OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A Fic a seguir contém a descrição de cenas impróprias para menores de idade. A continuação da leitura da Fic é de inteira responsabilidade do visitante do blog.
Eram dias normais de inverno em Nova Iorque, fazia muito frio e tinha muita neve.
Laninha era uma mulher independente que morava sozinha em um apartamento pequeno e aconchegante. No qual ela gostava muito.
Ela era pediatra e trabalhava em uma pequena clínica que tinha em seu bairro.
Uma mulher muito dócil e gentil adorava as crianças com quem trabalhava e tinha um grande coração. Porem, muito desastrada.
Tropeçava nas coisas, batia a cabeça nos armários e caia com uma facilidade impressionante.
Religiosamente Laninha toma café em uma lanchonete que tem na esquina da clínica.
Enquanto esperava seu café com torradas chegarem, resolve ir ao banheiro, quando se levanta, da de cara com um homem que vai saindo da lanchonete segurando o café. Que acaba caindo em cima de sua roupa branquinha.
-Caramba, olha só o meu café! – Reclama o homem.
-(com cara de brava) Seu café? Olha só como ficou minha roupa!
-Presta mais atenção por onde anda garota! – Enquanto vai indo a direção do balcão.
Laninha fica lá, com cara de tacho, com raiva, não tinha o que fazer, o jeito era ir para casa se trocar logo antes que desse a hora de ir trabalhar.
Sai correndo e quase cai na frente da lanchonete, parecia que o dia prometia hoje.
Volta para casa, se troca e vai trabalhar.
O dia corre normal, com alguns escorregões, que faziam as crianças se divertirem muito, algumas pessoas até pensavam que ela fazia isso de propósito, o que não era verdade.
Com ela trabalha mais quatro médicos, com quem ela se da muito bem, a não ser com Dexter, que fica dando em cima dela sempre, e nunca desiste.
Ela já disse a ele que agora não está à procura de ninguém, que está focada em sua carreira.
Ele sempre da risada, dizendo que nunca ela vai seguir carreira trabalhando naquela clínica, e isso a irrita muito. Ela gostava de trabalhar lá, e ninguém tinha o direito de se meter na vida dela daquele jeito. Ficava indignada com isso.
Tem uma amiga que trabalha com ela na clínica, se chama Lena e é dermatologista. As duas moram perto uma da outra e sempre que o horário bate, vão embora juntas.
Hoje não era um desses dias, Laninha tinha muitos papéis para organizar e iria ficar até mais tarde, não gostava de deixar trabalho para o dia seguinte e também, não tinha muita coisa para fazer em casa.
Algumas vezes, se sentia muito sozinha e preferia ficar na clínica mesmo, a única “pessoa” que a fazia companhia era seu gato chamado James. Que era sua maior paixão.
Chegou em casa muito cansada, colocou ração para James, foi tomar banho e depois deitou para dormir.
No outro lado da cidade, vivia Alex, gostava muito da noite, era praticamente um gato, passava a maioria do dia dormindo. Ele trabalhava como DJ em uma boate muito famosa na cidade, tinha muitos artistas por lá.
Ele é um homem estranho à primeira impressão, todo tatuado, tem piercing, usa roupas rasgadas e unhas pintadas de preto. Mais é um homem sensível, doce e educado.
Sempre tinha alguém querendo ficar com ele, na maioria das vezes, para tirar alguma vantagem, pois ele era famoso entre os DJs.
Ele até ficava com algumas, mas logo despachava, fazia tempo que não se apaixonava por alguém, e preferia ficar assim, solteiro, só curtindo a vida.
Ele sempre chega em casa lá pelas seis horas da manhã, e dorme até umas três da tarde quando trabalha, o que não é todos os dias, somente de quinta a sábado. Mas realmente é uma vida boa a que ele leva, mas quando ele não trabalha, passa os dias na casa de sua mãe, gosta muito de ficar com ela.
Segunda feira, de manhã, nevava muito, mesmo assim Alex resolveu sair um pouco, para descontrair, esfriar a cabeça. Passava o maior tempo pensando em música, no que faria no próximo final de semana, e tinha horas que precisava parar e espairecer.
As ruas estavam vazias por causa da neve, e Alex andava pensativo, totalmente desligado.
Laninha ia saindo de casa, segurando vários papéis que iam balançando enquanto andava e a bolsa pendurada no braço.
Ela usava uma calça e uma camisa brancas, com um casaco preto cheio de bolsos e um sapato preto, pelo menos o sapato tinha que ser de outra cor, tinha horas que se enjoava de usar tanto branco.
Quando do nada, tropeça na escada e vai cambaleando para o lado, tentando se segurar em algo, mas não consegue e cai, os papéis voam e vão parar longe.
Ela cai sentada, sujando a calça e acaba quebrando o salto do sapato. E por azar, torcendo o tornozelo junto.
Alex estava passando, quando vê a cena, ele tenta correr para ajuda lá, mas acaba chegando atrasado.
Laninha coloca a mão em seu tornozelo e faz uma cara de dor, além de estar morrendo de vergonha e preocupada com seus papéis.
Alex chega perto dela e pergunta:
-Você está bem?
-Acho que torci meu tornozelo. – Diz enquanto tenta se levantar.
-Deixa que eu te ajudo. Não sei como vocês mulheres conseguem andar com um negócio desses!
Ela estava com tanta dor, que nem escuta o que Alex fala, e se senta na escada.
-Meu nome é Alex!
-Muito obrigado por me ajudar Alex. – Diz com voz de dor.
-Não tem problema, como é seu nome?
-Meu nome é Laninha!
Que lindo nome, pensou ele.
-Se não fosse pedir de mais, você não poderia me ajudar a entrar em casa? Acho que não vou conseguir subir a escada sozinha! – Apontando para o apartamento dela.
-Lógico que te ajudo! E seus papéis?
-Nossa, é mesmo, tinha até me esquecido deles.
Alex sorri e começa a pegar os papéis, Laninha até tenta se levantar, não queria deixá-lo pegar tudo sozinho, mas ele foi mais rápido e acaba pegando tudo.
Depois de pegar os papéis, Alex vai à direção de Laninha e passa seu braço em volta dela, para ajudá-la a subir a escada.
Eles vão subindo em silêncio, ela estava com tanta vergonha de ter caído na rua daquele jeito, e mais, dele ter visto.
-É aqui que eu moro. – Diz Laninha enquanto procura a chave na bolsa.
Ele a acompanha até dentro de casa e a coloca no sofá, enquanto isso vai olhando ao redor, percebendo cada detalhe, como a mesinha de centro com papéis e cadernos, da mesa de jantar para quatro pessoas, cheia de livros. Quando é interronpindo com Laninha lhe perguntando algo.
-Hãn? – Pergunta Alex.
- Eu perguntei se você me ajuda a levantar do sofá, preciso trocar de roupa, acabei me sujando quando caí. Desculpa, eu estou abusando de você né?! – Diz sem jeito.
-Não não, imagina, eu te ajudo sim.
Laninha vai se escorando até seu quarto, enquanto Alex fica parado, a olhando.
-Nossa como ela é bonita! Falou baixinho.
Com dificuldade, Laninha tira a calça e pega outra no armário, se veste enquanto reclama de ter caído desse jeito e ainda ter quebrado o salto de seu sapato favorito.
Alex da sala a escuta e da risada. Quando sente uma coisa roçar em sua perna, leva um susto e quase chuta aquilo.
Olha para baixo e vê um gato gordo, amarelo e branco, ele mia, como se pedisse algo.
-Não tenho nada para você comer gato! – E o empurrando com o pé.
Laninha passa pela sala em direção da cozinha, descalça e mancando, para pegar faixa e fazer um curativo em seu tornozelo.
Senta se na mesa, coloca seu pé em uma cadeira e começa a enfaixar o tornozelo, com muita agilidade.
Alex fica a admirando, sentado no sofá.
-Você quer um café, um chá, um chocolate quente ou uma água? – Grita Laninha da cozinha.
Alex sorri enquanto caminha em direção dela.
-Nesse frio ia bem um chocolate quente né?! – Dando risada.
-É mesmo, eu prefiro muito mais um chocolate quente a um café, sabia?! – Pegando os ingredientes apoiada numa perna só.
-Faz tempo que você mora aqui?
-Moro desde bebê. Meus pais morreram em um acidente de carro e eu fui criada pelos meus avos.
-E eles, onde estão?
-Morreram também. – Fala com uma cara triste.
-Sinto muito. – Fala Alex sem jeito.
-E você, mora por aqui?
-Não, quem mora é minha mãe, a dois quarteirões daqui. – Apontando para o leste.
Laninha coloca o chocolate quente nas xícaras e se senta com dificuldade, colocando a perna na cadeira de novo.
Os dois começam a beber, um olhando para o outro, se analisando.
Laninha tinha uma pele clara, olhos verdes, 1,73 de altura, cabelos cumpridos e ruivos, uma boca perfeita. Alex estava realmente interessando nela.
Ele fica a encarando, fazendo Laninha ficar sem graça.
-Você é médica? Vi que fez o curativo com muita agilidade!
-Sou pediatra, trabalho numa clínica que tem aqui no bairro.
-É mesmo?! Que legal.
-E você, o que faz?
-Sou DJ, trabalho na Fox Night, conhece?
-Conheço sim, fui lá algumas vezes, mas não costumo muito sair à noite.
-Porque não?
-Geralmente chego muito cansada da clínica.
O celular de Laninha começa a tocar, ela se levanta com dificuldade e acaba batendo o joelho na mesa.
Alex fica olhando e pensando que ela não podia ser tão desastrada assim, podia?
-Alô? Oi Débora, tudo bem?... Hoje eu não vou poder ir trabalhar, acabei torcendo o tornozelo... Está tudo bem, não se preocupe... Ta bom, depois te ligo. Tchau. – Fala no celular, mexendo em seu cabelo.
Ela se dirige a mesa e pega sua xícara, no mesmo tempo que Alex se levanta e os dois se trombam, fazendo chocolate voar pela cozinha inteira e neles também.
-Nossa, me desculpa! – Diz Laninha desconsertada.
-A culpa foi minha. – Diz Alex rindo.
-Agora preciso me trocar de novo, que saco viu! – Fala rindo.
-O pior é que eu também me sujei todo. – E cai na gargalhada.
Os dois ficam ali rindo na cozinha.
-Preciso me lavar, se não vou ficar melada de chocolate e você também. – Diz toda inocente.
-(com cara de safado) É verdade, vamos ficar mesmo.
-Tira sua camisa que vou colocar pra lavar.
Alex tira, meio sem jeito e entrega a Laninha que vai ao quarto, tira suas roupa, coloca um vestido simples azul, de alça, na altura dos joelhos.
Quando ela aparece na sala, Alex não consegue tirar os olhos dela e sem perceber fica a admirando, enquanto ela vai passando para a pequena área de serviço que tinha ao lado da cozinha para colocar as roupas para lavar.
-Acho que essa camiseta serve em você, não quer experimentar? – Diz envergonhada.
-Tudo bem, muito obrigado.
Mesmo sendo a maior que ela tinha, acabou ficando apertada e Alex ficou meio incomodado com aquilo.
Laninha achou graça do jeito que ele tinha ficado e começou a rir e Alex acabou rindo junto.
Enquanto esperavam lavar as roupas, Laninha propôs que eles fossem fazer algo, tipo assistir a um filme.
Laninha realmente adorava filmes de terror, e colocou seu filme favorito que era “O Iluminado” de Stanley Kubrick.
Os dois se sentam no sofá, um do lado do outro, meios sem jeitos e se acomodam.
Laninha vê cada cena analisando, falando junto às falas, de tanto que já tinha visto o filme.
Alex nem prestava atenção no filme, ficava olhando para aquela mulher linda e pensava que como ele podia ficar assim por ela, mal a conhece, mas parecia que a conhecia há anos.
Do nada Laninha olha para Alex, diretamente nos olhos, ele sente um calor subindo, borboletas no estômago, fica meio sem reação.
Nessa hora pensou que poderia beijá-la, simplesmente assim, mas sabia que não podia, não queria ir com pressa de mais e estragar tudo, sentia que com ela era diferente.
Laninha sem perceber, o encara como nunca encarou ninguém, Alex tinha 1,78 de altura, cabelos e os olhos castanhos, barba a fazer, umas mão lindas e grandes como todo homem deve ter e um sorriso lindo que a deixava atordoada.
Ela se sente ansiosa e não entende seu comportamento, nunca tinha convidado alguém desconhecido para entrar em sua casa e lá estavam eles, sentados no sofá assistindo filme. Que estranho!
Alex olha para o relógio.
-Preciso ir, tenho um compromisso daqui a pouco.
-E sua camiseta, ainda está lavando.
-Vamos fazer assim, mais tarde eu passo para pegar ela. Pode ser?
Laninha acha estranho, mas queria ver ele de novo, e isso seria uma boa desculpa.
-Tudo bem, eu te espero.
Alex da um beijo no rosto dela se levanta e para na porta.
-Até mais então Laninha!
-Até Alex. – Diz sorrindo meio envergonhada.
Ele vai embora, pensando em tudo o que tinha acontecido, que jeito mais maluco de conhecer alguém.
Laninha fica sentada no sofá, olhando para o nada, mas intimamente, contando as horas para ver Alex de novo.
Ele tinha uma reunião com o dono da Fox Night de tarde, precisava acertar algumas coisas e bater um papo, os dois são muito amigos desde que ele começou a trabalhar lá.
-Jimmy, você não faz idéia da mulher linda que eu conheci hoje!
-Sério Alex? Aonde?
-Perto da casa da minha mãe, ela caiu e torceu o tornozelo e eu a ajudei.
-Olha só, virou um herói! – Fala rindo.
-Pois é cara, o pior é que eu me interessei por ela já, muito rápido, não acha?
-Ah, pra te dizer a verdade, aconteceu isso comigo, quando conheci a Kelly, minha esposa.
-É mesmo? Não sabia disso não.
-Pois é cara, acontece, o famoso amor à primeira vista.
Alex ficou pensando no que seu amigo tinha falado, será que isso aconteceu com ele mesmo, se apaixonou assim, tão fácil?
Ele não via a hora de ir buscar sua camiseta na casa de Laninha, mas como tinha algumas coisas para fazer ainda, só poderia ir à noite.
Laninha passou o dia fazendo coisas que não fazia há muito tempo, como arrumar seu guarda roupas que estava cheio de roupas que ela não usava mais, resolveu que iria doar a instituição de caridade que ficava perto da clínica, sempre estão precisando de algo, e não custava nada ajudar.
Quando olhou no relógio, viu que já estava tarde e Alex ainda não tinha ido buscar a camiseta, será que ele ia vim mesmo? Começou a se questionar.
Mesmo assim, tomou um banho, colocou uma roupa bonita e resolveu preparar o jantar.
Não tinha certeza se ele viria mesmo, mas algo dentro dela dizia que sim, que era para ela esperar.
Estava animada, preparava uma comida que tinha aprendido com sua avó, enquanto escutava musica e cantava junto. Quando a campainha tocou, levou um susto, a ansiedade tomou conta de seu corpo.
Abriu a porta, e lá estava Alex, lindo e segurando uma rosa vermelha.
-Boa noite! – E entrega a rosa a Laninha.
-(vermelha) Boa noite.
-Desculpa a demora, é que só agora consegui terminar tudo o que tinha para fazer.
-Tudo bem, eu acabei de fazer o jantar, gostaria de comer comigo?
-Hum, o cheiro está bom, adoraria. – Fala sorrindo.
Os dois se sentam à mesa e começa a comer, Alex elogia a comida de Laninha, realmente estava deliciosa e tomam um bom vinho.
Depois do jantar, se sentam no sofá e começa há conversar um pouco, sobre a vida dos dois, de como eles vivem.
Alex conta que teve problemas com drogas e álcool quando era mais novo, e começou a trabalhar com DJ, acabou se envolvendo, era muito fácil achar, e acabou se entregando. Mas com muita força de vontade e a ajuda de sua mãe faz cinco anos que ele está limpo.
Laninha conta que seus pais morreram quando ela tinha apenas oito meses, em um acidente de avião quando estavam indo para Los Angeles e desde então foi criada por seus avós que morreram enquanto ele fazia faculdade.
Realmente a vida dela era muito solitária, ela só tinha o James para lhe fazer companhia.
-James? – Perguntou Alex.
-É meu gato, que está ali deitado. – Apontando para o tapete de seu quarto.
-Olha só que engraçado, meu nome também é James.
-Sério?
-É sim, Alexander James, mais conhecido como Alex. – Rindo.
Laninha acha graça da coincidência e começa a rir.
O coração de Alex bate mais forte, quando a olha, linda, sorrindo. Algo lhe diz que precisa fazer agora, não podia mais esperar.
Ele se senta mais perto de Laninha e a olha nos olhos, o clima vai esquentando, o coração dela dispara e vai se inclinando para frente, desejava beijá-lo tanto quando ele a desejava.
Alex coloca sua mão na nuca de Laninha e a puxa, ela o envolve com seus braços, fazendo os corpos se juntarem, e finalmente se beijam.
Um beijo longo, que era tão esperado pelos dois.
Laninha vai se deitando no sofá e puxando Alex para cima dela, que abre os olhos e vê, que ela o desejava, dizia simplesmente com o olhar.
A respiração fica rápida, os corpos se esquentam e o desejo aumenta, eles se beijam novamente, um beijo de tirar o fôlego.
Alex levanta Laninha e a coloca sentada em seu colo, suas mãos vão descendo pelas costas e desabotoado seu vestido, que vai caindo delicadamente revelando os seios fartos de Laninha.
Ela puxa camiseta de Alex, fazendo seu boné cair no chão, vai passando seus dedos contornando suas tatuagens, o fazendo arrepiar e o deixando mais excitado do que estava.
Ele a levanta e a encaixa, perfeitamente, e fazem amor no sofá, como nunca tivessem feito antes, com ninguém.
Depois se abraçam ofegantes, cansados e suados, Laninha o olha com um brilho no olhar, estava radiante.
Já Alex pensava que definitivamente estava a amando, sem dúvidas.
-Dorme aqui comigo hoje. – Sussurrando.
-Você tem certeza?
-Tenho sim.
Levanta-se, levando Alex pela mão e vai para o quarto e fecha a porta.
É acordada com um leve beijo, e quando abre os olhos se depara com uma linda bandeja de café da manhã, com torradas, geléias, suco e café.
-Bom dia Alex! – Com um lindo sorriso nos lábios.
-Bom dia minha linda. Espero que não se importe, tomei a liberdade de preparar seu café. – Todo galanteador.
-É claro que não, adorei a surpresa. Muito Obrigado. Senta aqui comigo, vamos tomar o café juntos.
Laninha não acreditava no que estava acontecendo, parecia que estava num sonho, num conto de fadas. Ele era simplesmente perfeito, tinha valido a pena torcer o tornozelo.
Acabou rindo de seu pensamento, deixando Alex curioso.
-O que foi?
-Nada, só estava pensando numa coisa.
-Me diz o que é, fiquei curioso agora.
-Estava pensando que tinha valido a pena torcer o tornozelo, pois assim acabei conhecendo você. – Diz toda envergonhada.
-E não é que isso é verdade, pois se você não tivesse caído, eu não iria falar com você, pode não parecer, mas sou tímido.
Laninha ri.
-Não parece mesmo.
Como o tornozelo de Laninha já estava bem melhor, ela resolveu que iria trabalhar, não podia ficar ausente tanto tempo da clínica.
Já Alex só voltaria a trabalhar na quinta, então tinha dois dias ainda, mas tinha algumas coisas para fazer.
Eles combinaram que se encontrariam mais tarde na casa dela, que ele passaria uns dias lá com ela. Nenhum dos dois se opunha a isso.
Laninha chegou à clínica radiante, não conseguia se conter de tanta felicidade, logo que chegou puxou Lena para seu consultório.
-Você não sabe o que me aconteceu! – Diz toda eufórica.
-Torceu o tornozelo.
-Não sua boba, conheci o homem dos meus sonhos, só isso.
-Como assim?
-Quando caí e torci meu tornozelo, ele apareceu e me ajudou, seu nome é Alex, ele é maravilhoso.
E começaram a conversar, todas felizes, Laninha contava todos os detalhes do que tinha acontecido a ela no dia anterior.
Do outro lado da porta estava Dexter, que escuta cada palavra que elas dizem, sentindo um ódio enorme por dentro, ela sempre dizia que não queria se relacionar com ninguém, e do nada ela aparece apaixonada por outro?? Isso não estava certo, ela deveria se apaixonar era por ele.
Lena sai e da de cara com Dexter parado na porta, sem entender nada segue seu caminho, estava atrasada para uma consulta.
Laninha trabalha feliz, as mães até estranham, ela não estava tão desastrada hoje.
Enquanto arrumava suas coisas para ir embora, batem na porta e ela manda entrar, quando se vira, da de cara com Alex, segurando um buquê de rosas lindo.
-O que faz aqui? – Diz surpresa.
-Vim te buscar, não agüentava mais de saudades de você.
-Puxa como você é fofo!
Os dois saem abraçados da clínica, felizes.
Dexter fica olhando de longe, pensando que não deveria ser assim. Decidira então que teria Laninha de qualquer jeito, por bem ou por mal.
Começa então um plano, que com paciência, bolou muito bem. Daria um jeito de seqüestrar Laninha, a levaria para uma casa que tinha em Nova Jersey, lá ninguém a procuraria e depois de conseguir todos os documentos possíveis, fugiria com ela do país.
Mas precisaria de ajuda para seguir o plano, não conseguiria fazer tudo sozinho, então ligou para seu amigo que morava perto da sua casa em Nova Jersey, disse que precisava de ajuda e que quando chegasse lá ele contaria.
Resolve então ir até a casa dela, de longe, pela janela ele consegue ver Laninha e Alex, conversando e trocando carícias, isso o deixa ainda mais nervoso e convencido de que realmente precisa ficar com ela.
Vai para a casa e começa a detalhar o plano, tinha que estar tudo perfeito, para não ter nenhum erro. Precisaria de documentos falsos, como identidade e passaporte para os dois. Ele não via a hora de ficar a sós com Laninha, um sonho prestes a se realizar.
Em um caderninho, anota tudo do que precisa e de todos os lugares aonde Laninha costumava ir, tinha que arrumar um jeito de pegar ela sem fazer alarde, ninguém podia desconfiar de nada.
Ele sabia que tinha alguns dias que ela ficava até mais tarde na clínica, geralmente saía quando não tinha mais ninguém, e resolveu que seria assim que ele a pegaria.
Laninha estava tão feliz, só fazia três dias que estava junto de Alex, mas intimamente já o amava muito. Mas ainda não tinha admitido isso nem pra ela mesma, sentia um tipo de vergonha, de amar ele assim tão rápido.
Nossa como a clínica estava cheia, ela atendia um paciente atrás do outro, não tinha nem tempo de respirar quase e acabou ficando cheia de trabalho e fichas para preencher depois.
Como sabia que Alex iria trabalhar de noite, não se preocupou em estar em casa para os dois jantarem juntos, o que tinha se tornado um habito nesses dias.
Já passava da meia noite e Laninha ainda estava no seu consultório, quando alguém bate a sua porta, leva um susto, geralmente não tem ninguém há essa hora na clínica. Se levanta e vai ver quem é.
-Dexter, você aqui há essa hora? O que foi, aconteceu alguma coisa?
-Não, é que eu estava indo embora e vi sua luz acesa.
-Ah ta, estou arrumando algumas coisas por aqui. Mas já estou indo embora também.
-Se você quiser, eu te espero, para não ir embora sozinha há essa hora.
-É, estou muito cansada mesmo, deixa só eu pegar as minhas coisas aqui que já vamos.
Seu plano estava dando certo, agora sim ele estava conseguindo o que queria.
Quando Laninha se vira para trancar a porta de seu consultório, Dexter pega um pedaço de pano embebido em formol, a imobiliza e coloca sobre seu nariz, a fazendo desmaiar.
Laninha cai e derruba suas coisas, Dexter a pega no colo e rapidamente a leva par seu carro que estava estacionado nos fundos, volta e recolhe as coisas de Laninha do chão.
Agora era só ir para sua casa, quando dessem por falta dela, eles estariam longe.
Alex chega cansado em casa, mas sabia que há essa hora Laninha já estaria acordada, então resolver ligar para ela.
Mas Laninha não atendia, e ele começou a ficar preocupado, ela sempre estava com seu celular e sempre atendia.
Resolveu ir dormir, talvez ela tivesse muito ocupada, talvez tivesse ido atender alguém mais cedo, mais tarde ligaria pra ela.
Já era dez horas da manhã, e Laninha não tinha aparecido na clínica, Lena começa a ficar muito preocupada e liga sem sucesso para o celular de Laninha.
Será que ela está com Alex e perdeu a noção do tempo? Perguntava-se.
Foi até a sala de Laninha, alguma coisa a dizia que lá tinha algo.
Quando chegou, reparou que tinha um papel caído debaixo da porta, quando se abaixou para pegar acabou vendo as chaves de Laninha, caídas do lado do papel. Ai que ela ficou mais preocupada.
Desmarcou as consultas que tinha na parte da manhã e foi até a casa de Laninha.
Enquanto tenta adivinhar qual é a chave da porta, escuta o telefone tocando, se apressa e consegue abrir a porta em tempo de atender ao telefone, na esperança de ser Laninha.
-Alô?
-Laninha?
-Não, é a Lena, amiga dela, quem fala?
-É o Alex. Ela está ai?
-Não Alex, ela sumiu, pensei que ela estivesse com você.
Alex engole seco do outro lado da linha, ficou muito preocupado, aonde será que ela tinha se metido afinal?
Laninha acorda atordoada, tonta, sem saber onde estava, sente que suas mãos e seus pés estão presos, olha para baixo e vê que está algemada numa cama, e se desespera. Começa a gritar socorro e a se debater, quando a porta se abre. Aparece um homem encapuzado e senta se na cama.
-O o o que estou fazendo aqui?
-Calma minha querida, assim você vai acabar se machucando. – Passando as mãos pelos cabelos dela.
-Querida nada, quem é você, o que estou fazendo aqui? – Falou enquanto tentava se desviar dele.
-Hum, você ainda não está preparada para saber, quando for o momento certo você saberá. – Diz enquanto sai do quarto.
Laninha fica sem saber o que estava fazendo lá e começa a chorar desesperadamente.
Alex vai até a casa de Laninha e se encontra com Lena, os dois estão realmente preocupados.
-Precisamos chamar a policia. – Diz Alex.
-Acho que devemos esperar mais um pouco, quem sabe ela não saiu, sei lá.
-Mas você não achou as chaves dela caídas? Estou realmente preocupado.
-Vamos fazer assim, eu preciso voltar para a clínica, se até de tarde ela não aparecer, a gente procura a policia, tudo bem?
Alex não fica muito contente com isso, mas resolve esperar, tinha que pensar positivo, talvez ela só tivesse saído para sei lá, se distrair. Tentava se agarra a essa idéia.
Resolveu que ficaria por lá, no caso dela aparecer e fazer companhia a James, que parecia sentir muito a falta de Laninha, tanto quanto ele.
Lena ao chegar à clínica, fica sabendo que Dexter também sumiu misteriosamente, e começa a ligar os fatos.
Ele sempre teve uma queda por Laninha e nunca escondeu isso de ninguém, e nesses dias andava muito estranho. E teve aquele dia, que ele estava parado na porta dela como se escutasse atrás da porta, na hora não tinha reparado, mas agora fazia todo sentido.
Antes de fazer qualquer insinuação, resolveu esperar mais um pouco, pra ver se ele aparecia. Lena sempre foi muito calma.
Débora vai até a sala de Lena e diz que Dexter tinha acabado de ligar, avisando que sua mãe estava muito doente e que ele iria se ausentar por uns dias.
-Ele disse onde a mãe dele mora Débora?
-Só disse que morava em Nova Jersey Lena, mais nada.
Então ligou para Alex e disse que um dos médicos que trabalhava lá estava sumido, e que ele sempre foi apaixonado por Laninha. A única pista era que ele estava em Nova Jersey.
Alex não perde tempo e liga para uma amiga dele que era detetive.
-Alô, gostaria de falar com Cristina, por favor.
-Pois não.
-Oi Cris, é o Alex!
-Nossa, quanto tempo!
-Pois é, preciso muito de sua ajuda Cris. A gente poderia se encontrar?
-Lógico.
Se encontram num café, Alex explica a situação para Cris e diz que precisa dela para encontrar Laninha. E ela se propõe a ajudar no que for preciso.
-A única pista que temos é que ele está em Nova Jersey, não sabemos exatamente aonde.
-Tudo bem, eu vou procurar saber mais sobre esse homem, e depois entro em contato com você ta?
-Ta bom.
Alex se sente mal, precisava desesperadamente saber onde Laninha estava, sentia um aperto no coração enorme.
Vai para a casa de Laninha e fica lá, sentado com James no colo, olhando para o nada.
Enquanto isso, Laninha sofria presa na cama. Ela suplicava pra que ele a soltasse, mas ele nem a escutava, sentia uma alegria imensa só de pensar que finalmente estava com ela.
Ele entra no quarto, carregando um prato de comida. A levanta e tenta dar comida a ela, que cospe tudo fora, não queria saber de comida, queria era ir embora de lá.
-Você precisa comer querida, se não vai acabar ficando fraca, preciso de você inteira para quando casarmos você estar linda.
-Casar? Você ta maluco?
-Lógico que vamos casar, e em breve.
-(friamente) Preciso ver seu rosto então.
Então Dexter tira o capuz, revelando seu rosto, que faz Laninha estremecer na cama e solta uma lágrima.
Pensa então num plano louco, que se ela desse a entender que aceitara o que ele tinha proposto, talvez conseguisse fugir dali.
E foi o que ela fez, começou a insinuar que gostaria de casar com ele também.
-Mas e aquele cara com quem você estava?
-Com ele era só diversão, e de você que eu gosto.
Dexter não e conteve se felicidade e tentou dar um beijo em Laninha, que virou o rosto. Ele ficou sem entender e ficou muito bravo, apertando o braço de Laninha com muita força, deixando seu braço todo roxo, ela gritava de dor.
A partir dali, ela não olhava mais para Dexter que ficava furioso com sua atitude, ele dizia que tinha sido apenas um acidente, que não tinha feito por mal. Mas Laninha não acreditava nisso.
Chegou à noite, o quarto ficava assustadoramente escuro, tinha uma única janela que estava coberta com um lençol, uma vela que ficava em cima de um móvel estranho que tinha no canto que ela realmente não conseguiu identificar.
Enquanto isso, Alex ficava cada vez mais desesperado na casa de Laninha, até mesmo James estava estranho, como se pressentisse algo ruim, não parava quieto em lugar nenhum e miava o tempo todo.
Lena ligou perguntando se tinha alguma novidade, mas Cris ainda não tinha dado sinal de que tinha descoberto algo.
Seu celular toca.
-Cris, até que enfim!
-Desculpa a demora, esse cara vive meio escondido, não achei quase nada a respeito dele.
-Nossa, mas alguma coisa útil?
-Eu descobri que a mãe dele morava em Nova Jersey, mas que morreu faz dois anos e a casa se encontra vazia.
-E o endereço dessa casa, você conseguiu?
-Consegui sim, mais ainda tenho que pesquisar mais, depois que tiver coisas concretas eu te aviso ta?!
-Tudo bem vai, eu espero, por mais que eu esteja nervoso.
Alex ligou para Jimmy avisando que não iria trabalhar e explicou a situação. Não tinha cabeça para tocar hoje.
Acaba adormecendo no sofá, deitado do lado de James que não saía do lado dele por nada.
Laninha tentava desesperadamente sai dali, mas não tinha mais forças para gritar, ficara o dia todo sem comer e seus braços e tornozelos estavam doendo muito, principalmente o que ela tinha torcido há quatro dias atrás.
Dexter dormia feliz no outro quarto, sonhando com seu casamento, sonhando quando finalmente a teria de corpo e alma. Tinha um sorriso estampado no rosto, chegava ser amedrontador. Laninha não conseguia dormir e chorava baixinho, amarrada naquela cama, sem mesmo poder se mexer. Rezando para sair dali, fazendo promessas e mais promessas.
Ficava pensando em Alex, em tudo que ainda poderia acontecer entre eles, agora ele era a única pessoa que ela tinha na vida e Dexter queria tirar isso dela, ele não tinha esse direito, já tiraram tudo dela, seus pais, seus avós, e agora Alex. Não, isso não poderia acontecer.
Laninha começa a sentir uma raiva muito grande dentro dela e começa a se debater de novo na cama, fazendo muito barulho. Que acabou acordando Dexter que abriu a porta furioso, com violência.
Ela para, sente um arrepio quando olha para os olhos de Dexter, parecia um monstro, era uma coisa que ela não conhecia.
Ele caminha em sua direção, bufando, segurando algo nas mãos, Laninha se encolhe na cama, como se isso fosse possível.
-O que você vai fazer Dexter? Prometo que ficarei quieta.
-Fique calma, não irei te machucar, só vou te dar um remedinho, para você ficar mais relaxada.
-Não, por favor, eu não vou mais fazer barulho, eu juro!
Dexter parece não escutar as súplicas de Laninha, chega perto dela e aplica algo que ela não conseguiu identificar.
Ela sente o liquido entrando em suas veias, correndo por todo o seu corpo, a fazendo paralisar, era uma sensação horrível, ela só podia mover os olhos e começou a chorar.
-Agora sim você ficara quieta.
Sai rindo do quarto, sentindo uma enorme satisfação, de dever cumprido, e Laninha apaga totalmente dopada.
De manhã liga para seu amigo.
-Bily?
-Fala Dexter, tudo bem?
-Tudo sim, preciso que você venha aqui em casa, para resolvermos aquele assunto que te disse outro dia.
-Ah ta, eu tenho umas coisas para fazer aqui, daqui umas duas horas eu apareço por aí.
-Beleza, estou esperando.
Desliga o telefone e fica parado sentando no sofá, encarando a porta do quarto onde se encontra Laninha.
Laninha começa a despertar, seus olhos estão embaçados, a cabeça confusa e doendo, escuta a porta se abrindo, e quando da por si, Dexter está sentado do seu lado, alisando seus cabelos.
-Bom dia princesa! Dormiu bem?
-Você sabe que não Dexter, o que você me deu?
-Hum, não vou contar. Mas preciso fazer uma coisa que sempre tive vontade e nunca tive a chance.
Debruça-se sobre a cama, segura o rosto de Laninha com força, ela percebe o que ele vai fazer e desce uma lágrima em seu rosto. Ela tenta se soltar, mas é em vão e ele começa a beijar, do nada ela morde o lábio de Dexter.
-Você me mordeu! – Grita furioso.
Laninha não diz nada, mas sua cara de satisfação diz tudo.
Ele agarra o pescoço de Laninha e começa a apertar com força, fazendo Laninha se debater e gritar, pedindo para ele parar.
Dexter percebe o que estava fazendo e para, delicadamente vai tirando suas mãos do pescoço dela e ajeita seu cabelo. Lentamente vai descendo os dedos sobre a camisa de Laninha, desabotoando devagar.
-Não Dexter, por favor!
-Chiiiii... não me faça amordaçar você.
-Não faz isso, por favor, não faz isso, te suplico!
Então ele tira um canivete do bolso e aponta para o pescoço de Laninha.
-Ou você fica quieta ou eu vou te machucar, de verdade.
Laninha engole seco, agora as lágrimas aumentam, descendo pelo rosto e molhando seu cabelo.
Desabotoa a camisa dela, revelando seus seios, ele olha como se fosse uma criança na frente de um brinquedo que sempre quis, e finalmente tinha conseguido.
Lentamente vai puxando a calça dela, curtindo o momento, que ele sempre esperou, revelando uma calcinha de renda preta, o deixando cada vez mais excitado.
Laninha fica cada vez mais desesperada, estava com muito medo e não podia fazer nada, ele estava tão descontrolado que poderia a machucar de verdade dessa vez.
Quando finalmente ele começa a baixar sua calça, a campainha toca.
-Que saco quem será a essa hora? Estou ocupado aqui!
Levanta a calça e sai colocando o cinto.
-Me espera linda, daqui a pouco eu volto! – Num tom sarcástico.
Laninha se sente um pouco aliviada, com as mãos amarradas tenta pelo menos subir a calça, se sente envergonhada com aquela situação, queria muito não estar ali, queria sua vida de volta.
-O que você ta fazendo aqui Bily? Você não ia vim só às onze horas?
-Pois é, mas acabei mais cedo o que tinha pra fazer e resolvi vim logo. Porque, atrapalhei algo?
-Não não, tudo bem, vamos entrando.
Eles sentam se na mesa da cozinha, como o quarto onde Laninha estava era perto da sala, ficou com medo que ela ouvisse tudo, achou melhor só contar mais para frente.
-Então, a mulher está aqui?
-Está sim, cara, que mulher viu, ela é muito melhor do que eu imaginava.
-É mesmo? Nossa, eu quero ver ela, posso?
Dexter então lembra que deixou Laninha praticamente pelada lá.
-Pode, mas espera um pouco que eu já volto.
Entra no quarto, veste Laninha, que chora muito e coloca uma fita adesiva na boca dela, não queria que ela falasse algo comprometedor.
Bily então conhece Laninha, e fica espantado por sua beleza.
-Nossa não é a toa que você estava doido pra ficar com ela, que mulher linda!
-Pois é, mas tira o olho que ela é minha!
-Claro cara! Ela é toda sua.
Mas Bily realmente ficou impressionado com a beleza dela. Ficava pensando o que ele faria se trocasse de papel com Dexter que passava o tempo todo sozinho com ela, viajava na imaginação de coisas que poderia estar fazendo agora mesmo.
Bily não era uma pessoa muito confiável, passou uns anos preso por roubo, e Dexter sabia disso, então achou que ele seria perfeito para ajudá-lo. Mas mal sabia ele que Bily começou a pensar em um plano alternativo.
Saiu da casa de Dexter pensando que também queria Laninha agora, e não sentiria remorso nenhum em roubá-la dele. E cedo ou mais tarde faria isso.
Dexter fez um almoço que para ela estava muito bom e foi tentar fazer Laninha se alimentar, ela tinha passado o dia anterior sem nada no estomago e acabaria passando mal, e isso ele não queria de jeito nenhum.
-Olha, eu sei que você não quer ficar aqui, mas mesmo assim precisa se alimentar.
Laninha estava sem forças já e sabia que se não se alimentasse, acabaria morrendo amarrada naquela cama.
-Tudo bem Dexter, mas você precisa me desamarrar, juro que não vou tentar fazer nada.
-Está bem, mas eu não hesitarei em te machucar se você tentar algo.
-Não vou fazer nada.
Laninha come como se fosse a melhor comida que ela tinha comido na vida, sentia repugnância por ele, mas não agüentava mais de tanta fome.
Bily ligou mais tarde para avisar que tinha falado com um amigo da prisão e que ele o ajudaria fazer os documentos necessários. Mais mal sabia ele que Bily estava fazendo os documentos para ele também.
Já tinha pensado em tudo, ajudaria o Dexter com os documentos e o deixaria fazer o resto, até mesmo pagar as passagens, ele iria se tornar o laranja da historia, e isso seria muito bom, estava até pensando em entregar Dexter para a policia, quando os dois já estivessem longe dali. Seria perfeito!
Mais tarde Jimmy liga para Alex, não tem jeito, ele vai ter que ir trabalhar essa noite, a casa não pode ficar sem DJ de novo.
Com a cabeça e o coração longe, não sabia exatamente, mas estava longe. Tocava as musicas como se fosse em piloto automático, não estava curtindo, como ele sempre fazia.
A noite parecia demorar a passar, e ainda sua amiga Cris que não dava notícias, o deixava mais nervoso ainda, não agüentava mais esperar, precisava fazer alguma coisa a respeito.
Alex já tinha mudado para a casa de Laninha, precisava ficar perto, pelo menos de suas coisas, o seu cheiro, e até mesmo o James, que dormia com ele.
Chegou já era de manhã, e resolveu ligar para Cris.
-Alô?
-Cris, é o Alex, desculpa te ligar assim tão cedo, mas preciso saber se você tem mais pistas a respeito do paradeiro da Laninha.
-Não, tudo bem, eu já estava acordada. Olha, eu consegui algumas informações, podemos nos encontrar?
-Eu acabei de voltar pra casa, preciso dormir um pouco, pode ser à tarde?
-Pode sim, umas três e meia na cafeteria Kevin’s?
-Estarei lá então.
James esperava por Alex na cama, ele tinha um olhar triste, sentia falta dela também. Assim que Alex se deitou, ele subiu em suas pernas e se enroscou, sentia um grande afeto por ele, o alimentava e passava horas conversando com ele, como se fosse gente.
Alex demorou a pegar no sono, pensava em várias coisas e estava ansioso para saber o que Cris tinha descoberto, ficou deitado olhando para o teto e começou a aparecer os primeiros raios de sol.
Laninha acabou dormindo de tanto cansaço, parecia que estava desistindo de lutar, era em vão, não adiantava mais.
Sonha que estava num campo florido, o tempo estava agradável e ela deitada sobre as flores, quando de longe escuta Alex a chamando, ela se levanta toda sorridente e quando olha vê Dexter. Começa a correr desesperadamente e tropeça em uma pedra e cai, vai se arrastando e gritando.
Acorda suada e ofegante, e quando olha se depara com Dexter, a fitando no canto do quarto, como se estivesse ali há muito tempo.
-Dexter?
-Você estava sonhando minha querida?
-O que você pretende fazer comigo? Até quando vou ficar amarrada aqui nessa cama?
-Hum, logo você vai sair daí, não se preocupe. – Falou com um tom sarcástico.
Cada dia que passava Laninha sentia mais nojo dele, todo vez que o via sentia uma repugnância, uma coisa subia lhe pela garganta, a deixava tonta.
Ela começou a ficar desconfiada, o que será que ele pretendia fazer afinal?
Dexter resolveu fazer o café da manhã, mas dessa vez faria algo especial, como era farmacêutico sabia muito bem sobre os remédios e resolveu colocar uma coisinha para ela se sentir melhor.
Levou uma bandeja com torradas, geléias, ovos e o café. Nessa hora ele se lembrou do café que Alex tinha preparado a ela e uma lágrima escorreu em seu rosto.
Tentou comer um pouco, mas a comida não descia, acabou tomando só o café, fazendo Dexter ficar nervoso.
-Porque você não está comendo? – Gritou.
-Não estou com fome, me desculpe. – Disse assustada.
Ele pegou a bandeja e saiu do quarto pisando duro, dava pra ver estampado em sua cara que estava muito bravo.
Minutos depois Laninha começou a se sentir estranha, a cabeça rodava e começou a subir um calor incontrolável pelo seu corpo a fazendo estremecer e começar a suar e a respiração ficou mais rápida e sua visão começou a ficar turva, quando deu por si Dexter estava parado na sua frente.
Ele vai desabotoando a camisa de Laninha com rapidez e puxa sua calça para baixo com dificuldade, pois ela estava suada por causa do efeito da droga que ele tinha lhe dado.
Laninha se sentia tonta e não conseguia dizer coisa com coisa, a deixando vulnerável, quando viu Dexter estava em cima dela, tentou empurrá-lo, mas ele era forte e para o azar dela, suas mãos estavam amarradas, só suas pernas estava soltas, pois Dexter as tinham soltado.
Ele tentou beijá-la de novo, Laninha não conseguia se controlar e virava o rosto para os lados, mas ele a segurou com as mãos e finalmente teve o beijo que ele tanto queria.
Dexter a penetrou com força a fazendo gritar de dor, beijava seu pescoço e apertava seus seios a fazendo gritar cada vez mais. Chorava compulsivamente, tentava bater em Dexter com seus pés que estavam em cima de suas costas.
Parecia que ele não sentia dor, continuava a penetrar cada vez mais forte, respirava ofegante em seu pescoço e passava suas mãos pelo corpo dela o deixando louco.
Finalmente ele terminou se levantou e enxugou o suor do rosto com a manga da própria camiseta, se vestiu e finalmente a soltou, a tirou da cama em frangalhos e a colocou no chão.
Laninha não sabia o que fazer, se sentia fraca e suja, se encolheu no canto do quarto enquanto tentava vestir suas roupas. Não conseguia nem olhar para Dexter, sentia uma raiva tão grande dele, como ele pôde fazer isso com ela? Já não bastava ter seqüestrado ela?
Dexter sorriu um sorriso largo, de contentamento, terminou de se vestir e saiu do quarto.
-Te deixarei solta agora, vou deixar a porta trancada e ai de você se eu ouvir qualquer gritinho!
Laninha balançou a cabeça fazendo que sim e pos se a chorar, queria não estar ali, queria sua vida de volta.
Às três e meia da tarde Alex se encontra com Cris na cafeteria, ela explica que conseguiu o endereço da casa da mãe de Dexter. Tinha alguns contatos que falaram com os visinhos que confirmaram que viram ele por lá esses dias.
-Me passa o endereço então, vou pra lá agora mesmo.
-Não é bem assim Alex, precisamos ter cuidado, não sabemos ainda com quem estamos li dando.
-Estamos li dando com um louco isso sim. Preciso tirar Laninha das garras dele imediatamente.
-Exato Alex, ele é um louco, não podemos simplesmente aparecer na porta dele e mandá-lo soltar ela, não é assim que funciona.
-Está bem, o que você pretende fazer?
-Precisamos vigiar a casa, saber dos horários dele e tentar descobrir o que ele pretende fazer.
Chegando em casa Alex ligou para Nick que também era DJ.
-Preciso de um favor Nick.
-Pode falar Alex.
-Você não poderia ficar no meu lugar na Fox Night por uns dias?
-Demoro cara, estou sem fazer nada aqui mesmo. Hoje à noite estarei ai, pode ser?
-Estarei esperando então.
Passou o endereço para ele, desligou o telefone e começou a conversar com James, sentia que devia explicações a ele, mesmo sendo apenas um gato.
-James, vou buscar a mamãe, prometo não demorar.
Ele miou para Alex como se entendesse cada palavra que ele dizia. Esfregou-se em seus dedos, desceu da cama e quando saía olhou novamente para Alex, como se estivesse aprovando o que ele ia fazer.
Arrumou uma mochila com algumas roupas dele e de Laninha e esperou por Nick.
Quando Nick chegou, Alex explicou toda a situação e disse que iria para Nova Jersey buscar Laninha, só voltava de lá com ela. Nick achou muito lindo o amor que ele sentia por ela, fazia muito tempo que não via seu amigo assim. Deu toda força.
Cris estava esperando no carro e os dois seguiram para Nova Jersey, o dia estava muito frio, tinha uma camada fina de gelo sobre a rua.
Chegando lá, pararam numa lanchonete para tomar um café e se aquecer, também compraram comida, pois passariam a noite no carro, vigiando a casa de Dexter.
Pararam a alguns metros da cada dele, para se assegurar que ninguém desconfiaria principalmente ele. Cris tirou uma máquina fotográfica da bolsa, precisavam de provas contra ele, não adiantava apenas falar, tinham que provar para a policia, só assim seria preso.
A casa estava silenciosa, algumas vezes se via um vulto passando pela janela, que dava uma espiada pela cortina e saía rapidamente.
Laninha continuava jogada no chão, como se fosse um pedaço velho de pano, não tinha mais forças para lutar, estava desistindo de si mesma, para ela a única solução era morrer.
Dexter tentou levar o jantar para ela, mas mal o olhava, sentia nojo dele, sentia nojo dela mesma. Sequer tocou na comida, só de olhar para o prato seu estômago embrulhava.
-Não come, o problema é seu! – Gritou.
Ela continuou quieta, olhando para o chão, escorreu uma lágrima e pingou no chão.
Por dentro Dexter se sentia mal em falar assim com ela, a amava tanto, mas Bily tinha lhe dito para tratá-la mal, para sentir medo, e Bily entendia mais disso do que ele.
Passava a noite sentado no sofá assistindo televisão, e adormeceu por lá mesmo, pois se Laninha tentasse gritar ele escutaria logo. Morria de medo que os visinhos escutassem algo e fossem bisbilhotar.
Alex e Cris acabaram dormindo no carro, esperando por alguma coisa. De manhã resolveram como quem não quer nada conversar com os visinhos, saber se eles escutaram algo, levariam um gravador para ser usado como prova também.
Os dois iriam fingir que era um casal que acabara de casar e estavam procurando uma casa e gostaram muito daquela e queriam saber se tinha alguém por lá.
-Olha a mulher que morava ai morreu faz uns dois anos e ficou vazia desde então, mas nesses dias ando escutando barulho de pessoas. Mas tem uma que chora muito, acho que pode ser doente ou sei lá. Acho que o filho dela está por ai, como ele é médico talvez esteja cuidando de algum paciente especial. – Disse uma senhora muito simpática, mas tinha jeito de ser uma tremenda fofoqueira, parece que acertaram na escolha do visinho.
-Então está confirmado. Dexter e Laninha estão na casa mesmo, e deve ser ela que fica chorando. – Disse Cris.
-Eu não acredito, estou tão perto dela e ao mesmo tempo tão longe. Não sei mais o que fazer viu!
-Calma Alex, precisamos ser cautelosos, logo a tiraremos de lá, logo logo.
Foram para o carro, resolveram ir a uma lanchonete tomar um café descente, mas quando estavam saindo viram alguém bater a porta da casa de Dexter, resolveram esperar pra ver no que ia dar.
-Fala Bily, tudo bem?
-Olha Dexter, está quase tudo pronto, só preciso que você me diga quais vão ser os nomes de vocês.
-Ta bom, entra ai.
Os dois sentados no carro ficam se perguntando, quem seria esse? Deveria ser um comparsa, afinal ele entrou.
-Estou preocupado com Laninha, ela não come há dois dias.
-Porque ela não come o que aconteceu? Você fez algo?
-Não, eu não fiz nada. – No fundo Dexter sabia o motivo, mas não tinha coragem de falar para Bily, de falar que tinha estuprado ela, que a tinha amado do jeito que dele.
Cris teve a idéia de ir falar com Dexter, entrar na casa, colocar escutas, assim seria mais fácil para pegar eles, antes que resolvam fugir.
Batem na porta, Bily e Dexter se entreolham, ele abre a porta e lá está Cris.
-Olá, eu acabei de me mudar para aquela casa ali, só que não deu tempo de arrumar tudo, precisava de um pouco de açúcar, você não poderia me emprestar?
Dexter acha estranho, nem sabia que tinha casa à venda na vizinhança, mas nem desconfia e manda aquela linda mulher entrar.
Ao entrar Cris vê Bily sentado no sofá, era um homem estranho, a encarava como se fosse um pedaço de carne, a medindo de cima a baixo.
Cris senta em uma poltrona velha que tinha num canto e coloca um pequeno microfone atrás da almofada.
-Está aqui o açúcar, depois você me devolve o pote.
-Ah ta, mas antes posso ir ao banheiro?
-Pode, é por ali.
Cris se dirige ao banheiro, abre a porta e a fecha, só que não entra, anda pelo corredor que da a um quarto grande, com cheiro de coisa antiga, certamente seria o quarto da mãe, mas aonde seria o dele? Coloca outro microfone dentro do abajur e sai, antes que eles desconfiem. Volta para perto do banheiro abre a porta e finge sair de dentro dele.
-Posso tomar um copo de água?
-Pode.
-Deixa que eu mesma pego não se incomode.
Dexter estranha àquela mulher, e resolve ir até a cozinha pra ver o que se passa. Quando entra encontra Cris mexendo nos armários.
-O que você está fazendo?
-Me desculpe, estava procurando um copo.
-O copo está desse lado.
Pega água na geladeira e entrega a Cris, que sorve sem vontade nenhuma.
Sai da casa carregando o açúcar e finge ir à direção de uma casa que ficava a uns duzentos metros adiante, Alex de dentro do carro observa a cena.
Depois que Dexter entrou ela se virou e rapidamente entrou no carro.
-E ai, conseguiu?
-Consegui sim, vamos ver se está tudo funcionando.
Cris liga um aparelho por onde se escuta perfeitamente a conversa dos dois.
-Então cara, quais vão ser os nomes que você vai querer que coloque?
-Puxa, eu nem tinha pensado nisso antes. O de Laninha pode ser Ana e o meu Alex.
-Você vai usar o nome do namorado dela?
-Ué, se ela quer se casar com Alex, que case. – Dando uma gargalhada que fez Laninha no outro quarto se assustar.
Alex e Cris se entreolham e ficam indignados, mas precisavam ser pacientes, por mais que a raiva consumia Alex por dentro, por mais que tivesse uma enorme vontade de meter o pé na porta e tirar Laninha de lá, precisava se controlar.
Dexter não confiava em Bily o suficiente para deixá-lo sozinho com ela, via como ele a olhava, como a media, engolia com os olhos. Bily poderia fazer o que ele tinha feito, ou pior, fugir com ela. Isso não poderia acontecer, de jeito nenhum.
Então resolveu que Bily teria que ir comprar roupas para Laninha, algumas calças, blusas e vestidos, só para disfarçar mesmo, não podiam viajar sem malas, seria suspeito demais.
Bily reclamou e argumentou, mas não deu em nada, Dexter estava irredutível, não queria saber de conversa, seria ele e ponto final.
Mais tarde Bily passa por Alex e Cris carregando várias sacolas e embrulhos e entra na casa de Dexter.
Entrega-lhe os pacotes e os documentos, estava tudo pronto, agora só faltava comprar as passagens para o Brasil. Ele tinha família por lá e sabia falar um pouco de português, seria mais fácil ir para um país distante.
Entra no quarto e coloca os pacotes no chão, Laninha se encolhe no canto do quarto, da onde não tinha saído desde o ocorrido.
-Vou te dar a oportunidade de se lavar e colocar roupas novas.
-(com uma voz tremida) Por quê?
-Porque estou bonzinho hoje.
A pega pelo braço e praticamente a arrasta para o banheiro, Laninha não queria ir, tinha medo que aconteceria, do que ele faria com ela dessa vez.
-Eu vou ficar aqui na porta te esperando, você terá vinte minutos para tomar banho e se trocar, se passar disso eu entro, entendeu?
Laninha fez com a cabeça que sim e entrou no banheiro. Parou em frente ao espelho, se olhou. Estava descabelada, com os olhos fundos, o pescoço ainda tinha as marcas das mãos de Dexter, na sua camisa faltava alguns botões e estava suja de comida que ela cuspira. Sentou se no chão e começou a chorar, quando escutou uma batida na porta.
-É melhor se apressar. – Gritou do outro lado da porta.
Tirou suas roupas e se enfiou debaixo do chuveiro, a água caia quente a fazendo por um instante relaxar, pensar que não estava ali naquele pesadelo.
Ela esfregava a bucha em seu corpo com força, ainda sentia o cheiro dele, ainda sentia. Parecia ter impregnado em sua pele, o cheiro, o suor, a sujeira. E não saia, e fazendo chorar mais. Escutou outra batida na porta, sentiu um medo tão grande de que Dexter entrasse e a machucasse de novo, a machucasse mais.
Apressa-se no banho, senta se e começa a revirar as sacolas a procura de alguma coisa descente para vestir, as maiorias das roupas pareciam de um mau gosto terrível, eram difíceis de usar.
Pegou uma camiseta preta e uma blusa de moletom verde e uma saia branca parecia uma tenista pronta para o treino.
Dexter abre a porta e Laninha o ataca com a gilete fazendo um corte em seu braço, ela o empurra e sai correndo, mas é pega por Bily que estava na sala.
-Me larga seu imbecil.
Começa a bater em Bily, e quando vai com a gilete para cima ele pega seu pulso e o torce, fazendo um barulho oco.
-Você quebrou o pulso dela! – Grita Dexter que permanece no chão.
Bily a larga que cai sobre o tapete chorando, estava mole.
Dexter parte para cima de Bily e lhe da um soco com força, o fazendo ir para trás que tropeça no pé do sofá e cai sentado.
Cris e Alex escutam tudo, ele precisava tirar Laninha de lá, ela estava machucada. Quando escutam um tiro logo seguido de um grito.
Cris liga para a policia.
Laninha não acreditava no que estava vendo, Bily tinha atirado em Dexter que agora agonizava no chão, tinha sido um tiro certeiro, direto no coração, em minutos ele morreria.
Bily passa por cima dele e agarra Laninha pelo braço e a levanta, ela começa a se debater, mas Bily aperta o pulso quebrado e Laninha grita. Começa a arrastar para fora de casa quando se depara com Alex parado na porta, ele pega a arma e coloca na cabeça de Laninha.
-Saia da minha frente, se não eu a mato aqui mesmo.
Alex olha para os olhos de Laninha, levantas as mãos e para ao lado deles.
-Vai pra lá, do outro lado da rua cara! Tô falando sério!
Ele atravessa a rua olhando para Laninha, vê o terror nos olhos dela e solta uma lágrima.
Nesse momento praticamente todos os visinhos estavam para fora de suas casas, e assistiam aquela cena aterrorizados.
A policia chega para desespero de Bily que aperta cada vez mais a arma na cabeça de Laninha.
Param dois carros na frente da casa e cada vez mais gente se aglomera na rua. Cris estava parada do lado de Alex que estava num mix de sentimentos, sentia alívio de finalmente ver Laninha viva, mas ainda não tinha acabado ela ainda estava nas mãos de Bily.
-Eu não vou solta-la, ela vai comigo! – Grita Bily.
-Calma rapaz, vamos conversar.
-Não tem conversa, ela é minha só minha!
-Me diz, o que você quer?
Laninha fica cada vez mais desesperada e começa a lutar com Bily e se solta dele, fazendo ele se distrair.
Alex sai correndo do outro lado da rua e o ataca, empurra-o com muita força, o fazendo cair no chão e derrubando sua arma, os policiais imediatamente correm e apontam as armas para Bily que estava tentando pegar a arma novamente. Eles o prendem e levam para o carro, fazendo as pessoas que estavam assistindo vibrarem de felicidade. Batiam palmas e gritavam, mas não para a policia e sim para Alex que foi muito corajoso.
Laninha fala que Dexter estava morto dentro da casa, pois Bily tinha atirado nele também.
Corre para os braços de Alex chorando e soluçando, nessa hora nem se lembrava mais que estava com o pulso quebrado, até que Alex sem querer pega em seu braço. Ele a leva até a ambulância de paramédicos que estava no local.
Bily foi preso e acusado de assassinato e seqüestro, pegou oitenta anos de prisão. Dexter tinha um tio que morava a algumas quadras dali, quando ficou sabendo do ocorrido não sabia o que fazer, realmente ficou constrangido e triste, afinal Dexter tinha morrido.
Foi enterrado ao lado de sua mãe, no lugar de seu pai que tinha fugido do país.
Laninha conhece Cris.
-Eu não sei como te agradecer por tudo o que você fez pra me ajudar.
-Não me agradeça Laninha, agradeça a Alex, ele sim te salvou.
-Você tem razão. Eu te amo Alex, nunca mais quero ficar longe de você!
-Eu também te amo linda!
Os dois se abraçam e dão o beijo tão esperado. Mas Laninha ainda tinha uma coisa para contar, algo muito difícil que lhe tinha acontecido e que não parava de passar na sua cabeça, como um filme.
Quando finalmente estava em casa, depois por ter passado pela policia e contado tudo o que tinha acontecido e depois de voltar do hospital, Laninha vai tomar um banho, realmente precisava disso, tinha que tirar aquelas roupas, tinha que tirar aquilo que ainda estava impregnado na sua pele.
Abre o chuveiro e deixa a água cair, os pensamentos invadem sua mente, ela senta se no chão, se encolhe e começa a chorar baixinho, tinha que contar a alguém, tinha que dividir aquele momento horrível que ela tinha passado com a pessoa que ela mais confiava na vida. Ficou alguns minutos sentada no chão escutado a água cair, com a cabeça vazia agora, olhando para a parede.
Saindo do banheiro encontra Alex sentado na cama, como se escutasse seus pensamentos e soubesse que ela precisava conversar, desabafar.
Senta se ao lado de Alex e lhe conta o que Dexter tinha feito.
Chorando e tremendo diz nos mínimos detalhes que Dexter tinha estuprado ela, que ele tinha a machucado e a drogado, ela não conseguia falar nada, não conseguia nem gritar. Ela disse que ainda sentia o cheiro dele, que se sentia suja e que não sabia mais o que fazer.
Alex escuta aquilo sem reação, seus olhos se enchem de lágrima, não sabia o que dizer, não conseguia imaginar como ela tinha sofrido com tudo aquilo.
-Eu não sei o que te dizer Laninha.
-Só diga que ainda quer ficar comigo, mesmo depois do ocorrido.
-Mas é lógico que vou ficar com você, não foi sua culpa o que aconteceu, eu te amo e sempre vou estar ao seu lado.
Laninha agora chorando mais ainda se joga nos braços de Alex, que a aperta forte e diz baixinho que nunca vai deixá-la, que sempre estará lá para ajudá-la.
Os dois se deitam na cama, Laninha estava encolhida e Alex a envolvia com seus braços, e depois de muito chorar acabaram adormecendo, e a lua na janela os contemplava.
Laninha estava presa na cama, de volta aquele lugar, Dexter estava lá com um tiro no peito, ela sentia o cheiro do sangue dele, sentia calafrios só de olhar, Bily estava sentado numa cadeira ao lado da cama assistindo a tudo, Dexter vinha em sua direção, estava em cima dela de novo, estava fazendo aquilo de novo.
Ela começou a gritar e chorava desesperadamente quando se sentiu sendo chacoalhada, ele gritava para ela parar, para ficar quieta.
-Laninha, Laninha, acorda!
Ela abre os olhos e vê Alex sentado ao lado dela, apertava lhe os braços com força num ato de desespero para fazê-la acordar, voltar à realidade.
Laninha se senta na cama ainda chorando e abraça Alex apertado, parecia tão real, ela podia sentir o cheiro, o cheiro de sangue, não conseguia se esquecer da cara de satisfação de Dexter e de Bily ali sentado, sentia sua presença. Isso a estava deixando louca.
-Eu estou aqui com você, não se preocupe, não vou te deixar.
-Nem sei o que dizer Alex, não estou legal isso é fato, e você está aqui comigo, enfrentando tudo isso, não sei se conseguiria sem você, não sei mesmo.
-Não diga nada, só fique aqui deitada do meu lado, tudo vai passar e vamos enfrentar isso juntos.
James assiste a tudo sentado em uma enorme almofada que ficava no canto do quarto de Laninha, parecia estar preocupado, gatos sente essas coisas, sente quando as coisas não vão bem e realmente Laninha não estava bem.
Mas Laninha não conseguia dormir e resolve ir pegar um calmante que tinha no armário do banheiro, o toma ainda com a cabeça no sonho, realmente era difícil de esquecer. Volta para cama mais calma, Alex já estava dormindo novamente, ao mesmo tempo em que tinha um ar de preocupação também tinha de alívio.
Sentou se ao lado de James no chão e ficou olhando a janela, a lua estava linda e o céu cheio de estrelas, se aconchegou na almofada, abraçou James e acabou dormindo ali quando finalmente o remédio fez efeito.
Alex acorda com a claridade do sol batendo em seu rosto, vira para o lado e vê que Laninha não estava e se levanta bruscamente, não conseguia imaginar onde ela estaria quando se depara com ela deitada ao lado de James numa posição quase fetal.
A pega no colo e leva para cama, não tinha passado o efeito do remédio então Laninha não acordou.
Resolveu ir á padaria, faria um café reforçado para Laninha, ela passara dias sem comer e estava sem forças, com a noite mal dormida podia acabar doente e isso era a última coisa que podia acontecer.
Quando chegou em casa reparou que Laninha ainda estava dormindo, mas algo dizia para ele ir vê-la.
Sentou se ao lado dela, respirava profundamente, mas estava agitada, se mexia na cama e gemia. Involuntariamente colocou a mão sobre sua testa e comprovou, estava mesmo com febre.
Imediatamente ligou para Lena.
-Oi Alex, está tudo bem?
-Não, é a Laninha, ela está com febre, não sei o que fazer.
-Dá uma olhada no armário onde ela guarda os remédios, vê se tem um chamado Dipirona.
Alex se dirige ao banheiro e começa a vasculhar o armário.
-Achei! – Exclama aliviado como se fosse à cura para tudo o que estava acontecendo.
Lena dá as instruções para Alex de como dar o remédio para Laninha e diz que liga mais tarde para saber como ela estava.
Chega ao quarto e Laninha estava delirando, falava sozinha, dizia para ele ficar longe, e repetia isso várias vezes. Colocou o remédio em sua boca e um pano úmido em sua testa, estava com quarenta graus de febre.
Liga para sua mãe, estava desesperado, não sabia mais o que fazer, nunca tinha cuidado de ninguém nesse estado e precisava de ajuda. E ela concorda em passar lá para dar uma força para o filho.
Realmente Lucy ficou fascinada com o amor que o filho sentia por aquela mulher e o esforço que ele estava fazendo para ajudá-la, ela via nos olhos dele que a amava de verdade e que faria qualquer coisa para não ficar longe dela.
Laninha acordou com alguém a levantando.
-Oi Laninha eu sou a Lucy, a mãe do Alex. Vim aqui para te ajudar. Vou te levar ao banheiro e você vai tomar um banho, está ardendo em febre.
-Oi, nossa, me desculpe, realmente não estou bem, parece que fui atropelada por um caminhão.
-Eu sei querida, mas tomando um banho frio vai te ajudar, o Alex já te deu remédio e logo logo você vai estar melhor.
-Não sei como agradecer a vocês dois, o Alex é perfeito, eu amo muito o seu filho.
Lucy sorriu a ajudou Laninha a tirar suas roupas e entrar no chuveiro, ficou sentada ao lado para o caso de ela precisar de algo. Ficou pensando que essa era a primeira vez que via Alex amando alguém assim e ela perecia ser uma boa moça, estava feliz por ele, só ficava triste pelo caso de eles estarem passando por toda essa situação.
Depois do banho Laninha estava bem melhor, Lucy tinha preparado um belo almoço e todos se sentaram à mesa para comer.
Laninha explicou que essa febre foi por causa do trauma que ela tinha passado que tinha sido um jeito que a mente dela encontrou para tentar “expulsar” tudo o que estava passando com ela. Disse que estava melhor e que Alex deveria voltar a trabalhar.
-Tem certeza Laninha?
-Tenho Alex, você tem que voltar a viver, quanto tempo faz que você não toca?
-É verdade, você tem razão, vou voltar a tocar!
-Isso querido, volta sim!
Alex liga para Jimmy todo empolgado e diz que quer voltar a trabalhar, Jimmy disse que tinha novidades e que era melhor eles se encontrarem mais tarde.
Chegando lá Jimmy disse que tinha tido uma idéia, gostaria de contratar Nick para trabalhar lá também, os dois alternariam na quinta, na sexta a no domingo, só sábado que iriam ficar os dois, pois tinha mais movimento.
Alex adorou a idéia de trabalhar com seu amigo, assim teria mais tempo com Laninha também, finalmente parecia que as coisas estavam entrando nos eixos. Nick também gostou da idéia, estava há tanto tempo sem trabalhar e realmente precisava do emprego.
Laninha estava sozinha em casa, Lucy já tinha ido embora. Sentada no sofá acariciando James, Laninha estava longe, a cena passava repetidamente em sua cabeça. Dexter a estuprando, Bily quebrando seu pulso e depois matando Dexter.
Finalmente Bily estava preso novamente, mas Dexter não merecia ter morrido daquele jeito, no fundo ele era uma pessoa boa, realmente não conseguia entender o porquê de ele ter ficado daquele jeito, alguma coisa tinha acontecido e isso ela nunca iria saber.
Do nada se levanta, pega as chaves do carro e sai. Tinha decidido que iria visitar Dexter, no cemitério.
Quando chega lá, vê que tinha algumas flores recentes, por alguns minutos fica lá parada em frente ao tumulo, encarando a lápide que dizia: DEXTER CREED - FILHO AMADO.
-Eu sei que deveria ter muita raiva, você fez muita coisa ruim comigo, realmente me fez sofrer de vários modos diferentes. Você simplesmente feriu minha alma, me fez ver uma pessoa que eu não conhecia, era um Dexter monstruoso e irreconhecível, totalmente diferente do Dexter que trabalhava comigo na clínica, mesmo sendo sarcástico e algumas vezes chato. Eu o admirava, te achava um médico tão competente e atencioso com seus pacientes. O que te fez mudar? Porque você me fez passar por tudo aquilo?
Ela sabia que não conseguiria respostas, mesmo que no fundo quisesse que sim, no fundo queria que isso não passase de um pesadelo sem graça e que logo acordaria e tudo estivesse normal, Alex estaria do seu lado dormindo todo gostoso do jeito que sempre foi.
Mas não era assim, ela tinha passado por tudo aquilo, mas tinha Alex ao seu lado, o amava muito e tinha muita sorte dele amá-la também.
Quando terminou de desabafar para Dexter, ou o que tinha restado dele naquele túmulo, ela sentiu um grande alívio, todo aquele peso que estava sobre seu peito agora se fora e ela agora poderia seguir sua vida em paz, pois tinha perdoado Dexter.
Alex chega em casa eufórico, estava doido para contar a Laninha que iria dividir o tempo com Nick no clube e que eles poderiam passar mais um tempinho juntos, mais ela não estava lá, e começou a ficar preocupado, o filme passou pela sua cabeça, todo aquele desespero que passou quando descobriu que Laninha tinha sido seqüestrada.
Olha para trás e se depara com Laninha parada olhando para ele com cara de interrogação.
-O que foi querido?
-Onde você estava?
-Fui dar uma volta. – Não queria que Alex soubesse que ela tinha ido ao cemitério, achava que ele não entenderia.
-Nossa nunca mais me assuste assim viu!
-Tudo bem amor, prometo.
Alex contou sobre sua novidade, disse que revezaria as noites com Nick no clube e só no sábado que os dois trabalhariam juntos porque tem mais movimento. Estava feliz, teria mais tempo para ficar com ela, não queria perder tempo, esses dias que passaram longe um do outro foi muito difícil.
Laninha ficou muito feliz com essa novidade porque também teria que voltar para a clínica, não podia ficar afastada por muito tempo.
Os dois passaram a noite sentados no sofá assistindo a filmes e tomando um bom vinho, finalmente as coisas estavam entrando no eixo novamente, mas no fundo Laninha ainda se sentia triste e amargurada, algo ainda a assombrava.
Deitados na cama o clima começa a esquentar, Alex beija Laninha ardentemente, a desejava muito, estava com saudades. Ela também queria, mas do nada a lembrança de Dexter em cima dela veio à tona.
-Para Alex, por favor!
-O que foi?
-Desculpa, mas eu não consigo, não consegui esquecer.
Por um estante Alex não se lembrava do que era, ficou parado olhando sem saber o que fazer. Foi quando se lembrou.
-Eu entendo não vou te forçar a nada, você ainda deve estar muito abalada com tudo isso e com razão, eu te amo muito e espero o tempo que for.
Laninha o puxa para perto dela e o abraça com toda a sua força.
-Só preciso que você fique aqui comigo, me protegendo, o seu amor é suficiente para mim, não preciso de mais nada.
Dessa vez Laninha consegue dormir a noite toda, ela ainda sonhara com o ocorrido, mas o sonho era diferente dessa vez, não era ela quem estava em baixo de Dexter, era outra pessoa e ela não conseguia distinguir quem era simplesmente assistia como se fosse um filme e dessa vez não foi assustador.
Acordou com James em cima dela a chamando para acordar, Alex dormia profundamente, parecia estar até sonhando, pegou James, o abraçou e ficou contemplando Alex por alguns minutos, ele realmente era um homem muito bonito e especial, nunca tinha encontrando ninguém assim.
Levantou se e foi colocar comida para James e ficou sentada na janela da cozinha olhando para a rua vendo as pessoas passarem apressadas para o trabalho quando se lembrou que também tinha que se arrumar, voltaria hoje para a clínica e tinha muito trabalho a fazer. Preparou o café, arrumou a mesa e foi para o quarto, silenciosamente se arrumou, beijou Alex no rosto e saiu.
Chegando à clínica foi recebida com aplausos, pessoas vinham a cumprimentar e lhe entregavam flores, foi estranho isso, mas ela pode sentir o carinho de seus colegas de trabalho.
Alex acorda, olha para o relógio e vê que acabou dormindo demais, Laninha não estava na cama. Levantou se e foi para a cozinha, encontrou um bilhete pregado na geladeira.
BOM DIA AMOR, PRECISAVA VOLTAR A TRABALHAR, PREPAREI SEU CAFÉ. ATÉ MAIS TARDE. TE AMO!
Estava feliz que Laninha finalmente estava seguindo em frente, ela merecia.
Sentou se na mesa e começou a tomar seu café da manhã lendo o jornal, mas sua mente estava longe, pensava que ele praticamente morava na casa de Laninha, mas só quando não estava trabalhando, pois a casa dele ficava perto do clube e era mais fácil porque chegava muito cansado. Estava disposto a morar com ela aonde fosse, mas para ele era mais fácil morar lá e para Laninha era mais fácil morar aqui, estava em uma incógnita, o que fazer afinal?
Resolveu então preparar uma surpresa.
A tarde parecia que não ia acabar nunca, as horas se arrastavam e a clínica estava cheia de pacientes, cheia de crianças com nariz escorrendo, tosse, febre, no inverno é difícil uma criança que não fique gripada ou acabe tento uma pneumonia. Laninha estava ansiosa, não via a hora de voltar para casa.
Finalmente a clínica fechou, finalmente acabaram os pacientes, finalmente ela podia ir embora.
Chegando em casa olha para o chão e vê ele está coberto com pétalas de rosas vermelhas que vai em direção do quarto, deixa suas chaves na mesinha do centro, a bolsa pendura no cabideiro e vai seguindo a trilha.
Quando entra no quarto vê Alex deitado na cama em meio às pétalas, do lado tinha um balde de gelo e uma garrafa de champagne.
-Bem vinda meu amor!
Laninha não diz nada, caminha em direção da cama com um belo sorriso e o beija. Ela parecia não ter controle sobre seu corpo, deixava se levar por Alex que a desejava muito e estava disposto a fazê-la esquecer o que tinha acontecido.
Alex subia e descia a mão pelo corpo quente de Laninha a fazendo arrepiar, puxava suavemente o cabelo dela para trás e beijava seu pescoço descendo devagar, ela só curtia o momento e cada vez mais sentia o desejo se aflorar.
Levantou se, e foi tirando a roupa bem devagar e sensualmente, fazia um strip tease sem musica mesmo.
Alex estava ficando cada vez mais excitado.
Quando Laninha terminou de tirar suas roupas, foi lentamente para perto dele e começou a tirar sua roupa, primeiro a camiseta e depois desabotoou a calça e começou a puxar devagar, olhando com cara de safada, Alex simplesmente curtia o momento.
Laninha subiu em cima dele e como se estivesse dançando se encaixou, e eles fizeram amor a noite inteira.
Laninha finalmente estava se libertando de tudo, dos seus medos e sonhos e de Dexter. Ele não iria mais estragar a sua vida, não iria mais a assombrar, estava feliz novamente.
No dia seguinte Alex conta para Laninha que tinha tomado uma decisão, ia alugar seu apartamento para Nick e se mudaria de vez para o apartamento dela.
-Serio Alex?
-É sim.
-Você não sabe como eu fiquei feliz com essa notícia.
-É, mas quando eu estiver trabalhando eu vou dormir na casa do Nick, pois fica mais fácil para mim, depois que eu dormir eu volto. Pode ser?
-Claro que pode lindo, eu sei que você chega super cansado, não tem problema nenhum.
E assim passou os dias, Laninha trabalhava na clínica e Alex passava as noites em que trabalhava na casa que Nick. Tudo estava conforme deveria estar.
Um dia Laninha estava muito contente, acabou saindo mais cedo da clínica, aproveitou que não tinha muitos pacientes, afinal já estavam na primavera não tinha tantas crianças doentes e foi embora mais cedo, precisava falar com Alex antes que ele fosse para a Fox Night.
Chegando em casa reparou que Alex ainda estava no banho e preparou uma surpresa.
Quando saiu do banheiro escutou um barulho.
-Laninha, é você que está ai?
-Cheguei mais cedo hoje. – Grita da cozinha.
Depois de se arrumar Alex vai a cozinha dar um beijo em Laninha, precisava ir para o clube preparar as coisas para mais a noite. Entra e Laninha lhe oferece um muffin, e escrito em cima estava: Parabéns Papai!
Alex fica sem palavras, seus olhos se enchem de lágrimas, ele não podia acreditar no que estava lendo, olha para Laninha que sorri e diz:
-Isso mesmo, você vai ser papai!
Alex ficou tão feliz que quase não cabia em si mesmo, chegou perto de Laninha e passou a mão na barriga dela e lhe da um beijo, depois a abraça e chora de felicidade.
Ele vai trabalhar feliz, sonhava com seu filho e como seria sua vida daqui pra frente, simplesmente ele seria mais feliz do que já é. Não conseguiu dormir na casa de Nick, precisava ficar com Laninha e foi para a casa.
Laninha já estava quase acordando para ir trabalhar, quando se assusta com a porta se abrindo, vai ver o que é e se depara com Alex.
-O que você tá fazendo aqui?
-Não consegui dormir, estou tão feliz!
-Eu também estou, você não imagina o quanto.
Alex entra e vai se deitar, estava muito cansado, sonhou que tinha uma filha linda, ela tinha os olhos e o sorriso de Laninha, era a coisinha mais perfeita.
Os meses passaram e a barriga de Laninha crescia cada vez mais, eles descobriram que esperavam um casal de gêmeos.
Era três horas da manhã e Laninha começou a sentir as contrações, se levanta e começa e pegar as malas e cutuca Alex.
-Querido... Querido...
-Hãn? O que foi?
-Tá na hora!
-Na hora de quê? De acordar? Ainda tá escuro lá fora!
-Não seu bobo, tá na hora de ir pro hospital, eu estou com contrações.
Alex se levanta bruscamente, ainda estava colocando os pensamentos em ordem, quando olha vê que Laninha já estava pronta segurando as malas e as chaves do carro.
Partem para o hospital, as contrações aumentavam, mas Laninha ainda não tinha dilatação o suficiente, foi colocada no soro e ficou assim por cinco horas. Ela começava a sofrer, mas mesmo assim queria ter parto normal, então esperaria o tempo que fosse.
Quando foi nove horas da manhã Laninha estava pronta e foi levada par a sala de parto, Alex estava impaciente e ficava andando de um lado para o outro na sala de espera, Lena e Lucy também estavam lá e tentava acalmar ele, mas era em vão.
Johnny e Mel nasceram às nove e meia da manhã.
FIM!!!
Laninha McLean!