quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

HAPPY NEW YEAR

Feliz 2009!!!
Montagens gif para o Myspace



HAPPY NEW YEAR!!!!!!!!!
GENTE QUE ESSE NOVO ANO SEJE CHEIO DE ALEGRIAS, REALIZAÇÕES, PAZ, SAÚDE, SUCESSO!!!!!!!
MELHOR DE TUDO BSB NO BRASIL.
SERÁ O NOSSO ANO!!!!!
BSBEIJOS!!!!!


quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL!!!


Olá pessoal!!!!
Quero desejar a todos os visitantes do meu blog e minhas BSB Friends um Feliz Natal, com muita saúde, felicidade, sucesso, paz e muito BSB em nossas vidas.
Agradeço a todos pelo apoio, pelo incentivo e pela companhia.
Amo vocês.
Ano que vem será o nosso ano!!!
BSB in Brasil!!!!!
Bsbeijosssssssss!!!!

sábado, 20 de dezembro de 2008

DIÁRIO DE NATAL E ANO NOVO

20 DE DEZEMBRO DE 2008.

Acordei meio tarde, está um frio imenso lá fora, e semana de Natal em Nova York é complicado, correria para deixar tudo pronto para o Natal.
Mas este ano foi perfeito para mim, estarei recebendo grandes amigas em minha casa.
Ironia do destino ou não, amigas conhecidas pela internet, como eu digo, questão de afinidade.
Os principais responsáveis por isso? O imenso amor que sentimos pelos BSB.
Tem coisas que não sabemos explicar, amizades que surgem sem ao menos conhecermos as pessoas pessoalmente.
Lógico que temos as disputas pelos nossos BSB preferidos, mas uma disputa saudável e até certo ponto hilária.
Chegamos ao ponto de “emprestar” eles um tantinho uma para as outras.
Passamos horas diante do computador falando deles, compartilhando informações, suspirando por fotos, sonhando no dia de termos eles em nossa frente em um show.....
Arrumei-me e fui correr atrás de todas as coisas que ia precisar, os próximos dias seriam corridos, no dia seguinte já teria algumas das minhas amigas em minha casa.

21 DE DEZEMBRO DE 2008.

Acordei cedo.
Logo mais DAIANA, LANINHA e KAROL estariam chegando.
Não deu tempo para muita coisa, só deixei os quartos de hospedes arrumado, abastece a geladeira, dei uma geral em casa.
Um pouco depois do almoço elas chegaram.
Ficamos a tarde inteira conversando.
Nem saímos para ir atrás das outras coisas.
Fique a par de tudo que elas tinham feito ultimamente e é lógico que um dos assuntos principais foi BSB.
Fomos todas dormir mais cedo, o dia seguinte prometia mais novidades, afinal as minhas outras amigas iriam chegar.
Já estava vendo tudo, ia ser uma farra só.


22 DE DEZEMBRO DE 2008.

Todas nós dormíamos ainda quando tive que me levantar com o barulho da campainha.
Acordei toda descabelada, calcei os chinelos e fui lá abrir com cara de sono.
Abri a porta e dei de cara com a GI, CAMILLA, KEL, PRI, PRIKA E IARA.
Elas riram da minha cara de sono.
Também pudera elas chegaram antes do galo cantar e nem se quer avisaram, mas tudo bem.
Depois dos cumprimentos fiz as entrar.
Com o barulho DAIANA, LANINHA e KAROL também acordaram.
Acomodei –as nos quartos e fui preparar o café da manhã.
Sentamos todas a mesa e enquanto tomávamos o café colocamos as conversas em dia..
Conversamos bastante.
Todas estávamos animadas.
Só faltava mesmo a LU, a grande responsável, por estarmos todas juntas. Foi por causa do group no msn da LU que todas nós nos conhecemos, ela chegaria somente no dia seguinte, havia tido alguns problemas de conexão de vôo.
Após o café da manhã decidimos todas montar a árvore de Natal, havia deixado para montarmos todas juntas.
Aí que começam os problemas. As benditas luzinhas queimaram.
Aff teríamos que sair para comprar.
Peguei meu carro e disse que iamos em uma loja de conveniência ver se achava.
GI, LANINHA e KEL se habilitaram a ir comigo.
Enquanto DAIANA, KAROL, CAMILLA, PRI, PRIKA E IARA ficariam em casa.
DAIANA iria ensina-las a fazer alguns tsurus (aqueles passarinhos japoneses símbolo de boa sorte) coloridos para pendurar na árvore.
Iríamos inovar. Ficaria perfeito.
Saímos e entramos na loja, era uma das maiores da cidade, não foi difícil achar, peguei duas caixas e estava olhando mais alguns enfeites. A loja estava coalhada de gente.
Quando escuto LANINHA gritar que tinha visto o A.J.
Ah nem deu tempo de perguntar, ela e a GI correm e se perdem no meio daquela gente toda.
Nossa que sufoco, como achar as duas?
KEL estava perto, cada uma de nós foi procurando e com uma dúvida na cabeça, sera mesmo que elas teriam visto do A.J?
E esse fosse mesmo teriam conseguido chegar perto dele?
Procurei e nada de achar as duas, tive então a idéia de anunciar no alto falante da loja, seria o único jeito de acha-las.
Deu resultado depois de alguns minutos lá chegavam as duas no balcão de anuncio, suspirando....
Realmente GI e LANINHA haviam visto o A.J, melhor que isso, ele muito simpático havia cumprimentado ambas com um beijo no rosto.
Pois é chegamos em casa e lá vai as duas contar a incrível experiência de conhecer o A.J para as outras meninas:
- Ahhhhhh é lindo, maravilhoso!!!!! ( suspirou LANINHA)
- Lindo, simpático e gostoso!!! Aiaiaiaia. (completou GI)
- Nos cumprimentou com um beijo no rosto. ( contou LANINHA).
- Nunca mais vou lavar meu rosto. (diz GI).
Só sei que no final todas nós ficamos invejando, no bom sentido claro, a sorte de GI e LANINHA.
Já anoitecia e resolvi sair para comprar algo de diferente de sobremesa para o jantar.
Levei PRIKA e CAMILLA comigo.
A confeitaria que fomos estava um tanto vazia naquele horário.
Escolhemos os doces, quando um guarda veio me chamar, dizendo que meu carro estava estacionado em lugar indevido.
Deixei as duas lá e fui tirar meu carro.
Enquanto me acertava com o guarda, CAMILLA e PRIKA conversavam dentro da confeitaria quando vêem Howie, Leigh, Brian, Leighanne e Baylle entrarem e se sentarem uma mesa em um cantinho reservado.
Não preciso nem dizer que as duas foram até eles né.
Foram muito receptivos e cumprimentaram ambas, que lógico se derreteram pelo Howie.
Ainda bem que Leigh entendia que eram fãs e não ficou com ciúmes.
Aí, querido diário, você deve pensar , onde eu estava que não vi?
Pois então, para não ter meu carro apreendido, tive que ficar junto dele e tentar convencer o guarda de não fazer isso.
Quando CAMILLA e PRIKA chegam com um guardanapo de papel cada uma com os autógrafos.
Foi difícil convencer o guarda, mas ele acabou relevando.
Fomos embora para casa e todas reunidas em torno da mesa ouvimos CAMILLA e PRIKA contar como foi:
- Nossa eu tremia, igual vara verde, quando os vi entrar. Howie e Brian tão simpáticos. (disse CAMILLA)
- Verdade, e são tão mais lindos assim de pertinho! ( Suspirou PRIKA).
- Leigh e Leighanne também foram simpáticas, embora fosse melhor se não estivessem junto! (riu CAMILLA).
- Concordo! E Baylle tão fofo!!! (diz PRIKA).
- E mais nos deram seus autógrafos nos guardanapos! (vibraram ambas).
Ai eu não agüentei e tive que dizer:
- Nossa definitivamente hoje não foi o meu dia, heim meninas, perdi a oportunidade de conhecer A.J, o Howie e o Brian. Não acredito que esteja tão zicada assim. Aff!!!. Carters amanhã vamos sair nós, vai que por um milagre divino temos a sorte de esbarrar com nosso loiro pelas ruas. Porque pelo jeito os Boys decidiram passear por estas bandas na semana do Natal!
Todas nós caímos na risada, mas era bem provável mesmo que isso poderia acontecer.
Já era um tanto tarde quando fomos dormir.

23 DE DEZEMBRO DE 2008.

Todas dormiam, também muita coisa aconteceu no dia anterior.
Acordei cedo, LU chegaria dentro de meia hora e eu ia busca-la no aeroporto.
Escovei os dentes, me arrumei, escrevi um bilhete para as meninas dizendo onde ia e sai normalmente.
Pequei meu carro e sai. O aeroporto ficava á uns 20 minutos de casa.
Não percebi que sobre a neve ficou um rastro de óleo, pois é estava vazando óleo do freio e nem percebi.
Resultado, em um cruzamento fui frear e não houve resposta.
Com a camada fina de neve piorou e não teve jeito, tentei de todas as formas desviar de carros, pessoas e acabei batendo em um poste depois de bater em um carro.
Com a batida fiz um corte superficial na testa e desmaiei.
O moço do carro que eu bati foi quem me tirou do carro e me levou ao hospital e ficou lá até eu acordar.
Seu nome era Jack, ate que não era de se jogar fora, hahaha, alto, moreno, parecia ter descendente de canadense com havaiano, cabelo curto e muito atencioso.
Só sei que acordei com uma baita dor de cabeça, pela batida.
Meu pé doía também, devia ter batido ele também.
Meu carro deu um prejuízo grande, amassou toda a lateral do lado do motorista.
Disse a Jack que pagaria o amassado do carro dele também.
Ia chamar um táxi para ir buscar a LU, mas ela ligou dizendo que já estava em casa.
Todas já haviam acordado e viram meu bilhete. Quando LU chega sozinha.
Todas se assustam, ao vê-la sem mim, afinal sai para ir busca-la.
Foi ai que ela me ligou e para não deixa-las preocupadas disse que meu carro tinha quebrado.
Contaria do acidente somente quando chegasse em casa, seria melhor.
LU estava radiante:
- Meninas não sabem quem conheci no aeroporto! Kevin estava por lá, acho que ia para algum lugar pois Kristin e Mason estavam juntos. Consegui enfim conhece-lo. Estou tão feliz!!.
Um sonoro ahhhhhh foi ouvido.
LU estranhou mas depois entendeu quando as outras meninas contaram do dia anterior.
Eu estava liberada para ir embora, estava fora do hospital, com um baita curativo na testa e esperando um táxi, o pé doía , andava mancando, mas menos mal poderia ter sido pior.
Final de ano era um suplício arranjar táxi, todos muito ocupados.
Jack gentilmente se oferece para me levar em casa.
Lógico que aceitei, queria chegar em casa logo, ainda tinha muito o que preparar para a Ceia de Natal.
Cheguei e quando fui descer do carro, levei um baita escorregão e me estabaquei no chão.
Aff precisava me benzer, mais azarada do que eu naqueles dias não tinha.
Jack veio socorrer a desastrada, e me ajudou a chegar até a porta.
Estava morrendo de vergonha por conta disso.
As meninas me vendo entrar naquele estado lamentável se assustaram.
Após uma explicação rápida, apresentei Jack a elas.
Agradeci a ele pela ajuda e nos despedimos.
Depois disso ainda tive que agüentar a gozação da meninas:
- CRIS tem que tomar banho de descarrego! (ri IARA)
- Verdade você está precisando se benzer! (fala KAROL).
- Mas se bem que, veja para o lado bom, você conheceu Jack e ele não é de se jogar fora! ( disse PRI).
- Se você não quiser eu quero! (brincou KEL).
- É sim ele é lindo! Não mais que nosso loiro! (diz DAIANA).
- É meninas vocês tem razão, estou precisando me benzer, esses dois dias foram uma coisa de doido. Jack é lindo mas ainda amo um certo loiro chamado Nick. (disse eu rindo).
O restante do dia passei sendo paparicada pelas meninas.
Conversei com LU e fiquei sabendo que ela havia conhecido Kevin.
Aff novamente olha eu e meu azar, deixei de conhecer o Kevin.
Liguei para uma firma de locação de van, para o dia seguinte.
Iríamos sair para fazer compras do amigo secreto e dos presentes.
Era o melhor jeito de sairmos as 11 juntas......

24 DE DEZEMBRO DE 2008.

Acordei muito melhor, só o curativo incomodava.
Era medonho se olhar no espelho na véspera de Natal e ver aquele curativo.
Mas tudo bem, nada ia me deixar de mau humor.
Estava nevando então tornava tudo ainda mais natalino.
Fui acordar as meninas.
A van viria nos buscar logo mais.
Passaríamos o dia todo fazendo compras.
E lá fomos todas nós, animadas e cantarolando “ Everybody. Yeh. Yeh.........”
O motorista ficou com uma cara tipo “que bando de doidas”.
Mas não estávamos nem ai, tudo era festa.
Ele nos deixou no centro da cidade e combinamos um horário para ele vir nos buscar.
Dentro da loja cada uma foi para um lado, ninguém queria que a outra visse quais seriam os presentes, afinal só pela cara do presente já ia dar para descobrir quem era amiga secreta de quem.
E por onde eu passava todos me olhavam.
Aff grande mico andar com aquele curativo.
Resolvi ir ao banheiro e tira-lo, pelo menos um machucado chamaria menos atenção que aquilo.
Foi o que fiz e até que fiquei mais apresentável sem ele.
Presentes comprados, fomos todas almoçar em um ótimo restaurante.
Estávamos todas sentadas, comendo a sobremesa quando uma notícia na tv chama a atenção das Carters.
Um pequeno vídeo do nosso loiro aproveitando a vida em uma balada.
Nossa! Como se isso fosse uma grande novidade!
Pior é que todas nós quando vemos essas coisas somos acometidas de grande ciúme.
Esse Nick nos tira do sério, pelo jeito um eterno solteiro curtindo a vida adoidado.
Mas mesmo assim amamos ele incondicionalmente.
Fomos para casa , afinal tínhamos que preparar nossa ceia e terminar nossa árvore.
Dividimos as tarefas para irmos mais rápido.
Só sei que fomos embaladas a tarde toda pelos cds dos BSB, deu para escutar todos eles.
A noite cai e está tudo pronto.
Nos arrumamos e começamos o amigo secreto uma hora antes da meia-noite.
O amigo secreto correu animado, terminamos faltando alguns minutinhos para a meia-noite.
Nas doze badaladas, fizemos um brinde á nossa amizade e desejamos Feliz Natal umas ás outras.
A campainha toca.
- CRIS ta esperando alguém? (pergunta DAIANA)
- Não! Que estranho! (respondi com desconfiança)
- Vai ver é o Papai Noel trazendo nossos BSB de presente! ( brinca GI)
- Bem que podia ser heim meninas! (diz KAROL sorrindo).
- Ahhhhh eu quero o AJ de presente!! (disse LANINHA).
- Epa são duas então. (diz GI gargalhando)
- Imaginem Nick embalado para presente! (sugeriu KEL).
- Ia ser uma loucura! (suspirou IARA).
- Não ia prestar isso, ia ter briga, seis para dividirmos o loiro! (diz PRI).
- Eu ia amar receber o Kevin de presente! (diz LU abrindo um largo sorriso).
- LU você é a única sortuda de nós todas, ia ter o Kevin só para você! ( fala CAMILLA)
- Concordo. Mas eu já imagino o Howie com touquinha de Papai Noel e dando aquela piscadinha. (suspirou PRIKA).
- Ei PRIKA nem vem que eu também quero! (protestou CAMILLA).
- Ei e quem fica com o BRIAN? (perguntou DAIANA)
- Bom como ele é meu segundo preferido eu faço esse sacrifício. ( ofereceu KEL).
Todas nós caímos na gargalhada.
Deixei elas discutindo o assunto e fui atender á porta.
Para minha surpresa era Jack:
- Oi CRIS! Como está? Já sarou?
- Oi Jack! Estou bem! Já estou melhor.
- Desculpa vir bem na véspera de Natal. Andei ocupado essa semana por causa do trabalho e quase não tive tempo para nada. Queria conversar com você um pouco será que tem um tempo?
- Claro! Quer entrar ou prefere um outro lugar?
- Desculpa de novo! Prefiro que seja em outro lugar se não se incomodar! Sei que está com visitas, prometo que não vou demorar!
- Não, tudo bem, só vou dizer a elas que vou sair uns minutos e podemos ir no Café aqui na esquina.
Sabia que se falasse sobre Jack para as meninas elas iam pegar no meu pé e ia virar motivo de piada, por isso só disse que ia logo ali resolver um problema e já voltava.
Eu e Jack nos sentamos em uma mesinha no Café, estava vazio, afinal a maioria das pessoas estavam com suas famílias comemorando o Natal.
Pedimos um capuccino e Jack disse:
- CRIS vai parecer estranho o que vou dizer, mas sinto que não posso ficar com isso somente para mim. Desde o dia que te conheci não consigo te esquecer. E gostaria muito de te conhecer melhor.
Devo ter feito uma cara medonha de espanto, diante daquilo que ele acabava de me dizer. Mas também não estava esperando:
- Errrrr! Tudo bem! (foi o que conseguir dizer).
Só sei que ficamos um tempo razoável conversando, a ultima coisa que eu disse foi da minha paixão pelos BSB e como havia conhecido minha amigas.
Acho que ele não gostou muito de eu gostar deles, pois ele ficou com uma cara totalmente séria. Mas tudo bem já vi muita gente que não aprecia nossos amores, ele não seria o primeiro.
Jack me disse que trabalhava na área de Administração, mas estranhei pois quando me disse ficou nervoso. Talvez fosse só impressão.
Ele me levou de volta para casa e antes de nos despedirmos ele tirou uma pequena caixinha do bolso e me ofereceu:
- CRIS, Feliz Natal! Espero que goste!
- Nossa não precisava se incomodar! Obrigada!
Peguei o presente e abri. Era uma correntinha com a minha inicial. Era linda.
- Será que posso por em você para ver como fica? (disse gentilmente).
- Claro!
Ele colocou no meu pescoço.
- Ficou perfeito! (disse Jack sorrindo).
- È lindo! Obrigada novamente!
- Até o Ano Novo estarei novamente com muito trabalho e gostaria de saber se podermos nos ver na véspera e quem sabe você aceite passar a virada do ano em minha companhia.
- Claro, podemos combinar. Minhas amigas e eu vamos esperar a virada do Ano no Central Park. Poderá me encontrar lá.
Ele novamente ficou sério, não entendi, mas podia ser novamente uma leve impressão.
Nos despedimos e eu entrei, lógico que fui bombardeada de perguntas pelas meninas, pois havia demorado mais que o previsto.
Contei tudo a elas e depois das devidas brincadeiras me deram a maior força.
Já era madrugada quando fomos dormir.
Na noite de Natal todas sonham com seu BSB favorito.


25 DE DEZEMBRO DE 2008.

Acordamos todas tarde nesse dia.
A preguiça pairava no ar.
Mas mesmo assim todas acordam com sorriso de orelha a orelha.
Nos reunimos na sala e para surpresa geral, todas dizem que tiveram lindos sonhos com os BSB.
Resolvemos então cada uma contar o seu resumidamente.
GI se habilita em ser a primeira:
- Sonhei que conheci o AJ no colégio, ele era um bad boy, mas mesmo assim nos apaixonamos e descobri que ele era o inverso de tudo aquilo que aparentava. Para viver nosso amor tivemos que fugir pois meus pais eram contra. Enfrentamos tudo e todos para ficarmos juntos. Tanto que meus pais acabaram aceitando e nos dando a benção. Só sei que tivemos um filho e vivemos felizes para sempre. Aiiiiiii foi lindo!!!
Dando seqüência foi a vez de LANINHA.
- No meu sonho eu era uma professora de inglês que por motivos de saúde fui passar alguns dias na fazenda dos meus avós e conheci o AJ que estava passando férias no Brasil, mas não queria ser reconhecido. Jantamos e passamos a noite juntos. Ele teve que voltar para os EUA e eu fiquei, mas ele se manteve fiel a mim e depois de alguns meses, retornou. Fui espera-lo no aeroporto e nos beijamos na frente de todo mundo. Ahhhhhh e no final fui junto com ele para os EUA.
LU começou a rir:
- Sou sortuda! Em vez de sonhar só com um, sonhei com dois!!! Sonhei que aprendia tango com Kevin e tinha aulas de flauta com o Howie. Não sabia de qual gostava mais, até que os dois como eram amigos resolveram que seriam meus dois amores. Enchiam-me de mimos. Apresentei - me em um cassino na Argentina. No final fui para os EUA com os dois e revezava a semana entre os dois e no domingo saímos nós três. Foi engraçado.
Terminada a narrativa CAMILLA e PRIKA protestam por LU ter sonhado com o preferido delas. Todos riem.
CAMILLA resolve contar seu sonho:
- Fui em um barzinho e Howie se apresentava lá com aquele sorriso, as piscadinhas, cantou She´s like the sun , beijou uma rosa e me entregou. Depois me chamou no camarim e começamos a sair e nos conhecer melhor. Ele passou suas férias comigo e antes de ir embora me pediu em casamento. Fui com ele para os EUA onde nos casamos. Passamos a lua de mel na Espanha e fiquei grávida.
PRIKA:
- Meu sonho foi assim. Fui fazer um em um Congresso de enfermagem nos EUA e socorri o Howie depois de ser atropelado. Ele ficou com uma amnésia temporária, só se lembrava de mim. Nos apaixonamos o que deixou a noiva dele Leigh cheia de ciúmes. Ele descobriu que ela era interesseira e a deixou esperando no altar. Ele veio ao Brasil atrás de mim. Voltamos aos EUA e lá ele me pediu em casamento na frente de uma maternidade no qual fui nomeada interventora e onde dei a luz a nossa filha. Ai que sonho maravilhoso.
- Esses sonhos são muito doidos e ao mesmo tempo tão lindo!. Agora é a vez da sessão Carter. Quem começa? (pergunta DAIANA):
- Pode ser eu.(diz IARA). Fui demitida do emprego e decidi me mudar para o litoral. Fui em uma cartomante que me fez previsões que se realizaram mais tarde. Mudei-me para o litoral e montei um quiosque na beira da praia que aos poucos foi progredindo. Conheci o loiro um dia de tarde na praia, ele estava participando de um campeonato de surf que ele no final saiu vencedor. Nos apaixonamos e resolvemos viver aquele amor, tanto que fui com ele nos outros campeonatos e a primeira parada foi o Hawai.
- Minha vez. (diz PRY). Eu e o Nick éramos amigos de infância e como era final de ano resolvemos encenar a Bela adormecida. Tinha os preparativos para nossa formatura e acabamos nos distanciando e fazendo com que descobríssemos que gostávamos um do outro. Mas dois invejosos armaram um plano que fez com que terminássemos a amizade. No dia da peça ele descobre a verdade e na cena do beijo ele me dá o selinho como era o combinado mas depois me beija apaixonadamente. Na formatura ele declama um poema de Camões. Nos apresentamos no teatro municipal onde ganhei um anel de compromisso. Aiaiaia....
- Agora sou eu. (diz KAROL). Trabalhava em uma locadora e fazia faculdade de cinema. A locadora foi assaltada e quem em salva é o Nick. Ficamos próximos tanto que fui assistir a Doce Novembro no apartamento dele e passamos a noite juntos. Fomos em uma danceteria e para me defender de um cara leva um tiro e entra em coma. Conheço os pais dele e nos damos bem. Nick só acorda do coma depois que conto que estava grávida. Ele se recuperou e voltou as boas com os pais. Tivemos uma menina, a Angel.

DAIANA:
- Eu era promotora de eventos e tinha que organizar uma festa e o show que contratei foi do loiro. Nos apaixonamos e no dia do show fui destratada pelo cara que tinha me contratado. O loiro por conta disso rasgou o contrato e se declarou para mim. Fui para a Califórnia com ele onde fomos velejar e passamos a noite juntos. Fui contratada pela The Firm e fiquei responsável pela organização de toda a estrutura dos shows dos BSB. Fui capa de várias revistas e consegui um enorme reconhecimento profissional além de ficar feliz com o loiro.
KEL:
- Bom fui trabalhar em um hotel fazenda dos pais de Nick. Um completo folgado e filhinho de papai. Por amor ele mudou e se tornou responsável. Começamos a namorar, mas os pais não aprovavam, tanto que ele brigou com a mãe. Fomos morar juntos. A mãe dele ficou doente e nos pediu perdão por tudo que ela havia feito. Nick começou a cuidar dos negócios da família e fomos felizes. Eiiiii CRIS falta você.
- Era filha única de uma renomada família rica, tive meus pais mortos por causa do sócio ambicioso do meu pai. Nick se tornou meu tutor. Nos apaixonamos. Fui seqüestrada, quase morri afogada. Nick me salvou e descobriu todas as armações. Acabei me casando com ele e tivemos um bebê, Ryan, e fomos muito felizes.
Nossa! Imaginem se todos os nossos sonhos deste dia se tornassem realidade.
Demos uma ajeitada em casa e cada uma foi procurar alguma coisa para passar o restante do dia.
Só sei que todas passamos o dia todo suspirando por causa dos sonhos.

26 DE DEZEMBRO DE 2008.


Bom nesse dia pós Natal não aconteceu nada de diferente.
Sai para ir ao mercado, as meninas ainda dormiam.
Não tinha quase ninguém nas ruas.
Através de um cartaz fiquei sabendo que uma grande loja de roupas ia fazer uma queima de estoque de final de ano.
Seria no dia seguinte. Seria ótimo poder ir ás compras com as meninas, iria propor isso a elas. Precisava mesmo comprar a roupa da virada do ano.
Comprei tudo que tinha que comprar e voltei para casa.
Chegando dei a idéia para as meninas, que aprovaram.

27 DE DEZEMBRO DE 2008.

Lá fomos nós para a tal liquidação.
Cada uma foi para um lado.
Combinamos de nos encontrar na entrada da loja dentro de algum tempo.
Sai a procura de alguma roupa interessante mas não achei nada do meu gosto.
Resolvi que ia reciclar algumas roupas que tinha em casa mesmo.
Não estava com ânimo para ficar procurando.
Dado o horário nos encontramos no local combinado .
As meninas também não tinham encontrado muita coisa.
Foi um dia um tanto quanto monótono.

28 DE DEZEMBRO DE 2008.

Saímos todas para voltar a sermos criança.
Fomos patinar em uma pista de gelo.
Foi comédia, todas nós levamos os tombos básicos.
Fora isso brincamos de tacar bolas de neve uma nas outras.
Foi muito bom.
Voltamos para casa com alguns hematomas mas foi divertido.


29 DE DEZEMBRO DE 2008.

Acordamos todas com o corpo dolorido do dia anterior.
Passamos o dia todo em frente á tv adivinhem, assistindo aos clipes e shows dos BSB.
Só sei que foi uma cantoria geral.
Foi ótimo.
Á noite fomos todas para a balada em um barzinho com música ao vivo.
Tivemos o prazer de conhecer a Leslie e o The Other Half, isso mesmo a banda onde a irmã do Nick canta.
Ela foi muito simpática conosco e ficou feliz de conhecer fãs de seu irmão.
No meio do show, para nossa surpresa adivinhem......
Carters em polvoroza.
O loiro deu o ar de sua graça na apresentação da irmã e ainda cantou Forever Rebel para nosso delírio.
Nossa, foi perfeito.
Dançamos e nos divertimos muito.
Pena que ele não ficou tanto e nem deu para nos aproximarmos dele.
Saímos de lá já era madrugada, mas eufóricas pelo acontecido.

30 DE DEZEMBRO DE 2008.

Virada do Ano se aproximando.
Acordei cedo, sai para buscar pão na confeitaria.
Escolhi tudo que queria e estava no caixa pagando quando entra um assaltante na padaria com uma arma na mão.
Como eu estava perto do caixa ele apontou a arma para mim e disse para ajudar a pegar o dinheiro.
Obedeci mesmo com as mãos tremendo e o coração disparado, quase saindo pela boca.
O assaltante já ia saindo quando pára um carro e de dentro reconheço Jack, muito bem vestido e que vendo a situação puxa uma arma.
Não entendi, ele havia dito que trabalhava na área de administração, o que estaria fazendo com uma arma?
O assaltante assustado me pega de refém, passando o braço em torno do meu pescoço e apontando a arma em minha cabeça.
Era só o que me faltava, no final do ano passar por uma situação como esta.
Só sei que foram longos minutos, até ele se render e a policia chegar.
Jack veio falar comigo:
- CRIS está bem?
- Estou. (disse ainda sob susto).
- Vem te levo para casa.
- Não! Obrigada! ( disse já saindo, sem dar tempo dele falar mais alguma coisa, no fundo estava chateada afinal ele tinha mentido para mim, dizendo trabalhar com uma coisa e pelo visto era outra, afinal estava armado. Além de chateada fiquei é decepcionada, estava gostando dele).
Ainda pude escutar ele me chamar mas apertei o passo, queria chegar logo em casa.
Nem percebi que naquilo tudo a correntinha que ele havia me dado havia se soltado e ficado no chão da confeitaria. Jack achou e a pegou.
Cheguei em casa e as meninas vieram me ver como estava, haviam visto o noticiário.
Só sei que naquele dia me tranquei no quarto e quis ficar só, embora as meninas quisessem me animar, não estava querendo fazer mais nada naquele dia.
As meninas entenderam e me deixaram por lá.
Passei o dia todo pensando em tudo aquilo, não poderia estragar minha virada de ano, afinal todas as minhas amigas estavam comigo e em breve elas teriam que voltar ao Brasil, tinha que aproveitar a companhia delas o máximo possível pois era quase certeza que só poderia reuni-las novamente no próximo ano.
Resolvi esquecer tudo aquilo e continuar os planos da virada do ano.
Tomei um banho e tratei de me animar.
Eu e as meninas passamos a tarde toda conversando, foi uma maneira de me distrair.
Meu celular não parava de tocar, era Jack, não estava com a mínima vontade de falar com ele. Não atendi e disse a mim mesma que iria esquece-lo, não suportava mentiras portanto, ele já tinha perdido minha confiança.



31 DE DEZEMBRO DE 2008.

Acordei um tanto atrasada do meu horário de costume.
KAROL já estava de pé fazendo o café:
- CRIS está melhor?
- Estou sim KAROL.
- Que ótimo! (Diz DAIANA se aproximando e me dando um abraço).
- Hoje é um grande dia e nada vai me deixar triste!
- È assim que se fala amiga! (diz LANINHA).
- Bom e pra começar vou buscar alguma coisa para nosso café da manhã.
- Não quer que eu vá? (pergunta DAIANA).
- Obrigada amiga! Mas não vou ficar traumatizada com o que aconteceu ontem, vou á confeitaria sem problemas. (disse já saindo).
Fui andando devagar, afinal estava nevando novamente e a calçada já estava com uma camada fina, não queria me estabacar no chão.
Levei um baita susto quando alguém segura meu braço, era Jack:
- CRIS quero conversar com você.
- Mas eu não quero falar com você.
- Por favor, me dê uma chance de me explicar por ontem.
- Explicar o que? Vai me contar outra mentira?
- Não podia te contar, mas agora meu trabalho já está todo encaminhado e posso te dizer.
- Tudo bem!
- Tem toda razão de ter ficado assustada por ontem, não sou um administrador como disse a você. Sou chefe de segurança de uma firma particular. Organizo a segurança de grandes eventos. No caso estou organizando a virada do ano no Central Park. Desculpe se não te contei.
- Foi por isso que ficou com cara de assustado quando disse que ia passar a virada do ano lá com minhas amigas? Ai eu iria descobrir sua verdadeira profissão.
- Em parte, na verdade fiquei mais assustado quando disse que gostava de BSB.
- Percebi, mas como dizem gosto não se discute, se você não gosta eu respeito.
- Não é isso, é que parte da segurança que vai ter é porque o show da virada no Central Park é justamente com eles.
Perdi a fala, faltou o ar. Como assim iria ter um show dos BSB na virada do Ano no Central Park e nada havia sido divulgado?
- Deve estar estranhando a falta de divulgação, mas para evitar maiores tumultos vai ser anunciado hoje somente.
- Não acredito! As meninas vão pular de alegria quando souberem!
- CRIS. Preciso saber se você me perdoa. É importante para mim.
- Tudo bem, dessa vez passa, eu te perdôo. (disse esboçando um leve sorriso). Afinal a noticia que ele acabava de dar era tudo de bom.
- Que ótimo, não sabe o quanto estou feliz. Sabia que me entenderia, então tenho uma notícia para lhe dar. Você e suas amigas poderão assistir ao show de perto do palco, tem uma área reservada para quem eu quiser colocar lá e eu resolvi proporcionar a você e suas amigas essa alegria.
Estava tão feliz com a notícia que quando vi já estava dando um forte abraço em Jack:
- Desculpa, acho que me empolguei demais. (disse com a face corada).
- Não se desculpe, gostei de receber um abraço seu.
- Bom então até mais á noite, quero contar essa novidade á minha amigas, vão fazer a maior festa.
- Eu te acompanho até em casa!
- Obrigada!
Chegamos e me despedi:
- Então até mais á noite.
- Espera acho que isso tem que voltar para a verdadeira dona.(tirou do bolso a correntinha). Você deixou cair no dia do assalto. (Aproximou-se e me entregou).
- Obrigada, achei que tinha perdido.
Ele se foi e eu entrei em casa correndo para contar ás meninas, mas parece que elas já sabiam. Todas eufóricas:
- CRIS deu na TV, a notícia que a virada do Ano no Central Park vai ter show dos BSB!!!!! (diz LU).
- Vai ser o melhor Ano de todos!!!! ( diz CAMILLA).
- Quando vimos o anúncio parecia um sonho! (fala PRIKA).
- Nem estou acreditando ainda!! (diz KEL).
- E pensar que dentro de algumas horas estaremos lá pertinho dos nossos amores! (diz PRI).
- Cantando com eles!!! (suspirou LANINHA).
- Dançando com eles!!( diz KAROL)
- Gritando o nome deles!! (disse GI).
- Agora o duro vai ser esperar e agüentar tamanha ansiedade. ( fala IARA).
- CRIS não vai dizer nada a respeito? (pergunta DAIANA ao ver que eu ria de tudo aquilo)
- Do que ta rindo CRIS? (pergunta novamente DAIANA).
- Aiiiiii, não sabem da maior, acabei de saber disso pelo chefe de segurança do show.
- Contaaaaaaa!!!!! (todas em coro).
- Então o chefe de segurança desse show é nada mais que o Jack!
Um sonoro Ahhhhh pode ser ouvido.
- E tem mais. Ele vai nos colocar bem pertinho do palco.
Felicidade geral, não paramos de rir e pular de felicidade.
Resumidamente contei a todas o que eu e Jack tínhamos conversado.
Ao final da narrativa todas tratamos de descansar um pouquinho, afinal á noite nos esperava e tínhamos que estar inteiras para o grande dia em que íamos ver um show dos nossos amados BSB.
Eram 22 horas em ponto quando chegamos ao Central Park.
Jack veio nos receber e nos colocou bem do palco e então ficamos na expectativa.
Ás 23h nossos amados BSB subiram ao palco.
Não parávamos de gritar um só minuto.
Os americanos nos olhavam assustados, mas não estávamos nem aí.
Howie e Brian reconheceram CAMILLA e PRIKA e acenaram para elas.
Mesma coisa A.J, reconheceu LANINHA e GI e também as cumprimentou.
NICK chegou na beira do palco e nos perguntou se todas éramos brasileiras.
Acenamos com a cabeça que sim, então ele pediu para que todas subíssemos ao palco e fizéssemos a contagem regressiva com eles.
10...9...8...7...6..5...4...3...2..1
Muitos fogos iluminaram o céu proporcionando um belo espetáculo, mas nossa alegria maior foi dos BSB nos abraçando e desejando Feliz Ano Novo. Com certeza foi o melhor ano de nossas vidas.
Mas não pensem que terminou por aí.
Estávamos nos cumprimentando quando Howie pede um minuto de atenção e nos agradece pelo carinho e anuncia o tão sonhado retorno ao Brasil em Março, com dois shows, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.
Ficamos super, hiper, mega felizes com o anúncio.
Depois de tanto tempo desde a última ida deles ao Brasil, enfim eles iriam retornar.
Nos abraçamos eufóricas com isso.
Enquanto os BSB encerram o show ao som de Shape of my heart e debaixo de muito papel picado, as meninas do lado deles cantando junto....
Jack me puxa no canto:
- CRIS Feliz Ano Novo!!! Espero nesse novo ano passar muitos momentos felizes ao seu lado. (dizendo isso me pega de surpresa me dando um beijo).
- É o que espero! (disse sorrindo).
As meninas e eu voltamos para casa na mais plena felicidade.
Todas adormecemos pensando no dia em que íamos reencontrar os BSB em terras brasileiras.

01 DE JANEIRO DE 2009.

Nossa acordei com a nítida sensação que tudo que aconteceu na noite anterior não passava de sonho de tão perfeito que havia sido.
Mas não, tudo foi real, realmente vivemos todos aqueles momentos.
Foi o melhor ano da minha vida.
Tem tantas coisas que acontecem em nossas vidas que não sabemos explicar.
Afinidades quer surgem sem ao menos conhecermos as pessoas e quando vemos se tornou em uma grande amizade, tudo por um interesse uma paixão em comum.
BSB me deram verdadeiras e grandes amigas que carregarei para sempre com certeza.
DAIANA, LANINHA, IARA, PRIKA, CAMILLA, LU, KEL, KAROL, PRI e GI sempre estarão no meu coração dividindo o espaço com nossos amores Nick, Brian, A.J. Howie e Kevin.
Afinal vocês são minhas BSB friends forever!!!!!!!!!
PS: Enquanto eu e Jack? Bom só o tempo dirá.
E com relação a BSB no Brasil? Aguardem, em breve uma longa narrativa sobre cada momento que vou passar, ao lado claro das minhas BSB friends!!!!














terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O AMOR TEM O DOM DE TRANSFORMAR



Era uma manhã preguiçosa no hotel fazenda.
Caia uma chuva fina, o silêncio e a calma daquele momento traziam muita paz.
Apesar do tempo nublado demonstrar um ar de tristeza e melancolia.
KEL estava de pé perto da janela do quarto olhando um arco-íris que se formava no pé da serra.
Perdida nos pensamentos, refletia de como agora sua vida estava sossegada, não parecia com o caos que ela estava a dois anos atrás.
Olhou NICK na cama. Dormia serenamente.
Estava muito feliz, amava-o muito..
Amor este que teve que passar por muitas dificuldades, mas que sobreviveu a tudo isso.......

Dois anos antes...............

KEL trabalhava em um consultório odontológico como atendente.
Gostava do seu trabalho, mas não era isso que queria para sua vida.
Estava lá somente até achar um trabalho na área de turismo, afinal estava terminando sua faculdade.
Enquanto isso distribuía seu currículo em agência de viagens, hotéis e todos os lugares possíveis que encontrava.
O final de ano se aproximava e com ele a formatura.
KEL não via a hora de que isso acontecesse.
Foi com imensa alegria que na semana de formatura recebeu a proposta de trabalho em um hotel fazenda muito conceituado da região., freqüentado pela alta sociedade e até turistas estrangeiros.
Tudo estava começando a caminhar para uma nova vida, estava se formando e havia conseguido um trabalho na área que tanto queria.
Com certeza esse trabalho no hotel fazenda iria lhe abrir muitas oportunidades.
Faria de tudo para dar o melhor de si, era a oportunidade de ouro e não poderia deixar ela escapar.
A formatura correu tudo bem na maior felicidade.
Já no dia seguinte KEL teria que se apresentar no novo serviço.
Acordou cedo e estava no hotel fazenda antes do horário marcado para começar.
Foi recebida por uma mulher muito elegante e distinta:
- Você deve ser a KEL, a nova funcionária?
- Sim. (respondeu KEL tentando disfarçar o nervosismo).
- Bom meu nome é Jane e sou a dona desde hotel fazenda. Meu marido Bob está em uma reunião importante e não pode estar presente. Gostamos de passar algumas instruções nós mesmos para os novos funcionários. Deu para notar que não terá problemas com nossa primeira instrução, pontualidade, chegou antes do horário marcado. Isso é ótimo. Aqui seguimos á risca certas regras e o descumprimento de algumas delas dependendo da gravidade resulta na demissão. Prezamos muito a qualidade no atendimento para satisfazer melhor os nossos hospedes. A princípio vai achar que somos muito rígidos, mas com o tempo vai notar que é isso que nos faz sermos um dos hotéis fazenda mais conceituados da região. Como hoje é o seu primeiro dia , vai conhecer todas nossas instalações e vou te passar uma lista com algumas de nossas principais regras, qualquer dúvida você pode me procurar ou perguntar a algum dos outros funcionários, tudo bem? Alguma dúvida?
- Não senhora, está tudo bem, darei o melhor de mim no trabalho. (KEL disse controlando o nervosismo e tentando ser natural)
Pelo jeito não seria tão fácil trabalhar lá, Jane passou a impressão de superioridade, isso deixava KEL preocupada. Mas não desistiria facilmente. Saberia cumprir tudo a risca.
Jane passou uma pequena lista de algumas das principais regras do local e apresentou KEL a CRIS.
CRIS era uma das recepcionistas, trabalhava lá já fazia dois anos e foi encarregada de mostrar as instalações e explicar qual seria o serviço que KEL teria que fazer, além de tirar algumas duvidas que ela tivesse.
Logo de cara sentiu grande afinidade com CRIS, com certeza iam se tornar grandes amigas.
KEL preferiu ler primeiro a lista das principais regras antes de conhecer todo o local.
Lá dizia sobre a questão da pontualidade, ética no trabalho, como tratar os hospedes...
CRIS levou KEL para conhecer as instalações:
- Bom KEL como pode ver a estrutura do hotel fazenda é enorme, temos vários quartos na sede principal e alguns chalés individuais aqui do lado. Temos uma mata para passeio e uma cachoeira para a prática de rapel , além de toda uma estrutura para arvorismo. Temos piscina coberta, sauna, quadra de esportes no outro pavilhão. Logo mais abaixo temos um lago para a prática de canoagem, sky, passeio de lancha. Temos um haras para os hospedes que quiserem cavalgar ou dar um passeio de charrete. Salão de festas. Enfim toda uma estrutura de lazer para quem tem muito dinheiro.
- É CRIS é muito grande aqui, mas também é lindo!
- Tem toda razão KEL. Bom você vai trabalhar na sede principal. Seu trabalho não será difícil. Tudo que terá que fazer é ficar a disposição de alguma solicitação de hóspede. O trabalho maior por aqui é nas férias ou nos finais de semana. Durante o meio da semana é muito tranqüilo. E qualquer dúvida pode me perguntar.
- Obrigada CRIS, mas então vamos começar já.
- Combinado, vou te dar o uniforme, você se troca e já começa.
KEL foi se trocar e saindo do vestiário dá um esbarrão em um rapaz muito bonito, loiro, alto, olhos azuis que faz um bico antes de dizer:
- Ei não olha por onde anda não?
- Peço desculpas. Comecei hoje e estou um tanto perdida.
- Começou hoje, que ótimo, então vamos nos ver mais vezes. (disse abrindo um largo sorriso e dando as costas para KEL).
Era bonito mas pareceu um tanto antipático.
Contou para CRIS do ocorrido, que explicou:
- Você conheceu o NICK, o único filho da Jane e Bob, ou seja o herdeiro disso tudo. Mimado e folgado. Não quer saber de estudar, vive festando e arrumando confusões. Mulherengo ao extremo e só sabe gastar. Odeia ser contrariado e sempre acorda de mau humor. Portanto se ele pedir algo a você, faça logo senão ele já fica nervoso. Orgulhoso, não vai ve-lo pedindo desculpas ou admitindo que errou. Prefere morar aqui no hotel fazenda do que com os pais na cidade. Então vai esbarrar com ele muitas vezes por aqui e te dou um conselho básico, não dê muita confiança a ele, isso pode te dar dores de cabeça no futuro, experiência própria.
- Ei CRIS que rapaz problemático esse. Tem tudo na vida e parece que não dá valor. Queria ver só se perdesse tudo o que faria. Ai iria ver como é duro batalhar para viver. Mas fiquei curiosa em saber da sua experiência em não dar confiança pra ele.
- Pois é KEL, NICK adora dar em cima das novas funcionárias. Quando entrei me cercava de todas as maneiras, não dei confiança pois uma das antigas funcionárias já tinha me alertado sobre isso. Ele não gostou muito e uma tarde me trancou em uma das saunas e disse que me soltaria só se eu desse um beijo nele. Comecei a passar mal por causa do lugar fechado e disse que daria o beijo. Ele abriu a porta e veio me dar o beijo justo na hora que Jane passava por lá. Resultado levei uma advertência por conta disso e ele nem abriu a boca para explicar nadinha. Ou seja eu não tinha nem o que dizer afinal era filho da dona, e até explicar que focinho de porco não é tomada...E outra não podia perder o emprego, meu pai estava doente e dependia do que eu ganhava. Até hoje não converso com ele, só respondo o que ele me pergunta e só.
- Nossa CRIS, isso é chato. Vou procurar não dar confiança. Não quero arrumar confusão com os patrões.
Depois disso KEL foi começar seu trabalho.
Realmente não era complicado.
Passaram-se um mês e já havia conquistado a simpatia de todos os colegas.
Para seu alivio tinha cruzado poucas vezes com NICK, e ele não havia tentado se aproximar. Não queria passar por uma situação como a de CRIS.
Naquela semana, o hotel fazenda iria fazer aniversário de inauguração, Jane e Bob resolveram fecha-lo durante um dia e proporcionar uma festa com todos os funcionários.
CRIS e KEL capricharam nas roupas e procuraram se divertir.
A festa correu animada ate altas horas.
NICK como sempre exagerou na dose e bebeu todas, tanto que por azar acabou virando um copo de vodka em cima de KEL que ficou nervosa, afinal o vestido era emprestado:
- Ei olha só o que você fez!
- Ah isso não é nada! É só limpar e pronto! (disse NICK na maior calma)
- Para você é muito fácil não é. Tem tudo que quer. Queria ver se estivesse no meu lugar e tivesse que trabalhar para se sustentar! (falou KEL morrendo de raiva).
- Pois é por sorte não preciso disso mesmo, tenho tudo que quero e aproveito a vida. Aliás não tinha reparado em você, mas está a maior gatinha nesse vestido, e ficou melhor ainda com essa cara de brava. ( disse NICK com ar sarcástico).
KEL ficou ruborizada com que NICK disse, virou se para terminar aquela conversa. NICK então puxa o braço de KEL e no impulso rouba-lhe um beijo. Ela pega de surpresa, após o beijo solta um sonoro tapa na cara dele e sai com passos rápidos de perto.
CRIS presenciou toda a cena e tratou de tirar a amiga de lá.
Com certeza KEL agora trabalharia sobre pressão, NICK não deixaria barato aquele tapa, mas estava feito e não poderia voltar trás.
Naquela noite KEL não conseguiu dormir, não tanto pelo tapa lhe trazer problemas no trabalho, mas sim pela forte impressão que aquele beijo havia lhe causado.
No dia seguinte KEL trabalhou normalmente mas ficou a maior parte do tempo calada, esperava a qualquer momento cruzar com NICK e não saberia o que poderia acontecer.
Por sua sorte ele não apareceu cedo.
Na verdade pela ressaca do dia anterior dormiu até depois do horário de almoço.
Acordou, foi ao banheiro e olhou-se no espelho, e olhando seu rosto pode notar ainda a marca do tapa de KEL e pensou:
“ Eita garota que dá um tapa doído, mas o beijo foi muito bom. Essa garota tem atitude, gosto disso, é diferente das outras. Vou procurar me aproximar dela e quem sabe lhe roubar mais um beijo.”
Sorriu ao pensar nessa possibilidade, tomou um banho e desceu para ver se cruzava com KEL.
KEL fazia ser serviço quando NICK a chama:
- KEL está brava por ontem ainda?
- Não! (respondeu KEL por monossílabo)
- Queria trocar umas palavrinhas com você, será que tem como?
- Não! Estou no meu horário de serviço e não posso ficar de papo para o ar! A contrário de você preciso trabalhar para pagar minhas contas! (virou-se para encerrar o assunto)
NICK se pôs em sua frente:
- Então depois do expediente, estarei esperando á beira da piscina.
- Vou ver, meu turno encerra mais tarde hoje, mas não prometo nada, se der eu irei!
KEL saiu de perto dele, foi firme nas palavras mas no fundo estava muito nervosa, não sabia o que fazer, foi falar com CRIS.
NICK se sentiu ainda mais atraído por ela, não sabia explicar o que estava sentindo, não havia sentido aquilo por nenhuma mulher. Esperaria o final do expediente e a esperaria no local combinado, queria falar com ela, saber mais sobre ela.
CRIS ouviu o que KEL havia terminado de contar e disse:
- Muito cuidado amiga, lembre-se do que lhe contei. Cuidado para não colocar seu emprego em risco por conta desse encontro.
- Pode deixar CRIS, não quero perder meu emprego, estou adorando trabalhar aqui, vou falar com ele sim, não tenho medo dele e outra vou por um ponto final sobre a conversa e o tapa de ontem.
KEL estava determinada quando disse isso, não era um filho de papai mimado que iria colocar sua vida de pernas para o ar.
Após o expediente foi á beira da piscina, NICK já estava lá. Já chegou dando sermão:
- Sobre o tapa de ontem, vou te dizer que você mereceu, foi muito abusado!
- Ei garota vamos com calma. Não vamos começar essa conversa exaltados. Vamos sentar e conversamos melhor.
- Não obrigada, estou bem de pé.
- Nossa! È brava assim o tempo todo?
- Não só com quem merece!
- Olha queria te pedir desculpas por ontem. Tinha bebido demais e fui muito mal educado quando derramei vodka no seu vestido, ah e peço desculpas também pelo beijo.
KEL ficou pensativa, não estava acreditando que ele estava pedindo desculpas á ela afinal pelo que sabia ele nunca fazia isso por nada, era muito orgulhoso.
- Está desculpado. Mas não quero que me dirija a palavra quando estiver no trabalho, preciso dele e não quero levar uma advertência. Sua mãe foi bem categórica quando me disse em seguir a risca as regras do hotel fazenda.
- Tudo bem, não vou te incomodar no seu horário de serviço. Mas gostaria muito se aceitasse um convite meu para sair qualquer dia desses. Para compensara o mal estar de ontem.
- Vou pensar.
- Estamos em paz então? Quem sabe nos tornamos amigos? (NICK disse estendendo a mão para um cumprimento).
KEL ficou em dúvida, não sabia se ele estava sendo sincero ou não. Resolveu dar um voto de confiança á ele afinal se ficasse de bem, não teria com que se preocupar em passar o tempo todo preocupada e sob pressão.
- Tudo bem vamos tentar não nos estranharmos mais. Amizade? Talvez, está muito cedo ainda pra dizer se poderemos nos tornar amigos. (disse isso estendendo e apertando a mão oferecida por NICK).
O contato físico das mãos de ambos fizeram cada um ter uma sensação diferente. Enquanto NICK sentiu um brando calor brotar em seu coração, KEL sentiu um arrepio percorrer pelo seu corpo.
Depois deste dia NICK convidou KEL várias vezes para sair, mas ela sempre arranjava uma desculpa para não aceitar.
Isso deixava NICK nervoso, havia descoberto que pela primeira vez na vida estava amando e pelo jeito não era correspondido. Não sabia o que fazer para conquistar KEL.
Certo dia passando pelo corredor escutou KEL conversando com CRIS, resolveu ficar por perto para ver o que tanto falavam.
- O que pensa em fazer KEL? Vai ter uma hora que não vai mais poder arranjar desculpas para não sair com ele.
- Eu sei CRIS, mas não quero arranjar confusão com Jane. Esse emprego é tudo pra mim, não posso coloca-lo em risco. E outra NICK é mimado demais, não ta aí com nada, não trabalha, só gasta. Já está na idade de ter responsabilidades e pelo visto foge delas, escuto comentários que Jane não sabe mais o que fazer.
- Tem toda razão KEL melhor ficar longe dele, assim evita problemas.
NICK escutava tudo e realmente o que as duas tinham razão, estava com 26 anos e só curtia a vida. A mãe já havia lhe chamado á responsabilidade de se interar dos negócios da família milhares de vezes mas ele nem ligara. Resolveu mudar de vida radicalmente, quem sabe assim KEL passaria a olha-lo com outros olhos.
Foi conversar com a mãe, iria fazer faculdade de administração e começaria a se interar dos negócios da família. Jane se assustou, afinal NICK nunca a escutava, mas devido a iniciativa dele de mudar ficou muito feliz.
Foi com grande espanto que os funcionários do hotel fazenda souberam dias depois que NICK estava fazendo faculdade e se espantaram mais ainda o vendo entrar todo engravatado para seu primeiro dia de trabalho.
KEL desconfiou de tal mudança e ao parecer dela isso não duraria muito, logo ele se cansaria daquela vida de estudo e trabalho e voltaria a ser o que era antes. Mas isso não aconteceu, NICK se manteve firme no propósito de estudar e trabalhar e havia parado de vez com as farras de antes.
Mais seguro de si tentou convidar KEL novamente para sair e ela agora não teria mais desculpas para não aceitar.
Foi isso que aconteceu.
Saíram para jantar e após uma longa conversa ela pode ver que realmente ele estava mudado.
Sentiu o coração acelerar quando ele disse:
- KEL estou começando uma nova vida e gostaria que fizesse parte dela. A maior responsável pela minha mudança de comportamento foi você. Estou perdidamente apaixonado. Será que posso ter uma chance de mostrar todo o amor que sinto por você?
KEL ficou muda, não sabia o que falar, com muito custo conseguiu dizer:
- Estou confusa com o que me disse, me dê um tempo para pensar, quando tiver uma resposta eu lhe procuro.
Nos dias que se seguiram KEL não conseguiu se concentrar no trabalho, as palavras de NICK haviam tocado fundo seu coração, mas ao mesmo tempo tinha receio de se machucar, de se taxada de interesseira ou até mesmo perder o emprego.
O coração falou mais alto que a razão e decidiu arriscar, daria uma chance á NICK.
O procurou e deu sua resposta.
Ele vibrou de alegria, só o tempo diria se aquele relacionamento iria para frente.
Saíram várias vezes, se conheceram melhor. KEL notou que realmente ele estava mudado, diferente e mais responsável. Tanto que aceitou seu pedido de namoro, só faltava contar aos pais dele.
Problemas á vista, pelo jeito Jane e Bob não aprovaram muito, quando NICK levou KEL para sua casa para as devidas apresentações a expressão de seus rostos não eram das melhores, tanto que ela não se sentiu bem naquele ambiente.
Jane não se conformava do filho estar namorando uma empregada, mostrou-se preconceituosa a respeito disso. Passou a não olhar mais pra KEL, evitava ficar no mesmo lugar que ela, demonstrava total desprezo. A tratava mal na frente dos outros funcionários.
Isso deixava KEL totalmente triste, afinal queria estar bem com os pais dele. Estava o amando muito.
Certo dia KEL estava só fazendo alguns serviços quando Jane se aproxima:
- Preciso ter uma conversa séria e definitiva com você. Sabe que não vejo com bons olhos seu namoro com meu filho. Quero que se afaste dele!
- Mas eu o amo, não vou ficar longe dele. (diz KEL com voz firme).
- Amor? Acho que não. Sei muito bem que pessoas como você só estão atrás de status para subir na vida?
- Por acaso está dizendo que sou interesseira? Que estou com ele somente por dinheiro? Está redondamente enganada a meu respeito, se me desse uma chance para me conhecer melhor descobriria que não sou este tipo de pessoa.
- Não estou interessada em saber. Meu julgamento é este. Quanto quer, para deixar meu filho em paz?
- Está querendo me comprar? Fique sabendo que meu amor por NICK não está a venda e não há dinheiro no mundo que você possa me dar que me faça ficar longe dele.
- Deixe de ser durona menina, todo mundo tem seu preço, some dizer que eu pago, poderá viver muito bem pelo resto da vida.
KEL estava totalmente indignada com aquela proposta, só porque ela não aceitava aquele namoro não era motivo para tanto.
NICK que havia ido procura por KEL havia escutado toda a conversa. Ficou pasmo com o que acabara de ouvir sua mãe propor, se enchei de coragem e se aproximou das duas dizendo:
- Mãe nunca pensei que fosse capaz de tamanha atitude. Pensei que queria o melhor para mim. Amo KEL e a escolhi para ser a mulher da minha vida, tanto que assim que me formar irei me casar com ela. Nada do que me disser vai fazer eu mudar de idéia. Não vou abrir mão da minha felicidade por um mero capricho seu, só para sustentar seu status diante da sociedade.
- Está iludido por esta mulher meu filho, ela é uma caça-dotes e uma hora vai descobrir que eu tenho razão!
- Estou vendo que é impossível falar com você. Quer saber está na hora de eu andar com minhas próprias pernas. Não preciso de nada de você para crescer na vida. Fique com seu dinheiro. Estou indo embora daqui e KEL irá comigo.
- Pois vá, filho ingrato! Mas tenho certeza que pela vida que levou até hoje de luxo e conforto, não vai suportar ser um empregado, e vai voltar me pedindo desculpas.
- Vamos ver então! Está me achando incapaz de me sustentar sozinho? Vai descobrir que está errada. Só espero que um dia me dê valor. Não vou deixar de ama-la afinal é minha mãe, mas só não demore muito para descobrir o quanto a amo pois posso me distanciar cada dia mais e mais.
NICK dizendo isso, pega o braço de KEL e saem. Jane fica muda e sentiu um grande aperto no coração com aquelas palavras ditas por NICK. Era seu único filho e agora a estava abandonando.
KEL deu total apoio para a iniciativa de NICK, realmente era outra pessoa.
Saíram de lá e foram para a casa dela, ficariam por lá por alguns dias até arrumarem um cantinho só para eles.
Não demorou muito para acharem uma pequena casa para alugar.
NICK arrumou um estágio em uma pequena empresa de um amigo seu e KEL começou a trabalhar em um agência de turismo onde era responsável pela venda de passagens.
Passaram por muitas dificuldades, o dinheiro contado fizeram várias contas para montar a casa, mas não davam importância para isso. Estavam felizes juntos e cada dia mais apaixonados.
Depois que saiu de casa NICK não havia mais ligado para a mãe e muito menos não havia recebido ligação dela.
As únicas informações que tinham era o que CRIS dizia a eles. Jane depois disso passou a ficar mais irritada no dia a dia, dando patadas nos funcionários quase a todo momento. Vivia de mau humor e quase não falava com ninguém.
Começou a administrar mau o hotel fazenda, tanto que havia perdido parte dos hospedes e conseqüentemente teve que demitir alguns funcionários.
NICK se sentiu profundamente triste com isso, mas foi a escolha da mãe tudo aquilo. Estava preocupado com ela mas não iria até lá para vê-la como estava, e correr o risco de escutar que ela tinha razão.
KEL tentava anima-lo enchendo-o de carinhos e mimos.
Dois meses depois. NICK recebe um telefonema de seu pai dizendo que Jane estava hospitalizada e pedia para ele ira ao hospital. Jane havia caído de cama e apesar de fazer todo tipo de exame nos melhores hospitais nada havia sido encontrado levando a crer que era de natureza psicológica, talvez se sentisse culpada ao extremo pelo afastamento de NICK.
NICK atendeu o pedido do pai e foi ao hospital com KEL. Ela ficou do lado de fora esperando, não queria entrar apesar da insistência da NICK, não saberia qual seria a reação de Jane ao vê-la.
Jane não parecia mais aquela pessoa altiva do dia que contratou KEL, naquela cama de hospital estava profundamente abatida, olhar distante, expressão triste.
Vendo NICK entrar esboçou um leve sorriso e com voz um tanto embargada pela emoção e pela fraqueza, com muito custo disse:
- Que bom meu filho que veio me ver, preciso tanto falar com você. Não diga nada por enquanto, só quero que me escute. Sei que fui muito injusta com você. Deveria ter sido mais tolerante. Seu afastamento me trouxe muita tristeza, tanto que agora estou aqui nessa cama. Preciso do seu perdão, preciso que volte para perto de mim. Eu o amo tanto.
- Mãe, sabe o quanto te amo também, não sabe o quanto meu coração se apertou quando soube que estava doente, mas sabe que não sou o único que deve pedir desculpas. KEL mais do que eu merece que se desculpe.
- Eu sei meu filho, ela está ai?
- Está lá fora, não quis entrar.
- Pois peça que ela entre.
NICK foi buscar KEL e deixou as duas no quarto para poderem conversar mais a vontade.
KEL aproximou-se da cama.
Jane começou:
- Acho que lhe devo desculpas por tudo que disse e fiz para você KEL. Admito que errei muito. Amo meu filho e agora sei o quanto ele a ama. A distancia dele me trouxe muito sofrimento, tristeza. Não quero mais continuar com isso. Queria saber se me perdoa por tudo e se podemos passar uma borracha no passado e começar uma nova vida daqui para frente? (lágrimas corriam pela face de Jane, mostrando total sinceridade no que dizia).
- Errar é humano, também cometo erros, mas através deles que nos tornamos pessoas melhores. Vejo sinceridade nos seu olhos e estou disposta a perdoa-la e a partir de hoje começar novamente. Tudo em nome da felicidade da pessoa que mais amamos em comum. (KEL também não continha ás lágrimas, parece que estava tirando um grande peso do coração voltando as boas com Jane).
Selaram o perdão com um forte abraço.
Dias depois Jane tinha alta e resolveu tirar umas férias na Europa, durante sua ausência deixaria NICK a frente do hotel fazenda.

KEL foi tirada dos pensamentos com um leve toque de NICK em seu ombro:
- O que está pensando, amor?
- Estava relembrando tudo que passamos dois anos atrás, e pensar que hoje tudo está em paz, sua mãe é minha melhor amiga, nos damos super bem, não brigamos, saímos juntas. Você fez o hotel fazenda voltar á prosperidade e com isso conseguiu o reconhecimento de muita gente inclusive da sua mãe. Dentro em breve vai estar se formando, vamos nos casar.............
- Pois é tudo caminha muito bem, e pensar que tudo que aconteceu na minha vida foi por sua causa. O amor por você fez essa revolução toda. Tenho certeza que serei muito feliz ao seu lado.
Beijaram-se apaixonadamente, enquanto a chuva fina parava e ao longe atrás da serra alguns raios de sol já apareciam levando toda a tristeza de um tempo nublado e trazendo a luz de dias felizes.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A VIDA É COMPLICADA


OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A Fic a seguir contém a descrição de cenas impróprias para menores de idade. A continuação da leitura da Fic é de inteira responsabilidade do visitante do blog.

Eram dias normais de inverno em Nova Iorque, fazia muito frio e tinha muita neve.
Laninha era uma mulher independente que morava sozinha em um apartamento pequeno e aconchegante. No qual ela gostava muito.
Ela era pediatra e trabalhava em uma pequena clínica que tinha em seu bairro.
Uma mulher muito dócil e gentil adorava as crianças com quem trabalhava e tinha um grande coração. Porem, muito desastrada.
Tropeçava nas coisas, batia a cabeça nos armários e caia com uma facilidade impressionante.
Religiosamente Laninha toma café em uma lanchonete que tem na esquina da clínica.
Enquanto esperava seu café com torradas chegarem, resolve ir ao banheiro, quando se levanta, da de cara com um homem que vai saindo da lanchonete segurando o café. Que acaba caindo em cima de sua roupa branquinha.
-Caramba, olha só o meu café! – Reclama o homem.
-(com cara de brava) Seu café? Olha só como ficou minha roupa!
-Presta mais atenção por onde anda garota! – Enquanto vai indo a direção do balcão.
Laninha fica lá, com cara de tacho, com raiva, não tinha o que fazer, o jeito era ir para casa se trocar logo antes que desse a hora de ir trabalhar.
Sai correndo e quase cai na frente da lanchonete, parecia que o dia prometia hoje.
Volta para casa, se troca e vai trabalhar.
O dia corre normal, com alguns escorregões, que faziam as crianças se divertirem muito, algumas pessoas até pensavam que ela fazia isso de propósito, o que não era verdade.
Com ela trabalha mais quatro médicos, com quem ela se da muito bem, a não ser com Dexter, que fica dando em cima dela sempre, e nunca desiste.
Ela já disse a ele que agora não está à procura de ninguém, que está focada em sua carreira.
Ele sempre da risada, dizendo que nunca ela vai seguir carreira trabalhando naquela clínica, e isso a irrita muito. Ela gostava de trabalhar lá, e ninguém tinha o direito de se meter na vida dela daquele jeito. Ficava indignada com isso.
Tem uma amiga que trabalha com ela na clínica, se chama Lena e é dermatologista. As duas moram perto uma da outra e sempre que o horário bate, vão embora juntas.
Hoje não era um desses dias, Laninha tinha muitos papéis para organizar e iria ficar até mais tarde, não gostava de deixar trabalho para o dia seguinte e também, não tinha muita coisa para fazer em casa.
Algumas vezes, se sentia muito sozinha e preferia ficar na clínica mesmo, a única “pessoa” que a fazia companhia era seu gato chamado James. Que era sua maior paixão.
Chegou em casa muito cansada, colocou ração para James, foi tomar banho e depois deitou para dormir.
No outro lado da cidade, vivia Alex, gostava muito da noite, era praticamente um gato, passava a maioria do dia dormindo. Ele trabalhava como DJ em uma boate muito famosa na cidade, tinha muitos artistas por lá.
Ele é um homem estranho à primeira impressão, todo tatuado, tem piercing, usa roupas rasgadas e unhas pintadas de preto. Mais é um homem sensível, doce e educado.
Sempre tinha alguém querendo ficar com ele, na maioria das vezes, para tirar alguma vantagem, pois ele era famoso entre os DJs.
Ele até ficava com algumas, mas logo despachava, fazia tempo que não se apaixonava por alguém, e preferia ficar assim, solteiro, só curtindo a vida.
Ele sempre chega em casa lá pelas seis horas da manhã, e dorme até umas três da tarde quando trabalha, o que não é todos os dias, somente de quinta a sábado. Mas realmente é uma vida boa a que ele leva, mas quando ele não trabalha, passa os dias na casa de sua mãe, gosta muito de ficar com ela.
Segunda feira, de manhã, nevava muito, mesmo assim Alex resolveu sair um pouco, para descontrair, esfriar a cabeça. Passava o maior tempo pensando em música, no que faria no próximo final de semana, e tinha horas que precisava parar e espairecer.
As ruas estavam vazias por causa da neve, e Alex andava pensativo, totalmente desligado.
Laninha ia saindo de casa, segurando vários papéis que iam balançando enquanto andava e a bolsa pendurada no braço.
Ela usava uma calça e uma camisa brancas, com um casaco preto cheio de bolsos e um sapato preto, pelo menos o sapato tinha que ser de outra cor, tinha horas que se enjoava de usar tanto branco.
Quando do nada, tropeça na escada e vai cambaleando para o lado, tentando se segurar em algo, mas não consegue e cai, os papéis voam e vão parar longe.
Ela cai sentada, sujando a calça e acaba quebrando o salto do sapato. E por azar, torcendo o tornozelo junto.
Alex estava passando, quando vê a cena, ele tenta correr para ajuda lá, mas acaba chegando atrasado.
Laninha coloca a mão em seu tornozelo e faz uma cara de dor, além de estar morrendo de vergonha e preocupada com seus papéis.
Alex chega perto dela e pergunta:
-Você está bem?
-Acho que torci meu tornozelo. – Diz enquanto tenta se levantar.
-Deixa que eu te ajudo. Não sei como vocês mulheres conseguem andar com um negócio desses!
Ela estava com tanta dor, que nem escuta o que Alex fala, e se senta na escada.
-Meu nome é Alex!
-Muito obrigado por me ajudar Alex. – Diz com voz de dor.
-Não tem problema, como é seu nome?
-Meu nome é Laninha!
Que lindo nome, pensou ele.
-Se não fosse pedir de mais, você não poderia me ajudar a entrar em casa? Acho que não vou conseguir subir a escada sozinha! – Apontando para o apartamento dela.
-Lógico que te ajudo! E seus papéis?
-Nossa, é mesmo, tinha até me esquecido deles.
Alex sorri e começa a pegar os papéis, Laninha até tenta se levantar, não queria deixá-lo pegar tudo sozinho, mas ele foi mais rápido e acaba pegando tudo.
Depois de pegar os papéis, Alex vai à direção de Laninha e passa seu braço em volta dela, para ajudá-la a subir a escada.
Eles vão subindo em silêncio, ela estava com tanta vergonha de ter caído na rua daquele jeito, e mais, dele ter visto.
-É aqui que eu moro. – Diz Laninha enquanto procura a chave na bolsa.
Ele a acompanha até dentro de casa e a coloca no sofá, enquanto isso vai olhando ao redor, percebendo cada detalhe, como a mesinha de centro com papéis e cadernos, da mesa de jantar para quatro pessoas, cheia de livros. Quando é interronpindo com Laninha lhe perguntando algo.
-Hãn? – Pergunta Alex.
- Eu perguntei se você me ajuda a levantar do sofá, preciso trocar de roupa, acabei me sujando quando caí. Desculpa, eu estou abusando de você né?! – Diz sem jeito.
-Não não, imagina, eu te ajudo sim.
Laninha vai se escorando até seu quarto, enquanto Alex fica parado, a olhando.
-Nossa como ela é bonita! Falou baixinho.
Com dificuldade, Laninha tira a calça e pega outra no armário, se veste enquanto reclama de ter caído desse jeito e ainda ter quebrado o salto de seu sapato favorito.
Alex da sala a escuta e da risada. Quando sente uma coisa roçar em sua perna, leva um susto e quase chuta aquilo.
Olha para baixo e vê um gato gordo, amarelo e branco, ele mia, como se pedisse algo.
-Não tenho nada para você comer gato! – E o empurrando com o pé.
Laninha passa pela sala em direção da cozinha, descalça e mancando, para pegar faixa e fazer um curativo em seu tornozelo.
Senta se na mesa, coloca seu pé em uma cadeira e começa a enfaixar o tornozelo, com muita agilidade.
Alex fica a admirando, sentado no sofá.
-Você quer um café, um chá, um chocolate quente ou uma água? – Grita Laninha da cozinha.
Alex sorri enquanto caminha em direção dela.
-Nesse frio ia bem um chocolate quente né?! – Dando risada.
-É mesmo, eu prefiro muito mais um chocolate quente a um café, sabia?! – Pegando os ingredientes apoiada numa perna só.
-Faz tempo que você mora aqui?
-Moro desde bebê. Meus pais morreram em um acidente de carro e eu fui criada pelos meus avos.
-E eles, onde estão?
-Morreram também. – Fala com uma cara triste.
-Sinto muito. – Fala Alex sem jeito.
-E você, mora por aqui?
-Não, quem mora é minha mãe, a dois quarteirões daqui. – Apontando para o leste.
Laninha coloca o chocolate quente nas xícaras e se senta com dificuldade, colocando a perna na cadeira de novo.
Os dois começam a beber, um olhando para o outro, se analisando.
Laninha tinha uma pele clara, olhos verdes, 1,73 de altura, cabelos cumpridos e ruivos, uma boca perfeita. Alex estava realmente interessando nela.
Ele fica a encarando, fazendo Laninha ficar sem graça.
-Você é médica? Vi que fez o curativo com muita agilidade!
-Sou pediatra, trabalho numa clínica que tem aqui no bairro.
-É mesmo?! Que legal.
-E você, o que faz?
-Sou DJ, trabalho na Fox Night, conhece?
-Conheço sim, fui lá algumas vezes, mas não costumo muito sair à noite.
-Porque não?
-Geralmente chego muito cansada da clínica.
O celular de Laninha começa a tocar, ela se levanta com dificuldade e acaba batendo o joelho na mesa.
Alex fica olhando e pensando que ela não podia ser tão desastrada assim, podia?
-Alô? Oi Débora, tudo bem?... Hoje eu não vou poder ir trabalhar, acabei torcendo o tornozelo... Está tudo bem, não se preocupe... Ta bom, depois te ligo. Tchau. – Fala no celular, mexendo em seu cabelo.
Ela se dirige a mesa e pega sua xícara, no mesmo tempo que Alex se levanta e os dois se trombam, fazendo chocolate voar pela cozinha inteira e neles também.
-Nossa, me desculpa! – Diz Laninha desconsertada.
-A culpa foi minha. – Diz Alex rindo.
-Agora preciso me trocar de novo, que saco viu! – Fala rindo.
-O pior é que eu também me sujei todo. – E cai na gargalhada.
Os dois ficam ali rindo na cozinha.
-Preciso me lavar, se não vou ficar melada de chocolate e você também. – Diz toda inocente.
-(com cara de safado) É verdade, vamos ficar mesmo.
-Tira sua camisa que vou colocar pra lavar.
Alex tira, meio sem jeito e entrega a Laninha que vai ao quarto, tira suas roupa, coloca um vestido simples azul, de alça, na altura dos joelhos.
Quando ela aparece na sala, Alex não consegue tirar os olhos dela e sem perceber fica a admirando, enquanto ela vai passando para a pequena área de serviço que tinha ao lado da cozinha para colocar as roupas para lavar.
-Acho que essa camiseta serve em você, não quer experimentar? – Diz envergonhada.
-Tudo bem, muito obrigado.
Mesmo sendo a maior que ela tinha, acabou ficando apertada e Alex ficou meio incomodado com aquilo.
Laninha achou graça do jeito que ele tinha ficado e começou a rir e Alex acabou rindo junto.
Enquanto esperavam lavar as roupas, Laninha propôs que eles fossem fazer algo, tipo assistir a um filme.
Laninha realmente adorava filmes de terror, e colocou seu filme favorito que era “O Iluminado” de Stanley Kubrick.
Os dois se sentam no sofá, um do lado do outro, meios sem jeitos e se acomodam.
Laninha vê cada cena analisando, falando junto às falas, de tanto que já tinha visto o filme.
Alex nem prestava atenção no filme, ficava olhando para aquela mulher linda e pensava que como ele podia ficar assim por ela, mal a conhece, mas parecia que a conhecia há anos.
Do nada Laninha olha para Alex, diretamente nos olhos, ele sente um calor subindo, borboletas no estômago, fica meio sem reação.
Nessa hora pensou que poderia beijá-la, simplesmente assim, mas sabia que não podia, não queria ir com pressa de mais e estragar tudo, sentia que com ela era diferente.
Laninha sem perceber, o encara como nunca encarou ninguém, Alex tinha 1,78 de altura, cabelos e os olhos castanhos, barba a fazer, umas mão lindas e grandes como todo homem deve ter e um sorriso lindo que a deixava atordoada.
Ela se sente ansiosa e não entende seu comportamento, nunca tinha convidado alguém desconhecido para entrar em sua casa e lá estavam eles, sentados no sofá assistindo filme. Que estranho!
Alex olha para o relógio.
-Preciso ir, tenho um compromisso daqui a pouco.
-E sua camiseta, ainda está lavando.
-Vamos fazer assim, mais tarde eu passo para pegar ela. Pode ser?
Laninha acha estranho, mas queria ver ele de novo, e isso seria uma boa desculpa.
-Tudo bem, eu te espero.
Alex da um beijo no rosto dela se levanta e para na porta.
-Até mais então Laninha!
-Até Alex. – Diz sorrindo meio envergonhada.
Ele vai embora, pensando em tudo o que tinha acontecido, que jeito mais maluco de conhecer alguém.
Laninha fica sentada no sofá, olhando para o nada, mas intimamente, contando as horas para ver Alex de novo.
Ele tinha uma reunião com o dono da Fox Night de tarde, precisava acertar algumas coisas e bater um papo, os dois são muito amigos desde que ele começou a trabalhar lá.
-Jimmy, você não faz idéia da mulher linda que eu conheci hoje!
-Sério Alex? Aonde?
-Perto da casa da minha mãe, ela caiu e torceu o tornozelo e eu a ajudei.
-Olha só, virou um herói! – Fala rindo.
-Pois é cara, o pior é que eu me interessei por ela já, muito rápido, não acha?
-Ah, pra te dizer a verdade, aconteceu isso comigo, quando conheci a Kelly, minha esposa.
-É mesmo? Não sabia disso não.
-Pois é cara, acontece, o famoso amor à primeira vista.
Alex ficou pensando no que seu amigo tinha falado, será que isso aconteceu com ele mesmo, se apaixonou assim, tão fácil?
Ele não via a hora de ir buscar sua camiseta na casa de Laninha, mas como tinha algumas coisas para fazer ainda, só poderia ir à noite.
Laninha passou o dia fazendo coisas que não fazia há muito tempo, como arrumar seu guarda roupas que estava cheio de roupas que ela não usava mais, resolveu que iria doar a instituição de caridade que ficava perto da clínica, sempre estão precisando de algo, e não custava nada ajudar.
Quando olhou no relógio, viu que já estava tarde e Alex ainda não tinha ido buscar a camiseta, será que ele ia vim mesmo? Começou a se questionar.
Mesmo assim, tomou um banho, colocou uma roupa bonita e resolveu preparar o jantar.
Não tinha certeza se ele viria mesmo, mas algo dentro dela dizia que sim, que era para ela esperar.
Estava animada, preparava uma comida que tinha aprendido com sua avó, enquanto escutava musica e cantava junto. Quando a campainha tocou, levou um susto, a ansiedade tomou conta de seu corpo.
Abriu a porta, e lá estava Alex, lindo e segurando uma rosa vermelha.
-Boa noite! – E entrega a rosa a Laninha.
-(vermelha) Boa noite.
-Desculpa a demora, é que só agora consegui terminar tudo o que tinha para fazer.
-Tudo bem, eu acabei de fazer o jantar, gostaria de comer comigo?
-Hum, o cheiro está bom, adoraria. – Fala sorrindo.
Os dois se sentam à mesa e começa a comer, Alex elogia a comida de Laninha, realmente estava deliciosa e tomam um bom vinho.
Depois do jantar, se sentam no sofá e começa há conversar um pouco, sobre a vida dos dois, de como eles vivem.
Alex conta que teve problemas com drogas e álcool quando era mais novo, e começou a trabalhar com DJ, acabou se envolvendo, era muito fácil achar, e acabou se entregando. Mas com muita força de vontade e a ajuda de sua mãe faz cinco anos que ele está limpo.
Laninha conta que seus pais morreram quando ela tinha apenas oito meses, em um acidente de avião quando estavam indo para Los Angeles e desde então foi criada por seus avós que morreram enquanto ele fazia faculdade.
Realmente a vida dela era muito solitária, ela só tinha o James para lhe fazer companhia.
-James? – Perguntou Alex.
-É meu gato, que está ali deitado. – Apontando para o tapete de seu quarto.
-Olha só que engraçado, meu nome também é James.
-Sério?
-É sim, Alexander James, mais conhecido como Alex. – Rindo.
Laninha acha graça da coincidência e começa a rir.
O coração de Alex bate mais forte, quando a olha, linda, sorrindo. Algo lhe diz que precisa fazer agora, não podia mais esperar.
Ele se senta mais perto de Laninha e a olha nos olhos, o clima vai esquentando, o coração dela dispara e vai se inclinando para frente, desejava beijá-lo tanto quando ele a desejava.
Alex coloca sua mão na nuca de Laninha e a puxa, ela o envolve com seus braços, fazendo os corpos se juntarem, e finalmente se beijam.
Um beijo longo, que era tão esperado pelos dois.
Laninha vai se deitando no sofá e puxando Alex para cima dela, que abre os olhos e vê, que ela o desejava, dizia simplesmente com o olhar.
A respiração fica rápida, os corpos se esquentam e o desejo aumenta, eles se beijam novamente, um beijo de tirar o fôlego.
Alex levanta Laninha e a coloca sentada em seu colo, suas mãos vão descendo pelas costas e desabotoado seu vestido, que vai caindo delicadamente revelando os seios fartos de Laninha.
Ela puxa camiseta de Alex, fazendo seu boné cair no chão, vai passando seus dedos contornando suas tatuagens, o fazendo arrepiar e o deixando mais excitado do que estava.
Ele a levanta e a encaixa, perfeitamente, e fazem amor no sofá, como nunca tivessem feito antes, com ninguém.
Depois se abraçam ofegantes, cansados e suados, Laninha o olha com um brilho no olhar, estava radiante.
Já Alex pensava que definitivamente estava a amando, sem dúvidas.
-Dorme aqui comigo hoje. – Sussurrando.
-Você tem certeza?
-Tenho sim.
Levanta-se, levando Alex pela mão e vai para o quarto e fecha a porta.
É acordada com um leve beijo, e quando abre os olhos se depara com uma linda bandeja de café da manhã, com torradas, geléias, suco e café.
-Bom dia Alex! – Com um lindo sorriso nos lábios.
-Bom dia minha linda. Espero que não se importe, tomei a liberdade de preparar seu café. – Todo galanteador.
-É claro que não, adorei a surpresa. Muito Obrigado. Senta aqui comigo, vamos tomar o café juntos.
Laninha não acreditava no que estava acontecendo, parecia que estava num sonho, num conto de fadas. Ele era simplesmente perfeito, tinha valido a pena torcer o tornozelo.
Acabou rindo de seu pensamento, deixando Alex curioso.
-O que foi?
-Nada, só estava pensando numa coisa.
-Me diz o que é, fiquei curioso agora.
-Estava pensando que tinha valido a pena torcer o tornozelo, pois assim acabei conhecendo você. – Diz toda envergonhada.
-E não é que isso é verdade, pois se você não tivesse caído, eu não iria falar com você, pode não parecer, mas sou tímido.
Laninha ri.
-Não parece mesmo.
Como o tornozelo de Laninha já estava bem melhor, ela resolveu que iria trabalhar, não podia ficar ausente tanto tempo da clínica.
Já Alex só voltaria a trabalhar na quinta, então tinha dois dias ainda, mas tinha algumas coisas para fazer.
Eles combinaram que se encontrariam mais tarde na casa dela, que ele passaria uns dias lá com ela. Nenhum dos dois se opunha a isso.
Laninha chegou à clínica radiante, não conseguia se conter de tanta felicidade, logo que chegou puxou Lena para seu consultório.
-Você não sabe o que me aconteceu! – Diz toda eufórica.
-Torceu o tornozelo.
-Não sua boba, conheci o homem dos meus sonhos, só isso.
-Como assim?
-Quando caí e torci meu tornozelo, ele apareceu e me ajudou, seu nome é Alex, ele é maravilhoso.
E começaram a conversar, todas felizes, Laninha contava todos os detalhes do que tinha acontecido a ela no dia anterior.
Do outro lado da porta estava Dexter, que escuta cada palavra que elas dizem, sentindo um ódio enorme por dentro, ela sempre dizia que não queria se relacionar com ninguém, e do nada ela aparece apaixonada por outro?? Isso não estava certo, ela deveria se apaixonar era por ele.
Lena sai e da de cara com Dexter parado na porta, sem entender nada segue seu caminho, estava atrasada para uma consulta.
Laninha trabalha feliz, as mães até estranham, ela não estava tão desastrada hoje.
Enquanto arrumava suas coisas para ir embora, batem na porta e ela manda entrar, quando se vira, da de cara com Alex, segurando um buquê de rosas lindo.
-O que faz aqui? – Diz surpresa.
-Vim te buscar, não agüentava mais de saudades de você.
-Puxa como você é fofo!
Os dois saem abraçados da clínica, felizes.
Dexter fica olhando de longe, pensando que não deveria ser assim. Decidira então que teria Laninha de qualquer jeito, por bem ou por mal.
Começa então um plano, que com paciência, bolou muito bem. Daria um jeito de seqüestrar Laninha, a levaria para uma casa que tinha em Nova Jersey, lá ninguém a procuraria e depois de conseguir todos os documentos possíveis, fugiria com ela do país.
Mas precisaria de ajuda para seguir o plano, não conseguiria fazer tudo sozinho, então ligou para seu amigo que morava perto da sua casa em Nova Jersey, disse que precisava de ajuda e que quando chegasse lá ele contaria.
Resolve então ir até a casa dela, de longe, pela janela ele consegue ver Laninha e Alex, conversando e trocando carícias, isso o deixa ainda mais nervoso e convencido de que realmente precisa ficar com ela.
Vai para a casa e começa a detalhar o plano, tinha que estar tudo perfeito, para não ter nenhum erro. Precisaria de documentos falsos, como identidade e passaporte para os dois. Ele não via a hora de ficar a sós com Laninha, um sonho prestes a se realizar.
Em um caderninho, anota tudo do que precisa e de todos os lugares aonde Laninha costumava ir, tinha que arrumar um jeito de pegar ela sem fazer alarde, ninguém podia desconfiar de nada.
Ele sabia que tinha alguns dias que ela ficava até mais tarde na clínica, geralmente saía quando não tinha mais ninguém, e resolveu que seria assim que ele a pegaria.
Laninha estava tão feliz, só fazia três dias que estava junto de Alex, mas intimamente já o amava muito. Mas ainda não tinha admitido isso nem pra ela mesma, sentia um tipo de vergonha, de amar ele assim tão rápido.
Nossa como a clínica estava cheia, ela atendia um paciente atrás do outro, não tinha nem tempo de respirar quase e acabou ficando cheia de trabalho e fichas para preencher depois.
Como sabia que Alex iria trabalhar de noite, não se preocupou em estar em casa para os dois jantarem juntos, o que tinha se tornado um habito nesses dias.
Já passava da meia noite e Laninha ainda estava no seu consultório, quando alguém bate a sua porta, leva um susto, geralmente não tem ninguém há essa hora na clínica. Se levanta e vai ver quem é.
-Dexter, você aqui há essa hora? O que foi, aconteceu alguma coisa?
-Não, é que eu estava indo embora e vi sua luz acesa.
-Ah ta, estou arrumando algumas coisas por aqui. Mas já estou indo embora também.
-Se você quiser, eu te espero, para não ir embora sozinha há essa hora.
-É, estou muito cansada mesmo, deixa só eu pegar as minhas coisas aqui que já vamos.
Seu plano estava dando certo, agora sim ele estava conseguindo o que queria.
Quando Laninha se vira para trancar a porta de seu consultório, Dexter pega um pedaço de pano embebido em formol, a imobiliza e coloca sobre seu nariz, a fazendo desmaiar.
Laninha cai e derruba suas coisas, Dexter a pega no colo e rapidamente a leva par seu carro que estava estacionado nos fundos, volta e recolhe as coisas de Laninha do chão.
Agora era só ir para sua casa, quando dessem por falta dela, eles estariam longe.
Alex chega cansado em casa, mas sabia que há essa hora Laninha já estaria acordada, então resolver ligar para ela.
Mas Laninha não atendia, e ele começou a ficar preocupado, ela sempre estava com seu celular e sempre atendia.
Resolveu ir dormir, talvez ela tivesse muito ocupada, talvez tivesse ido atender alguém mais cedo, mais tarde ligaria pra ela.
Já era dez horas da manhã, e Laninha não tinha aparecido na clínica, Lena começa a ficar muito preocupada e liga sem sucesso para o celular de Laninha.
Será que ela está com Alex e perdeu a noção do tempo? Perguntava-se.
Foi até a sala de Laninha, alguma coisa a dizia que lá tinha algo.
Quando chegou, reparou que tinha um papel caído debaixo da porta, quando se abaixou para pegar acabou vendo as chaves de Laninha, caídas do lado do papel. Ai que ela ficou mais preocupada.
Desmarcou as consultas que tinha na parte da manhã e foi até a casa de Laninha.
Enquanto tenta adivinhar qual é a chave da porta, escuta o telefone tocando, se apressa e consegue abrir a porta em tempo de atender ao telefone, na esperança de ser Laninha.
-Alô?
-Laninha?
-Não, é a Lena, amiga dela, quem fala?
-É o Alex. Ela está ai?
-Não Alex, ela sumiu, pensei que ela estivesse com você.
Alex engole seco do outro lado da linha, ficou muito preocupado, aonde será que ela tinha se metido afinal?
Laninha acorda atordoada, tonta, sem saber onde estava, sente que suas mãos e seus pés estão presos, olha para baixo e vê que está algemada numa cama, e se desespera. Começa a gritar socorro e a se debater, quando a porta se abre. Aparece um homem encapuzado e senta se na cama.
-O o o que estou fazendo aqui?
-Calma minha querida, assim você vai acabar se machucando. – Passando as mãos pelos cabelos dela.
-Querida nada, quem é você, o que estou fazendo aqui? – Falou enquanto tentava se desviar dele.
-Hum, você ainda não está preparada para saber, quando for o momento certo você saberá. – Diz enquanto sai do quarto.
Laninha fica sem saber o que estava fazendo lá e começa a chorar desesperadamente.
Alex vai até a casa de Laninha e se encontra com Lena, os dois estão realmente preocupados.
-Precisamos chamar a policia. – Diz Alex.
-Acho que devemos esperar mais um pouco, quem sabe ela não saiu, sei lá.
-Mas você não achou as chaves dela caídas? Estou realmente preocupado.
-Vamos fazer assim, eu preciso voltar para a clínica, se até de tarde ela não aparecer, a gente procura a policia, tudo bem?
Alex não fica muito contente com isso, mas resolve esperar, tinha que pensar positivo, talvez ela só tivesse saído para sei lá, se distrair. Tentava se agarra a essa idéia.
Resolveu que ficaria por lá, no caso dela aparecer e fazer companhia a James, que parecia sentir muito a falta de Laninha, tanto quanto ele.
Lena ao chegar à clínica, fica sabendo que Dexter também sumiu misteriosamente, e começa a ligar os fatos.
Ele sempre teve uma queda por Laninha e nunca escondeu isso de ninguém, e nesses dias andava muito estranho. E teve aquele dia, que ele estava parado na porta dela como se escutasse atrás da porta, na hora não tinha reparado, mas agora fazia todo sentido.
Antes de fazer qualquer insinuação, resolveu esperar mais um pouco, pra ver se ele aparecia. Lena sempre foi muito calma.
Débora vai até a sala de Lena e diz que Dexter tinha acabado de ligar, avisando que sua mãe estava muito doente e que ele iria se ausentar por uns dias.
-Ele disse onde a mãe dele mora Débora?
-Só disse que morava em Nova Jersey Lena, mais nada.
Então ligou para Alex e disse que um dos médicos que trabalhava lá estava sumido, e que ele sempre foi apaixonado por Laninha. A única pista era que ele estava em Nova Jersey.
Alex não perde tempo e liga para uma amiga dele que era detetive.
-Alô, gostaria de falar com Cristina, por favor.
-Pois não.
-Oi Cris, é o Alex!
-Nossa, quanto tempo!
-Pois é, preciso muito de sua ajuda Cris. A gente poderia se encontrar?
-Lógico.
Se encontram num café, Alex explica a situação para Cris e diz que precisa dela para encontrar Laninha. E ela se propõe a ajudar no que for preciso.
-A única pista que temos é que ele está em Nova Jersey, não sabemos exatamente aonde.
-Tudo bem, eu vou procurar saber mais sobre esse homem, e depois entro em contato com você ta?
-Ta bom.
Alex se sente mal, precisava desesperadamente saber onde Laninha estava, sentia um aperto no coração enorme.
Vai para a casa de Laninha e fica lá, sentado com James no colo, olhando para o nada.
Enquanto isso, Laninha sofria presa na cama. Ela suplicava pra que ele a soltasse, mas ele nem a escutava, sentia uma alegria imensa só de pensar que finalmente estava com ela.
Ele entra no quarto, carregando um prato de comida. A levanta e tenta dar comida a ela, que cospe tudo fora, não queria saber de comida, queria era ir embora de lá.
-Você precisa comer querida, se não vai acabar ficando fraca, preciso de você inteira para quando casarmos você estar linda.
-Casar? Você ta maluco?
-Lógico que vamos casar, e em breve.
-(friamente) Preciso ver seu rosto então.
Então Dexter tira o capuz, revelando seu rosto, que faz Laninha estremecer na cama e solta uma lágrima.
Pensa então num plano louco, que se ela desse a entender que aceitara o que ele tinha proposto, talvez conseguisse fugir dali.
E foi o que ela fez, começou a insinuar que gostaria de casar com ele também.
-Mas e aquele cara com quem você estava?
-Com ele era só diversão, e de você que eu gosto.
Dexter não e conteve se felicidade e tentou dar um beijo em Laninha, que virou o rosto. Ele ficou sem entender e ficou muito bravo, apertando o braço de Laninha com muita força, deixando seu braço todo roxo, ela gritava de dor.
A partir dali, ela não olhava mais para Dexter que ficava furioso com sua atitude, ele dizia que tinha sido apenas um acidente, que não tinha feito por mal. Mas Laninha não acreditava nisso.
Chegou à noite, o quarto ficava assustadoramente escuro, tinha uma única janela que estava coberta com um lençol, uma vela que ficava em cima de um móvel estranho que tinha no canto que ela realmente não conseguiu identificar.
Enquanto isso, Alex ficava cada vez mais desesperado na casa de Laninha, até mesmo James estava estranho, como se pressentisse algo ruim, não parava quieto em lugar nenhum e miava o tempo todo.
Lena ligou perguntando se tinha alguma novidade, mas Cris ainda não tinha dado sinal de que tinha descoberto algo.
Seu celular toca.
-Cris, até que enfim!
-Desculpa a demora, esse cara vive meio escondido, não achei quase nada a respeito dele.
-Nossa, mas alguma coisa útil?
-Eu descobri que a mãe dele morava em Nova Jersey, mas que morreu faz dois anos e a casa se encontra vazia.
-E o endereço dessa casa, você conseguiu?
-Consegui sim, mais ainda tenho que pesquisar mais, depois que tiver coisas concretas eu te aviso ta?!
-Tudo bem vai, eu espero, por mais que eu esteja nervoso.
Alex ligou para Jimmy avisando que não iria trabalhar e explicou a situação. Não tinha cabeça para tocar hoje.
Acaba adormecendo no sofá, deitado do lado de James que não saía do lado dele por nada.
Laninha tentava desesperadamente sai dali, mas não tinha mais forças para gritar, ficara o dia todo sem comer e seus braços e tornozelos estavam doendo muito, principalmente o que ela tinha torcido há quatro dias atrás.
Dexter dormia feliz no outro quarto, sonhando com seu casamento, sonhando quando finalmente a teria de corpo e alma. Tinha um sorriso estampado no rosto, chegava ser amedrontador. Laninha não conseguia dormir e chorava baixinho, amarrada naquela cama, sem mesmo poder se mexer. Rezando para sair dali, fazendo promessas e mais promessas.
Ficava pensando em Alex, em tudo que ainda poderia acontecer entre eles, agora ele era a única pessoa que ela tinha na vida e Dexter queria tirar isso dela, ele não tinha esse direito, já tiraram tudo dela, seus pais, seus avós, e agora Alex. Não, isso não poderia acontecer.
Laninha começa a sentir uma raiva muito grande dentro dela e começa a se debater de novo na cama, fazendo muito barulho. Que acabou acordando Dexter que abriu a porta furioso, com violência.
Ela para, sente um arrepio quando olha para os olhos de Dexter, parecia um monstro, era uma coisa que ela não conhecia.
Ele caminha em sua direção, bufando, segurando algo nas mãos, Laninha se encolhe na cama, como se isso fosse possível.
-O que você vai fazer Dexter? Prometo que ficarei quieta.
-Fique calma, não irei te machucar, só vou te dar um remedinho, para você ficar mais relaxada.
-Não, por favor, eu não vou mais fazer barulho, eu juro!
Dexter parece não escutar as súplicas de Laninha, chega perto dela e aplica algo que ela não conseguiu identificar.
Ela sente o liquido entrando em suas veias, correndo por todo o seu corpo, a fazendo paralisar, era uma sensação horrível, ela só podia mover os olhos e começou a chorar.
-Agora sim você ficara quieta.
Sai rindo do quarto, sentindo uma enorme satisfação, de dever cumprido, e Laninha apaga totalmente dopada.
De manhã liga para seu amigo.
-Bily?
-Fala Dexter, tudo bem?
-Tudo sim, preciso que você venha aqui em casa, para resolvermos aquele assunto que te disse outro dia.
-Ah ta, eu tenho umas coisas para fazer aqui, daqui umas duas horas eu apareço por aí.
-Beleza, estou esperando.
Desliga o telefone e fica parado sentando no sofá, encarando a porta do quarto onde se encontra Laninha.
Laninha começa a despertar, seus olhos estão embaçados, a cabeça confusa e doendo, escuta a porta se abrindo, e quando da por si, Dexter está sentado do seu lado, alisando seus cabelos.
-Bom dia princesa! Dormiu bem?
-Você sabe que não Dexter, o que você me deu?
-Hum, não vou contar. Mas preciso fazer uma coisa que sempre tive vontade e nunca tive a chance.
Debruça-se sobre a cama, segura o rosto de Laninha com força, ela percebe o que ele vai fazer e desce uma lágrima em seu rosto. Ela tenta se soltar, mas é em vão e ele começa a beijar, do nada ela morde o lábio de Dexter.
-Você me mordeu! – Grita furioso.
Laninha não diz nada, mas sua cara de satisfação diz tudo.
Ele agarra o pescoço de Laninha e começa a apertar com força, fazendo Laninha se debater e gritar, pedindo para ele parar.
Dexter percebe o que estava fazendo e para, delicadamente vai tirando suas mãos do pescoço dela e ajeita seu cabelo. Lentamente vai descendo os dedos sobre a camisa de Laninha, desabotoando devagar.
-Não Dexter, por favor!
-Chiiiii... não me faça amordaçar você.
-Não faz isso, por favor, não faz isso, te suplico!
Então ele tira um canivete do bolso e aponta para o pescoço de Laninha.
-Ou você fica quieta ou eu vou te machucar, de verdade.
Laninha engole seco, agora as lágrimas aumentam, descendo pelo rosto e molhando seu cabelo.
Desabotoa a camisa dela, revelando seus seios, ele olha como se fosse uma criança na frente de um brinquedo que sempre quis, e finalmente tinha conseguido.
Lentamente vai puxando a calça dela, curtindo o momento, que ele sempre esperou, revelando uma calcinha de renda preta, o deixando cada vez mais excitado.
Laninha fica cada vez mais desesperada, estava com muito medo e não podia fazer nada, ele estava tão descontrolado que poderia a machucar de verdade dessa vez.
Quando finalmente ele começa a baixar sua calça, a campainha toca.
-Que saco quem será a essa hora? Estou ocupado aqui!
Levanta a calça e sai colocando o cinto.
-Me espera linda, daqui a pouco eu volto! – Num tom sarcástico.
Laninha se sente um pouco aliviada, com as mãos amarradas tenta pelo menos subir a calça, se sente envergonhada com aquela situação, queria muito não estar ali, queria sua vida de volta.
-O que você ta fazendo aqui Bily? Você não ia vim só às onze horas?
-Pois é, mas acabei mais cedo o que tinha pra fazer e resolvi vim logo. Porque, atrapalhei algo?
-Não não, tudo bem, vamos entrando.
Eles sentam se na mesa da cozinha, como o quarto onde Laninha estava era perto da sala, ficou com medo que ela ouvisse tudo, achou melhor só contar mais para frente.
-Então, a mulher está aqui?
-Está sim, cara, que mulher viu, ela é muito melhor do que eu imaginava.
-É mesmo? Nossa, eu quero ver ela, posso?
Dexter então lembra que deixou Laninha praticamente pelada lá.
-Pode, mas espera um pouco que eu já volto.
Entra no quarto, veste Laninha, que chora muito e coloca uma fita adesiva na boca dela, não queria que ela falasse algo comprometedor.
Bily então conhece Laninha, e fica espantado por sua beleza.
-Nossa não é a toa que você estava doido pra ficar com ela, que mulher linda!
-Pois é, mas tira o olho que ela é minha!
-Claro cara! Ela é toda sua.
Mas Bily realmente ficou impressionado com a beleza dela. Ficava pensando o que ele faria se trocasse de papel com Dexter que passava o tempo todo sozinho com ela, viajava na imaginação de coisas que poderia estar fazendo agora mesmo.
Bily não era uma pessoa muito confiável, passou uns anos preso por roubo, e Dexter sabia disso, então achou que ele seria perfeito para ajudá-lo. Mas mal sabia ele que Bily começou a pensar em um plano alternativo.
Saiu da casa de Dexter pensando que também queria Laninha agora, e não sentiria remorso nenhum em roubá-la dele. E cedo ou mais tarde faria isso.
Dexter fez um almoço que para ela estava muito bom e foi tentar fazer Laninha se alimentar, ela tinha passado o dia anterior sem nada no estomago e acabaria passando mal, e isso ele não queria de jeito nenhum.
-Olha, eu sei que você não quer ficar aqui, mas mesmo assim precisa se alimentar.
Laninha estava sem forças já e sabia que se não se alimentasse, acabaria morrendo amarrada naquela cama.
-Tudo bem Dexter, mas você precisa me desamarrar, juro que não vou tentar fazer nada.
-Está bem, mas eu não hesitarei em te machucar se você tentar algo.
-Não vou fazer nada.
Laninha come como se fosse a melhor comida que ela tinha comido na vida, sentia repugnância por ele, mas não agüentava mais de tanta fome.
Bily ligou mais tarde para avisar que tinha falado com um amigo da prisão e que ele o ajudaria fazer os documentos necessários. Mais mal sabia ele que Bily estava fazendo os documentos para ele também.
Já tinha pensado em tudo, ajudaria o Dexter com os documentos e o deixaria fazer o resto, até mesmo pagar as passagens, ele iria se tornar o laranja da historia, e isso seria muito bom, estava até pensando em entregar Dexter para a policia, quando os dois já estivessem longe dali. Seria perfeito!
Mais tarde Jimmy liga para Alex, não tem jeito, ele vai ter que ir trabalhar essa noite, a casa não pode ficar sem DJ de novo.
Com a cabeça e o coração longe, não sabia exatamente, mas estava longe. Tocava as musicas como se fosse em piloto automático, não estava curtindo, como ele sempre fazia.
A noite parecia demorar a passar, e ainda sua amiga Cris que não dava notícias, o deixava mais nervoso ainda, não agüentava mais esperar, precisava fazer alguma coisa a respeito.
Alex já tinha mudado para a casa de Laninha, precisava ficar perto, pelo menos de suas coisas, o seu cheiro, e até mesmo o James, que dormia com ele.
Chegou já era de manhã, e resolveu ligar para Cris.
-Alô?
-Cris, é o Alex, desculpa te ligar assim tão cedo, mas preciso saber se você tem mais pistas a respeito do paradeiro da Laninha.
-Não, tudo bem, eu já estava acordada. Olha, eu consegui algumas informações, podemos nos encontrar?
-Eu acabei de voltar pra casa, preciso dormir um pouco, pode ser à tarde?
-Pode sim, umas três e meia na cafeteria Kevin’s?
-Estarei lá então.
James esperava por Alex na cama, ele tinha um olhar triste, sentia falta dela também. Assim que Alex se deitou, ele subiu em suas pernas e se enroscou, sentia um grande afeto por ele, o alimentava e passava horas conversando com ele, como se fosse gente.
Alex demorou a pegar no sono, pensava em várias coisas e estava ansioso para saber o que Cris tinha descoberto, ficou deitado olhando para o teto e começou a aparecer os primeiros raios de sol.
Laninha acabou dormindo de tanto cansaço, parecia que estava desistindo de lutar, era em vão, não adiantava mais.
Sonha que estava num campo florido, o tempo estava agradável e ela deitada sobre as flores, quando de longe escuta Alex a chamando, ela se levanta toda sorridente e quando olha vê Dexter. Começa a correr desesperadamente e tropeça em uma pedra e cai, vai se arrastando e gritando.
Acorda suada e ofegante, e quando olha se depara com Dexter, a fitando no canto do quarto, como se estivesse ali há muito tempo.
-Dexter?
-Você estava sonhando minha querida?
-O que você pretende fazer comigo? Até quando vou ficar amarrada aqui nessa cama?
-Hum, logo você vai sair daí, não se preocupe. – Falou com um tom sarcástico.
Cada dia que passava Laninha sentia mais nojo dele, todo vez que o via sentia uma repugnância, uma coisa subia lhe pela garganta, a deixava tonta.
Ela começou a ficar desconfiada, o que será que ele pretendia fazer afinal?
Dexter resolveu fazer o café da manhã, mas dessa vez faria algo especial, como era farmacêutico sabia muito bem sobre os remédios e resolveu colocar uma coisinha para ela se sentir melhor.
Levou uma bandeja com torradas, geléias, ovos e o café. Nessa hora ele se lembrou do café que Alex tinha preparado a ela e uma lágrima escorreu em seu rosto.
Tentou comer um pouco, mas a comida não descia, acabou tomando só o café, fazendo Dexter ficar nervoso.
-Porque você não está comendo? – Gritou.
-Não estou com fome, me desculpe. – Disse assustada.
Ele pegou a bandeja e saiu do quarto pisando duro, dava pra ver estampado em sua cara que estava muito bravo.
Minutos depois Laninha começou a se sentir estranha, a cabeça rodava e começou a subir um calor incontrolável pelo seu corpo a fazendo estremecer e começar a suar e a respiração ficou mais rápida e sua visão começou a ficar turva, quando deu por si Dexter estava parado na sua frente.
Ele vai desabotoando a camisa de Laninha com rapidez e puxa sua calça para baixo com dificuldade, pois ela estava suada por causa do efeito da droga que ele tinha lhe dado.
Laninha se sentia tonta e não conseguia dizer coisa com coisa, a deixando vulnerável, quando viu Dexter estava em cima dela, tentou empurrá-lo, mas ele era forte e para o azar dela, suas mãos estavam amarradas, só suas pernas estava soltas, pois Dexter as tinham soltado.
Ele tentou beijá-la de novo, Laninha não conseguia se controlar e virava o rosto para os lados, mas ele a segurou com as mãos e finalmente teve o beijo que ele tanto queria.
Dexter a penetrou com força a fazendo gritar de dor, beijava seu pescoço e apertava seus seios a fazendo gritar cada vez mais. Chorava compulsivamente, tentava bater em Dexter com seus pés que estavam em cima de suas costas.
Parecia que ele não sentia dor, continuava a penetrar cada vez mais forte, respirava ofegante em seu pescoço e passava suas mãos pelo corpo dela o deixando louco.
Finalmente ele terminou se levantou e enxugou o suor do rosto com a manga da própria camiseta, se vestiu e finalmente a soltou, a tirou da cama em frangalhos e a colocou no chão.
Laninha não sabia o que fazer, se sentia fraca e suja, se encolheu no canto do quarto enquanto tentava vestir suas roupas. Não conseguia nem olhar para Dexter, sentia uma raiva tão grande dele, como ele pôde fazer isso com ela? Já não bastava ter seqüestrado ela?
Dexter sorriu um sorriso largo, de contentamento, terminou de se vestir e saiu do quarto.
-Te deixarei solta agora, vou deixar a porta trancada e ai de você se eu ouvir qualquer gritinho!
Laninha balançou a cabeça fazendo que sim e pos se a chorar, queria não estar ali, queria sua vida de volta.
Às três e meia da tarde Alex se encontra com Cris na cafeteria, ela explica que conseguiu o endereço da casa da mãe de Dexter. Tinha alguns contatos que falaram com os visinhos que confirmaram que viram ele por lá esses dias.
-Me passa o endereço então, vou pra lá agora mesmo.
-Não é bem assim Alex, precisamos ter cuidado, não sabemos ainda com quem estamos li dando.
-Estamos li dando com um louco isso sim. Preciso tirar Laninha das garras dele imediatamente.
-Exato Alex, ele é um louco, não podemos simplesmente aparecer na porta dele e mandá-lo soltar ela, não é assim que funciona.
-Está bem, o que você pretende fazer?
-Precisamos vigiar a casa, saber dos horários dele e tentar descobrir o que ele pretende fazer.
Chegando em casa Alex ligou para Nick que também era DJ.
-Preciso de um favor Nick.
-Pode falar Alex.
-Você não poderia ficar no meu lugar na Fox Night por uns dias?
-Demoro cara, estou sem fazer nada aqui mesmo. Hoje à noite estarei ai, pode ser?
-Estarei esperando então.
Passou o endereço para ele, desligou o telefone e começou a conversar com James, sentia que devia explicações a ele, mesmo sendo apenas um gato.
-James, vou buscar a mamãe, prometo não demorar.
Ele miou para Alex como se entendesse cada palavra que ele dizia. Esfregou-se em seus dedos, desceu da cama e quando saía olhou novamente para Alex, como se estivesse aprovando o que ele ia fazer.
Arrumou uma mochila com algumas roupas dele e de Laninha e esperou por Nick.
Quando Nick chegou, Alex explicou toda a situação e disse que iria para Nova Jersey buscar Laninha, só voltava de lá com ela. Nick achou muito lindo o amor que ele sentia por ela, fazia muito tempo que não via seu amigo assim. Deu toda força.
Cris estava esperando no carro e os dois seguiram para Nova Jersey, o dia estava muito frio, tinha uma camada fina de gelo sobre a rua.
Chegando lá, pararam numa lanchonete para tomar um café e se aquecer, também compraram comida, pois passariam a noite no carro, vigiando a casa de Dexter.
Pararam a alguns metros da cada dele, para se assegurar que ninguém desconfiaria principalmente ele. Cris tirou uma máquina fotográfica da bolsa, precisavam de provas contra ele, não adiantava apenas falar, tinham que provar para a policia, só assim seria preso.
A casa estava silenciosa, algumas vezes se via um vulto passando pela janela, que dava uma espiada pela cortina e saía rapidamente.
Laninha continuava jogada no chão, como se fosse um pedaço velho de pano, não tinha mais forças para lutar, estava desistindo de si mesma, para ela a única solução era morrer.
Dexter tentou levar o jantar para ela, mas mal o olhava, sentia nojo dele, sentia nojo dela mesma. Sequer tocou na comida, só de olhar para o prato seu estômago embrulhava.
-Não come, o problema é seu! – Gritou.
Ela continuou quieta, olhando para o chão, escorreu uma lágrima e pingou no chão.
Por dentro Dexter se sentia mal em falar assim com ela, a amava tanto, mas Bily tinha lhe dito para tratá-la mal, para sentir medo, e Bily entendia mais disso do que ele.
Passava a noite sentado no sofá assistindo televisão, e adormeceu por lá mesmo, pois se Laninha tentasse gritar ele escutaria logo. Morria de medo que os visinhos escutassem algo e fossem bisbilhotar.
Alex e Cris acabaram dormindo no carro, esperando por alguma coisa. De manhã resolveram como quem não quer nada conversar com os visinhos, saber se eles escutaram algo, levariam um gravador para ser usado como prova também.
Os dois iriam fingir que era um casal que acabara de casar e estavam procurando uma casa e gostaram muito daquela e queriam saber se tinha alguém por lá.
-Olha a mulher que morava ai morreu faz uns dois anos e ficou vazia desde então, mas nesses dias ando escutando barulho de pessoas. Mas tem uma que chora muito, acho que pode ser doente ou sei lá. Acho que o filho dela está por ai, como ele é médico talvez esteja cuidando de algum paciente especial. – Disse uma senhora muito simpática, mas tinha jeito de ser uma tremenda fofoqueira, parece que acertaram na escolha do visinho.
-Então está confirmado. Dexter e Laninha estão na casa mesmo, e deve ser ela que fica chorando. – Disse Cris.
-Eu não acredito, estou tão perto dela e ao mesmo tempo tão longe. Não sei mais o que fazer viu!
-Calma Alex, precisamos ser cautelosos, logo a tiraremos de lá, logo logo.
Foram para o carro, resolveram ir a uma lanchonete tomar um café descente, mas quando estavam saindo viram alguém bater a porta da casa de Dexter, resolveram esperar pra ver no que ia dar.
-Fala Bily, tudo bem?
-Olha Dexter, está quase tudo pronto, só preciso que você me diga quais vão ser os nomes de vocês.
-Ta bom, entra ai.
Os dois sentados no carro ficam se perguntando, quem seria esse? Deveria ser um comparsa, afinal ele entrou.
-Estou preocupado com Laninha, ela não come há dois dias.
-Porque ela não come o que aconteceu? Você fez algo?
-Não, eu não fiz nada. – No fundo Dexter sabia o motivo, mas não tinha coragem de falar para Bily, de falar que tinha estuprado ela, que a tinha amado do jeito que dele.
Cris teve a idéia de ir falar com Dexter, entrar na casa, colocar escutas, assim seria mais fácil para pegar eles, antes que resolvam fugir.
Batem na porta, Bily e Dexter se entreolham, ele abre a porta e lá está Cris.
-Olá, eu acabei de me mudar para aquela casa ali, só que não deu tempo de arrumar tudo, precisava de um pouco de açúcar, você não poderia me emprestar?
Dexter acha estranho, nem sabia que tinha casa à venda na vizinhança, mas nem desconfia e manda aquela linda mulher entrar.
Ao entrar Cris vê Bily sentado no sofá, era um homem estranho, a encarava como se fosse um pedaço de carne, a medindo de cima a baixo.
Cris senta em uma poltrona velha que tinha num canto e coloca um pequeno microfone atrás da almofada.
-Está aqui o açúcar, depois você me devolve o pote.
-Ah ta, mas antes posso ir ao banheiro?
-Pode, é por ali.
Cris se dirige ao banheiro, abre a porta e a fecha, só que não entra, anda pelo corredor que da a um quarto grande, com cheiro de coisa antiga, certamente seria o quarto da mãe, mas aonde seria o dele? Coloca outro microfone dentro do abajur e sai, antes que eles desconfiem. Volta para perto do banheiro abre a porta e finge sair de dentro dele.
-Posso tomar um copo de água?
-Pode.
-Deixa que eu mesma pego não se incomode.
Dexter estranha àquela mulher, e resolve ir até a cozinha pra ver o que se passa. Quando entra encontra Cris mexendo nos armários.
-O que você está fazendo?
-Me desculpe, estava procurando um copo.
-O copo está desse lado.
Pega água na geladeira e entrega a Cris, que sorve sem vontade nenhuma.
Sai da casa carregando o açúcar e finge ir à direção de uma casa que ficava a uns duzentos metros adiante, Alex de dentro do carro observa a cena.
Depois que Dexter entrou ela se virou e rapidamente entrou no carro.
-E ai, conseguiu?
-Consegui sim, vamos ver se está tudo funcionando.
Cris liga um aparelho por onde se escuta perfeitamente a conversa dos dois.
-Então cara, quais vão ser os nomes que você vai querer que coloque?
-Puxa, eu nem tinha pensado nisso antes. O de Laninha pode ser Ana e o meu Alex.
-Você vai usar o nome do namorado dela?
-Ué, se ela quer se casar com Alex, que case. – Dando uma gargalhada que fez Laninha no outro quarto se assustar.
Alex e Cris se entreolham e ficam indignados, mas precisavam ser pacientes, por mais que a raiva consumia Alex por dentro, por mais que tivesse uma enorme vontade de meter o pé na porta e tirar Laninha de lá, precisava se controlar.
Dexter não confiava em Bily o suficiente para deixá-lo sozinho com ela, via como ele a olhava, como a media, engolia com os olhos. Bily poderia fazer o que ele tinha feito, ou pior, fugir com ela. Isso não poderia acontecer, de jeito nenhum.
Então resolveu que Bily teria que ir comprar roupas para Laninha, algumas calças, blusas e vestidos, só para disfarçar mesmo, não podiam viajar sem malas, seria suspeito demais.
Bily reclamou e argumentou, mas não deu em nada, Dexter estava irredutível, não queria saber de conversa, seria ele e ponto final.
Mais tarde Bily passa por Alex e Cris carregando várias sacolas e embrulhos e entra na casa de Dexter.
Entrega-lhe os pacotes e os documentos, estava tudo pronto, agora só faltava comprar as passagens para o Brasil. Ele tinha família por lá e sabia falar um pouco de português, seria mais fácil ir para um país distante.
Entra no quarto e coloca os pacotes no chão, Laninha se encolhe no canto do quarto, da onde não tinha saído desde o ocorrido.
-Vou te dar a oportunidade de se lavar e colocar roupas novas.
-(com uma voz tremida) Por quê?
-Porque estou bonzinho hoje.
A pega pelo braço e praticamente a arrasta para o banheiro, Laninha não queria ir, tinha medo que aconteceria, do que ele faria com ela dessa vez.
-Eu vou ficar aqui na porta te esperando, você terá vinte minutos para tomar banho e se trocar, se passar disso eu entro, entendeu?
Laninha fez com a cabeça que sim e entrou no banheiro. Parou em frente ao espelho, se olhou. Estava descabelada, com os olhos fundos, o pescoço ainda tinha as marcas das mãos de Dexter, na sua camisa faltava alguns botões e estava suja de comida que ela cuspira. Sentou se no chão e começou a chorar, quando escutou uma batida na porta.
-É melhor se apressar. – Gritou do outro lado da porta.
Tirou suas roupas e se enfiou debaixo do chuveiro, a água caia quente a fazendo por um instante relaxar, pensar que não estava ali naquele pesadelo.
Ela esfregava a bucha em seu corpo com força, ainda sentia o cheiro dele, ainda sentia. Parecia ter impregnado em sua pele, o cheiro, o suor, a sujeira. E não saia, e fazendo chorar mais. Escutou outra batida na porta, sentiu um medo tão grande de que Dexter entrasse e a machucasse de novo, a machucasse mais.
Apressa-se no banho, senta se e começa a revirar as sacolas a procura de alguma coisa descente para vestir, as maiorias das roupas pareciam de um mau gosto terrível, eram difíceis de usar.
Pegou uma camiseta preta e uma blusa de moletom verde e uma saia branca parecia uma tenista pronta para o treino.
Dexter abre a porta e Laninha o ataca com a gilete fazendo um corte em seu braço, ela o empurra e sai correndo, mas é pega por Bily que estava na sala.
-Me larga seu imbecil.
Começa a bater em Bily, e quando vai com a gilete para cima ele pega seu pulso e o torce, fazendo um barulho oco.
-Você quebrou o pulso dela! – Grita Dexter que permanece no chão.
Bily a larga que cai sobre o tapete chorando, estava mole.
Dexter parte para cima de Bily e lhe da um soco com força, o fazendo ir para trás que tropeça no pé do sofá e cai sentado.
Cris e Alex escutam tudo, ele precisava tirar Laninha de lá, ela estava machucada. Quando escutam um tiro logo seguido de um grito.
Cris liga para a policia.
Laninha não acreditava no que estava vendo, Bily tinha atirado em Dexter que agora agonizava no chão, tinha sido um tiro certeiro, direto no coração, em minutos ele morreria.
Bily passa por cima dele e agarra Laninha pelo braço e a levanta, ela começa a se debater, mas Bily aperta o pulso quebrado e Laninha grita. Começa a arrastar para fora de casa quando se depara com Alex parado na porta, ele pega a arma e coloca na cabeça de Laninha.
-Saia da minha frente, se não eu a mato aqui mesmo.
Alex olha para os olhos de Laninha, levantas as mãos e para ao lado deles.
-Vai pra lá, do outro lado da rua cara! Tô falando sério!
Ele atravessa a rua olhando para Laninha, vê o terror nos olhos dela e solta uma lágrima.
Nesse momento praticamente todos os visinhos estavam para fora de suas casas, e assistiam aquela cena aterrorizados.
A policia chega para desespero de Bily que aperta cada vez mais a arma na cabeça de Laninha.
Param dois carros na frente da casa e cada vez mais gente se aglomera na rua. Cris estava parada do lado de Alex que estava num mix de sentimentos, sentia alívio de finalmente ver Laninha viva, mas ainda não tinha acabado ela ainda estava nas mãos de Bily.
-Eu não vou solta-la, ela vai comigo! – Grita Bily.
-Calma rapaz, vamos conversar.
-Não tem conversa, ela é minha só minha!
-Me diz, o que você quer?
Laninha fica cada vez mais desesperada e começa a lutar com Bily e se solta dele, fazendo ele se distrair.
Alex sai correndo do outro lado da rua e o ataca, empurra-o com muita força, o fazendo cair no chão e derrubando sua arma, os policiais imediatamente correm e apontam as armas para Bily que estava tentando pegar a arma novamente. Eles o prendem e levam para o carro, fazendo as pessoas que estavam assistindo vibrarem de felicidade. Batiam palmas e gritavam, mas não para a policia e sim para Alex que foi muito corajoso.
Laninha fala que Dexter estava morto dentro da casa, pois Bily tinha atirado nele também.
Corre para os braços de Alex chorando e soluçando, nessa hora nem se lembrava mais que estava com o pulso quebrado, até que Alex sem querer pega em seu braço. Ele a leva até a ambulância de paramédicos que estava no local.
Bily foi preso e acusado de assassinato e seqüestro, pegou oitenta anos de prisão. Dexter tinha um tio que morava a algumas quadras dali, quando ficou sabendo do ocorrido não sabia o que fazer, realmente ficou constrangido e triste, afinal Dexter tinha morrido.
Foi enterrado ao lado de sua mãe, no lugar de seu pai que tinha fugido do país.
Laninha conhece Cris.
-Eu não sei como te agradecer por tudo o que você fez pra me ajudar.
-Não me agradeça Laninha, agradeça a Alex, ele sim te salvou.
-Você tem razão. Eu te amo Alex, nunca mais quero ficar longe de você!
-Eu também te amo linda!
Os dois se abraçam e dão o beijo tão esperado. Mas Laninha ainda tinha uma coisa para contar, algo muito difícil que lhe tinha acontecido e que não parava de passar na sua cabeça, como um filme.
Quando finalmente estava em casa, depois por ter passado pela policia e contado tudo o que tinha acontecido e depois de voltar do hospital, Laninha vai tomar um banho, realmente precisava disso, tinha que tirar aquelas roupas, tinha que tirar aquilo que ainda estava impregnado na sua pele.
Abre o chuveiro e deixa a água cair, os pensamentos invadem sua mente, ela senta se no chão, se encolhe e começa a chorar baixinho, tinha que contar a alguém, tinha que dividir aquele momento horrível que ela tinha passado com a pessoa que ela mais confiava na vida. Ficou alguns minutos sentada no chão escutado a água cair, com a cabeça vazia agora, olhando para a parede.
Saindo do banheiro encontra Alex sentado na cama, como se escutasse seus pensamentos e soubesse que ela precisava conversar, desabafar.
Senta se ao lado de Alex e lhe conta o que Dexter tinha feito.
Chorando e tremendo diz nos mínimos detalhes que Dexter tinha estuprado ela, que ele tinha a machucado e a drogado, ela não conseguia falar nada, não conseguia nem gritar. Ela disse que ainda sentia o cheiro dele, que se sentia suja e que não sabia mais o que fazer.
Alex escuta aquilo sem reação, seus olhos se enchem de lágrima, não sabia o que dizer, não conseguia imaginar como ela tinha sofrido com tudo aquilo.
-Eu não sei o que te dizer Laninha.
-Só diga que ainda quer ficar comigo, mesmo depois do ocorrido.
-Mas é lógico que vou ficar com você, não foi sua culpa o que aconteceu, eu te amo e sempre vou estar ao seu lado.
Laninha agora chorando mais ainda se joga nos braços de Alex, que a aperta forte e diz baixinho que nunca vai deixá-la, que sempre estará lá para ajudá-la.
Os dois se deitam na cama, Laninha estava encolhida e Alex a envolvia com seus braços, e depois de muito chorar acabaram adormecendo, e a lua na janela os contemplava.
Laninha estava presa na cama, de volta aquele lugar, Dexter estava lá com um tiro no peito, ela sentia o cheiro do sangue dele, sentia calafrios só de olhar, Bily estava sentado numa cadeira ao lado da cama assistindo a tudo, Dexter vinha em sua direção, estava em cima dela de novo, estava fazendo aquilo de novo.
Ela começou a gritar e chorava desesperadamente quando se sentiu sendo chacoalhada, ele gritava para ela parar, para ficar quieta.
-Laninha, Laninha, acorda!
Ela abre os olhos e vê Alex sentado ao lado dela, apertava lhe os braços com força num ato de desespero para fazê-la acordar, voltar à realidade.
Laninha se senta na cama ainda chorando e abraça Alex apertado, parecia tão real, ela podia sentir o cheiro, o cheiro de sangue, não conseguia se esquecer da cara de satisfação de Dexter e de Bily ali sentado, sentia sua presença. Isso a estava deixando louca.
-Eu estou aqui com você, não se preocupe, não vou te deixar.
-Nem sei o que dizer Alex, não estou legal isso é fato, e você está aqui comigo, enfrentando tudo isso, não sei se conseguiria sem você, não sei mesmo.
-Não diga nada, só fique aqui deitada do meu lado, tudo vai passar e vamos enfrentar isso juntos.
James assiste a tudo sentado em uma enorme almofada que ficava no canto do quarto de Laninha, parecia estar preocupado, gatos sente essas coisas, sente quando as coisas não vão bem e realmente Laninha não estava bem.
Mas Laninha não conseguia dormir e resolve ir pegar um calmante que tinha no armário do banheiro, o toma ainda com a cabeça no sonho, realmente era difícil de esquecer. Volta para cama mais calma, Alex já estava dormindo novamente, ao mesmo tempo em que tinha um ar de preocupação também tinha de alívio.
Sentou se ao lado de James no chão e ficou olhando a janela, a lua estava linda e o céu cheio de estrelas, se aconchegou na almofada, abraçou James e acabou dormindo ali quando finalmente o remédio fez efeito.
Alex acorda com a claridade do sol batendo em seu rosto, vira para o lado e vê que Laninha não estava e se levanta bruscamente, não conseguia imaginar onde ela estaria quando se depara com ela deitada ao lado de James numa posição quase fetal.
A pega no colo e leva para cama, não tinha passado o efeito do remédio então Laninha não acordou.
Resolveu ir á padaria, faria um café reforçado para Laninha, ela passara dias sem comer e estava sem forças, com a noite mal dormida podia acabar doente e isso era a última coisa que podia acontecer.
Quando chegou em casa reparou que Laninha ainda estava dormindo, mas algo dizia para ele ir vê-la.
Sentou se ao lado dela, respirava profundamente, mas estava agitada, se mexia na cama e gemia. Involuntariamente colocou a mão sobre sua testa e comprovou, estava mesmo com febre.
Imediatamente ligou para Lena.
-Oi Alex, está tudo bem?
-Não, é a Laninha, ela está com febre, não sei o que fazer.
-Dá uma olhada no armário onde ela guarda os remédios, vê se tem um chamado Dipirona.
Alex se dirige ao banheiro e começa a vasculhar o armário.
-Achei! – Exclama aliviado como se fosse à cura para tudo o que estava acontecendo.
Lena dá as instruções para Alex de como dar o remédio para Laninha e diz que liga mais tarde para saber como ela estava.
Chega ao quarto e Laninha estava delirando, falava sozinha, dizia para ele ficar longe, e repetia isso várias vezes. Colocou o remédio em sua boca e um pano úmido em sua testa, estava com quarenta graus de febre.
Liga para sua mãe, estava desesperado, não sabia mais o que fazer, nunca tinha cuidado de ninguém nesse estado e precisava de ajuda. E ela concorda em passar lá para dar uma força para o filho.
Realmente Lucy ficou fascinada com o amor que o filho sentia por aquela mulher e o esforço que ele estava fazendo para ajudá-la, ela via nos olhos dele que a amava de verdade e que faria qualquer coisa para não ficar longe dela.
Laninha acordou com alguém a levantando.
-Oi Laninha eu sou a Lucy, a mãe do Alex. Vim aqui para te ajudar. Vou te levar ao banheiro e você vai tomar um banho, está ardendo em febre.
-Oi, nossa, me desculpe, realmente não estou bem, parece que fui atropelada por um caminhão.
-Eu sei querida, mas tomando um banho frio vai te ajudar, o Alex já te deu remédio e logo logo você vai estar melhor.
-Não sei como agradecer a vocês dois, o Alex é perfeito, eu amo muito o seu filho.
Lucy sorriu a ajudou Laninha a tirar suas roupas e entrar no chuveiro, ficou sentada ao lado para o caso de ela precisar de algo. Ficou pensando que essa era a primeira vez que via Alex amando alguém assim e ela perecia ser uma boa moça, estava feliz por ele, só ficava triste pelo caso de eles estarem passando por toda essa situação.
Depois do banho Laninha estava bem melhor, Lucy tinha preparado um belo almoço e todos se sentaram à mesa para comer.
Laninha explicou que essa febre foi por causa do trauma que ela tinha passado que tinha sido um jeito que a mente dela encontrou para tentar “expulsar” tudo o que estava passando com ela. Disse que estava melhor e que Alex deveria voltar a trabalhar.
-Tem certeza Laninha?
-Tenho Alex, você tem que voltar a viver, quanto tempo faz que você não toca?
-É verdade, você tem razão, vou voltar a tocar!
-Isso querido, volta sim!
Alex liga para Jimmy todo empolgado e diz que quer voltar a trabalhar, Jimmy disse que tinha novidades e que era melhor eles se encontrarem mais tarde.
Chegando lá Jimmy disse que tinha tido uma idéia, gostaria de contratar Nick para trabalhar lá também, os dois alternariam na quinta, na sexta a no domingo, só sábado que iriam ficar os dois, pois tinha mais movimento.
Alex adorou a idéia de trabalhar com seu amigo, assim teria mais tempo com Laninha também, finalmente parecia que as coisas estavam entrando nos eixos. Nick também gostou da idéia, estava há tanto tempo sem trabalhar e realmente precisava do emprego.
Laninha estava sozinha em casa, Lucy já tinha ido embora. Sentada no sofá acariciando James, Laninha estava longe, a cena passava repetidamente em sua cabeça. Dexter a estuprando, Bily quebrando seu pulso e depois matando Dexter.
Finalmente Bily estava preso novamente, mas Dexter não merecia ter morrido daquele jeito, no fundo ele era uma pessoa boa, realmente não conseguia entender o porquê de ele ter ficado daquele jeito, alguma coisa tinha acontecido e isso ela nunca iria saber.
Do nada se levanta, pega as chaves do carro e sai. Tinha decidido que iria visitar Dexter, no cemitério.
Quando chega lá, vê que tinha algumas flores recentes, por alguns minutos fica lá parada em frente ao tumulo, encarando a lápide que dizia: DEXTER CREED - FILHO AMADO.
-Eu sei que deveria ter muita raiva, você fez muita coisa ruim comigo, realmente me fez sofrer de vários modos diferentes. Você simplesmente feriu minha alma, me fez ver uma pessoa que eu não conhecia, era um Dexter monstruoso e irreconhecível, totalmente diferente do Dexter que trabalhava comigo na clínica, mesmo sendo sarcástico e algumas vezes chato. Eu o admirava, te achava um médico tão competente e atencioso com seus pacientes. O que te fez mudar? Porque você me fez passar por tudo aquilo?
Ela sabia que não conseguiria respostas, mesmo que no fundo quisesse que sim, no fundo queria que isso não passase de um pesadelo sem graça e que logo acordaria e tudo estivesse normal, Alex estaria do seu lado dormindo todo gostoso do jeito que sempre foi.
Mas não era assim, ela tinha passado por tudo aquilo, mas tinha Alex ao seu lado, o amava muito e tinha muita sorte dele amá-la também.
Quando terminou de desabafar para Dexter, ou o que tinha restado dele naquele túmulo, ela sentiu um grande alívio, todo aquele peso que estava sobre seu peito agora se fora e ela agora poderia seguir sua vida em paz, pois tinha perdoado Dexter.
Alex chega em casa eufórico, estava doido para contar a Laninha que iria dividir o tempo com Nick no clube e que eles poderiam passar mais um tempinho juntos, mais ela não estava lá, e começou a ficar preocupado, o filme passou pela sua cabeça, todo aquele desespero que passou quando descobriu que Laninha tinha sido seqüestrada.
Olha para trás e se depara com Laninha parada olhando para ele com cara de interrogação.
-O que foi querido?
-Onde você estava?
-Fui dar uma volta. – Não queria que Alex soubesse que ela tinha ido ao cemitério, achava que ele não entenderia.
-Nossa nunca mais me assuste assim viu!
-Tudo bem amor, prometo.
Alex contou sobre sua novidade, disse que revezaria as noites com Nick no clube e só no sábado que os dois trabalhariam juntos porque tem mais movimento. Estava feliz, teria mais tempo para ficar com ela, não queria perder tempo, esses dias que passaram longe um do outro foi muito difícil.
Laninha ficou muito feliz com essa novidade porque também teria que voltar para a clínica, não podia ficar afastada por muito tempo.
Os dois passaram a noite sentados no sofá assistindo a filmes e tomando um bom vinho, finalmente as coisas estavam entrando no eixo novamente, mas no fundo Laninha ainda se sentia triste e amargurada, algo ainda a assombrava.
Deitados na cama o clima começa a esquentar, Alex beija Laninha ardentemente, a desejava muito, estava com saudades. Ela também queria, mas do nada a lembrança de Dexter em cima dela veio à tona.
-Para Alex, por favor!
-O que foi?
-Desculpa, mas eu não consigo, não consegui esquecer.
Por um estante Alex não se lembrava do que era, ficou parado olhando sem saber o que fazer. Foi quando se lembrou.
-Eu entendo não vou te forçar a nada, você ainda deve estar muito abalada com tudo isso e com razão, eu te amo muito e espero o tempo que for.
Laninha o puxa para perto dela e o abraça com toda a sua força.
-Só preciso que você fique aqui comigo, me protegendo, o seu amor é suficiente para mim, não preciso de mais nada.
Dessa vez Laninha consegue dormir a noite toda, ela ainda sonhara com o ocorrido, mas o sonho era diferente dessa vez, não era ela quem estava em baixo de Dexter, era outra pessoa e ela não conseguia distinguir quem era simplesmente assistia como se fosse um filme e dessa vez não foi assustador.
Acordou com James em cima dela a chamando para acordar, Alex dormia profundamente, parecia estar até sonhando, pegou James, o abraçou e ficou contemplando Alex por alguns minutos, ele realmente era um homem muito bonito e especial, nunca tinha encontrando ninguém assim.
Levantou se e foi colocar comida para James e ficou sentada na janela da cozinha olhando para a rua vendo as pessoas passarem apressadas para o trabalho quando se lembrou que também tinha que se arrumar, voltaria hoje para a clínica e tinha muito trabalho a fazer. Preparou o café, arrumou a mesa e foi para o quarto, silenciosamente se arrumou, beijou Alex no rosto e saiu.
Chegando à clínica foi recebida com aplausos, pessoas vinham a cumprimentar e lhe entregavam flores, foi estranho isso, mas ela pode sentir o carinho de seus colegas de trabalho.
Alex acorda, olha para o relógio e vê que acabou dormindo demais, Laninha não estava na cama. Levantou se e foi para a cozinha, encontrou um bilhete pregado na geladeira.
BOM DIA AMOR, PRECISAVA VOLTAR A TRABALHAR, PREPAREI SEU CAFÉ. ATÉ MAIS TARDE. TE AMO!
Estava feliz que Laninha finalmente estava seguindo em frente, ela merecia.
Sentou se na mesa e começou a tomar seu café da manhã lendo o jornal, mas sua mente estava longe, pensava que ele praticamente morava na casa de Laninha, mas só quando não estava trabalhando, pois a casa dele ficava perto do clube e era mais fácil porque chegava muito cansado. Estava disposto a morar com ela aonde fosse, mas para ele era mais fácil morar lá e para Laninha era mais fácil morar aqui, estava em uma incógnita, o que fazer afinal?
Resolveu então preparar uma surpresa.
A tarde parecia que não ia acabar nunca, as horas se arrastavam e a clínica estava cheia de pacientes, cheia de crianças com nariz escorrendo, tosse, febre, no inverno é difícil uma criança que não fique gripada ou acabe tento uma pneumonia. Laninha estava ansiosa, não via a hora de voltar para casa.
Finalmente a clínica fechou, finalmente acabaram os pacientes, finalmente ela podia ir embora.
Chegando em casa olha para o chão e vê ele está coberto com pétalas de rosas vermelhas que vai em direção do quarto, deixa suas chaves na mesinha do centro, a bolsa pendura no cabideiro e vai seguindo a trilha.
Quando entra no quarto vê Alex deitado na cama em meio às pétalas, do lado tinha um balde de gelo e uma garrafa de champagne.
-Bem vinda meu amor!
Laninha não diz nada, caminha em direção da cama com um belo sorriso e o beija. Ela parecia não ter controle sobre seu corpo, deixava se levar por Alex que a desejava muito e estava disposto a fazê-la esquecer o que tinha acontecido.
Alex subia e descia a mão pelo corpo quente de Laninha a fazendo arrepiar, puxava suavemente o cabelo dela para trás e beijava seu pescoço descendo devagar, ela só curtia o momento e cada vez mais sentia o desejo se aflorar.
Levantou se, e foi tirando a roupa bem devagar e sensualmente, fazia um strip tease sem musica mesmo.
Alex estava ficando cada vez mais excitado.
Quando Laninha terminou de tirar suas roupas, foi lentamente para perto dele e começou a tirar sua roupa, primeiro a camiseta e depois desabotoou a calça e começou a puxar devagar, olhando com cara de safada, Alex simplesmente curtia o momento.
Laninha subiu em cima dele e como se estivesse dançando se encaixou, e eles fizeram amor a noite inteira.
Laninha finalmente estava se libertando de tudo, dos seus medos e sonhos e de Dexter. Ele não iria mais estragar a sua vida, não iria mais a assombrar, estava feliz novamente.
No dia seguinte Alex conta para Laninha que tinha tomado uma decisão, ia alugar seu apartamento para Nick e se mudaria de vez para o apartamento dela.
-Serio Alex?
-É sim.
-Você não sabe como eu fiquei feliz com essa notícia.
-É, mas quando eu estiver trabalhando eu vou dormir na casa do Nick, pois fica mais fácil para mim, depois que eu dormir eu volto. Pode ser?
-Claro que pode lindo, eu sei que você chega super cansado, não tem problema nenhum.
E assim passou os dias, Laninha trabalhava na clínica e Alex passava as noites em que trabalhava na casa que Nick. Tudo estava conforme deveria estar.
Um dia Laninha estava muito contente, acabou saindo mais cedo da clínica, aproveitou que não tinha muitos pacientes, afinal já estavam na primavera não tinha tantas crianças doentes e foi embora mais cedo, precisava falar com Alex antes que ele fosse para a Fox Night.
Chegando em casa reparou que Alex ainda estava no banho e preparou uma surpresa.
Quando saiu do banheiro escutou um barulho.
-Laninha, é você que está ai?
-Cheguei mais cedo hoje. – Grita da cozinha.
Depois de se arrumar Alex vai a cozinha dar um beijo em Laninha, precisava ir para o clube preparar as coisas para mais a noite. Entra e Laninha lhe oferece um muffin, e escrito em cima estava: Parabéns Papai!
Alex fica sem palavras, seus olhos se enchem de lágrimas, ele não podia acreditar no que estava lendo, olha para Laninha que sorri e diz:
-Isso mesmo, você vai ser papai!
Alex ficou tão feliz que quase não cabia em si mesmo, chegou perto de Laninha e passou a mão na barriga dela e lhe da um beijo, depois a abraça e chora de felicidade.
Ele vai trabalhar feliz, sonhava com seu filho e como seria sua vida daqui pra frente, simplesmente ele seria mais feliz do que já é. Não conseguiu dormir na casa de Nick, precisava ficar com Laninha e foi para a casa.
Laninha já estava quase acordando para ir trabalhar, quando se assusta com a porta se abrindo, vai ver o que é e se depara com Alex.
-O que você tá fazendo aqui?
-Não consegui dormir, estou tão feliz!
-Eu também estou, você não imagina o quanto.
Alex entra e vai se deitar, estava muito cansado, sonhou que tinha uma filha linda, ela tinha os olhos e o sorriso de Laninha, era a coisinha mais perfeita.
Os meses passaram e a barriga de Laninha crescia cada vez mais, eles descobriram que esperavam um casal de gêmeos.
Era três horas da manhã e Laninha começou a sentir as contrações, se levanta e começa e pegar as malas e cutuca Alex.
-Querido... Querido...
-Hãn? O que foi?
-Tá na hora!
-Na hora de quê? De acordar? Ainda tá escuro lá fora!
-Não seu bobo, tá na hora de ir pro hospital, eu estou com contrações.
Alex se levanta bruscamente, ainda estava colocando os pensamentos em ordem, quando olha vê que Laninha já estava pronta segurando as malas e as chaves do carro.
Partem para o hospital, as contrações aumentavam, mas Laninha ainda não tinha dilatação o suficiente, foi colocada no soro e ficou assim por cinco horas. Ela começava a sofrer, mas mesmo assim queria ter parto normal, então esperaria o tempo que fosse.
Quando foi nove horas da manhã Laninha estava pronta e foi levada par a sala de parto, Alex estava impaciente e ficava andando de um lado para o outro na sala de espera, Lena e Lucy também estavam lá e tentava acalmar ele, mas era em vão.
Johnny e Mel nasceram às nove e meia da manhã.



FIM!!!

Laninha McLean!