou o que havia acontecido. Ela contou que havia sonhado novamente com os pais que diziam a mesma coisa do primeiro sonho.
NICK segurou as mãos de CRIS, olhou no fundo dos seus olhos, passou as mãos no seu rosto e disse para ela não ter medo de nada e que ele estaria sempre ao lado dela protegendo e não deixando nada de mal lhe acontecer. Não pôde mais se segurar e a beijou, que sentiu o coração disparar e se deixou levar, no seu interior desejou que aquele momento não tivesse um fim.
Não tendo mais como esconder o amor por ela, NICK abriu seu coração e contou tudo o que sentia inclusive o medo de ser criticado e de ser mal interpretado. CRIS então confessou também o que sentia por ele e das suas dúvidas e medos.
Ambos sorriram, começava ali a história de amor dos dois que iria passar por muitos obstáculos, mas que embora eles não percebessem, os pais dela ali estavam em espírito um pouco aliviados e abençoando aquela união.
CRIS e NICK estavam muito felizes, o ano letivo havia terminado e ela formado o colegial. Antes de saírem de férias para a Suíça iriam oficializar o noivado. Que não foi bem visto por John, pois se CRIS se casasse com NICK seus planos iriam por água á baixo.
Os sonhos de CRIS tinham fundamento.
John, ambicioso, e sem escrúpulos, planejou a morte dos pais de CRIS nos mínimos detalhes, contratou pessoas que sabotaram o barco e depois encobriram os vestígios do crime. Depois só teria que dar um jeito na única herdeira para ter a empresa toda para ele.
Planejava depois de algum tempo acabar com ela, mas pensou melhor e viu que essa idéia iria colocá-lo sob suspeita, pois com a morte da família toda do seu sócio o único beneficiado seria ele. Planejava então aproximar seu filho de CRIS para casá-lo com ela, assim a parte dela se juntaria ao dele sem despertar suspeitas.
Mas com o anúncio do noivado de CRIS e NICK estava vendo todo esse plano dar errado e precisava agir antes que isso acontecesse. Não poderia permitir o noivado e tinha que dar um jeito de pelo menos levar alguma vantagem. Estava planejando seqüestrar CRIS, pedir um resgate razoável e depois dar um jeito de afastá-la de NICK e depois casa-la com seu filho. Seria o plano perfeito.
NICK E CRIS dentro de alguns dias iam dar um jantar de noivado e estavam preparando tudo. Ele já havia deixado pessoas encarregadas na empresa para cuidar de tudo durante a viagem deles, só faltava dar as últimas instruções.
Naquela noite sonhou com os pais de CRIS. Eles pediam ajuda a ele para salvá-la pois ela corria perigo. Falaram novamente do crime que tinham sido vítimas e pediam justiça. Acordou suado e foi tomar um copo de água. Resolveu dar uma olhada em CRIS e depois que a viu dormir serenamente, ficou pensando em tudo aquilo. Decidiu seguir seu coração e ligou para um detetive amigo seu e contou a história e pediu que começasse uma investigação do acidente, mas que por enquanto seria sigiloso.
Custou a dormir, o sonho havia sido forte demais.
No outro dia reforçaria a segurança da casa e mandaria seguranças junto com CRIS toda vez que ela saísse. Não custava nada se precaver.
Nos dias que se seguiram antecedendo o noivado não aconteceu nada de estranho, tudo estava normal.
Na véspera, NICK saiu cedo para uma reunião na empresa e CRIS iria buscar sua roupa no ateliê. Saiu com motorista e segurança. Atrás mais um carro com o motorista e mais dois seguranças. Estava feliz e foi cantando no trajeto todo, pegou sua roupa e entrou no carro para voltar.
No meio do caminho o carro freia bruscamente , foi fechado por outro, de dentro saltam vários homens com capuz e fortemente armados que rendem seu segurança e seu motorista. Dois dos homens pegam a CRIS e a arrastam pelo braço e dizem que é um seqüestro. O carro com os outros seguranças, que vinha logo atrás, pára, eles descem e apontam armas para os seqüestradores, mas não podem fazer nada os bandidos já estão com CRIS dentro do carro e saem em disparada. Os seguranças saem atrás mas perdem o carro de vista. Ligam para NICK avisando, que fica pálido e fica sem reação. Só um tempo depois sai do choque e liga para a polícia.
Vai para casa pegar uma foto de CRIS a pedido da polícia e encontra seu amigo detetive á sua espera que precisa lhe dizer uma descoberta importante. As investigações dele levaram a outra causa do acidente que matou os pais de CRIS, ele descobriu que o barco havia sido sabotado e que um dos peritos misteriosamente tinha mudado de vida ,estava rico. Conclusão, os pais de CRIS haviam sido assassinados como disseram no sonho e NICK agora temia pela vida dela, precisavam correr contra o tempo para descobrir o paradeiro do perito e fazê-lo falar quem havia pago á ele para se omitir e então descobrirem o autor do crime e salvar CRIS.
Enquanto isso no carro dos seqüestradores CRIS se debatia e gritava por socorro. Para não ver aonde iriam e para evitar que se machucasse foi dopada. O carro parou em um lugar afastado, parecia uma chácara com uma pequena casa de madeira. Em volta havia muitas árvores.
Carregaram CRIS para dentro e a deixaram num quarto fechado á chave. Um dos bandidos liga de um celular e diz que já estava com ela. Recebem instruções de tratá-la bem e não machucá-la, mas que naquele dia teriam que deixá-la dopada pois mais a noite alguém iria vê-la.
Depois da revelação do detetive NICK ficou nervoso e não sabia o que fazer. A polícia já estava trabalhando no caso, as fotos de CRIS já estavam em todos os veículos de mídia e quem soubesse de alguma informação que entrasse em contato com a polícia e se a informação fosse confirmada haveria recompensa. Somente não contou á policia sobre a descoberta de seu detetive. Iriam manter a informação em sigilo enquanto ele ia á procura do tal perito.
Os telefones já estavam todos grampeados no caso do contato dos seqüestradores. Menos um dos celulares de NICK. O dia demorou a passar e nenhuma informação surgiu e muito menos um telefonema.
A noite chegou e CRIS permanecia dopada no cativeiro, quando um carro pára e de dentro dele desce o responsável pelo seqüestro que pede para vê-la, era John. Ele entra, senta na beirada da cama, passa a mão no rosto dela e diz que vai conseguir todos os objetivos planejados e que em breve a teria como nora e toda a fortuna iria pertencer á sua família. Deu um sorriso sarcástico.
Ele sai e deixa alguns mantimentos e instruções aos seus contratados.
A falta de notícias deixa NICK apreensivo, e ele passa a noite em claro.
Na manhã seguinte o telefone fixo toca e do outro lado um homem pede o resgate que deve ser pago dali a dois dias ou caso contrário teriam que dar um fim na vida de CRIS. E outra teria que ir sozinho e que não levasse a polícia junto. NICK diz que paga o que for preciso para tê-la sã e salva. O homem diz que entrará novamente em contato para maiores detalhes.
Momento de apreensão, em seus pensamentos veio o rosto de CRIS, não sabia como ela estava, se estava bem, se a estavam maltratando, seu coração apertou. Só voltou a si quando seu celular toca. Atende e é seu amigo detetive que conta que já havia encontrado o perito e descoberto quem tinha sido a pessoa que havia pagado para ele se omitir sobre o laudo do acidente. NICK quase não acredita no que ele diz. John era o mandante. E agora o que faria? Provavelmente ele estava por trás do seqüestro dela e não sabia ao certo o que ele poderia fazer. Marcou um encontro com seu amigo detetive para ver o que iriam resolver. Não poderia tomar nenhuma atitude precipitada.
No cativeiro CRIS acordou e ficou com medo de gritar não sabia o que queriam com ela.
Um homem abriu a porta trazendo água e algum alimento, estava com capuz e sua aparência fez ela ter um calafrio. Nem tocou na comida e começou a chorar.
No dia seguinte NICK recebe outro telefonema do seqüestrador, mas dessa vez de alguma forma ele liga no celular, pois sabe do grampo, diz para ele o valor do resgate, horário , local e que o pagamento seria por transferência em uma conta bancária, em um paraíso fiscal no nome de um laranja, feito através de um notebook que ele teria que levar.
Ele instruído por seu amigo detetive pede uma prova que está tudo bem com CRIS, seria uma prova de confiança. O seqüestrador reluta mas concorda, vai até onde ela está e a coloca no telefone. CRIS e NICK trocaram algumas palavras, o suficiente para ele saber que ela está bem.
NICK chora ao ouvi-la.
A polícia não conseguia descobrir onde CRIS estava e NICK decide não contar que tinha recebido o telefonema do seqüestrador e decidido pagar o resgate como o combinado. Não poderia perder tempo. Seu amigo detetive já tinha conseguido provas para colocar John na cadeia e indicia-lo por duplo assassinato, só faltava provar que ele estava ligado ao seqüestro.
O ponto de encontro seria em um galpão abandonado, depois da transferência o seqüestrador ligaria para o outro para soltar CRIS.
NICK teria que ser discreto pois se a polícia fosse envolvida poderia pôr em risco a vida dela. Programou tudo com muito cuidado e sem despertar suspeitas da polícia.
Liberou o valor no banco e foi para o local combinado, sozinho.
O seqüestrador já estava á sua espera , a transferência demorou alguns minutos, mas foi concluída.
Agora o seqüestrador tinha que cumprir o combinado e ligar para soltarem a CRIS.
Pega o celular para fazer isso mas escutam viaturas da polícia se aproximando.
O seqüestrador fica totalmente bravo com NICK e o acusa de não ter cumprido o acordo, diz ao celular pra não soltar a CRIS e saírem do cativeiro e levarem ela pra outro lugar.
NICK se desespera.
O seqüestrador foge de lá enquanto a policia entra pelo outro lado.
O delegado repreende NICK pela atitude.
Ele não liga muito pois agora está mais preocupado com o que vai acontecer á CRIS.
Volta para casa totalmente frustrado, achava que aquilo tudo teria um fim naquele dia, agora recomeçava mais uma espera, um novo contato, isso se não acontecesse algo de ruim e os bandidos cometessem uma loucura.
Subiu no quarto e se deixou desabar na cama, vários pensamentos vinham. Tinha encontrado a mulher da sua vida e agora tinha medo de perdê-la.
Já anoitecia, resolveu tomar um banho e tentar descansar um pouco e comer alguma coisa, teria que ter forças para suportar a espera.
Durante a tarde os seqüestradores haviam pegado CRIS e a levado para outro lugar.
Um galpão pequeno e vazio, somente com um colchão no chão.
Pela aparência percebeu que não ficaria lá por muito tempo.
Ela pôde perceber que estavam perto do mar, lembrava muito bem o cheiro da brisa, costumava sempre ir com seus pais e passar uma temporada na praia. Lembrou deles e lágrimas corriam pelo seu rosto. A saudade deles voltou com força.
Aqueles dias demoravam a passar e para ter forças pensava em NICK.
De repente escuta um barulho de carro parando.
Resolve fingir que está dormindo para tentar escutar alguma coisa e saber onde está e o que pretendiam.
John estava radiante afinal já tinha o dinheiro na conta de seu laranja. E ficou mais satisfeito quando soube do que acontecera. Ainda estava com CRIS e queria ter mais alguns benefícios com isso, porém estava um tanto preocupado afinal poderia ser descoberto. Decidiu que pediria mais uma quantia para NICK e soltaria CRIS depois disso. Ele coloca um capuz e vai vê-la. CRIS finge que dorme, mas quando ele passa a mão no seu rosto, estremece e levanta. Ele então não diz nada para ela não reconhecer sua voz e sai.
Mal sabe ele que ela o reconheceu apenas pelo forte perfume deixado por ele no ambiente.
Sentiu medo e ao mesmo tempo raiva. O sócio de seu pai estava por trás do seu seqüestro e lembrando do sonho concluiu que ele tinha sido responsável pela morte dos seus pais.
Naquela noite não dormiu com o peito oprimido.
Na manhã seguinte NICK recebe o telefonema do seqüestrador que pede mais uma quantia e diz que dessa vez vai soltar CRIS. Mas que se a polícia intervir mais uma vez não a verá mais.
Combinam o mesmo esquema de transferência, em um galpão do porto.
NICK está quase saindo quando seu amigo detetive chega com novidades quentes.
Passou aqueles últimos dias seguindo John e descobriu onde ia sempre e bem como provas de que estava ligado á aquele seqüestro. A prova era a conta bancária onde havia sido feito o depósito, a pessoa usada como titular tinha sido descoberta e depois de algumas ameaças havia concordado em depor em troca de benefícios para não ser indiciado.
NICK conta do contado do seqüestrador e das ameaças feitas por ele.
O detetive diz para ele cumprir o combinado, pois após a transferência e a libertação de CRIS iria dar voz de prisão á John.
NICK sai e vai ao local. Chegando lá fica á espera do seqüestrador.
Enquanto isso John vai no locar onde CRIS é mantida e briga com um dos seus contratados, pois de alguma forma sua identidade fora descoberto e agora estava num beco sem saída, soubera através de alguns informantes que todo o esquema de transferência tinha sido descoberto.
Teria que fugir dali. Mas para isso teria que ter uma garantia, levaria CRIS com ele. Enquanto estivesse com ela poderia fazer chantagem. Fugiria para outro pais pelo mar e lá mudaria de identidade, bem como daria um jeito de arrumar documentos falsos para CRIS também.
Falou para ir busca-la enquanto colocava um capuz.
CRIS não agüentou de raiva e partiu para cima dele, chamando de assassino e pelo nome. Ela agora corria mais perigo do que nunca, sabia demais. John tira o capuz e somente diz que não tinha tido tanto trabalho para acabar sem nada.
John pega CRIS, amarra suas mãos e a coloca num barco.
Sai em seguida, justo no momento que a polícia chega.
Tiros são disparados entra a polícia e os capangas de John.
NICK escuta e sai correndo em direção deles, o galpão onde estava esperando o seqüestrador ficava á apenas alguns metros..
Vê então a polícia aglomerada no cais e já ao longe um barco se distanciando, calcula então que CRIS está nele.
Sem pensar muito pega um dos barcos ancorados e vai atrás, mesmo com protestos do delgado topeira que novamente mete os pés pelas mãos.
NICK era habilidoso com o barco pois tinha como robbie de vez enquanto velejar. Rapidamente se aproxima do barco onde CRIS está.
John está totalmente transtornado com o rumo daquele plano.
Faria de tudo para não sair perdendo, odiava perder.
Tinha para si que ainda sairia vitorioso daquela situação.
Mas viu tudo de complicar quando a guarda costeira cerca seu barco.
Ele fica entre a guarda costeira e o barco onde está NICK.
Sem saída pára o barco, faz CRIS se levantar e a segura junto ao corpo para usá-la como escudo, aponta uma faca no pescoço dela e grita para ninguém se aproximar.
NICK pára o barco e diz para ele não fazer uma besteira e para manter a calma para negociarem.
John agora poderia fazer qualquer coisa, todo cuidado era pouco.
Estava totalmente fora de controle, e uma pessoa assim era totalmente imprevisível.
Ele começa a rir e diz que sabe que não tem mais volta, que não sabe perder e que de alguma forma faria NICK pagar por ter estragado todos seu planos.
Joga CRIS no mar e logo em seguida corta os pulsos.
CRIS com os braços amarrados não tem como nadar e se afoga.
NICK pula desesperado para salvá-la , enquanto a polícia pega John.
Momentos de angústia, minutos parecem eternos, mas NICK consegue achar CRIS, sobe á superfície e é resgatado por outros policiais.
Ela está inconsciente.
NICK faz respiração boca a boca e massagem cardíaca mas ela não reage.
Ele continua tentando, até que CRIS volta a si.
Os dois se abraçam emocionados e são aplaudidos pelos que acompanharam tudo.
CRIS é atendida na ambulância quando chegam ao porto. John que achou que cortando os pulsos ia por um fim em sua vida, deu azar e não morreu, agora teria que pagar pelos seus crimes na cadeia.
Nos dias que se seguiram John foi considerado culpado e pegou vários anos de prisão em regime fechado, seu filho e esposa ficaram totalmente espantados com o que ele havia feito e decidiram ir embora do país, vendendo a parte da empresa para NICK.
CRIS já estava recuperada e agora poderia recomeçar sua vida..
O noivado interrompido, iria se realizar dentro de mais alguns dias.
Tudo preparado com muito capricho, seria em casa, muito bem decorada.
CRIS estava com um vestido longo rosa claro e NICK num elegante terno preto.
Trocaram alianças e marcaram casamento para quando CRIS fizesse 18 anos.
Felicidade dos dois e embora estivessem totalmente apaixonados e amando um ao outro não haviam ainda dormindo juntos. NICK não forçava nada e esperaria quando fosse o momento certo.
No final do ano viajaram para a Suíça, foram dias felizes com muitos passeios, jantares, visitaram vários lugares., conheceram várias pessoas.
No retorno iam começar a programar a mudança para o Canadá onde CRIS iria cursar Administração de Empresas. Afinal CRIS poderia fazer um ano do curso antes de se casar.
Nada mudaria na empresa, NICK comandaria tudo de lá mesmo através da filial.
Mudaram-se logo após o Ano Novo, numa linda casa, dois andares, cuidadosamente decorada por CRIS, em um bairro calmo e com muitas flores.
CRIS adaptou-se rapidamente, estava adorando a faculdade onde fez várias amizades e estava indo muito bem.
Numa tarde de domingo ensolarado NICK sai para velejar com CRIS. O céu limpo e de um azul lindo, mar calmo, brisa suave.
Passam á tarde toda entre beijos e demonstrações de carinho, até que NICK pega os papéis do casamento para mostrar para CRIS, ela mal pode acreditar no que lia, ele havia marcado o casamento para o dia do seu aniversário 02 de Setembro.
Iria se tornar maior de idade e se casar no mesmo dia com o amor da sua vida, felicidade em dobro.
Alugaram um hotel fazenda, para fazer o casamento e a recepção dos convidados.
CRIS chegou em uma carruagem puxada por quatro cavalos brancos. Um longo tapete vermelho estava estendido até o altar. Na entrada um arco decorado com flores do campo, conforme ela ia caminhando pétalas de rosas brancas caiam. Safest Place to Hide era a música da entrada.
“It seems like yesterday when I said I do
And after all this time my heart still bums for you
If you don’t know by now that you’re my only one
Take a look inside me and whatch my heartsthings come undone
I know I promisse you forever
Is there no stronger word I can use
To reassure you when the storm is raging outside
You’re my safest place to hide
Can you see me, here Iam
I need you like inleded you then
When I feel like giving up
I climbing inside your heart and still find
You’re my safest place to hide
You’re my safest place to hide...”
Estava linda num vestido branco de seda liso, longa calda , pequeno véu preso á tiara de pequenas pedras de diamante, buquê de rosas brancas.
NICK também estava impecável com camisa branca, terno e sapatos pretos e gravata vermelha. Seus olhos brilhavam.
A cerimônia correu normalmente e cheio de emoção e depois do sim dos noivos dirigiram-se para a recepção. Os dois irradiavam alegria e a valsa foi ao som de I got you:
“ People tell me you stay where you belong
But all my life, I’ve tried to prove them wrong
They say I’m looking for
Something that can’t be found
They say I’m missing out
My feet don’t touch the ground
But there are moments when you can’t deny what’s true
Just an ordinary day like when I met you
It’s funny how life can take new meaning
When you came and changed what I believed in
The world on the outside’s trying to pull me in
But they can’t touch me
Cause I got you…
I got you….”
Cortaram o bolo e brindaram com champagne enlaçando os braços.
NICK e CRIS saíram logo após, montaram em um cavalo branco e foram para o alto de uma colina da fazenda onde estava montado uma tenda , dentro uma cama de casal com lençóis brancos e pétalas de rosas vermelhas em cima. O céu estava estrelado com uma lua cheia linda e uma leve brisa que fazia balançar os panos em volta da tenda. A lua estava clara e iluminava tudo.
Ele desce do cavalo primeiro, pega CRIS no colo e a deita na cama.
NICK beija seu pescoço e depois seus lábios suavemente.
Era a primeira vez de CRIS e foi perfeita afinal NICK foi muito carinhoso.
De manhã cedo acordam como nascer do sol..
Nick canta baixinho em seu ouvido Climbing the walls:
“Close your eyes, make a wish
This could last forever
If only you could stay with me now
So tell me what it is that keeps us from each other now
Yeah, its coming to get me
You’re under my skin
No, I can’t let you go
You’re a part of me now
Caught by the taste of your kiss
And I don’t wanna know the reason why I can’t stay forever like this
Now I’m climbing the walls cuz I miss you...”
Saindo de lá vão para sua casa, agora são marido e mulher e vão poder dormir na mesma cama, já que naquele um ano cada um tinha o seu quarto.
CRIS começaria sua família novamente.
Todos os dias eram cheios de alegria. NICK um marido mais que perfeito
A casa era grande e como tinha somente os dois dava para brincar de pega-pega dentro dela.
NICK era muito alto astral e adora fazer molecagem com a CRIS, o que mostrou que seria um ótimo pai.
Estavam cheios de planos para o futuro mas não iriam precipitar nada, tudo viria ao seu tempo.
Os quatro anos do curso de CRIS passaram rápido e depois da formatura ela começou a trabalhar na filial da empresa, agora eram 24 horas do lado do seu amor.
CRIS se mostrou competente e ganhou a confiança e admiração dos funcionários, tinha vocação para a profissão.
Já participada das reuniões e tomava decisões importantes.
Em uma manhã CRIS acordou indisposta e não foi trabalhar, NICK ficou preocupado, e ligava toda hora antes de entrar em uma reunião importante, prometeu que iria para casa logo após o término dela.
Enquanto isso CRIS se levantou e se sentiu indisposta, tinha náuseas e enjôo, viu tudo rodar e desmaiou.
Nenhum dos empregados percebeu.
NICK saiu da reunião e foi direto para casa, queria saber se CRIS estava melhor.
Subiu correndo ás escadas e entrou no quarto, quando a viu no chão.
Pegou a no colo e colocou na cama.
Chamou um médico enquanto passava álcool em seus pulsos para voltar a si.
Aos poucos CRIS voltou a si.
NICK respirou aliviado mas mesmo assim não se sentiu seguro. Só ficaria sossegado depois que ela fosse devidamente examinada pelo médico.
O médico chegou e fez a primeira avaliação.
Ele tinha uma ótima notícia, pelo que tudo indicava CRIS estava grávida. Só teria que fazer um exame de sangue para confirmar.
O que não demorou muito para se confirmar o resultado foi rápido e tiveram a confirmação.
A família ia aumentar. NICK não continha tanta alegria.
CRIS também estava radiante.
Os próximos meses seriam de ansiedade e preparativos para a chegada do bebê.
Prepararam tudo com muito carinho.
NICK enchia CRIS de mimos e cuidados. Até mesmo nos desejos loucos dela durante a gravidez. Os desejos de CRIS não eram tão absurdos, mas o problema é que sempre eram de madrugada, e lá ia NICK com cara de sono para a cozinha ou sair para comprar o que ela tinha vontade. Mesmo assim não reclamava, ia com prazer.
No sexto mês fizeram uma ultra-sonografia e descobriram que seria um menino.
Puderam então dar á cor azul ao quarto, que foi decorado com vários ursinhos de pelúcia e brinquedos. Os desenhos do quarto retratavam o fundo do mar, golfinhos,peixes. NICK adorava o mar tanto que havia criado uma Fundação de apoio aos Golfinhos. Essa foi a inspiração para o quarto. Ficou perfeito.
Alguns meses depois o bebê nasce, lindo e saudável, ao qual colocaram o nome de Ryan.
NICK se mostrou um verdadeiro pai coruja, ajudava CRIS em tudo, dava banho, trocava fraldas, fazia mamadeiras e levantava de noite quando ele chorava, um pai exemplar e perfeito.
Ryan era a cara do pai, a mesma cor dos olhos, o cabelo loirinho, parece que nasceu sorrindo. O temperamento puxou a mãe calmo, sossegado. Não dava trabalho somente chorava quando estava com a fralda para trocar ou com fome, fora isso dormia o tempo todo.
CRIS e NICK curtiam cada momento. Os problemas, preocupações e dificuldades vividas ficaram no passado.
A partir daquele momento iam viver intensamente um único e verdadeiro amor um pelo outro, abençoados pela chegada do filho e não percebiam, mas também abençoados pelos pais de CRIS.