domingo, 1 de fevereiro de 2009

A FILHA DO PRESIDENTE


LANINHA era filha única do presidente dos EUA.
Desde pequena teve que conviver com as ausências do pai que vivia em voltas com a política.
Sua mãe falecera logo depois que ela nascera, então só a conhece por retratos e do que o pai contava.
Por ser filha de um importante político, vivia cercada de seguranças, no mínimo dois com ela e mais dois no segundo carro.
Sabia que o pai era super-protetor e sempre recebia ameças, sempre contra ela, mas aquilo a deixava sufocada.
Queria ser como as outras garotas da sua idade, frequentar festas, barzinhos, cinema, sem chamar atenção.
Afinal aqueles “armários” dentro de ternos não passavam despercebidos por onde passavam.
LANINHA, frequentava um conceituado colégio, não tinha muitas amigas por sempre ter que sair de lá direto para casa.
E quando chegava em casa, fazia seus trabalhos escolares e eram raras vezes que saía para algum lugar.
Algumas vezes ia no cinema, em lojas fazer compras, tomar um lanche, não passando disso.
E sua companhia era sempre seus seguranças.
Já havia pedido ao pai para diminuir o total de seguranças mas ele estava irredutivel.
Como não queria contrariá-lo não tocou mais no assunto.
Um final se semana resolveu sair para dar um passeio, tomar um lanche, tomar um ar.
Corria tudo bem, sentou-se em uma mesa na beirada da calçada, pediu seu lanche e ficou a espera dele.
Os seguranças do lado aguardando.
A pedido de Laninha mantinham uma distância maior.
De repente ouve barulho de pneus cantando e um carro atropelando todos que estavam na beirada da calçada.
LANINHA viu que alguém do outro lado da rua veio em sua direção e a salvando de ser atropelada, enquanto seus seguranças com cara de tacho só ficaram observando.
No desespero de salvá-la, ambos haviam caido no chão.
LANINHA se sentiu embaraçada já que sobre ela estava um rapaz forte, tatuado, expressão marcante e perfume inconfundível.
Que nesse momento abriu largo sorriso.
Levantou-se e educadamente estendeu a mão a LANINHA ajudando-a a se levantar também.
Após isso disse com uma voz marcante que fez LANINHA estremecer:
- Está tudo bem? Machucou-se?
- Não me machuquei, estou bem, obrigada poderia ter sido atropelada e você me salvou. (disse ainda trêmula).
- Muito prazer, meu nome é Alexander James Mclean, ou apenas A.J se preferir.
- O prazer é todo meu. Me chamo LANINHA ou para muitos “a filha do presidente”. A maioria nem sabe meu nome, só me conhecem assim.
- Pelo que acabo de ver sofreu um atentado, pelo jeito tem muita gente descontente com o governo do seu pai.
- Isso é. Por isso vivo cercada de seguranças que não me deixam fazer nada, daqui alguns dias não vou poder nem respirar.
Enquanto isso os seguranças de LANINHA imobilizavam o rapaz que conduzia o carro e chamavam a policia.
A.J deu um cartão da empresa de segurança que trabalhava, junto com o telefone de lá, para LANINHA:
- Olhe o cartão da empresa ao qual trabalho, se precisar dos serviços de lá é só ligar. Espero que fique bem, e uma moça linda e cheia de vida, não merece viver presa por causa de ameças.
- Obrigada, é muito gentil, espero encontrá-lo novamente.
Educadamente A.J se despediu de LANINHA, que ficou encantada com ele. Algo dentro dela havia mudado, havia sentido algo de diferente que mais para frente descobriria o que seria.
LANINHA voltou para casa, tomou um bom banho e foi descansar.
Seu pai viria aquele dia jantar com ela, com certeza já devia estar sabendo do que havia acontecido.
Entristeceu com isso, com a ameaça sofrida com certeza ele iria aumentar ainda mas o número de seguranças, e sua vida que já estava restrita ficaria pior.
No começo da noite seu pai chegou e logo foi ao encotro dela:
- Filha querida, você está bem?
- Estou pai, não aconteceu nada graças a um segurança que passava no local.
- Fiquei sabendo, seus seguranças a partir de amanhã serão trocados, falharam hoje, o que quase custou sua vida.
- Olha pai o rapaz que me salvou se chama A.J, ele me deu o cartão da empresa que ele trabalha. (disse entregando ao pai)
- Isso é otimo, ele é segurança então, amanhã vou ligar e ver como são os serviços dessa empresa. Vou pedir para que venha em casa, quero agradecer pessoalmente por te salvo você e ver como trabalham. Dependendo contratarei os serviços.
No dia seguinte bem cedo o pai de LANINHA ligou para o telefone do cartão e pediu para que A.J fosse até na Casa Branca.
A.J ficou nervoso, ia se encontrar com o presidente, não sabia como tratar ou se portar.
Mas se arrumou com apuro, camisa branca e terno preto e um discreto chapéu.
Tomou coragem e foi.
Chegou lá foi levado para uma sala onde aguardou.
Dentro de algum minutos o presidente adentrou a sala e cumprimentou A.J.
Depois de agradecer oque ele havia feito por sua filha e ter ouvido como era o serviço de segurança da empresa ao qual trabalhava ele fez uma proposta:
- A.J quero fazer uma proposta, quero que venha fazer a segurança da minha filha, será um teste, se seus serviços forem realmente bons, trocarei todos os seguranças dela pelo da empresa que você trabalha. O salário não é nada mal.
A.J ficou pensativo por alguns instantes, resolveu aceitar, não pelo salário , mas por LANINHA.
Havia sentido algo a mais por ela. Teria que ser o mais profissional possível mas só de imaginar estar perto dela já fazia seu coração disparar.
LANINHA que estava atras da porta escutando a conversa, pulou de alegria e foi toda feliz para seu quarto.
Deitou na cama e sorria á toa.
No dia seguinte LANINHA se arrumou para ir ao colégio, tomou café e foi ao carro.
Para sua surpresa lá estava A.J, devidamente vestido como no dia anterior. Como estava lindo.
Ele educadamente abre a porta do carro para ela entrar e se acomoda no banco da frente.
Durante o trajeto ficaram calados.
A.J estava seguindo a risca seu trabalho, faria a proteção de LANINHA e só falaria com ela se fosse estritamente necessário.
Chegando ao colégio, A.J entrou com ela, ficaria de aviso na porta da sala. LANINHA não deixou de notar que suas colegas de sala olhavam admiradas pra A.J, não tirava a razão delas realmente de todos os seguranças que havia tido ele era o mais bonito. Sentiu um certo ciúme com isso.
A aula decorreu normalmente e após o sinal A.J acompanhou LANINHA.
Durante o trajeto de volta A.J nota pelo retrovisor um carro preto seguindo a uma certa distância mas muito estranho, ficou de alerta, não deu outra quando pararam no sinal, esse mesmo carro encostou do lado e ele viu um brilho de uma arma, mandou LANINHA se abaixar e tomou o volante do carro, fazendo o outro segurança ficar no seu lugar e saindo em disparada.
O mesmo carro começou a persegui-los e tiros foram ouvidos na lataria do carro que era devidamente blindado.
LANINHA estava em pânico.
A.J muito habilidoso conseguiu fugir.
Pararam em uma delegacia.
LANINHA não parava de chorar e tremia muito, suas mãos suavam frio.
A.J não aguenta e deixa as instruções de não se aproximar e a aconchega em seus braços.
Ela se deixa envolver por aqueles braços fortes. O calor do corpo dele transmitia a sensação de proteção que aos poucos todo o medo foi passando.
O delegado recebeu a denuncia de nova tentativa de atentado e resolveu agilizar nas investigações.
Liberados após o depoimento. A.J levou LANINHA para casa.
Chegando lá o pai dela já estava totalmente transtornado.
Afinal em dois dias sua filha tinha sofrido dois atentados.
Demitiu os outros seguranças, deixando somente A.J que naqueles dias tinha dado conta do trabalho sozinho.
Mais tarde iria ver o que faria, se contrataria outros ou não .
Mas por enquanto resolveu que LANINHA ficaria alguns dias sem ir ao colégio.
O que a deixou desapontada, o colégio era o único lugar que ela ia, agora ficaria totalmente reclusa em casa.
A.J ficaria na Casa Branca caso LANINHA precisasse de alguma coisa.
Uma semana e o pai de LANINHA não havia liberado ela ainda para ir ao colégio.
A.J notava a tristeza dela e resolveu ajudar.
Ela estava sentada na sala tentando ler um livro quando ele se aproxima:
- Tenho notado você muito triste nesses dias que não tem ido ao colégio.
- Verdade sinto falta dos colegas, de conversar com eles.
- Olha vou cometer uma certa loucura propondo isso a você, se seu pai descobrir sou um ex-segurança, mas não posso vê-la triste. Você confia em mim?
- Claro que confiou, me salvou a vida duas vezes.
- Pois bem vamos sair para passear, vamos ao parque de diversões.
- Mas não posso dar um passo sequer sem me reconhecerem.
- Vamos nos disfarçar.
- Você é doido.
- Só um pouquinho. Vou até em casa e já volto com algumas roupas.
- Tudo bem eu espero.
LANINHA abria um grande sorriso, e A.J retribuia com outro.
Foi para sua casa e voltou logo com uma sacola.
Subiram a quarto de LANINHA que foi intruida por A.J a se vestir com uma calça dela mesma, mas ele lhe deu uma camiseta e uma jaqueta dele.
Prendeu o cabelo e colocou um boné e óculos escuros.
LANINHA estava irreconhecível, agora poderia sair sem ser reconhecida.
Desceram e sairam pelos fundos.
A.J pegou seu carro, afinal um carro oficial do governo chamava muita atenção.
Foram ao parque de diversões, LANINHA nunca tinha ido em um.
Seus olhos brilhavam de tanta felicidade.
Passaram o dia todo andando nos brinquedos.
A.J no tiro ao alvo ganhou um lindo gatinho de pelúcia, que deu a ela.
Andaram na montanha russa, tunel do terror.....
Por ultimo iam na roda gigante.
Mas antes pararam para um lanchinho, cachorro quente com bastante molho.
LANINHA se lambuzou toda, fazendo A.J rir, mas todo educado pega um guardanapo de papel e limpa sua boca com todo cuidado.
Olhares se cruzam, mas ambos não dizem nada.
Sobem na roda gigante.
Dão duas voltas e acaba a energia quando eles estavam bem ao alto.
Corações em disparada, LANINHA morria de medo de altura.
A.J muito calmo a ampara em seus braços novamente, a fazendo acalmar.
Um tão proximo do outro, olhos nos olhos, respiração acelerada, estão prestes a se beijar, quando um solavanco anuncia a volta da energia e a roda gigante recomeça a girar.
Descem e resolvem ir embora devido o adiantado da hora.
Chegando em casa, aparentemente ninguem havia notado sua ausência.
- Nem sei como agradecer pelo dia tão perfeito de hoje. (diz LANINHA a A.J)
- Não precisa seu sorriso é o maior agradecimento para mim.
- Fez me descobrir um mundo que nunca havia experimentado.
- Você ainda tem muito o que viver, e ficarei feliz em proporcionar mais momentos como hoje. (dizendo isso se despede dando um leve beijo no rosto de LANINHA que fica enrubecida).
Subiu ao quarto e foi tomar um banho.
Não conseguia tirar A.J dos pensamentos.
Estaria se apaixonando por seu segurança?
Saiu do banho e deitou na cama, pegou a camisa emprestada por ele, tinha o perfume impregnado nela, daquele abraço na roda gigante.
Sentiu o perfume e adormeceu.
Sonhou..........
Sonhou que caminhava pela praia da Califórnia, final de tarde, um lindo por do sol.
Sentou-se a beira mar, a brisa soprava suave fazendo seus cabelos balançarem.
Do meio do mar avisa alguem saindo da água.
Aos poucos a pessoa vai tomando forma, corpo atlético, tatuado, barriga tanquinho, todo molhado. Ela identifica A.J
Ele caminha em sua direção, ela quer falar alguma coisa mas não consegue pois ele se senta ao seu lado e a toma em seus braços a deitando na areia e a beijando ardentemente.
O despertador toca tirando LANINHA do sonho mas deixando a forte impressão daquele beijo.
LANINHA toma seu banho e desce para tomar seu café.
A.J pontualmente já estava no seu posto.
Entreolharam-se e sorriram.
- Então preparada para o dia de hoje? (perguntou ele)
- Acho que sim, o que vamos fazer?
- Tome seu café ai depois eu conto. (disse com um certo ar de mistério).
- Não me deixe curiosa!
- Não conto. (A.J riu da cara que LANINHA fazia).
- Assim não vale. Mas vou tomar o café quero saber logo aonde vamos.
E assim fez, ela tomou rapidamente seu cafe e foi se trocar.
Do mesmo jeito do dia anterior se disfarçou e sairam.
A.J a levou ao cinema para assistirem um bom filme, Os Infiltrados.
Mas quem disse que ambos conseguiam se concentrar no filme.
LANINHA não conseguia esquecer o sonho da noite anterior e A.J estava lutando contra seus sentimentos para não dar um beijo nela.
Estava cada vez mais difícil resistir aos encantos dela, mas ao mesmo tempo tinha receio por ser filha do presidente.
Era a primeira vez que senti algo tão forte por uma garota.
Estava literalmente apaixonado e sentia que ela tambem sentia algo por ele.
Não podia sufocar aquele sentimento por mais tempo e decidiu arriscar.
Pegou a mão dela e apertou com delicadeza a fazendo olhar para ele.
Olhos nos olhos foram se aproximando um do outro, corações disparados, respiração aumentando, arrepios pelo corpo........ prestes a acontecer o primeiro beijo dos dois....... quando a luz se apaga.
A.J acha estranho e resolve tirar LANINHA dali por precaução.
Com muita dificuldade saem do cinema.
Do lado de fora notam uma movimentação suspeita perto do seu carro, pessoas como se procurassem algo.
A.J puxa LANINHA por uma rua estreita, tinham que se afastar logo dali, poderiam ser pessoas querendo cometer um atentado novamente contra ela.
Começa a chover forte, fazendo os dois ficarem totalmente molhados.
Logo mais á frente param, estavam ofegantes por terem saido correndo.
A.J olha LANINHA fixamente, a roupa molhada desenhava perfeitamente as curvas de seu corpo, como uma provocação a seus sentimentos.
LANINHA tambem podia notar o corpo perfeito e sarado de A.J marcados pela roupa molhada.
Ele não consegue mais se segurar, por duas vezes o tão esperado beijo não aconteceu.
Foi se aproximando dela e a encostando no muro, suas mãos fortes envolveram sua cintura, lábios se aproximam do dela, acontecendo o tão esperado beijo caloroso.
Ficaram assim por alguns instantes. Beijos cheios de paixão........
O calor dos corpos não fazia sentir as gotas frias da chuva.
Passado o calor do momento:
- Desculpe-me não pude me controlar, sinto que estou apaixonado por você. Não deveria misturar trabalho com vida afetiva. Mas não estava mais aguentando sufocar isso dentro de mim. (disse A.J cabisbaixo).
- Porque se desculpar, tambem sinto o mesmo por você, desde o dia em que me salvou pela primeira vez. Você mexeu comigo, você me fez viver momentos lindos, me fez viver sensações únicas. Pela primeira vez me senti uma pessoa normal. (diz LANINHA tranquila).
- Já sabe o que as pessoas vão dizer. Interesseiro vai ser a primeira coisa de que vou ser chamado. E acho que seu pai não vai gostar nada de ver a filha dele envolvida com um segurança. (A.J preocupado).
- Não me importa o que digam. Meu pai mal tem tempo para mim, a política sempre em primeiro lugar. Quero ser feliz, e nesse momento estou feliz com você.
A.J sorriu, tirou sua jaqueta e cobriu os ombros de LANINHA. Voltaram ao carro dele, aquelas pessoas estranhas já não estavam mais lá. Ele resolveu levá-la para sua casa, tomar um banho quente, não deixaria ela pegar um resfriado, depois a levaria para casa.
O apartamento dele era simples mas bem organizado e aconchegante.
A.J mostrou onde era o banheiro e emprestou algumas de suas roupas.
Enquando LANINHA tomava banho , A.J trocou de roupa e foi para a cozinha preparar um chá de maçã com canela.
Acabando o banho LANINHA vestiu a camisa de A.J, o mesmo perfume do dia em que o conheceu, estava nas nuvens.
Faria de tudo para ficar com ele, sabia que o pai arranjaria empecilhos, mas queria ser ela mesma uma vez na vida.
Enfrentaria tudo e todos para viver aquele amor.
A.J a esperava para tomarem o chá juntos.
A chuva tinha parado, então A.J resolveu levar LANINHA em casa.
Chegaram e LANINHA se despediu de A.J discretamente.
Ela não se aguentava de tanta ansiedade, para sabe onde ele a levaria no dia seguinte.
Dormiu feito um anjo, mas não sonhou.
Manhã seguinte LANINHA cumpriu a mesma rotina de sempre, tomou seu banho, se arrumou e desceu para o café, mas algo estava errado, havia uma movimentação anormal pela casa. Procurou A.J pela casa e não o encontrou.
Alguma coisa havia acontecido.
Recebe um chamado do pai , no escritório.
Isso não era nada bom , todas as vezes que o pai a chamava no escritorio era para repreendê-la.
Entrou no escritório e se deparou com o pai e A.J sentados no sofá.
Será que seu pai havia descoberto alguma coisa?
Começou a ficar nervosa.
- Sente-se filha, vamos ter uma conversa séria. Hoje recebi novamente uma grave ameaça, não contra mim, mas contra você. Sei que ultimamente tem preferido atingir você pois sabem o quanto és minha jóia mais preciosa e o quanto sofreria se algo de ruim acontecesse com você. Por isso tomei uma importante decisão. Você vai para uma de nossas fazendas, que não sabem que ela me pertence, vai passar uma temporada por lá. Depois disso poderá voltar. Já conversei com A.J e ele irá com você fazer sua segurança.
LANINHA e A.J embarcaram em um helicóptero e horas depois já estavam na fazenda.
O lugar era lindo, calmo, com certeza iam viver dias ótimos por lá.
A casa era grande, tinham muitos empregados.
Cada um se acomodou em um quarto. Lógico que seguindo ordens A.J ficaria em um quarto em frente ao de LANINHA.
A.J a protegeria 24 horas por dia.
Na fazenda havia muitas coisas para se fazer, naquele primeiro dia foram fazer um pequenique á beira de uma cachoeira.
LANINHA resolveu dar um mergulho.
A.J não quis entrar tinha receio de alguém ver os dois juntos, decidiu que ficaria somente observando. A vontade de estar com ela era enorme mas tinha que se controlar. O pai dela havia dado ordens de protegê-la naqueles dias e era isso que faria, não sabia como, mas faria.
Ela vendo que ele estava concentrado no trabalho resolveu tornar tudo aquilo mais descontraído, fingiu torcer o pé na pedra e afundou simulando se afogar.
A.J se assusta e não pensa duas vezes, pula na água e nada em direção á ela.
Puxa para a margem, LANINHA finge estar desacordada.
Ele então faz respriação boca a boca.
Ela não aguenta e ri e fala que foi brincadeira.
A.J faz cara de bravo mas ri muito depois.
Depois foram lanchar o que haviam trazido para o pequenique, o tempo havia passado que nem tinham visto.
Voltaram á sede ao entardecer.
Na manhã seguinte sairam cedo, foram cavalgar.
A.J em um cavalo preto e LANINHA em um cavalo branco.
Deu para conhecerem a fazenda toda, voltaram antes do almoço.
Foram guardar os cavalos, não havia ninguem no momento para fazer isso, todos em horário de almoço.
A.J tirou as selas dos cavalos e os guardou cada um em sua baia.
Voltando-se para LANINHA a olhou com desejo.
Aproximou-se, passou as mãos em seu rosto, afagou seus cabelos e não desviando o olhar a beijou repetida vezes.
Deixaram-se rolar sobre um monte de feno que havia no chão, beijando-se apaixonadamente e rindo.
Assustaram-se com um barulho de conversa, levantaram-ser rapidamente e sairam de fininho de lá.
Tomaram um banho, almoçaram, descansaram por meia hora e foram dar um passeio de pedalinho no lago.
A.J um completo cavalheiro pedalou o passeio inteiro.
O clima era de total romance.
Cada vez mais estava dificil esconder o quanto se amavam.
Quando ninguém via, trocavam carinhos e beijos intensos.
Aqueles dias estavam sendo um conto de fadas para LANINHA, seu desejo era que nunca pudesse acordar dele.
No dia seguinte A.J tinha que fazer os relatórios para mandar para a empresa onde prestava serviço, era regra, então nesse dia não sairam para passeio algum.
LANINHA entendeu, passou o dia lendo um livro.
Foram se falar somente no jantar.
Trocaram algumas palavras e foram dormir.
Durante a noite cai um enorme temporal cheio de relâmpagos e trovões.
LANINHA se encolhe toda na cama, morria de medo de fortes chuvas, ainda mais em um lugar afastado de tudo.
Um forte trovão se faz ouvir, ecoando nos corredores desertos da casa.
LANINHA solta um grito, fazendo A.J acordar e sair correndo em direção ao seu quarto.
Entra e vê sob o lençol toda encolhida.
Chega perto e a abraça:
- O que aconteceu? Porque gritou?
- Ai que vergonha, você vai rir de mim. Mas morro de medo de relâmpagos e trovões.
- Não vou rir. Todos nós temos algum tipo de medo.
A.J a olhava com tanta ternura e confiança que ela se sente melhor.
Passado o momento.
A.J vê como estava vestido, na pressa havia saido somente de shorts. Ficou vermelho de tanta vergonha.Gaguejando disse:
- Desculpe-me os trajes, sai correndo e nem me lembrei de vestir.
- Não se preocupe eu entendo.
Disse LANINHA enquanto admirava o físico dele.
Ele a beijou e saiu.
Amanhece o dia.
LANINHA acordou tarde por conta de ter demorado dormir por causa dos relâmpagos e trovões.
Quando desceu para o café não encontrou A.J como de costume.
Estranhou, perguntou a um dos empregados que disse ter visto sair logo cedo.
Aonde teria ido? Não havia dito nada.
Alguma coisa estava errada.
LANINHA subiu ao quarto dele e sabia que o que estava fazendo era errado, mas tinha que descobrir se havia algo de errado com seu amado.
Mexeu em alguns papéis em cima da mesa e viu o crachá da empresa de segurança, virou e descobriu o motivo do sumiço tão cedo de A.J, era o dia do seu aniversário.
Com certeza estava triste, por estar longe da familia e dos amigos.
Lágrimas corriam pela face de LANINHA, sabia como ele estava se sentindo, ela mesmo havia passado vários aniversários sozinha, longe do pai.
Enxugou as lágrimas e resolveu fazer um jantar surpresa para ele.
Armou tudo com as empregadas e pediu para que todas se recolhessem mais cedo.
Seria um jantar somente os dois, á luz de velas.
A.J voltou e ela pode notar o quanto triste estava, mas não disse nada, puxou conversa e fingiu não saber de nada.
Ele tentou se animar mas estava dificil, mas não queria que LANINHA percebesse, disse que estava se sentindo mal e pediu para se retirar.
LANINHA concordou.
A.J se deitou e logo adormeceu, talvez dormindo o dia passasse logo, com certeza no outro estaria melhor.
Enquanto isso LANINHA corria com os preparativos do jantar.
Deixou tudo no capricho antes da 20h.
Subiu ao quarto de A.J e bateu na porta:
- Posso entrar?
- Pode sim. (respondeu com pouco ânimo)
- Vi que estava triste o dia todo hoje, então como você tem me feito feliz esses ultimos dias. Hoje é meu dia de te dar um pouco de alegria. Tome um banho, coloque uma roupa bem bonita e desça, estarei te esperando na sala de jantar dentro de uma hora. Não vou aceitar um não como recusa.
Dizendo isso saiu em direção a seu quarto para se trocar.
A.J não estava com ânimo mas por amor a ela fez um esforço, tomou um banho, colocou uma camisa preta lisa, calça social e ficou esperando dar o horário.
Enquanto isso LANINHA escolhia um vestido na altura dos joelhos vermelho decotado, de alcinha, sapato de salto. Uma leve maquiagem e cabelos soltos.
Desceu antes do combinado e ficou a espera de A.J.
Ele desceu, estava tudo muito vazio, escuro, estranhou.
Uma musica ao fundo começou a tocar:

“You washed away my sad face
You flooded all my empty space
You take away life's heartbreak
And I know with you it's gonna be okay

You're rushing through me
Like water from heaven
I feel you moving through me
Like sand in the sea
And now I feel so alive (so alive)
Knowing something of you is right here
You're right there in my atmosphere
Finally I feel complete
Cause you have rushed over me’’

LANINHA acendeu as velas do castiçal sobre o centro da mesa.
A.J ficou admirado, estava linda, não parecia uma garota, mas sim uma linda mulher.
- Bom resolvi fazer esse jantar para comemorar seu aniversário, notei que passou o dia todo triste, tinha que fazer alguma coisa.
- Como sabe que é meu aniversário. (disse A.J surpreso).
- Desculpa mas logo que acordei e vi que não estava, resolvi dar uma de intrometida e fui no seu quarto, achei seu crachá da empresa e vi a sua data de nascimento. Sei que foi errado invadir seu quarto sem permissão, mas queria descobrir o porque do seu sumiço. Parte é culpa minha, não pode estar com sua família e amigos por estar trabalhando, me protegendo, é o mínimo que poderia fazer para você.
Os olhos de A.J se marejaram, estava mais que claro que LANINHA era a mulher de sua vida.
A.J enfim sorriu naquele dia.
O jantar correu tranquilamente.
Após o término dele A.J se levanta e tira LANINHA para dançar.
Mostrou-se um verdadeiro dançarino conduzindo muito bem LANINHA.
Dançaram alguns minutos e pareceram não se importar com mais nada.

“Don't pretend you're sorry
I know you're not
You know you've got the power to make me weak inside
And girl you leave me breathless
But it's ok
Cause you are my survival
Now hear me say...

I can't imagine life without your love
And even forever don't seem like long enough

'Cause everytime I breathe I take you in
And my heart beats again
Baby I can't help it
You keep me drowning in your love
Everytime I try to rise above
I'm swept away by love
Baby I can't help it
You keep me drowning in your love”.

Ainda sob o efeito daquele momento mágico LANINHA olha no fundo dos olhos de A.J e diz:
- Eu te amo! Nada desse mundo vai nos separar. Minha felicidade vai ser ao seu lado. Quando voltarmos vou dizer tudo a meu pai, ele vai ter que aceitar.
- Também te amo mais que tudo nesse mundo, você estando ao meu lado enfrentarei tudo para ficar junto de você.
LANINHA pega a mão de A.J e sobem para o quarto.
A.J e LANINHA começaram a trocar beijos calorosos.
Ele descia suas mãos pelo corpo dela a fazendo estremecer, enquanto beijava seu pescoço.
Ela desabotoava a camisa dele, tirando-a em seguida. Passou a mão pelo seu corpo atlético, costas e ombros largos. Pode dessa vez notar cada detalhe, suas tatuagens, que via apenas alguns traços, afinal ficava escondidas sob o terno.
Ele delicadamente abria o zíper do vestido revelando seu corpo perfeito, a pele macia.
A.J muito carinhoso a beijava repetida vezes.
Entregaram-se ao amor, corpos ardentes, se tornaram um só.
Dormiram abraçados.
Ambos com um largo sorriso no rosto.
Amanhece o dia.
O pai de LANINHA havia decidido ir ver a filha e não avisado ninguém, chegou logo cedo e subiu para bater no quarto.
Resolveu não bater, queria acordar a filha com um beijo.
Abriu a porta devagar e ficou horrorizado com a cena.
Não podia acredita no que via.
Sua amada filha dormindo com o segurança.
Bravo gritou:
- Alguém pode me explicar que pouca vergonha é isso!
LANINHA e A.J acordam assustados.
- Pai! Calma vou explicar!
- Ah vai mesmo, mas antes façam o favor de se vestirem!
A.J e LANINHA entreolharam-se era chegada a hora de contarem toda a verdade e seja o que Deus quiser.
Vestiram-se e logo desceram.
O pai de LANINHA esperava no escritório nervoso.
- Pai!
- Bom podem começar a se explicar, estou esperando.
- Pai! (LANINHA tomando fôlego),. Eu amo o A.J. ele me tem feito muito feliz esse tempo todo que esteve me protegendo. Íamos contar para você quando voltássemos para casa, mas você chegou antes. Desculpa por ter escondido isso de você.
- Sr. Presidente, fui o maior culpado disso, não devia ter misturado as coisas. Mas preciso dizer que também amo sua filha. Acho que abusei da sua confiança, precipitamos os acontecimentos, mas tudo que sinto por ela é verdadeiro.
- Terminaram! Pois bem. A.J está demitido lógico, não vou permitir que minha filha tenha um caso com o próprio segurança. Além disso cheio de tatuagens, o que pensam que meus eleitores vão dizer. E você Laninha vai para um colégio interno.
- Pai não vou a lugar algum, você me trata feito uma criança, será que não percebeu que eu cresci? Não sou mais aquela garotinha. Está tão ocupado com seus eleitores que nem viu o tempo passando. Já sou bem crescida para cuidar de mim mesma, tenho vontades próprias, quero ser feliz. Quero ser uma pessoa normal. Quero sair como as outras pessoas, quero namorar. Mas você não vê isso.
Dizendo isso sai correndo aos prantos do escritório.
A.J fica sem saber o que fazer, mas seguindo o coração vai atrás dela deixando um presidente totalmente arrasado com tudo que acabara de ouvir da própria filha.
LANINHA saiu correndo para fora da sede, sem rumo, há tempos se sentia sufocada e diante da falta de compreensão do pai naquela manhã, tinha colocado tudo para fora. Pensando melhor notou que havia sido um tanto dura com o pai. Mas era tarde, já tinha dito. Não queria de forma alguma deixar A.J, isso nunca aconteceria, nem que tivesse que fugir de casa.
A.J a alcançou e a abraçou com carinho. Não disse nada sabia o que LANINHA estava sentindo, apenas a consolou.
Levou ela de volta á sede, subiu com ela até o quarto e a deixou lá sozinha, apenas disse:
- Confie, tudo vai dar certo. Nosso amor é sincero e verdadeiro, ficaremos juntos.
Disse e foi ao quarto arrumar suas coisas. Com lágrimas nos olhos pegou a mala e saiu, deixando um bilhete sobre a cama para a amada.
Estava cumprindo as ordens do presidente, havia sido demitido. Enquanto ao amor que sentia por LANINHA, saberia esperar.
No escritório o pai de LANINHA tinha o rosto banhado em lágrimas. As palavras da filha tocaram fundo, mas ela estava coberta de razão. Realmente havia sido um pai distante colocando a política acima de tudo e nem sequer acompanhou o amadurecimento da filha. Tinha que admitir que ela não mais lembrava a garotinha de antes, era moça feita, ou melhor já era uma mulher feita. Mas mesmo assim não gostou nada de ver A.J na cama com ela. Não voltaria atrás na decisão da demissão, somente decidiu não manda-la a um colégio interno.
LANINHA parou de chorar tinha que ser forte e se manter firme, uma hora o pai tinha que entender. Foi ao quarto de A.J falar com ele mas o encontrou vazio.
Sobre a cama um pequeno bilhete com o nome dela, na garganta um nó se formava enquanto lia:
“ Meu amor, estou indo embora, não quero causar problemas para você. Seu pai me demitiu vou respeitar a vontade dele. Prometo que darei um jeito de te ver sempre e quem sabe um dia ele me aceite. Fique bem, sua felicidade é a minha. Te amo! Nunca se esqueça disso.
Do seu sempre A.J”
LANINHA desabou no choro. Ficaria longe do seu amor. Estava sem chão e não sabia o que fazer.
No dia seguinte voltaram para a Casa Branca, LANINHA não trocou nenhuma palavra com o pai e muito menos ele puxou conversa.
Subiu ao quarto e se trancou lá, ficou dias sem sair, se recusava a comer, foi ficando pálida e fraca.
Causando grande preocupação ao pai.
A.J tinha um amigo dentre os atuais seguranças dela e ficou sabendo do seu estado, pediu para que entregasse um bilhete á ela:
“Minha querida, reaja, não pode fraquejar agora. Vou tentar vê-la de qualquer jeito, mas quero vê-la bem.
Te amo! Te amo! Te amo!”
Do seu sempre A.J”
O amigo de A.J as escondidas conseguiu entregar o bilhete.
Quando leu toda a expressão de LANINHA se modificou, o brilho no olhar voltou.
Faria como seu amado pedia. Voltou a se alimentar e logo estava bem novamente.
Uma tarde estava no jardim sentada no banco quando sente duas mãos taparem seus olhos, mãos conhecidas, perfume inconfundível, era A.J.
Virou-se e beijaram-se longamente, até que seguranças chegam e fazem A.J se retirar apesar dos protestos de LANINHA.
LANINHA ficou revoltada, seu pai não tinha o direito de impedir sua felicidade. Subiu ao quarto se disfarçou e saiu sem os seguranças perceberem.
A.J estava no apartamento somente de shorts, não queria ficar longe de LANINHA mas não sabia o que fazer.
È tirado dos pensamentos com o toque da campainha.
Vai abrir a porta e se depara com LANINHA, que se atira nos braços dele.
Ele fecha a porta e novamente se entregam ao amor.
A vontade de LANINHA era ficar ali junto de A.J para sempre, mas sabia que se o pai soubesse poderia voltar atrás e manda-la para o colégio interno.
Foi com enorme dor no coração que se vestiu e saiu de lá , tomando o rumo de casa.
Mal sabia ela que corria perigo, logo depois que saiu escondida de casa um carro suspeito, seguiu ela até o apartamento de A.J e ficou esperando.
LANINHA caminhava tranquilamente pela rua, feliz da vida.
O carro seguia ela esperando o momento certo, iriam seqüestra-la. Eram contra o pai dela vencer as eleições novamente.
A..J parece que pressentiu alguma coisa, após ela sair, se vestiu e foi correndo ver se alcançava, iria acompanha-la até em casa.
Virando uma esquina viu ela caminhando distraída, e logo atrás o carro suspeito.
Correu em sua direção o mais que pode, alcançou-a , mas tarde demais, dois caras saíram do carro e tentaram agarrar LANINHA.
A.J revidou nocauteando um deles, desesperado o outro pega uma arma e vai atirar em LANINHA, seria a pior coisa para o presidente, fazendo-o desistir das eleições.
Um tiro se ouve, mas quem cai ao chão é A.J, para salvar a amada ele se colocou na frente dela.
LANINHA se desespera ao ver a camisa dele manchada de sangue, pede socorro, o que demora um pouco para chegar.
Vai com ele até o hospital, está aflita.
Foi com alívio que recebeu a noticia que o tiro havia pegado de raspão, nada de grave, A.J sairia no mesmo dia.
Seu pai ficou furioso quando ficou sabendo da sua fuga, mas tinha que admitir que a culpa era dele por proibir a filha de ver A.J.
Agora tinha enorme gratidão por ele ter protegido a filha novamente, quase perdendo a própria.
Contrariando seu ego foi ate a casa de A.J e pediu desculpas e para alegria de LANINHA o admitiu novamente como seu segurança.
Autorizou o namoro desde que sem maiores abusos, tudo teria seu tempo.
Seu pai venceu as eleições, mas prometeu passar maior tempo com ela.
Mas maior vitória foi a do amor de LANINHA e A.J, provando que nada é impossível.