segunda-feira, 10 de novembro de 2008

NADA SEPARA UM AMOR DE VERDADE


CRIS era filha única de uma renomada família, que era proprietária de várias indústrias, fazendas e imóveis. Estava cursando o colegial e quando terminasse iria estudar no exterior. Muito educada, inteligente e tímida.
Morava com sua família em um casarão num lugar tranquilo.
Sua família era feliz e muito unida. Seu pai sempre viajava á negócios e quase não o via, mas sempre que estava aqui ficava junto dela e dava muito carinho.
A empresa crescia e tinha várias filiais no exterior. Seu pai não era o único dono tinha um sócio de longa data, mas que não tinha a metade das ações, seu nome era John
Estavam reunidos em casa num jantar quando seu pai, diz que terá que viajar novamente, o destino seria a Alemanha, teria que resolver alguns assuntos importantes na filial de lá. Mas que desta vez sua mãe iria junto, iriam tirar alguns dias de folga e passear .
CRIS entristeceu já que não poderia ir junto, estava nas épocas de provas do colégio, e eram as últimas do final do ano letivo.
Pela primeira vez iria ficar sozinha, sem pai e nem mãe pelo menos durante quinze dias. Sentiu um aperto no coração, mesmo eles dizendo que ligariam todos os dias.
No dia seguinte foi se despedir deles no aeroporto, lá encontrou o advogado do seu pai, se chamava NICK e era de extrema confiança e iria cuidar de tudo na ausência dele, profissional muito correto e competente.
Lá também estava o sócio do seu pai, John, apenas cumprindo com as formalidades, homem com ar sombrio, de poucas palavras. CRIS não gostava muito dele mas por educação o tratava formalmente. Naquele dia sentiu um calafrio quando o viu e ele direcionou um olhar.
Despediram-se na maior emoção. Na volta NICK levou CRIS para casa e a pedido dos pais dela iria todos os dias lá pra ver se estava tudo bem.
A diferença de idade deles não era tão grande já que NICK havia se formado jovem e construído carreira cedo, tinha 27 anos, tinham pouco contato pois só se encontravam quando havia alguma reunião ou festa referente á empresa. CRIS era tímida e falava bem pouco. NICK puxou conversa, devido á profissão, falava muito bem. Ela somente respondeu ás perguntas dele e disse algumas poucas palavras.
NICK disse que passaria por lá todos os dias depois do expediente da empresa para ver se estava tudo bem e se precisaria de alguma coisa.
CRIS sorriu e agradeceu.
A primeira semana custou a passar, ela não estava acostumada a não ter a presença ou do pai ou da mãe, e sua rotina diária era ir cedo ao colégio, de tarde ia aos cursos de inglês e piano. No final do dia NICK passava por lá e providenciava as coisas que faltavam. Conversavam um pouco. De noite CRIS ficava na internet ou senão no telefone falando com os pais. Que estavam bem e com saudades.
Na semana seguinte, faltando apenas dois dias para o retorno dos pais acordou como todos os dias, mas já estava ansiosa e feliz pelo volta deles. Cumpriu normalmente sua rotina de todos os dias. NICK passou em sua casa e combinou o horário que iriam buscá-los no aeroporto.
De noite ficou decepcionava, ligava para o hotel dos pais e ninguém atendia, ficou então á espera de uma ligação deles, não iria dormir enquanto não falassem com eles. Mas vencida pelo cansaço acabou dormindo e somente acordou quando já amanhecia.
Tomou seu banho, arrumou-se para ira á escola e desceu para tomar seu café.
Quando chegou na sala viu NICK nervoso, com ar triste e preocupado, estremeceu afinal logo cedo ele estava ali, então algo havia acontecido.
NICK pegou em sua mão e a fez sentar no sofá , respirou fundo e disse que estava ali por um motivo triste, não queria ter que dar uma notícia daquelas e que ela precisava ser forte. Falou que seus pais haviam sofrido um acidente na Alemanha na noite anterior e infelizmente vindo a falecer os dois. CRIS ficou em estado de choque e começou a chorar sem parar, estava órfã, não tinha parentes próximos, ficou sem chão. NICK a puxou para perto e a amparou sabia que os dias que se seguiriam seriam dolorosos para ela e prometeu para si que iria cuidar dela dali para frente.
Ele já havia tomado todas as providências legais e os corpos chegariam dentro de alguns dias, com relação ás empresas já havia entrado com pedido de transferência dos bens para o nome dela e deu seu nome como tutor dela já que era menor de idade. O juiz deferiu rapidamente, aceitando o pedido. NICK fora nomeado tutor de CRIS e cuidaria do patrimônio até ela completar 18 anos e para isso demoraria ainda um ano.
A notícia da morte dos pais da CRIS foi noticiada mundialmente, haviam ido passear de barco no final do dia e conforme a perícia teria batido em umas pedras e explodido.
CRIS muito abalada não saia de casa, a imprensa não dava sossego montando acampamento em frente da sua casa, afinal todos queriam fotografar e entrevistar a única herdeira.
NICK convocou uma coletiva onde disse que naquele momento CRIS não iria se manifestar mas que futuramente ele marcaria uma entrevista.
No dia do funeral forte esquema de segurança foi montado no cemitério para afastar curiosos e a imprensa. Somente a família e amigos foram autorizados a estar presentes.
NICK acompanhou CRIS. John veio lhe prestar condolências e logo saiu. Ela nem deu muita importância, estava totalmente perdida no tempo e sem chão.
O funeral correu rápido, mas como ela estava sem se alimentar direito desde a notícia, e a tristeza enorme, noites sem dormir, desfaleceu. NICK a pegou no colo e a levou para o carro. Iria levá-la para casa. Durante o trajeto de volta ligou ao médico da família e pediu para ir até lá.
Já em casa foi medicada e dormiu sob efeito de calmantes, o médico aconselhou NICK a ficar observando como reagiria nos próximos dias.
Ele então toma uma decisão, passaria os próximos dias junto dela, mandou buscar suas coisas no seu apartamento e se instalou no quarto de hospedes.
CRIS iria dormir até o dia seguinte mas mesmo assim ele ficou ali do lado dela velando seu sono. Vencido também pelo cansaço adormeceu recostado na cabeceira da cama e segurando sua mão.
NICK acordou antes de CRIS, tomou um banho, desceu e arrumou uma bandeja com o café da manhã reforçado e foi levar para ela, precisava fazer com que se alimentasse.
Quando chegou ao quarto CRIS já havia acordado. Ao vê-lo esboçou um leve sorriso, se sentia sem forças para nada.
Ele então se aproximou com a bandeja e disse á ela para fazer um esforço e se alimentar para não ficar doente. Ela não queria, não sentia fome, mas devido a insistência dele aceitou.
Disse á ela que por alguns dias iria ficar junto dela até vê-la recuperada e que estava ali hospedado. CRIS ficou feliz, ele estava sendo a única companhia diante daquela situação e perto dele sentia-se protegida.
NICK precisava ir á empresa, havia muitas coisas que teria que resolver afinal um grande império estava sob sua responsabilidade, se despediu dela com um leve beijo na face.
Aos poucos CRIS foi melhorando, estava ainda muito abalada, mas se alimentava melhor e procurava ler e escutar musica para se distrair. A pedido dela NICK iria passar a morar lá definitivamente pelo menos até ela chegar à maioridade e poder tomar posse da sua herança.
Embora ele estivesse sobrecarregado de obrigações sempre arranjava tempo para estar com ela nas principais refeições e procurava chegar cedo para lhe fazer companhia. Começaram a conversar mais e se tornam grandes amigos.
Certo dia durante a noite NICK lia um livro e é interrompido pelo grito de CRIS.
Levantou-se correndo e foi lá ver o que estava acontecendo.
CRIS estava encolhida sobre a cama, tremendo assustada havia sonhado com os pais que tinham uma certa expressão de tristeza nos rostos e diziam que foram vítimas de um plano para elimina-los e que a pessoa planejava algo de ruim contra ela. A sensação era muito forte e ela lembrava do sonho com todos os detalhes.
Narrou a NICK, que a abraçou e a recostou em seu peito. Já lhe haviam dito que sonhos são preounitórios , mas não acreditava muito , mas aquele sonho fizeram dúvidas serem plantadas dentro dele.
Será que poderia os pais dela terem sido assassinados e ela poderia ser a próxima? E outra quem poderia estar tramando algo? A perícia do acidente ainda estava em andamento, os primeiros relatórios diziam falha mecânica do barco por isso não conseguiram desviar das pedras e acabaram batendo. Resolveu que ficaria mais atento nas investigações do acidente. Se havia a possibilidade de atentado precisava redobrar a segurança de CRIS.
Procurou tirar o ar de preocupação do rosto e acalmou-a.
Fez a deitar novamente, afagou seus cabelos e ela logo adormeceu.
Ficou ali por uns instantes vendo ela dormir. A proximidade dela nos últimos dias, a convivência diária, fizeram com que no seu intimo começasse a crescer um amor, que ele não saberia por quanto tempo poderia esconder, tinha medo de se revelar e ser criticado e ser tachado de interesseiro e outra não saberia se iria ser correspondido.
Nos dias que se seguiram, houve a conclusão da perícia que fechou o processo tendo como causa do acidente falha mecânica.
CRIS estava mais conformada e já havia voltado para a escola e para os cursos que fazia e NICK quando podia ia buscá-la e levar para algum passeio.
Ela começou a sentir que havia um sentimento a mais por ele, mas por outro lado ficava confusa, poderia estar misturando carinho e afeto dele com amor, ou apenas estaria carente. Adorava sua companhia e ficava feliz quando ele ia busca-la e saiam para passear ou simplesmente chegava em casa mais cedo. As aulas estavam no final e no fim de ano queria viajar nas férias. NICK havia proposto alguns dias na Suíça e ela estava inclinada a concordar. Queria distrair um pouco e pensar o que faria no próximo ano já que como seus pais desejavam iria estudar no Canadá, mas ainda não sabia qual curso. Queria leva adiante o sonho dos pais então estava querendo Administração de Empresas.
Naquela noite CRIS sonhou novamente com os pais que diziam a mesma coisa sobre terem sido assassinados e que ela corria perigo, acordou assustada e num impulso correu para o quarto de NICK e o abraçou.

O calor que vinha do corpo dele e o abraço apertado faziam ela se sentir amparada e protegida.
Ele ficou surpreso com aquela atitude e esperou ela se acalmar e perguntou o que havia acontecido. Ela contou que havia sonhado novamente com os pais que diziam a mesma coisa do primeiro sonho.
NICK segurou as mãos de CRIS, olhou no fundo dos seus olhos, passou as mãos no seu rosto e disse para ela não ter medo de nada e que ele estaria sempre ao lado dela protegendo e não deixando nada de mal lhe acontecer. Não pôde mais se segurar e a beijou, que sentiu o coração disparar e se deixou levar, no seu interior desejou que aquele momento não tivesse um fim.
Não tendo mais como esconder o amor por ela, NICK abriu seu coração e contou tudo o que sentia inclusive o medo de ser criticado e de ser mal interpretado. CRIS então confessou também o que sentia por ele e das suas dúvidas e medos.
Ambos sorriram, começava ali a história de amor dos dois que iria passar por muitos obstáculos, mas que embora eles não percebessem, os pais dela ali estavam em espírito um pouco aliviados e abençoando aquela união.
CRIS e NICK estavam muito felizes, o ano letivo havia terminado e ela formado o colegial. Antes de saírem de férias para a Suíça iriam oficializar o noivado. Que não foi bem visto por John, pois se CRIS se casasse com NICK seus planos iriam por água á baixo.
Os sonhos de CRIS tinham fundamento.
John, ambicioso, e sem escrúpulos, planejou a morte dos pais de CRIS nos mínimos detalhes, contratou pessoas que sabotaram o barco e depois encobriram os vestígios do crime. Depois só teria que dar um jeito na única herdeira para ter a empresa toda para ele.
Planejava depois de algum tempo acabar com ela, mas pensou melhor e viu que essa idéia iria colocá-lo sob suspeita, pois com a morte da família toda do seu sócio o único beneficiado seria ele. Planejava então aproximar seu filho de CRIS para casá-lo com ela, assim a parte dela se juntaria ao dele sem despertar suspeitas.
Mas com o anúncio do noivado de CRIS e NICK estava vendo todo esse plano dar errado e precisava agir antes que isso acontecesse. Não poderia permitir o noivado e tinha que dar um jeito de pelo menos levar alguma vantagem. Estava planejando seqüestrar CRIS, pedir um resgate razoável e depois dar um jeito de afastá-la de NICK e depois casa-la com seu filho. Seria o plano perfeito.
NICK E CRIS dentro de alguns dias iam dar um jantar de noivado e estavam preparando tudo. Ele já havia deixado pessoas encarregadas na empresa para cuidar de tudo durante a viagem deles, só faltava dar as últimas instruções.
Naquela noite sonhou com os pais de CRIS. Eles pediam ajuda a ele para salvá-la pois ela corria perigo. Falaram novamente do crime que tinham sido vítimas e pediam justiça. Acordou suado e foi tomar um copo de água. Resolveu dar uma olhada em CRIS e depois que a viu dormir serenamente, ficou pensando em tudo aquilo. Decidiu seguir seu coração e ligou para um detetive amigo seu e contou a história e pediu que começasse uma investigação do acidente, mas que por enquanto seria sigiloso.
Custou a dormir, o sonho havia sido forte demais.
No outro dia reforçaria a segurança da casa e mandaria seguranças junto com CRIS toda vez que ela saísse. Não custava nada se precaver.
Nos dias que se seguiram antecedendo o noivado não aconteceu nada de estranho, tudo estava normal.
Na véspera, NICK saiu cedo para uma reunião na empresa e CRIS iria buscar sua roupa no ateliê. Saiu com motorista e segurança. Atrás mais um carro com o motorista e mais dois seguranças. Estava feliz e foi cantando no trajeto todo, pegou sua roupa e entrou no carro para voltar.
No meio do caminho o carro freia bruscamente , foi fechado por outro, de dentro saltam vários homens com capuz e fortemente armados que rendem seu segurança e seu motorista. Dois dos homens pegam a CRIS e a arrastam pelo braço e dizem que é um seqüestro. O carro com os outros seguranças, que vinha logo atrás, pára, eles descem e apontam armas para os seqüestradores, mas não podem fazer nada os bandidos já estão com CRIS dentro do carro e saem em disparada. Os seguranças saem atrás mas perdem o carro de vista. Ligam para NICK avisando, que fica pálido e fica sem reação. Só um tempo depois sai do choque e liga para a polícia.
Vai para casa pegar uma foto de CRIS a pedido da polícia e encontra seu amigo detetive á sua espera que precisa lhe dizer uma descoberta importante. As investigações dele levaram a outra causa do acidente que matou os pais de CRIS, ele descobriu que o barco havia sido sabotado e que um dos peritos misteriosamente tinha mudado de vida ,estava rico. Conclusão, os pais de CRIS haviam sido assassinados como disseram no sonho e NICK agora temia pela vida dela, precisavam correr contra o tempo para descobrir o paradeiro do perito e fazê-lo falar quem havia pago á ele para se omitir e então descobrirem o autor do crime e salvar CRIS.
Enquanto isso no carro dos seqüestradores CRIS se debatia e gritava por socorro. Para não ver aonde iriam e para evitar que se machucasse foi dopada. O carro parou em um lugar afastado, parecia uma chácara com uma pequena casa de madeira. Em volta havia muitas árvores.
Carregaram CRIS para dentro e a deixaram num quarto fechado á chave. Um dos bandidos liga de um celular e diz que já estava com ela. Recebem instruções de tratá-la bem e não machucá-la, mas que naquele dia teriam que deixá-la dopada pois mais a noite alguém iria vê-la.
Depois da revelação do detetive NICK ficou nervoso e não sabia o que fazer. A polícia já estava trabalhando no caso, as fotos de CRIS já estavam em todos os veículos de mídia e quem soubesse de alguma informação que entrasse em contato com a polícia e se a informação fosse confirmada haveria recompensa. Somente não contou á policia sobre a descoberta de seu detetive. Iriam manter a informação em sigilo enquanto ele ia á procura do tal perito.
Os telefones já estavam todos grampeados no caso do contato dos seqüestradores. Menos um dos celulares de NICK. O dia demorou a passar e nenhuma informação surgiu e muito menos um telefonema.
A noite chegou e CRIS permanecia dopada no cativeiro, quando um carro pára e de dentro dele desce o responsável pelo seqüestro que pede para vê-la, era John. Ele entra, senta na beirada da cama, passa a mão no rosto dela e diz que vai conseguir todos os objetivos planejados e que em breve a teria como nora e toda a fortuna iria pertencer á sua família. Deu um sorriso sarcástico.
Ele sai e deixa alguns mantimentos e instruções aos seus contratados.
A falta de notícias deixa NICK apreensivo, e ele passa a noite em claro.
Na manhã seguinte o telefone fixo toca e do outro lado um homem pede o resgate que deve ser pago dali a dois dias ou caso contrário teriam que dar um fim na vida de CRIS. E outra teria que ir sozinho e que não levasse a polícia junto. NICK diz que paga o que for preciso para tê-la sã e salva. O homem diz que entrará novamente em contato para maiores detalhes.
Momento de apreensão, em seus pensamentos veio o rosto de CRIS, não sabia como ela estava, se estava bem, se a estavam maltratando, seu coração apertou. Só voltou a si quando seu celular toca. Atende e é seu amigo detetive que conta que já havia encontrado o perito e descoberto quem tinha sido a pessoa que havia pagado para ele se omitir sobre o laudo do acidente. NICK quase não acredita no que ele diz. John era o mandante. E agora o que faria? Provavelmente ele estava por trás do seqüestro dela e não sabia ao certo o que ele poderia fazer. Marcou um encontro com seu amigo detetive para ver o que iriam resolver. Não poderia tomar nenhuma atitude precipitada.
No cativeiro CRIS acordou e ficou com medo de gritar não sabia o que queriam com ela.
Um homem abriu a porta trazendo água e algum alimento, estava com capuz e sua aparência fez ela ter um calafrio. Nem tocou na comida e começou a chorar.
No dia seguinte NICK recebe outro telefonema do seqüestrador, mas dessa vez de alguma forma ele liga no celular, pois sabe do grampo, diz para ele o valor do resgate, horário , local e que o pagamento seria por transferência em uma conta bancária, em um paraíso fiscal no nome de um laranja, feito através de um notebook que ele teria que levar.
Ele instruído por seu amigo detetive pede uma prova que está tudo bem com CRIS, seria uma prova de confiança. O seqüestrador reluta mas concorda, vai até onde ela está e a coloca no telefone. CRIS e NICK trocaram algumas palavras, o suficiente para ele saber que ela está bem.
NICK chora ao ouvi-la.
A polícia não conseguia descobrir onde CRIS estava e NICK decide não contar que tinha recebido o telefonema do seqüestrador e decidido pagar o resgate como o combinado. Não poderia perder tempo. Seu amigo detetive já tinha conseguido provas para colocar John na cadeia e indicia-lo por duplo assassinato, só faltava provar que ele estava ligado ao seqüestro.
O ponto de encontro seria em um galpão abandonado, depois da transferência o seqüestrador ligaria para o outro para soltar CRIS.
NICK teria que ser discreto pois se a polícia fosse envolvida poderia pôr em risco a vida dela. Programou tudo com muito cuidado e sem despertar suspeitas da polícia.
Liberou o valor no banco e foi para o local combinado, sozinho.
O seqüestrador já estava á sua espera , a transferência demorou alguns minutos, mas foi concluída.
Agora o seqüestrador tinha que cumprir o combinado e ligar para soltarem a CRIS.
Pega o celular para fazer isso mas escutam viaturas da polícia se aproximando.
O seqüestrador fica totalmente bravo com NICK e o acusa de não ter cumprido o acordo, diz ao celular pra não soltar a CRIS e saírem do cativeiro e levarem ela pra outro lugar.
NICK se desespera.
O seqüestrador foge de lá enquanto a policia entra pelo outro lado.
O delegado repreende NICK pela atitude.
Ele não liga muito pois agora está mais preocupado com o que vai acontecer á CRIS.
Volta para casa totalmente frustrado, achava que aquilo tudo teria um fim naquele dia, agora recomeçava mais uma espera, um novo contato, isso se não acontecesse algo de ruim e os bandidos cometessem uma loucura.
Subiu no quarto e se deixou desabar na cama, vários pensamentos vinham. Tinha encontrado a mulher da sua vida e agora tinha medo de perdê-la.
Já anoitecia, resolveu tomar um banho e tentar descansar um pouco e comer alguma coisa, teria que ter forças para suportar a espera.
Durante a tarde os seqüestradores haviam pegado CRIS e a levado para outro lugar.
Um galpão pequeno e vazio, somente com um colchão no chão.
Pela aparência percebeu que não ficaria lá por muito tempo.
Ela pôde perceber que estavam perto do mar, lembrava muito bem o cheiro da brisa, costumava sempre ir com seus pais e passar uma temporada na praia. Lembrou deles e lágrimas corriam pelo seu rosto. A saudade deles voltou com força.
Aqueles dias demoravam a passar e para ter forças pensava em NICK.
De repente escuta um barulho de carro parando.
Resolve fingir que está dormindo para tentar escutar alguma coisa e saber onde está e o que pretendiam.
John estava radiante afinal já tinha o dinheiro na conta de seu laranja. E ficou mais satisfeito quando soube do que acontecera. Ainda estava com CRIS e queria ter mais alguns benefícios com isso, porém estava um tanto preocupado afinal poderia ser descoberto. Decidiu que pediria mais uma quantia para NICK e soltaria CRIS depois disso. Ele coloca um capuz e vai vê-la. CRIS finge que dorme, mas quando ele passa a mão no seu rosto, estremece e levanta. Ele então não diz nada para ela não reconhecer sua voz e sai.
Mal sabe ele que ela o reconheceu apenas pelo forte perfume deixado por ele no ambiente.
Sentiu medo e ao mesmo tempo raiva. O sócio de seu pai estava por trás do seu seqüestro e lembrando do sonho concluiu que ele tinha sido responsável pela morte dos seus pais.
Naquela noite não dormiu com o peito oprimido.
Na manhã seguinte NICK recebe o telefonema do seqüestrador que pede mais uma quantia e diz que dessa vez vai soltar CRIS. Mas que se a polícia intervir mais uma vez não a verá mais.
Combinam o mesmo esquema de transferência, em um galpão do porto.
NICK está quase saindo quando seu amigo detetive chega com novidades quentes.
Passou aqueles últimos dias seguindo John e descobriu onde ia sempre e bem como provas de que estava ligado á aquele seqüestro. A prova era a conta bancária onde havia sido feito o depósito, a pessoa usada como titular tinha sido descoberta e depois de algumas ameaças havia concordado em depor em troca de benefícios para não ser indiciado.
NICK conta do contado do seqüestrador e das ameaças feitas por ele.
O detetive diz para ele cumprir o combinado, pois após a transferência e a libertação de CRIS iria dar voz de prisão á John.
NICK sai e vai ao local. Chegando lá fica á espera do seqüestrador.
Enquanto isso John vai no locar onde CRIS é mantida e briga com um dos seus contratados, pois de alguma forma sua identidade fora descoberto e agora estava num beco sem saída, soubera através de alguns informantes que todo o esquema de transferência tinha sido descoberto.
Teria que fugir dali. Mas para isso teria que ter uma garantia, levaria CRIS com ele. Enquanto estivesse com ela poderia fazer chantagem. Fugiria para outro pais pelo mar e lá mudaria de identidade, bem como daria um jeito de arrumar documentos falsos para CRIS também.
Falou para ir busca-la enquanto colocava um capuz.
CRIS não agüentou de raiva e partiu para cima dele, chamando de assassino e pelo nome. Ela agora corria mais perigo do que nunca, sabia demais. John tira o capuz e somente diz que não tinha tido tanto trabalho para acabar sem nada.
John pega CRIS, amarra suas mãos e a coloca num barco.
Sai em seguida, justo no momento que a polícia chega.
Tiros são disparados entra a polícia e os capangas de John.
NICK escuta e sai correndo em direção deles, o galpão onde estava esperando o seqüestrador ficava á apenas alguns metros..
Vê então a polícia aglomerada no cais e já ao longe um barco se distanciando, calcula então que CRIS está nele.
Sem pensar muito pega um dos barcos ancorados e vai atrás, mesmo com protestos do delgado topeira que novamente mete os pés pelas mãos.
NICK era habilidoso com o barco pois tinha como robbie de vez enquanto velejar. Rapidamente se aproxima do barco onde CRIS está.
John está totalmente transtornado com o rumo daquele plano.
Faria de tudo para não sair perdendo, odiava perder.
Tinha para si que ainda sairia vitorioso daquela situação.
Mas viu tudo de complicar quando a guarda costeira cerca seu barco.
Ele fica entre a guarda costeira e o barco onde está NICK.
Sem saída pára o barco, faz CRIS se levantar e a segura junto ao corpo para usá-la como escudo, aponta uma faca no pescoço dela e grita para ninguém se aproximar.
NICK pára o barco e diz para ele não fazer uma besteira e para manter a calma para negociarem.
John agora poderia fazer qualquer coisa, todo cuidado era pouco.
Estava totalmente fora de controle, e uma pessoa assim era totalmente imprevisível.
Ele começa a rir e diz que sabe que não tem mais volta, que não sabe perder e que de alguma forma faria NICK pagar por ter estragado todos seu planos.
Joga CRIS no mar e logo em seguida corta os pulsos.
CRIS com os braços amarrados não tem como nadar e se afoga.
NICK pula desesperado para salvá-la , enquanto a polícia pega John.
Momentos de angústia, minutos parecem eternos, mas NICK consegue achar CRIS, sobe á superfície e é resgatado por outros policiais.
Ela está inconsciente.
NICK faz respiração boca a boca e massagem cardíaca mas ela não reage.
Ele continua tentando, até que CRIS volta a si.
Os dois se abraçam emocionados e são aplaudidos pelos que acompanharam tudo.
CRIS é atendida na ambulância quando chegam ao porto. John que achou que cortando os pulsos ia por um fim em sua vida, deu azar e não morreu, agora teria que pagar pelos seus crimes na cadeia.
Nos dias que se seguiram John foi considerado culpado e pegou vários anos de prisão em regime fechado, seu filho e esposa ficaram totalmente espantados com o que ele havia feito e decidiram ir embora do país, vendendo a parte da empresa para NICK.
CRIS já estava recuperada e agora poderia recomeçar sua vida..
O noivado interrompido, iria se realizar dentro de mais alguns dias.
Tudo preparado com muito capricho, seria em casa, muito bem decorada.
CRIS estava com um vestido longo rosa claro e NICK num elegante terno preto.
Trocaram alianças e marcaram casamento para quando CRIS fizesse 18 anos.
Felicidade dos dois e embora estivessem totalmente apaixonados e amando um ao outro não haviam ainda dormindo juntos. NICK não forçava nada e esperaria quando fosse o momento certo.
No final do ano viajaram para a Suíça, foram dias felizes com muitos passeios, jantares, visitaram vários lugares., conheceram várias pessoas.
No retorno iam começar a programar a mudança para o Canadá onde CRIS iria cursar Administração de Empresas. Afinal CRIS poderia fazer um ano do curso antes de se casar.
Nada mudaria na empresa, NICK comandaria tudo de lá mesmo através da filial.
Mudaram-se logo após o Ano Novo, numa linda casa, dois andares, cuidadosamente decorada por CRIS, em um bairro calmo e com muitas flores.
CRIS adaptou-se rapidamente, estava adorando a faculdade onde fez várias amizades e estava indo muito bem.
Numa tarde de domingo ensolarado NICK sai para velejar com CRIS. O céu limpo e de um azul lindo, mar calmo, brisa suave.
Passam á tarde toda entre beijos e demonstrações de carinho, até que NICK pega os papéis do casamento para mostrar para CRIS, ela mal pode acreditar no que lia, ele havia marcado o casamento para o dia do seu aniversário 02 de Setembro.
Iria se tornar maior de idade e se casar no mesmo dia com o amor da sua vida, felicidade em dobro.
Alugaram um hotel fazenda, para fazer o casamento e a recepção dos convidados.
CRIS chegou em uma carruagem puxada por quatro cavalos brancos. Um longo tapete vermelho estava estendido até o altar. Na entrada um arco decorado com flores do campo, conforme ela ia caminhando pétalas de rosas brancas caiam. Safest Place to Hide era a música da entrada.

“It seems like yesterday when I said I do
And after all this time my heart still bums for you
If you don’t know by now that you’re my only one
Take a look inside me and whatch my heartsthings come undone

I know I promisse you forever
Is there no stronger word I can use
To reassure you when the storm is raging outside
You’re my safest place to hide

Can you see me, here Iam
I need you like inleded you then
When I feel like giving up
I climbing inside your heart and still find
You’re my safest place to hide
You’re my safest place to hide...”
Estava linda num vestido branco de seda liso, longa calda , pequeno véu preso á tiara de pequenas pedras de diamante, buquê de rosas brancas.
NICK também estava impecável com camisa branca, terno e sapatos pretos e gravata vermelha. Seus olhos brilhavam.
A cerimônia correu normalmente e cheio de emoção e depois do sim dos noivos dirigiram-se para a recepção. Os dois irradiavam alegria e a valsa foi ao som de I got you:

“ People tell me you stay where you belong
But all my life, I’ve tried to prove them wrong
They say I’m looking for
Something that can’t be found
They say I’m missing out
My feet don’t touch the ground

But there are moments when you can’t deny what’s true
Just an ordinary day like when I met you
It’s funny how life can take new meaning
When you came and changed what I believed in
The world on the outside’s trying to pull me in
But they can’t touch me
Cause I got you…
I got you….”

Cortaram o bolo e brindaram com champagne enlaçando os braços.
NICK e CRIS saíram logo após, montaram em um cavalo branco e foram para o alto de uma colina da fazenda onde estava montado uma tenda , dentro uma cama de casal com lençóis brancos e pétalas de rosas vermelhas em cima. O céu estava estrelado com uma lua cheia linda e uma leve brisa que fazia balançar os panos em volta da tenda. A lua estava clara e iluminava tudo.
Ele desce do cavalo primeiro, pega CRIS no colo e a deita na cama.
NICK beija seu pescoço e depois seus lábios suavemente.
Era a primeira vez de CRIS e foi perfeita afinal NICK foi muito carinhoso.
De manhã cedo acordam como nascer do sol..
Nick canta baixinho em seu ouvido Climbing the walls:

“Close your eyes, make a wish
This could last forever
If only you could stay with me now
So tell me what it is that keeps us from each other now
Yeah, its coming to get me
You’re under my skin

No, I can’t let you go
You’re a part of me now
Caught by the taste of your kiss
And I don’t wanna know the reason why I can’t stay forever like this
Now I’m climbing the walls cuz I miss you...”

Saindo de lá vão para sua casa, agora são marido e mulher e vão poder dormir na mesma cama, já que naquele um ano cada um tinha o seu quarto.
CRIS começaria sua família novamente.
Todos os dias eram cheios de alegria. NICK um marido mais que perfeito
A casa era grande e como tinha somente os dois dava para brincar de pega-pega dentro dela.
NICK era muito alto astral e adora fazer molecagem com a CRIS, o que mostrou que seria um ótimo pai.
Estavam cheios de planos para o futuro mas não iriam precipitar nada, tudo viria ao seu tempo.
Os quatro anos do curso de CRIS passaram rápido e depois da formatura ela começou a trabalhar na filial da empresa, agora eram 24 horas do lado do seu amor.
CRIS se mostrou competente e ganhou a confiança e admiração dos funcionários, tinha vocação para a profissão.
Já participada das reuniões e tomava decisões importantes.
Em uma manhã CRIS acordou indisposta e não foi trabalhar, NICK ficou preocupado, e ligava toda hora antes de entrar em uma reunião importante, prometeu que iria para casa logo após o término dela.
Enquanto isso CRIS se levantou e se sentiu indisposta, tinha náuseas e enjôo, viu tudo rodar e desmaiou.
Nenhum dos empregados percebeu.
NICK saiu da reunião e foi direto para casa, queria saber se CRIS estava melhor.
Subiu correndo ás escadas e entrou no quarto, quando a viu no chão.
Pegou a no colo e colocou na cama.
Chamou um médico enquanto passava álcool em seus pulsos para voltar a si.
Aos poucos CRIS voltou a si.
NICK respirou aliviado mas mesmo assim não se sentiu seguro. Só ficaria sossegado depois que ela fosse devidamente examinada pelo médico.
O médico chegou e fez a primeira avaliação.
Ele tinha uma ótima notícia, pelo que tudo indicava CRIS estava grávida. Só teria que fazer um exame de sangue para confirmar.
O que não demorou muito para se confirmar o resultado foi rápido e tiveram a confirmação.
A família ia aumentar. NICK não continha tanta alegria.
CRIS também estava radiante.
Os próximos meses seriam de ansiedade e preparativos para a chegada do bebê.
Prepararam tudo com muito carinho.
NICK enchia CRIS de mimos e cuidados. Até mesmo nos desejos loucos dela durante a gravidez. Os desejos de CRIS não eram tão absurdos, mas o problema é que sempre eram de madrugada, e lá ia NICK com cara de sono para a cozinha ou sair para comprar o que ela tinha vontade. Mesmo assim não reclamava, ia com prazer.
No sexto mês fizeram uma ultra-sonografia e descobriram que seria um menino.
Puderam então dar á cor azul ao quarto, que foi decorado com vários ursinhos de pelúcia e brinquedos. Os desenhos do quarto retratavam o fundo do mar, golfinhos,peixes. NICK adorava o mar tanto que havia criado uma Fundação de apoio aos Golfinhos. Essa foi a inspiração para o quarto. Ficou perfeito.
Alguns meses depois o bebê nasce, lindo e saudável, ao qual colocaram o nome de Ryan.
NICK se mostrou um verdadeiro pai coruja, ajudava CRIS em tudo, dava banho, trocava fraldas, fazia mamadeiras e levantava de noite quando ele chorava, um pai exemplar e perfeito.
Ryan era a cara do pai, a mesma cor dos olhos, o cabelo loirinho, parece que nasceu sorrindo. O temperamento puxou a mãe calmo, sossegado. Não dava trabalho somente chorava quando estava com a fralda para trocar ou com fome, fora isso dormia o tempo todo.
CRIS e NICK curtiam cada momento. Os problemas, preocupações e dificuldades vividas ficaram no passado.
A partir daquele momento iam viver intensamente um único e verdadeiro amor um pelo outro, abençoados pela chegada do filho e não percebiam, mas também abençoados pelos pais de CRIS.




















domingo, 9 de novembro de 2008

NUNCA DESISTA DAQUILO QUE PARECE IMPOSSIVEL

KAROL era uma moça batalhadora. Havia terminado o colegial e estava sonhando em fazer uma faculdade. Fazia cursinho durante á noite e trabalhava em uma locadora de dvd e vídeos o dia todo.
Era atenciosa com os clientes, fazendo com que fosse muito querida e popular na cidade.
Adorava filmes românticos e sempre levava algum pra casa para assistir.
Sonhava um dia encontrar um daqueles rapazes, mocinhos dos filmes e viver uma grande história de amor.
Todos os dias acordava bem cedo, preparava o café para os pais, e depois saia para o trabalho. Voltava para almoçar, tomava banho pegava o seu material e voltava ao trabalho.
De lá ia direto no cursinho pois saia um pouco tarde e não daria tempo para voltar para casa.
Tinha um patrão muito bondoso que não se importava quando KAROL entre um atendimento ou outro fizesse os exercícios ou estudava para uma prova.
Gostava de seus serviços e não tinha o que reclamar.
Conforme o cursinho foi caminhando ela decidiu fazer Cinema, gostaria de produzir filmes como aqueles que costumava ver.
Prestou vestibular e para sua alegria passou. Continuaria trabalhando na locadora e estudaria de noite.
Fez muitas amizades e estava adorando estudar Cinema.
Certo dia estava fazendo um trabalho da faculdade, na locadora pois o movimento estava fraco, chovia.
Estava sozinha, eu patrão tinha saído e sua companheira de trabalho havia faltado pois estava doente.
De repente é surpreendida por um homem que lhe aponta uma faca e dá voz de assalto.
KAROL fica pálida, começa a tremer enquanto ele limpa o caixa da locadora. O assaltante cheirava á bebida alcoólica e parecia descontrolado. Ele não fica satisfeito coma quantia e começa a quebrar tudo lá dentro, segura KAROL pelos braços e exige mais dinheiro. Ela diz que não tem mais nada e em seu interior começa uma prece pedindo ajuda, pois teme que ele a mate.
Nesse momento entra um rapaz que dá um soco no assaltante colocando ele á nocaute e livrando KAROL.
Nisso a polícia chega e prende o assaltante desacordado e devolve o dinheiro roubado.
KAROL ficou em choque por uns momentos até que uma voz suave perguntava se ela estava bem e estendia gentilmente um copo com água.
Ela pega agradece e então repara no rapaz formoso que estava á sua frente, alto, loiro, olhos azuis, parecia um daqueles galãs dos filmes que ela costuma assistir e suspirar em frente á TV. Estava com calça jeans, camisa vermelha e uma jaqueta preta.
Ele sorri e se apresenta, seu nome NICKOLAS ou NICK como gostava que o chamassem.
KAROL se apresenta e trocam olhares.
Nisso seu patrão chega preocupado, já sabia de tudo e diz que não sabe como agradecer NICK.
NICK então lança um olhar malicioso em direção á KAROL que está do lado de fora dando depoimento para a polícia e nem percebe. Ele pede ao dono da locadora que gostaria de pegar alguns filmes de graça se possível, gostava muito de assistir.
O dono concorda.
NICK se despede de KAROL com um leve beijo no rosto dela.
KAROL naquele pequeno contato pôde sentir o perfume cheiroso dele e uma sensação de calor no leve beijo que tinha ganhado.
Naquele dia foi dispensada mais cedo do trabalho, seu patrão ia mandar arrumar os estragos na locadora. Não iria para a faculdade, chegaria em casa, tomaria um banho e descansaria. A situação vivida naquele dia estava ainda presente.
Chegou em casa e narrou tudo aos pais que ficaram muito assustados mas deram Graças por ela esta sã e salva.
KAROL subiu ao quarto, tomou um banho que a fez relaxar e deitou-se na cama. Não pode deixar de pensar em NICK. Ele havia mexido com ela. Será que iria vê-lo novamente? Essa era a pergunta que não queria calar.
No outro dia acordou cedo e foi trabalhar, o movimento estava normal , quando escuta uma voz conhecida chamar por ela.
È NICK que entra, sorri e pede para ela ir ajudar a escolher um filme.
Seu coração dispara, ele estava ali perto dela novamente.
Vai ajuda-lo.
Ele pede para ela indicar um filme.
Como ela adorava romances resolve indicar Doce Novembro.
Ele aceita a sugestão.
Vão fazer o cadastro dele e quando ela vai lhe entregar o filme suas mãos se tocam.
KAROLl fica vermelha.
NICK vendo seu embaraço sorri e pega em sua mão e lhe faz um convite inusitado.
A convida para ela assistir o filme junto dele em sua casa.
Ela fica sem reação, o convite fora uma enorme surpresa e de alguma foram sentia algo a mais por ele, não o conhecia mas sentia que podia confiar, por isso aceitou.
Ele a pegaria ás 19h em casa.
Ela se arrumou com apuro, estava linda.
NICK chegou no horário marcado e a vendo ficou sem palavras, apenas sorriu.
Chegaram ao apartamento dele, era pequeno, mas bem arrumado e acolhedor.
Pegaram um balde de pipocas e se acomodaram juntinhos no sofá.
O filme estava bom , prendendo a atenção dos dois que não pronunciavam uma única palavra. Mas dentro de ambos sentiam uma certa inquietação pela proximidade.
Começa a chover forte, relâmpagos iluminam o céu e a energia cai. KAROL se assusta e NICK diz que vai pegar uma vela. No que ele levanta tropeça na beirado do sofá e cai sobre KAROL. Um relâmpago ilumina tudo e ele pode ver o rosto dela. Não resiste e a beija.
Ela se deixa levar pelo momento, está nas nuvens, nada mais importa, é como se estivesse longe de tudo e de todos.
Passam a noite juntos.
Na manhã seguinte, acordam , um olha para o outro e sorriem. Estavam felizes. Noite perfeita.
NICK leva KAROL para casa e combinam se sair no outro dia. Iriam dançar.
KAROL irradiava alegria, tanto que seus pais perceberam e perguntaram o motivo da felicidade dela. Ela somente respondeu que estava perdidamente apaixonada.
NICK também estava feliz, apaixonado e tinha a certeza de ter achado a mulher perfeita. Sua vida sempre foi cheia de altos e baixos e agora parecia ter encontrado um porto seguro.
No dia seguinte pegou KAROL e foram a uma danceteria nova que havia aberto e estava sendo bem freqüentado. Estavam se divertindo muito, até que um rapaz já alterado pelo excesso de bebida resolve mexer com KAROL.
NICK não gosta nada e dá uma dura nele. Abraça KAROL dizendo que ela já tinha companhia e para ele respeitar a mulher dos outros.
O rapaz que tinha fama de ser encrenqueiro faz cara feia, pega uma arma e atira na direção dos dois. NICK num impulso empurra KAROL do lado. O tiro pega nele, que cai no chão pra desespero de KAROL. Os seguranças da danceteria chegam e seguram o rapaz até a polícia chegar.
A ambulância é chamada, levam NICK para o hospital, seu estado é grave, o tiro perfurou o pulmão. Ele entra em coma.
KAROL fica sem rumo, não sabe o que fazer, NICK arriscara a vida para salvar a sua novamente. Tinha que avisar os parentes dele mas nada sabia a respeito. Apenas se agarrou em oração para que seu amor saísse do coma a e se recuperasse.
Foram dias de angústia, KAROL havia pedido licença do emprego e trancado a faculdade para ficar ao lado dele, que ainda não tinha tido nenhuma melhora.
Estava no hospital quando viu chegar um casal distinto, muito bem vestidos, que perguntaram à recepcionista sobre o estado de saúde de NICK. KAROL então conheceu os pais dele e teve a oportunidade de saber um pouco mais sobre a vida de seu amado.
NICK saiu de casa cedo, por constantes brigas com seu pai, dono de uma grande construtora, queria que ele seguisse a carreira e cuidasse da empresa, mas ele queria fazer outro tipo de coisa.
Seu pai não se conformou e cortou relações. Desde então NICK se virou sozinho, entrou para faculdade de música, sonhava em ser um grande baterista, junto com seus amigos montou uma banda que fazia algumas apresentações em festas, dessa forma ganhava o suficiente para ir vivendo.
Sua mãe o visitava de vez enquanto escondida de seu pai e lhe dava alguma ajuda, e em uma dessas visitas não o encontrando, perguntou o visinho que lhe contou sobre o acontecido.
KAROL e os pais de NICK se deram muito bem, ela contou como o havia conhecido e como tudo aconteceu. O pai dele estava muito preocupado, afinal era se único filho e não queria perde-lo, jurou que se ele se recuperasse mudaria seu jeito de pensar, seria mais compreensivo e mais tolerante.
Um mês se passou e nada de uma melhora de NICK que continuava em coma. KAROL já havia voltado ao trabalho e á faculdade. Mas não tinha sossego, seu coração estava apertado, queria que acontecesse um milagre e NICK acordasse.
Estava trabalhando quando teve um mal estar subido e quase desmaiou. Uma leve desconfiança surgiu. Estaria grávida? Queria ter certeza por isso logo após o trabalho passou na farmácia e comprou um teste. Chegou em casa e foi faze-lo. Deu positivo. Foi então fazer um exame de sangue, que só ficou pronto no dia seguinte.
Não dormiu de ansiedade. O resultado foi confirmado. KAROL estava grávida. Logo contou a seus pais que a principio levaram um susto, mas não a criticaram pelo contrário deram o maior apoio.
Foi ao hospital, iria contar aos pais de NICK, não saberia como seria a reação deles, mas tomou coragem, respirou fundo e contou. Para sua surpresa eles ficaram muito felizes e dariam todo o suporte a ela. Para completar sua alegria NICK poderia acordar do coma.
Toda vez que ia visitá-lo KAROL ficava do lado alguns minutos dizendo palavras de carinho enquanto segurava sua mão. Desta vez não foi diferente, entrou na UTI, ficou em pé do lado da cama, segurou sua mão, passou as mãos nos cabelos deles, chegou bem perto dele e disse para ele voltar pois ele iria ser pai e que ela precisaria muito dele.
KAROL então sente que NICK aperta sua mão, ela começa a chorar e chama o médico que diz feliz que ele esta saindo do coma.
Felicidade de todos, e em algumas horas ele já estava no quarto.
NICK ficou feliz em ver seus pais e mais feliz ainda pela compreensão dele, enfim fizeram as pazes e selarem com um forte abraço.
Queria falar a sós com KAROL , então seus pais saíram do quarto.
Deu um longo beijo nela e disse que durante o coma escutava tudo que ela dizia mas não tinha como se comunicar até aquele dia quando ao escuta ela dizer que seria pai, uma forte emoção brotou dentro dele, a vontade enorme de voltar á realidade, dando forças que o fizeram apertar sua mão.
Lágrimas corriam no rosto de ambos. Abraçaram-se emocionados.
Dias depois NICK teve alta, sua recuperação surpreendeu os médicos.
E um mês depois já tinha voltado a tocar na banda.
KAROL continuava trabalhando na locadora e cursando sua faculdade de Cinema.
Estavam morando juntos no apartamento dele.
O pai de NICK resolve patrocinar a banda, então tudo melhora, eles ganham destaque e vários shows agendados.
Tudo estava muito bem, ambos muito felizes e ansiosos para a chegada do bebê, preparavam tudo com muito carinho.
Meses depois nasce uma linda menina, olhos azuis, loirinha parecia um anjo, colocaram o nome de Angel. Ela tinha sido uma luz no momento de escuridão, trazendo NICK de volta para os braços de KAROL. Com certeza tinham sido abençoados com a chegada dela e daquele momento em diante viveriam felizes para sempre.

UMA AMIZADE VERDADEIRA

PRY e NICK eram grandes amigos.
Desde pequenos estudavam juntos e agora estavam terminando o colegial.
Eram confidentes um do outro e companheiros em tudo.
Saiam sempre juntos para passear, cinema, festa, baladas, etc....
Os trabalhos de escola também sempre davam um jeito de fazerem juntos.
Moravam no mesmo quarteirão.
Tanto um como o outro eram muito alto astral, viviam ás gargalhadas e não tinha tempo ruim, além disso viviam participando de muitas atividades culturais.
Como era final de ano o colégio decidiu preparar um teatro para encerrar o ano letivo.
A professora pediu a opinião dos alunos, e mais que rapidamente PRY e NICK se habilitaram a dar o tema.
Sugeriram A bela adormecida.
A professora gostou da idéia, mas ficou com receio, não saberia escolher quem faria o par romântico.
Na mesma hora PRY e NICK sorriram um para o outro e se habilitaram. Eram totalmente doidinhos e a peça seria mais uma das maluquices em que gostavam de se envolver.
A professora se encarregou de montar todo o roteiro. O cenário ficou por conta de um grupo selecionado pela professora, enquanto o outro iria atuar junto de PRY e NICK.
Os ensaios iriam começar em breve.
Até todo o roteiro ficar pronto NICK e PRY continuavam a mesma vida de sempre, casa, escola, alguns passeios..
O roteiro foi entregue á ambos, que resolvem estudar juntos as falas.
Ensaiam todos os dias, pois teriam que depois de uma semana ensaiar com o restante do pessoal.
Os figurinos só ficarim prontos no dia da apresentação, era uma estratégia para o pessoal ter uma surpresa quando os vissem.
Tanto PRY como NICK decoraram as falas facilmente, seria uma adaptação sem muitos detalhes apenas as partes principais, então foi bem fácil.
Todos estavam eufóricos, não viam a hora de começar os ensaios.
O primeiro ensaio mais parecia um festa, todo mundo se divertiu muito.
PRY e NICK fizeram a cena principal do beijo, mas sem ele, foi apenas um beijo no rosto como amigos. Mas mesmo assim a cena saiu perfeita, não precisariam tanto de ensaios pois tinham total sincronia.
Além da peça de teatro tinham quer organizar a festa e baile de formatura que aconteceria uma semana depois da apresentação da peça.
Então estavam numa correria só.
Com esses preparativos PRY e NICK se distanciaram um pouco, só se encontravam na hora do ensaio da peça, na aula falavam o necessário somente, e nos preparativos da formatura cada um ficou responsável por uma coisa diferente.
PRY tinha que cuidar da decoração e NICK do som.
Tanto um como o outro passaram a perceber o quanto um fazia falta ao outro, mas tinham certeza que depois que passasse a formatura e a peça tudo iria voltar como antes.
Engano deles, a amizade poderia sofrer forte abalo até o dia da peça.


No colégio havia uma garota que era perdidamente apaixonada por NICK e fazia de tudo para se aproximar dele, só que ele não lhe dava a mínima e ela achava que era por causa da amizade que ele tinha por PRY, suspeitava que ele gostava dela.
Notou o afastamento temporário de ambos e passou a observar PRY, queria que NICK se decepcionasse com a amiga e assim poderia tentar uma aproximação dele. Por isso deu um jeito e ficou no mesmo grupo dela responsável pela decoração da festa.
Certo dia notou que um dos meninos que participavam do grupo olhava diferente para PRY e deduziu que ele gostava dela, viu nele um aliado para seus planos. Tratou de fazer amizade com ele e teve a confirmação. O garoto estava apaixonado por PRY e ela também não dava a mínima.
Juntos armaram uma situação para que NICK rompesse amizade com PRY.
Estavam quase no fim dos preparativos, então PRY estava sozinha no salão de festa. O garoto se aproximou dela e se declarou. PRY diz que não tinha nenhum sentimento por ele e que deveria esquece-la.
Enquanto isso NICK recebe um bilhete falando para ele ir ao salão de festa, não estava assinado, mas ele achou que poderia ser de PRY. Foi para lá.
Bem na hora que NICK entra, o garoto agarra PRY e a beija, sem tempo de uma reação dela. NICK fica pálido com a cena, seu coração fica apertado, vira-se e sai batendo a porta, sem olhar para trás.
PRY empurra o garoto, dá um baita tapa na cara dele, mas não chega a ver que NICK havia visto a cena. Sai do salão atordoada. Aquele garoto era abusado demais e não gostava deste tipo de pessoa. Encontrou com NICK no pátio e estranhou a frieza com que ele a tratou. Ficou sem entender o que estava acontecendo. Puxou ele num canto e perguntou. Ele apenas disse que estava muito chateado com ela e que a amizade não seria a mesma dali para frente e que faria a peça por obrigação e não mais por prazer. Depois disso virou-se e a deixou . Ela se sentiu profundamente triste com as palavras dele, e sem entender a mudança de comportamento dele. Ficou pensando se seria por causa do afastamento de ambos com os preparativos da formatura. Foi para casa desanimada.
A garota que tinha armado tudo isso sorria feliz e colocou em prática seu plano complementar, aproximou-se de NICK e tratou de conquista-lo. Ele decepcionado que estava deixou-se levar. Afinal naqueles anos todos de amizade, viu desde os ensaios do teatro, a amizade se revelar amor, mas não teve coragem de dizer nada a PRY, pois ela poderia não compartilhar do mesmo sentimento e poderia interpreta-lo mal e terminar a amizade. Perder a amizade de PRY seria uma dor imensa para ele, mas depois da cena que tinha visto viu que havia perdido PRY para sempre.
No outro dia PRY chegou á escola triste, dentro dela ainda ecoavam as palavras de NICK. Ficou ainda mais triste quando cruzou com ele pelos corredores e o viu com outra menina conversando e nem se quer a cumprimentou. Saiu de lá o mais rápido que pode para ele não ver as lágrimas que já caiam. Resolveu ir embora, não tinha coragem de olhar para ele dentro da sala. Chegou em casa e se trancou no quarto e chorou copiosamente. Sabia que aquilo era mais que um choro por uma amizade perdida, descobriu o quanto o amava no dia que ele cortou relações.
De tanto chorar adormeceu e após algumas horas acordou melhor, decidiu que levaria a vida adiante, tinha perdido a amizade de NICK mas tinha que continuar, tinha a peça para apresentar e a formatura.
NICK olhava a carteira de PRY vazia, não entendeu porque ela não entrara na aula. Sentiu-se triste, sua companhia lhe fazia falta, suas risadas, seu alto astral, seu rosto meigo... Tinha uma vontade imensa que procura-la, de voltar a falar com ela, mas ao mesmo tempo aquela cena daquele beijo não saia da cabeça, e toda vez que pensava nisso ficava morto de ciúmes.
No outro dia teriam o ultimo ensaio antes da apresentação. Resolveu que ficaria focado para que a apresentação saísse perfeita apesar do que havia acontecido.
PRY também resolveu que nada atrapalharia a apresentação da peça.
O ultimo ensaio correu tudo bem, apesar do clima pesado entre PRY e NICK.
Estava tudo certo para o dia seguinte na apresentação.
Uma hora antes o figurino foi entregue.
O vestido de PRY era rosa , com muitas rendas, bordados em forma de rosa ,luvas ¾ na mesma cor, uma linda tiara com pedrinhas brilhantes.
A roupa de NICK era uma calça preta, camisa branca, capa preta de veludo e um chapéu preto com uma pena branca.
Os dois estavam lindos mas nem um nem outro se viram já que só se encontrariam na cena do beijo.
NICK estava nervoso e resolveu tomar um ar minutos antes da peça. Foi caminhar no pátio quando escuta alguém conversando, curioso, pois todos estavam já no salão prontos para a peça, se aproxima.
Vê o garoto que beijou PRY conversando com a menina com quem ele estava fazendo amizade. Chegou mais perto e pode escutar o que falavam. Os dois tramavam os próximos passos, ele de se aproximar de PRY e ela de NICK. Gargalhavam lembrando de como o plano para separar os dois tinham dado certo. NICK sentiu o rosto queimar de raiva, então tanto ele e PRY haviam sido vítimas de dois idiotas. A vontade era imensa de dar alguns tapas naquele sujeito, mas pensou melhor, a hora da apresentação já estava se aproximando. Saiu de lá sem ser visto.
Seu coração estava aliviado. Depois da peça iria contar tudo para PRI, pedir desculpas e reatar a amizade.
A diretora anuncia a peça, o salão está lotado, pais e alguns convidados, todos estavam presentes.
Chega a hora de NICK entrar em cena.
Ele caminha em direção ao centro do palco onde debaixo de um foco de luz está PRI, dormindo sobre uma cama.
O coração de NICK acelera, como ela estava linda naquele vestido, uma verdadeira princesa de conto de fadas.
Senta-se na beirada da cama, passa a mão no rosto dela, e aproxima calmamente seus lábios no dela, dando um leve selinho.
PRY abre os olhos e vê o quanto NICK está lindo de príncipe, seu coração dispara, a cena seria os dois terminando abraçados.
Mas NICK a olha nos fundo dos olhos e a beija calorosamente.
As cortinas se fecham ao som de efusivos aplausos da platéia.
NICK e PRY mesmo com as cortinas fechadas continuam o beijo, perdidos no tempo como se estivessem isolados dentro de uma redoma longe de tudo e de todos.
Ele toma a iniciativa e conta tudo que havia escutado e descoberto, pede perdão á PRY e pede que voltem a ser grandes amigos, melhor que isso declara todo seu amor e a pede em namoro, meio com medo da resposta dela.
PRY sorri, e responde que sim e também revela seu amor por ele.
A professora chega com lágrimas nos olhos, elogiando os dois e dizendo o quanto todos gostaram.
PRY e NICK sorriem felizes pelo sucesso da peça e mais ainda por estarem juntos.
No dia seguinte á apresentação chegam ao colégio juntos, de mãos dadas, irradiando alegria , sob alguns olhares de inveja de alguns ou de riso dos amigos.
São chamados para conversar com a diretora.
Ela então conta que havia gostado muito da apresentação e que havia escutado muitos elogios não só dos pais dos alunos como também dos convidados que haviam pedido para que apresentassem a peça novamente, agora aberto para mais pessoas, depois da formatura claro.
Eles ficam lisonjeados com os elogios e aceitam.
Uma semana depois acontece a formatura, NICK estava vestido com um terno preto e PRY em um vestido longo azul. Um casal perfeito.
Dançam a valsa juntinhos e em total sincronia.
A festa estava animada.
NICK então sobe ao palco e pede um minuto de atenção dos amigos, olha para PRY, tira um papel do bolso e começa a declamar Luiz Vaz de Camões:

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Os olhos de PRY ficam marejados com a declaração.
Ele então pega uma rosa vermelha de sob a mesa e caminha em direção á ela.
Entrega à ela e a beija com paixão.
Todos os colegas aplaudem.
Formatura mais que perfeita.
Dias depois estavam os dois apresentando-se no teatro municipal.
Foi o maior sucesso e tanto PRY como NICK resolveram fazer um curso de Teatro e levar aquela vocação á diante.
Tinham o maior apoio dos pais e já tinham até um patrocinador.
Fariam mais uma apresentação no teatro municipal antes de montarem a próxima peça.
Ambos estavam nervosos, o teatro estava totalmente lotado, nos camarins, antes de entrarem em cena, NICK chega perto de PRY e lhe dá um anel de compromisso, era todo de prata com uma pequena pedrinha rosa.
Nesse clima de romance, o nervosismo passou, apresentam á peça que foi muito aplaudida.
Estavam começando uma nova fase na vida de ambos, tanto profissionalmente como afetivamente, não deixando de lado a amizade que os unia desde longa data.













DESTINO, PRAIA, AMOR, FELICIDADE

IARA, sempre gostou de praia, do calor, do mar, o amanhecer e do entardecer , da brisa fresca da noite, da areia branca e fofa.
Começou a trabalhar muito jovem, mas sentia que sua vida não era na cidade, sonhava em um dia poder mudar-se para o litoral e lá abrir um negócio nem que fosse pequeno, e que desse para se sustentar.
Adoraria poder acordar e ir dormir sempre ao som as águas quebrando na praia.
Sempre que tinha um feriado ou tirava suas férias o destino era o mesmo, praia.
Era como se lá suas energias fossem renovadas, voltava mais bem disposta e feliz.
Certo dia no seu trabalho, foi chamada á sala do chefe, a empresa quem que trabalhava estava passando por dificuldades financeiras e estava cortando pessoal.
Para sua infelicidade ela era um desses funcionários a serem demitidos.
Sentiu grande desapontamento pois foi inesperado, sem aviso prévio.
Chegou em sua casa desanimada, teria que ir em busca de um outro, e sabia que não seria nada fácil.
Pegou o jornal e começou a dar uma olhada nos classificados.
Um anúncio de cartomante lhe chamou atenção.
Não acreditava mas não duvidava de tal serviço.
Teve enorme curiosidade em saber como era e se realmente teria algum fundamento.
Ligou no telefone anunciado e marcou uma consulta para o dia seguinte.
Durante a noite quase não dormiu de ansiedade.
No dia seguinte lá estava ela no endereço indicado.
Aguardou sua vez para entrar na sala.
Sua mãos estavam geladas, mas em seus pensamentos já ia imaginando quais perguntas faria.
Queria saber muitas coisas tais como trabalho, saúde, vida afetiva e etc.
Foi tirada dos pensamentos com o anúncio que poderia entrar na sala da cartomante.
A sala estava á meia luz somente, um cheiro suave de incenso de flores aromatizava o ar, havia uma mesa com uma cadeira em frete, nela uma senhora de meia idade serena a convidou a sentar.
Apresentações feitas, IARA estende sua mão á ela.
Ela pega e somente sorri.
IARA abre sua boca para perguntar algo mas é surpreendida com os seguintes dizeres:
“ Não se preocupe, sua vida irá mudar radicalmente, não tenha medo de nada, conseguirá vencer tudo e encontrará a felicidade, somente siga seu coração e vá para onde ele indica. Nesse lugar também encontrará seu grande amor e viverá feliz. Posso ver que sua aura é iluminada e tem um bom coração. Saberá tomar as decisões certas e na hora certa.”
Depois disso IARA se calou, ficou sem palavras.
A força com que a cartomante lhe disse isso, mexeu com algo dentro dela de uma forma que a fez se sentir mais confiante e sem medo de enfrentar quaisquer problemas.
Saiu da sala após deixar uma pequena quantia como contribuição, já que as consultas não eram cobradas. A pessoa dava de acordo com que achava justo.
Chegou para casa como se um peso tivesse saído de seus ombros.
Sabia que aquele era o momento de mudar mesmo, estava desempregada e teria que tomar uma atitude.
Sentou no sofá e ficou perdida em pensamentos por alguns instantes, não conseguia tirar as palavras da cartomante da cabeça: “......siga seu coração e vá para onde ele indica.”
Sorriu e decidiu, venderia sua pequena casa conseguida com muitos anos de trabalho e se mudaria para a praia.
Lá a princípio alugaria um quartinho em alguma pensão e com o dinheiro da casa compraria um ponto á beira mar e abririam um negócio seu, uma lanchonete. Saia preparar vários sanduíches naturais e diversos sucos. E se tudo corresse bem sabia que ia ter sucesso.
Preparou tudo com muito cuidado.
A casa foi facilmente vendida e com ótimo preço.
Preparou as malas e foi rumo ao litoral.
Alugou um quartinho em uma pensão que ficava em frente ao mar.
Conseguiu um pequeno quiosque em frente.
Estava ansiosa para começar a trabalhar logo.
Na demorou muito e já estava cheia de clientes, sua lanchonete estava fazendo sucesso na praia. Tanto que teve que contratar dois ajudantes.
Estava feliz, tudo estava correndo bem.
Tinha seu próprio negócio que prosperava a cada dia, passava o dia todo olhando aquele mar azul á sua frente.
Fechava sua lanchonete somente ao entardecer, e ficava olhando o por do sol.
Estavam em pleno verão e a praia fervia. Foi anunciado um campeonato de surf, o que deixou IARA radiante, adorava surf, embora nunca tinha tentado aprender, mas adorava ver os rapazes e suas manobras.
Havia contratado mais um ajudante, e agora ela podia ficar somente na administração do quiosque.
Então poderia acompanhar o campeonato de perto.
Tinham vindo vários surfistas do mundo todo. Dentre eles os melhores.
IARA vibrava com as manobras apresentadas. Depois via com alegria todo o pessoal ir em seu quiosque tomar um suco ou fazer um lanche.
Não desejava mais nada, era a vida que queria, aliás faltava somente uma coisa para se realizar totalmente, um grande amor.
Sabia que menos dia ou mais dia ele apareceria, deixaria a cargo do destino.
Certo dia depois de um longo e cansativo dia de trabalho IARA, foi dar seu costumeiro passeio ao entardecer.
O sol já ia sumindo no horizonte, a brisa fresca soprava, o mar estava calmo somente com ondas pequenas. IARA caminhava descalça na areia unida, parou e sentou-se numa enorme pedra e ficou olhando o mar.
Quando avista ao longe alguém vindo em sua direção, achou que era alguém conhecido, mas a medida que foi se aproximando se deparou com um lindo surfista, loiro, alto, olhos azuis, lindo sorriso. IARA ficou fascinada. Ele se apresentou, seu nome era NICK, estava ali competindo e a vendo ai sozinha resolveu se aproximar para conversar. Tinham muitas coisas em comum, dentre elas adoravam praia e o entardecer do sol.
Já de cara tiveram grande afinidade.
Ficaram um longo tempo conversando.
Até que a lua e as estrelas no céu anunciaram que já era tarde.
Despediram-se com a promessa que o no dia seguinte voltariam a se falar.
IARA chegou em casa como coração aos pulos, NICK havia realmente tocado fundo seu coração, seria ele seu grande amor que o destino tinha lhe reservado?
Só o tempo diria afinal ele estava ali de passagem por causa do campeonato.
Seria cautelosa, não queria sofrer uma decepção.
No dia seguinte estava em seu quiosque quando NICK se aproxima e se senta em uma das mesas. IARA sorri e vai atende-lo. Ele pede um suco de morango e pede para que ela se sente e que lhe faça companhia. Ela mesma faz o suco para ele.
Ela senta-se na mesa com ele e começam uma conversa animada, IARA fica perdida toda vez que ele abre um sorriso. Ele conta que está na final do campeonato e pede que ela vá vê-lo surfar mais tarde. Ela promete.
NICK agradece o apoio e segura suavemente sua mão.
IARA fica levemente ruborizada e sente um calor em suas mãos.
Ele sorri, agradece o suco e sai, queria ver a apresentação de seus concorrentes.
Ela fica ali nas nuvens, suspirando como se o tempo tivesse parado quando ele pegou em suas mãos.
O dia passou que ela nem viu.
Ao entardecer foi caminhar na praia como sempre fazia.
O mar trazia uma sensação de paz e era um ótimo conselheiro.
Senta-se na areia e olha o mar. NICK ainda está pegando a ultima onda do dia.
Ela observa.
Quando ele termina, vem em direção á ela, todo molhado, finca sua prancha na areia e senta-se ao seu lado.
O coração de IARA dispara com a proximidade dele. Suas mãos suam frio e ela fica inquieta. NICK percebe e puxa conversa. Ela mal consegue responder.
NICK com olhar doce, pega em suas mãos, fixa seu olhar no dela e declara seu amor. IARA respiração acelerada foi pega de surpresa. Ele calmamente se aproxima e a beija.
IARA se deixa levar, e os dois se entrega á aquela paixão, tendo como testemunha somente o mar.
Para ela não importava mais nada, viveria cada momento como se fosse o ultimo.
Não tinha medo de arriscar, se aquele relacionamento desse certo estaria feliz e realizada, mas se não, iria procurar um outro.
No dia seguinte, acordou com sorriso de orelha a orelha.
Foi trabalhar cantarolando.
Chegou no seu quiosque e viu que NICK estava a sua espera.
Ele enlaçou-a pela cintura e deu um longo beijo.
Era o dia da final, então ele disse que aquele beijo era seu amuleto da sorte que o faria vencer o campeonato.
IARA sorriu e disse que ficaria na torcida por ele.
A praia estava lotada, todos os finalistas eram favoritos, o nível era alto.
O mar não colaborava e as ondas não eram boas.
O público começou a ficar desapontado.
Até que nos instantes finais uma onda grande surgiu.
NICK não perdeu tempo e foi nela.
Fez manobras espetaculares que arrancaram aplausos do público.
IARA era só felicidade.
NICK venceu o campeonato.
Saiu da água aplaudido e debaixo de muitos flashes dos fotógrafos e jornalistas.
Deu uma rápida entrevista á eles e caminhou em direção á IARA, que sorria.
Dedicou a vitória á ela, ergueu a nos braços e a beijou.
Passado o momento de êxtase , um grande aperto no coração de IARA surgiu, fim de campeonato, NICK teria que ir embora afinal, viajava o mundo todo participando deles.
Entristeceu, estava amando-o e não queria se separar dele.
Ao entardecer se encontrou com ele e ele percebeu sua tristeza.
IARA não conteve ás lágrimas e disse o quanto ele era importante para ela e que não queria se separar dele.
NICK a abraço apertado e diz que também não suportaria ficar longe dela.
Então a convida para ir com ele, acompanha-lo em todas as competições nas diversas praias do mundo.
IARA então lembra das palavras da cartomante: “ Não se preocupe, sua vida irá mudar radicalmente, não tenha medo de nada, conseguirá vencer tudo e encontrará a felicidade....”
Com isso sorri e aceita o convite.
Dentro de alguns dias IARA e NICK desembarcavam no Hawai.
IARA enfim tinha encontrado a felicidade.



O AMOR CHEGA SEM AVISO

PRI era uma moça muito dedicada no seu trabalho, amava sua profissão.
Desde que se formara não tinha descanso e trabalhava muito num grande hospital onde era enfermeira.
Trabalhava no berçário e amava cuidar dos recém nascidos.
Seus companheiros de trabalho a admiravam muito pelo esforço e dedicação.
PRI com isso quase não saia para se divertir e muito menos arranjava um namorado, dizia que ainda não tinha encontrado a pessoa perfeita e que ainda não era o momento de se dedicar a um relacionamento. Isso porque pretendentes não lhe faltavam.
Nas poucas horas de folga que tinha se dedicava á leitura, internet ,cinema e escutar música.
Os últimos dias no hospital haviam sido uma loucura, haviam nascidos vários bebês, um mais lindo que o outro. PRI estava cheia de trabalho. Com essa rotina intensa não comia nos horários, muito menos dormia direito.
Resultado seu corpo cansado não agüentou e ela se sentiu mal.
Foi aconselhada a tirar férias.
Teimosa como era não queria de jeito nenhum, dizia que apenas dois dias já bastavam para se recuperar.
Seus companheiros tiveram uma brilhante idéia, haveria um congresso importante na área médica e da enfermagem no EUA dali 15 dias e precisavam mandar um representante do hospital, mandariam PRI, assim pelo menos ela descansaria e com certeza ela concordaria em representá-los.
Ela concordou, depois da insistência dos companheiros.
Seria uma ótima experiência, estaria assistindo á palestras dos mais importantes e renomados médicos, adquiriria conhecimento e faria contatos com os companheiros de profissão do mundo todo. Além de estar por dentro das ultimas pesquisas sobre várias doenças.
O Congresso tinha a duração de alguns dias, em dias intercalados, nessas folgas poderia sair e conhecer a cidade e passear um pouco.
Sentiria falta da intensa rotina do hospital nesses dias, mas era um descanso necessário.
Arrumou ás malas e viajou cheia de planos.
Foi acomodada em um simpático hotel no centro da cidade, todas suas despesas foram pagas pelo hospital.
Deixou suas malas no hotel e resolveu dar um passeio, apesar da garoa fina que caia e o friozinho que fazia.
Parou em uma confeitaria para tomar um chá com biscoitos.
Pegou alguns jornais locais e começou a ler para ficar a par do que acontecia na cidade.
Sabia falar inglês fluentemente, bem como lia perfeitamente. Não teria dificuldades de comunicação.
Ficou entretida na leitura até que se assustou com um carro buzinando, freando bruscamente, um som de batida e gritos na rua em frente á confeitaria.
Saiu para ver o que acontecia. Ouvia o povo dizer que o carro foi fechado por outro, freou mas não conseguiu desviar do poste e por conta disso havia atropelado um rapaz que ali passava.
PRI foi correndo prestar os primeiros socorros, enquanto um senhor chamava a ambulância pelo celular.
Chegou perto do rapaz, que estava inconsciente, checou sua respiração e os batimentos cardíacos, felizmente estava respirando. Estava com alguns arranhões, mas a primeira vista nada de grave.
Ela pode perceber o quanto o rapaz era bonito, moreno, expressão de menino, cabelos curtos e bem vestido, por sinal tinha um ótimo trabalho. Ele abre os olhos por uns instantes. Que olhos lindos e que demonstravam doçura no olhar.
A ambulância chega e o removem com todo cuidado.
PRI pede para acompanhar, já que havia prestado os primeiros socorros e se identificou como enfermeira. Eles autorizam.
Chegando ao hospital ele é submetido á vários exames e enquanto isso PRI fica a espera de notícias, de alguma forma aquele rapaz havia deixado uma forte impressão nela e não sairia dali enquanto não tivesse informações sobre seu estado de saúde.
Meia hora depois a recepcionista chama PRI e entrega os objetos pessoais do rapaz achando que ela fosse alguém da família, e antes mesmo dela se explicar o telefone da recepção toca e ela vai atender.
PRI fica cheia de curiosidade para saber o nome dele então abre a carteira. Howard Dowaine Dorough é o que está escrito na identidade. Junto há um cartão de uma grande imobiliária da cidade com o mesmo nome, cartões de crédito, cheques e a foto de uma moça muito bonita com uma dedicatória : I love you Howie, e um número de telefone. Ela sem saber explicar o que estava sentindo resolve guardar a carteira.
Minutos depois o médico diz que o rapaz estava lúcido mas que devido á forte pancada estava com amnésia temporária e não se lembrava de nada, isso poderia ser passageiro ou durar alguns dias. A única pessoa que ele se lembrava era de uma moça o socorrendo, no caso era PRI, e que havia pedido para vê-la.
Ela entra no quarto e o chama de HOWIE, ele fica sem entender pois se quer lembrava seu nome. Ela então entrega sua carteira. Ele olha com cara de interrogação.
PRI se apresenta para ele, que sorri e a deixa fascinada.
Ela conta de onde é e que faz na cidade e promete ir visitá-lo enquanto estivesse internado.
A afinidade dela para com ele foi logo de cara, ele sentiu enorme simpatia por ela.
Saiu de lá e foi ao hotel tomar um banho, mais tarde teria já uma palestra do congresso, mas não conseguiu tirar HOWIE dos pensamentos.
No dia seguinte não ia poder vê-lo teria o dia todo cheio de palestras, iria no dia seguinte quanto teria folga.
As palestras estavam sendo muito instrutivas. Estava tendo acesso á varias coisas interessantes.
Chegou no hotel ao anoitecer, estava exausta e logo adormeceu.
No dia do acidente, logo após PRI deixar o hospital, um telefone toca na casa da moça da foto, seu nome era Leigh, era muito bonita, altiva, fina. Ela atende e mal pôde acreditar, seu noivo havia sofrido um acidente e ficado com amnésia temporária. Sua expressão agora era de preocupação. Foi diretamente ao hospital. Chegando lá HOWIE realmente não se lembrou dela. O que a deixou sem graça. E embora tenha contado que era sua noiva e tudo que viveram juntos, HOWIE não deu a mínima, pois a única pessoa que lhe vinha nos pensamentos era PRI. Leigh saiu de lá nervosa precisava fazer com que ele se lembrasse dela, tinha que se casar de qualquer forma com ele. Era interesseira e tinha combinado com seu amante para se casar com HOWIE e tomar todo seu patrimônio.
PRI no dia de folga, foi á confeitaria comprou um delicioso bolo, e foi ao hospital visitar HOWIE.
Chegando lá ele a recebeu com carinho e agradeceu pelo bolo.
Conversaram longo tempo, o papo estava animado e HOWIE tinha um sorriso. Seus olhos tinham um brilho todo especial quando fixavam PRI.
Ela por sua vez estava cada vez mais encantada com ele. E sentia um aperto no coração ao pensar que dali a dois dias teria que retornar ao Brasil, o Congresso estava chegando ao fim. Não saberia se depois disso teria contato com ele. Contou da sua partida, o que o deixou triste. Ela também compartilhava do mesmo sentimento
A magia daquele momento foi quebrado pela entrada de Leigh, que com cara de brava destratou PRI, que não revidou, apenas se despediu de HOWIE e saiu dizendo que o visitaria antes de ir embora ao Brasil.
Leigh passou o maior sermão em Howie, que apenas a olhou com desprezo e não deu a mínima para o que ela dizia. Literalmente a deixou falando sozinha. Seus pensamentos iam longe com o rosto meigo de PRI. Estava apaixonado por ela.
No dia seguinte PRI acordou cedo e foi para o Congresso seria o ultimo dia de palestras. No dia seguinte embarcaria, mas antes iria fazer sua ultima visita á HOWIE. Tirou da sua caixinha de jóias uma medalhinha, herança de família com dois corações unidos. Sua mãe disse que quando encontrasse seu grande amor ela deveria dar um deles para ele e ficar com um. Não tinha dúvidas que estava amando HOWIE por isso decidiu que daria á ele mesmo que não se vissem mais.
Foi ao Congresso e passou o dia todo lá.
Voltou arrumou as malas, olhou para a medalhinha e ficou na dúvida se falaria de seu amor para HOWIE ou não afinal, uma hora ou outra ele poderia se lembrar da vida que tinha e se esquecer dela, já que era uma desconhecida que apenas por obra do destino o socorreu. Resolveu escrever um bilhete somente, dizendo tudo que sentia e o colocou junto da medalhinha, iria entrega-lo á ele mas pedindo que só o abrisse depois que ela tivesse ido embora.
No dia seguinte foi vê-lo, recebeu a notícia que poderia ter alta dentro de uma semana, continuaria em observação mas em casa, o que a deixou feliz.
Com lágrimas nos olhos PRI se despediu dele. Entregou a caixinha e disse para abrir só depois que saísse. HOWIE pegou em sua mão e deu um beijo. Corações em disparada. Maior clima de romance. Iam se beijar quando Leigh novamente entra e interrompe.
Leigh expulsa PRI do quarto, mesmo com os protestos de HOWIE.
Para não brigar PRI sai e ai embora, nisso HOWIE sente uma forte dor de cabeça e desmaia, Leigh chama os médicos.
Foi só um susto, HOWIE estava bem, logo já estava consciente de novo, mas algo tinha acontecido, tinha se lembrado de tudo, quem era, o que fazia, Leigh, mas tinha algo a mais, lembrava perfeitamente de PRI e do que sentia por ela. Tirou do bolso a caixinha dada por ela e abriu, viu a medalhinha e o bilhete deixado por ela. Lágrimas desciam por sua face. Também amava aquela mulher e tomou uma importante decisão, depois que saísse de lá iria atrás dela.
Nisso Leigh entra no quarto, e ele finge dormir não queria conversar com ela. Ela vendo o dormir, não diz nada quando o celular dela toca. Como ele está dormindo atende ali mesmo. É seu amante querendo saber informações. Ela diz que está tudo certo e que o casamento irá sair sim e que o plano deles estava caminhando. HOWIE só escuta a conversa.
Ela sai do quarto, nisso HOWIE liga para um detetive e pede para colher informações e seguir Leigh. Horas depois já tem várias informações e fica chocado em descobrir que ela só estava casando com ele por interesse e um plano elaborado por ela e seu amante.
Decide fingir que continua sem memória e observar mais.
Enquanto isso PRI continua sua vida no Brasil, voltou ao hospital, o trabalho a distraía um pouco, mas sempre se lembrava de HOWIE, usava em seu pescoço uma parte da medalhinha, era uma lembrança dele, imaginava se ele havia gostado do presente, se ele estaria usando. Não tinha como saber como estava, mas pelas contas já teria tido alta. Será que ele havia se lembrado de tudo? Será que havia se esquecido dela?
HOWIE teve alta uma semana depois que descobriu a farsa de Leigh, mas continuava fingindo não lembrar de nada. Voltou para casa e pediu ao detetive para procurar onde morava PRI o que não foi muito difícil pois foi onde foi realizado o congresso tinham todos os dados dos participantes e por sorte a única participante brasileira era ela. Tinham o endereço do hospital em que ela trabalhava.
Deixou seus negócios nas mãos de pessoas de confiança e começou a preparar sua ida ao Brasil atrás dela. Mas antes tinha que dar uma lição em Leigh. Disse á ela que não poderia esperar e que casariam em duas semanas o que a deixou feliz. Ela radiante começa a preparar tudo.
Chega o dia do casamento, igreja cheia, imprensa. Leigh com ar de vitória, se exibia para aos fotógrafos. Está chegando o horário marcado e nada de HOWIE aparecer, ela começa a ficar nervosa. Havia sido instalado um telão, nele aprece um vídeo dele dizendo que tinha recuperado a memória e contando todo o plano dela. Ela não sabe onde enfiar a cara, era um escândalo daqueles. Todos ficam espantados e inconformados com o comportamento dela. Ela sai de lá o mais rápido possível.
Enquanto isso HOWIE já está bem longe dali, em um avião rumo ao Brasil.
No hospital é mais um dia de trabalho normal. PRIKA está muito atarefada, tem muito serviço para fazer. Quando seu chefe diz para ela ir até um quarto ver um paciente enquanto localiza a enfermeira que havia sido responsável pelo plantão e não estava lá.
Ela foi, bate na porta mas ninguém responde, acha estranho e entra, não há ninguém no quarto. Quando se vira para sair HOWIE está na porta com um lindo ramalhete de flores, abre um sorriso, pega o colar que ela havia dado e diz que tinha vindo atrás da outra metade. PRI não consegue segura as lágrimas de emoção. Ele gentilmente tira um lenço e enxuga suas lágrimas. Segura sua parte do colar e junta ao dela e promete que a partir daquele dia serão apenas um só coração.
Selam aquela promessa com um longo beijo caloroso.
PRI está mais feliz do que nunca, HOWIE se lembrara de tudo mas não havia esquecido dela, pelo contrário, e agora estava lá junto dela, seus sonhos haviam se transformados em realidade. Estava aproveitando cada momento do lado dele e pôde perceber o quanto aquele homem era especial, meigo, sincero e acima de tudo romântico. Cada dia estava mais apaixonada. Não só ela mas como ele também por ela.
Saiam para ir ao cinema, restaurantes, passeios e a toda hora PRI ouvia um Eu te amo de HOWIE.
Passado alguns dias HOWIE diz para ela ir para os EUA com ele, precisava resolver alguns assuntos e não queria ficar longe dela.
Ela então resolver tirar férias e ir com ele.
Chegando lá ele diz que tem uma surpresa para ela.
Leva-a para a frente de um prédio enorme, parecia um grande hospital.
Ele então explica que era uma maternidade construída a pedido dele.
Ela acha muito lindo, está fascinada pelo local, tudo muito moderno, organizado.
HOWIE então ajoelha-se perto dela, pega em sua mão e diz que se ela quiser esse era seu presente de casamento, bastava ela aceitar o anel que ele carinhosamente estendia para ela.
Ainda tremendo pela surpresa ela aceita.
Casam-se pouco tempo depois e PRI passaria a ser a interventora da maternidade. Estava muito feliz no casamento e no trabalho. Fez muitos amigos por lá e a maternidade estava bem movimentada.
Um ano depois ela dava entrada por lá, iria dar á luz ao filho do casal. HOWIE estava eufórico pois seu maior sonho era se tornar pai. Seria um ótimo pai com certeza e PRI estava tranqüila com isso.
Ela deu á luz a uma linda menina.
HOWIE não conteve ás lagrimas quando a segurou.
Eram um modelo de família e seus rostos irradiavam felicidade, que contagiava a todos que conviviam com eles.








terça-feira, 4 de novembro de 2008

DIA DAS BRUXAS PARTE 2

Para quem achou que a história do Dia das Bruxas havia terminado com o sumiço do fantasma do rei e o retorno das meninas e dos boys para suas devidas casas se enganou . Havia uma parte dela que ainda não havia sido totalmente resolvida e logo eles saberiam o que os aguardava.
Dias depois todos seguiam sua rotina normal de afazeres, não esquecendo daquelas fortes emoções vividas recentemente.
O mais importante é que todas haviam conquistado a amizade dos boys então sempre estavam em contato por msn, no caso da LÙ esta estava mais feliz, KEVIN telefonava freqüentemente para ela e passavam alguns minutos conversando. Tinham grande afinidade.
DAIANA, IARA, PRY, KAROL e KEL ainda suspiravam pelo selinho de NICK, que mandava recadinhos para todas no MY Space, esse não tinha jeito mesmo, como diziam era de todas. LANINHA e GI também recebiam recados de AJ freqüentemente, e estavam super animadas, com as notícias do CD solo dele, e prometia mandar vir busca-las no show de lançamento. CAMILLA e PRIKA também continuavam a ter notícias de HOWIE que prometia em breve fazer uma visitinha á elas nas próximas férias dos Boys.
Pois é, e a CRIS como estaria depois de ter passado por tudo aquilo? Teria voltado á rotina normal?
Qual nada desde aquele dia vivia atormentada por sonhos estranhos, sempre se via no meio de uma forte neblina, procurando uma saída e não conseguia, lhe faltava o ar e acordava no meio da noite com aquela sensação de sufocamento e aperto.no coração.
Nos dias que se seguiram os sonhos só pioravam, e surgiam mais coisas. O vulto do rei começou a aparecer para ela envolto a uma densa fumaça negra e pedindo por ajuda. Sentia forte repulsa por ele e no sonho sequer queria ouvi-lo. Quando isso acontecia lembrava-se da sua correntinha com crucifixo e uma forte luz branca a trazia de volta á realidade.
Lembrava com tristeza que ela havia ficado no castelo naquela confusão toda, tinha forte apego á ela já que tinha sido herança de família.
Com isso foi ficando fraca e abatida.
DAIANA, PRY, KAROL, LANINHA, PRIKA E GI eram as que moravam mais perto de CRIS, e resolveram fazer uma visita surpresa á ela já que desde o acontecido não tinham mais falado com ela.
Chegam na casa dela e ficam assustadas com o estado em que a encontram. Tinha caído de cama e nenhum médico sabia dizer o que ela tinha. Não lembrava em nada a CRIS que haviam conhecido dias atrás.
CRIS esboçou um leve sorriso quando as viu, mas não teve coragem de contar sobre seus sonhos, não queria deixar as amigas mais preocupadas do que já estavam.
Elas não se deram por vencidas e disseram que fariam de tudo para ajuda-la.
Isso a fez com que desabasse em um choro sentido e dividisse com elas tudo que estava passando.
Sua amigas ficaram assustadas com o relato dela, não sabiam como ajudar e muito menos o que aqueles sonhos queriam dizer.
Iriam descansar e no outro dia entrariam em contato com as outras meninas para contar, precisariam de toda ajuda possível. Estavam ligados por fortes laços de amizade e pelo visto de vidas passadas.
Todas ficaram hospedadas na casa da CRIS, até dormirem procuraram conversar sobre coisas boas, falaram muito de planos futuros e principalmente da amizade como os Boys.
Foram dormir tarde da noite.
Naquela noite CRIS dormiu muito melhor e os pesadelos não vieram.
Em vez dele se viu transportada para um lindo jardim, cheio de flores em que via uma pessoa em volto em luz que segurava sua correntinha. Aproximou-se dela mas não pode distinguir o rosto devido á claridade excessiva. Apenas pode escutar o que dizia: “ Reúna seus amigos novamente. Precisaremos da ajuda de vocês. O mal quer se espalhar e vocês terão que impedir. Terão que retornar ao castelo, antes do dia de finados. A resposta para que consigam cumprir essa missão está no livro e na sua correntinha. Mas quando chegar a hora somente caberá a você perdoar aquele que mais te causou mal e liberta-lo das trevas, somente assim ele alcançará a luz e não deixará que todo o mal se espalhe.”
Dizendo isso ele desapareceu.
CRIS levantou-se pingando de suor e assustada acordando todas.
Contou nos mínimos detalhes o acontecido. Todas sentiram um arrepio correr por todos os seus corpos.
Mas sabiam que teriam que escutar e fazer o que esta pessoa havia dito.
Trataram de comunicar aos Boys, já que ninguém ali tinha condições de financiar uma viagem dessas novamente.
Ligaram pra LU para ela entrar em contato com KEVIN.
Depois trataram de avisaram a IARA, KEL e a CAMILLA.
Depois que KEVIN falou com LU a respeito do que estava acontecendo com CRIS. Ligou para BRIAN, HOWIE, AJ e NICK que não atendeu.
AJ ficou de procurá-lo sabia aonde encontrá-lo. Foi até sua casa e ele ferrado em um Playstation 3 e nem ouviu o celular. Levou uma baita bronca do AJ que em poucas palavras contou o que estava acontecendo. Ele então abre um sorriso amarelo e diz para AJ que trouxe o livro com ele mas que não fazia a mínima idéia de onde tinha guardado. Conclusão levou um tapão do AJ. Os dois começaram a procurar pela casa toda e enfim o acharam.
NICK ligou para KEVIN contando do livro. KEVIN ligou para BRIAN e HOWIE, Combinaram de se encontrar na casa de NICK.
Sentaram os cinco em volta da mesa e BRIAN abriu o livro procurando sobre o que estava acontecendo com CRIS.
E tinha realmente alguma coisa a respeito. Naquelas famosas letras miúdas no rodapé da página e que ninguém se importa em ler.
BRIAN novamente tomou as honras de ler.
“A alma do rei depois disso pode escolher dois caminhos, o da libertação ou ser condenado definitivamente a vagar em um plano obscuro. Se não conseguir desfazer os laços que o unia a este mundo, nunca poderá se libertar. Se a alma dele ficar no lado obscuro no dia 02/11, libertará outras almas no mesmo estado de espirito dele e então o mal começará a dominar. Sua alma não mais assombrará somente o castelo mas partirá para outros lugares comandando um exército de almas sofredoras que espalharão o terror entre os vivos e tirando todas as energias vitais.
Os únicos que podem impedir isso são os mesmos que conseguirem que ele não leve para junto dele sua amada. Impedindo que ele cometa esse crime é o primeiro passo para a libertação.
Há uma longa batalha a ser travada, terão que ser incansáveis com esse propósito, mas no momento decisivo somente uma pessoa poderá faze-lo buscar a luz dando seu perdão e lhe entregando a chave para enfim descansar em paz.
Depois disso todos os envolvidos enfim poderão voltar á vida normal.
Há algumas regras que devem ser respeitadas e algumas instruções que surgirão conforme a missão se desenrolar. Procurem sempre estar com o livro e acharão as respostas para suas perguntas.”
BRIAN diz que não havia mais nada escrito no livro e mostra as páginas em branco logo após ele ter lido.
Enquanto isso na casa de CRIS, ela sente uma forte dor de cabeça e desmaia, levando ás amigas ao desespero. Elas estavam sem saber o que fazer, ninguém poderia saber o que estava acontecendo, isso traria muitos problemas para todas, poderiam ser taxadas de loucas. PRIKA vai em busca de álcool para passar nos pulsos dela para faze-la acordar. LANINHA pega uma toalha para abanana-la e GI um copo de água para faze-la beber. Enquanto DAIANA liga para os boys para ver se descobriram algo. PRY e KAROL ficam junto dela.
PRIKA chega com um algodão embebido em álcool para passar nos pulsos de CRIS e se assusta, nos pulsos há duas marcas em forma de cruz. Ela passa o álcool e aos poucos ela volta a si. GI então se aproxima com o copo de água, que misteriosamente começa a soltar bolhas como estivesse fervendo, mas não estava quente.
Como DAIANA já estava no telefone com KEVIN contou o que estava acontecendo. Os Boys no outro lado da linha estremeceram pois no livro começaram a surgir mais algumas coisas:
“ A chave para a libertação da alma do rei está no símbolo que representa a fé Cristã.”
Com isso conclui-se que aqueles dizeres se referiam-se ao crucifixo da CRIS que havia ficado no castelo depois daquela confusão toda.
KEVIN providenciou tudo para irem buscar as meninas no Brasil.
CAMILLA, KEL, IARA e LU esperariam em suas devidas cidades, mas já estava a par de toda a situação.
Os Boys pegaram um avião com destino há França.
Chegaram e se hospedaram em um hotel perto do castelo, onde dava para vê-lo perfeitamente, dentro de horas depois as meninas chegariam. Estavam ansiosos para revê-las e saber como CRIS estava.
As meninas chegaram no horário previsto.
LANINHA E GI ganharam um abraço apertado de AJ e um suave beijo no rosto. CAMILLA e PRIKA uma rosa de Howie. KEVIN abraçou LU. NICK para variar deu um selinho novamente em DAIANA, PRY, IARA, KAROL, KEL e enfim em CRIS.
Os Boys puderam ver o quanto CRIS estava abatida, sua marcas no pulso, resolveram ir logo ao hotel para deixa-la descansar, tinhas dois dias até o prazo para resolverem toda aquela situação.
CRIS foi descansar e todos resolveram se reunir no quarto de KEVIN para discutir o que iriam fazer. Teriam que ir ao castelo procurar a correntinha, era isso que o livro queria dizer. HOWIE propõe que vão em segredo e não levem CRIS, tinham receio do que pudesse acontecer á amiga já que estava debilitada. Todos concordam ,sairiam bem cedo em silêncio sem contar nada a ela.
Não puderam notar que um vulto escuro observava tudo o que diziam e sorria feliz e em pensamento dizia o quão tolos estavam sendo em fazer isso. De nada adiantaria deixa-la lá, estava vulnerável do mesmo jeito, pois agora ela poderia se mover em qualquer lugar. Era a alma do rei que variava de humor, uma hora um ser perverso e cheio de maldades, outro uma alma em busca de libertação. Saiu dali e foi observar CRIS que dormia no quarto ao lado. O quarto foi coberto por densa fumaça escura, estava feliz em vê-la novamente, agora com certeza seus planos iam se concretizar, estava mais forte e tinha ajuda de outras almas como ele. Mas desta vez ninguém o impediria, tinha feito um plano perfeito. Chegou bem perto dela e sua vibração negativa a fez perder o ar. Afastou-se sabia que poderia influenciá-la. E queria que ela fosse até o castelo sozinha afinal ainda não tinha poderes suficiente para transporta-la para lá. Logo depois desapareceu.
Na manhã seguinte, todos acordam bem cedo e vão rumo ao castelo, iriam procurar pela correntinha. LU, PRIKA e CAMILLA ficaram no hotel caso CRIS acordasse.
Chegando lá abriram a porta e um cheiro forte de mofo e poeira se fez sentir, tudo parecia estar abandonado desde que saíram dali. Cada um foi procurar em um lugar, seria mais rápido, todos queriam sair de lá logo o lugar causava arrepios. KEL foi em um dos quartos e se deparou com uma cena nada agradável, o pedaço de uma mão ensangüentada sobre a cama, saiu correndo e deu um baita encontrão em NICK. Que a acalmou.
GI e LANINHA foram na cozinha, aquele lugar a fez lembrar da cena do AJ de toalha e ensaboado. Riram, mas havia alguns ratos por lá, deram um grito. AJ foi lá ver, abraçou as duas e saíram de lá.
DAIANA, PRY, KAROL, IARA vão olhar na biblioteca, mas nada encontram a não ser muito pó e teias de aranha. PRY tropeça num osso de um esqueleto. Sai correndo. Nisso DAIANA, KAROL e IARA que estavam vendo uns livros são surpreendidas com uma das estantes vindo a baixo sozinha. Por sorte ninguém se machucou.
NICK chega esbaforido, tinha escutado o barulho e vindo ver, chama DAIANA, KAROL e IARA para irem á sala.
BRIAN folheava o livro mas mais nada havia aparecido.
GI, LANINHA e AJ já estavam por lá, KEVIN e HOWIE desciam as escadas, voltavam do andar superior ao qual não tinham encontrado nada.
Todos na sala começaram a pensar onde a correntinha poderia ter ficado. NICK havia ficado com ela mas na confusão tinha perdido, teriam que descobrir onde ele á derrubou.
AJ então dá a idéia de subir lá em cima na torre. NICK diz que vai junto enquanto os outros esperam na sala.
Chegam lá em cima e vêem um brilho dourado no chão. NICK vai lá e pega , primeira parte estava cumprida, acharam a correntinha.
Enquanto isso lá em baixo na sala , as janelas e os lustres começam a balançar e o chão tremer. KEVIN, BRIAN, HOWIE, DAIANA, PRY,IARA, KAROL , KEL, GI E LANINHA saem correndo pensando que o castelo vinha a baixo.
KEVIN grita para NICK e AJ correm. Eles descem ás escada correndo, mas quando chegam á porta principal ela fecha e não abre.
AJ e NICK estavam presos. KEVIN, BRIAN e HOWIE tentam chegar á porta mas são arremessados para longe como se o castelo agora estivesse envolto em um campo magnético.
As meninas choram.
Nuvens escuras cobrem o céu, o ar fica pesado, um vento sopra fazendo folhas voarem.
Nesse mesmo momento no hotel LU, PRIKA e CAMILLA olham o relógio impacientemente, eles já deveriam estar de volta, estavam demorando demais. A janela abre com força fazendo-as ir até ela e verem as nuvens negras sobre o castelo.
CRIS acorda assustada. As meninas não tem como mentir e contam que os outros foram até lá sem ela saber. Ela então se levanta, troca de roupa e estranhamente se veste toda de branco diz que precisa ir até lá pois aconteceu alguma coisa. LU, PRIKA e CAMILLA a acompanham.
Enquanto isso dentro do castelo, NICK e AJ estão frente á alma do rei que ri cercado de outros vultos que não davam para ver o rosto. AJ o encara e pergunta o motivo da graça. Como resposta ele diz que agora era uma questão de tempo para que os mortos despertem e tragam o caos ao mundo dos vivos. E não havia nada que eles pudessem fazer.
Lá fora tensão total , não sabiam o que estava acontecendo lá dentro.
BRIAN folheia o livro novamente. Para sua surpresa mais alguns dizeres aparecerem.
“ Somente a chave não vai ser suficiente, o perdão terá que ser dado de coração, mas antes que isso aconteça, um momento difícil se passará, mortos se levantarão e perseguirão inocentes, sugarão suas energias e se não controlados se espalharão. Uma maneira de impedir que se espalhem é prende-los dentro da igreja e correr contra o tempo”. KEVIN e HOWIE dizem então para que todos avisem os moradores lá perto para saírem de lá. Os moradores se assustam mas vêem que estavam falando a verdade quando em torno do castelo a terra começa a se levantar e zumbis se levantam. Parecia filme de terror.
Lembrando do que dizia o livro BRIAN diz para que todos sirvam de isca para os zumbis e os levem direto na igreja que havia na rua de baixo. As meninas protestam mas fazer o que tinham que dar um jeito naqueles seres repugnantes.
Todos correm para lá e como BRIAN disse os zumbis os seguem ávidos em roubar suas energias. Conseguem que todos eles entrem na igreja.
KEVIN fecha as portas, então eles ficam trancados lá dentro pelo menos isso daria alguma folga para pensarem no que fazer.
Lá fora GI corria de um zumbi que havia sobrado. LANINHA para defender a amiga, pega um pedaço de pau e dá uma baita paulada na cabeça do mesmo que voa longe. Eca foi nojento a cena, mas pelo menos o corpo não se levantou mais.
Nesse momento LU, CAMILLA, PRIKA aparecem com CRIS e logo ficam sabendo dos últimos acontecimentos .
CRIS diz que o fogo dará jeito nos zumbis. E diz que vai entrar no castelo. Ninguém quer deixar ela fazer essa loucura. Mas ela diz que só ela poderá por fim á toda aquela situação, ela tem que fazer uma importante escolha. Para não se preocuparem que nada de ruim vai acontecer e que ela confia plenamente na amizade que os unia.
Dito isso caminha em direção á porta do castelo.
Lá dentro do vulto do rei vai sugando as energias de NICK e AJ que começam a se sentir fracos e já não se agüentam quase de pé, ele diz que vai fazer isso até mata-los, seria uma vingança por ter atrapalhado seus planos. Nisso ele sente a presença de CRIS e para por alguns instantes. Ela então fala para ele soltar os dois em troca dela. Que ela seria dele. Ele pensa por alguns instantes. Te-la ao seu lado era bem melhor que matar aqueles dois seres inúteis, perto dela se sentia como estivesse vivo novamente. Concordou desde que ela entrasse primeiro no castelo. Ela muito esperta pede que ele deixe os dois virem na porta e quando isso acontecesse ela entraria. Sabia muito bem que ele seria capaz de não cumprir o trato.
Ele não teve senão alternativa em concordar com ela.
AJ e NICK caminham com dificuldade até a porta que se abre. Diante dela está CRIS. Ficam os três no limite dela.
Antes da troca acontecer NICK tem tempo de lhe dar a correntinha.
Troca feita a porta se fecha. CRIS fica lá dentro enquanto AJ é amparado por LANINHA e GI, NICK por DAIANA, PRY, IARA, KAROL e KEL.
Enquanto isso KEVIN, HOWIE., LU, PRIKA e CAMILLA colocavam fogo na igreja e as labaredas faziam os zumbis fritarem e virarem pó.
Depois disso se juntam aos demais e agora oram por CRIS.
No livro mais alguns dizeres:
“Confiança é fundamental, poupem forças, vão precisar, cairão em sono profundo para ver o que se passa dentro do castelo, estarão lá em forma de espírito mas não poderão intervir. Quando tudo terminar acordarão e terão uma ultima etapa a cumprir.”
Mal BRIAN acabou de ler e todos caíram em um sono profundo e se viram transportados para dentro do castelo.
Queriam ir para perto de CRIS mas não saiam do lugar, tudo era muito estranho e irreal.
CRIS estava parada bem no centro da sala, em frente á ela o vulto do rei sorrindo feliz, a proximidade dela já o fazia sentir algumas diferenças, podia tocar nas coisas como se estivesse vivo, foi cada vez mais se aproximando dela.
Ela sentia o peito oprimido, grande repulsa, mas pensava nos seus amigos e uma força interior surgia a fazendo suportar. Sabia o que tinha que fazer.
Ele se aproximou e tocou em sua mão, seu corpo gelou. Ele tão próximo ia beija-la quando ela diz sussurrando que o perdoava dizendo para ele encontrar o caminho da luz e coloca a correntinha em seu pescoço. Lágrimas correm pelo rosto dele. Grande claridade invade a sala. Os Boys e as meninas voltam a seus corpos e despertam.
No céu nenhuma nuvem escura, está límpida e de um azul muito bonito.
NICK E AJ não sentem mais nada, a fraqueza passou.
Todos correm para dentro do castelo, precisavam ver se estava tudo bem com CRIS.
Ela está lá no meio da sala, caída no chão, pálida.
PRIKA como enfermeira se aproxima e verifica a respiração e os batimentos e dá uma triste notícia, estava morta. Todos caem no choro, estavam sem chão, não acreditavam no que estava acontecendo, apesar de todo o esforço que tinham feito, tinham evitado por um lado uma desgraça mas caído em outra.
NICK de raiva pega o livro das mãos de BRIAN e o joga contra a parede.
Um vento suave sopra trazendo uma leve fragrância de flores no ar.
BRIAN recolhe o livro jogado por NICK, aparecem mais algumas coisas nele:
“ Estamos gratos pelo bem que fizeram a todos, cumpriram seus destinos , agora poderão ter uma vida normal, sem maiores contratempos. Todos serão felizes, viverão no caminho do bem , ajudando as pessoas e serão muito respeitados. O sacrifício da amiga de vocês não foi em vão podem ter certeza. Levem seu corpo até o alto da torre e acendam velas para que descanse em paz. Deixem o livro do lado dela. Depois disso infelizmente não se lembrarão de nada do que aconteceu, voltarão no tempo, dias antes de se conhecerem. Temos que seguir essas regras, sejam felizes. Sempre serei grata a todos vocês, por estarem junto da minha neta e darem todo apoio a ela. Estarei olhando e protegendo todos vocês.”
Todos se entreolharam assustados. Ninguém ali queria esquecer do que passaram, mas se eram regras que tinham que seguir cumpririam até o final. Só lamentavam por CRIS.
NICK pega o corpo de CRIS e leva até o alto da torre, coloca-a em cima da mesa de pedra. Despedem-se dela, acendem as velas e colocam em volta de seu corpo. Do lado deixam o livro. Um forte cheiro de rosas invade o ar e uma luz forte clareia tudo.
Os Boys estavam de folga e conversando sobre vários assuntos. NICK então sugere que eles façam uma Festa de Dia das Bruxas, já que o dia estava chegando.
Todos concordaram e acharam que seria divertido.
Começaram a pensar como fariam para escolher as pessoas que poderiam participar, não queriam muita gente, apenas algumas fãs e somente de um lugar só.
De comum acordo decidiram que as fãs sortudas seriam do Brasil.
Para isso lançaram uma promoção onde cada uma teria que mandar um pequeno texto para eles dizendo o porque que deveriam ser as escolhidas.
Iriam escolher as 10 melhores respostas.
Nisso do nada HOWIE exclama que poderiam fazer a Festa na casa de NICK já que ele adorava festar.
Todos concordam.
Dias depois as sortudas recebem a passagens de avião para a Festa de Dia das Bruxas na casa de NICK. As sortudas foram CAMILLA, PRIKA, LANINHA, GI, LU, DAIANA, IARA, PRY, KAROL E KEL.
Todas eufóricas aproveitaram a festa ao máximo, a sintonia e a afinidade de todos era tanta que surgiu ai uma grande amizade entre eles.
Todos estavam felizes e faziam planos para o futuro, que prometia ser perfeito para todos.
De volta para casa, todas as meninas seguiram sua rotina normal.
Todas estavam tendo sucesso na área profissional e pessoal, tudo que faziam era longamente elogiado.
Os Boys seguiam carreira, conquistavam mais fãs a cada dia.
Longe dali, num lugar afastado, numa pequena casa no meio de um campo florido, CRIS fecha o grosso livro, acabara de escrever algumas palavras. Nos seus pulsos os sinais a faziam lembrar de tudo.
Estava longe de seus amigos, mas ao mesmo tempo perto, sabia como estavam e tudo o que faziam, não precisava de tanto esforço para isso, somente fechava os olhos e podia ver cada um deles.
Ficava feliz vendo-os felizes.
Na ultima folha do livro escreveu:
“ Que ótimo todos estão felizes, me sinto feliz por eles, embora não posso estar junto deles, regras são regras, não posso quebrá-las. Prometi que não voltaria ao convivio deles embora a vontade tenha sido imensa, em troca de ter minha vida de volta. Afinal cumpri meu destino e as marcas não me deixam esquecê-lo. O livro agora é meu diário, nele posso colocar tudo que sinto, e hoje posso dizer que embora não se lembrem de mim eu os guardo pra sempre dentro do meu coração, pois sempre serão meus verdadeiros amigos.”